Mudei para este bairro há dois anos e passei a frequentar a academia local, menos de dez minutos a pé da minha casa. Academia cheia de caras gatos, aliás. Um deles chamou a minha atenção desde o princípio porque, além de ser bonito de corpo e rosto, era meio “geekzinho”.
Além dos óculos, tinha duas tatuagens de anime no braço: um “X” de One Piece e um Luffy, personagem principal do mesmo anime. Algo nele me dava a impressão de um cara que trabalhava com TI, vivia no computador o dia todo. Um nerd, mas gostoso e asseado.
Pois bem, por quase dois anos, cheguei a interagir com ele no máximo duas vezes para revezar aparelhos da academia, mas neste ínterim reparei algumas coisas:
- como eu, ele também chegava a pé na academia; logo, deveria morar por perto
- como eu, ele não usava a academia como espaço para socializar e ficar batendo papo
- como eu, ele ficava com fones nos ouvidos durante todo o treino
- diferente de mim, passado algum tempo, ele passou a trazer a namorada para treinar com ele...
Pois é, tinha carinha de hétero e isso pareceu se confirmar quando ele começou a vir com a tal namorada. Parte de mim torcia para que fosse irmã, nunca cheguei a vê-los se beijando ou de mãos dadas, mas as feições eram muito diferentes e ela parecia um pouco mais velha.
Neste meio tempo, tive diversos sonhos eróticos com ele, ajustei meu horário para que casasse com o dele, e reparei (com amargura) cada vez que ele não estava presente na academia. Quando ele não estava, dava até vontade de desencanar e voltar para a casa sem treinar.
Devo adicionar que não gosto de academia: treino para manter meu corpo e evitar artrites e afins no futuro, por recomendação médica. Logo, ter o geekzinho como motivação me ajudava a acordar cedo, antes do trampo, e ir puxar ferro.
Aí, eis que algumas semanas atrás, eu estava no final do meu treino, fazendo esteira, quando ele começou a caminhar na esteira ao lado da minha. Posicionou o celular no visor e começou a assistir alguma coisa enquanto caminhava.
Aqui um parêntese: tive outros crushes na academia, mas foram caindo por terra ou por eu ouvir as conversas banais deles, ou por eu vê-los com as namoradas, ou, em um caso específico, porque eu espiei o celular de um deles e o vi assistindo um vídeo de Pablo Marçal...
Pensando nesse conservadorzinho que certa vez peguei engolindo fake news, decidi esticar o olhar e descobrir o que o meu geekzinho estava assistindo, e eis que era um jogo de luta de playstation que eu tenho, gosto e jogo bastante.
A princípio ele não me viu olhando a tela do celular dele, mas eu me muni de coragem e decidi que aquela seria a ocasião certa para abordá-lo, enfim, já que acabara de descobrir algo inócuo em comum entre nós.
Toquei o ombro dele, ele olhou para mim, gesticulei a tela do celular dele, ele tirou um dos fones do ouvido, e eu comentei que eu era super fã do jogo que ele estava assistindo e que havia mais de 20 anos que eu jogava versões daquele jogo.
Ele poderia ter ficado sem graça, emburrado, dado de ombros, dado um sorrisinho bobo, deixado morrer ali, ou até mesmo sido simpático sem dar continuidade ao assunto, mas, ao invés disso, disse que qualquer dia a gente podia disputar uma partida.
Percebi a deixa e disse que eu morava perto dali, na Rua X, e que se ele quisesse poderia vir jogar em casa. Ele me disse que morava duas ruas pra cima, com a tia, que pela idade poderia ser irmã mais velha dele e às vezes vinha treinar com ele, que talvez eu já a tivesse visto.
Respondi quase sem conter minha emoção conferindo se era uma de cabelo preso em coque, ele disse que sim. Yes! Não era namorada, era uma tia! Nesse ponto, finalmente descobri o nome dele, também me apresentei, e, antes que o assunto morresse, comentei as tatuagens de anime no braço dele.
E aqui mais um parêntese: eu nunca tinha assistido One Piece (porra, são mais de 1100 episódios e contando!), mas comecei a assistir por causa dele geekzinho, por desconfiar que poderíamos ter assunto, caso interagíssemos, visto as duas tatuagens dele.
Comentei que eu estava no começo, tinha assistido “apenas” 100 episódios, mas meu personagem favorito era o Zoro. Ele, obviamente, estava acompanhando cada novo episódio semanal, já estava no mil cento e lá vai pedrada, e disse que, com o passar dos episódios, eu iria gostar mais do personagem principal também.
Ainda me disse que tinha mais três tatuagens de anime pelo corpo, duas de Naruto e uma de Dragon Ball. Esses eu tinha assistido, e ficamos os dez minutos que ele ainda tinha de esteira falando sobre anime. Eu lembro de boa parte dessa conversa, mas não vou transcrever aqui pra não aborrecer os bronheiros de plantão.
Como estávamos a pé, fomos embora juntos e continuamos conversando. Descobri que ele de fato trabalhava com tecnologia, 100% remoto desde o começo da pandemia, e isso era outro fator em comum entre nós.
Desviei um pouco do caminho para leva-lo até a porta do prédio dele, onde trocamos telefone e nos despedimos com um abraço de leve. Voltei para casa andando nas nuvens, felicíssimo por ter tomado aquela iniciativa e puxado papo com ele.
Antes de eu chegar em casa, ele já havia mandado mensagem no Whatsapp com uma figurinha de um personagem do jogo de luta que estava assistindo e eu respondi com uma figurinha do Luffy, do One Piece. Ele reagiu com um emoji de coração à figurinha.
Um pouco mais tarde, depois do banho e num período mais ocioso no meu horário de trampo, escrevi a ele perguntando até que horas ele trabalhava e o que costumava fazer depois do trampo. Ele respondeu que saía às 18:00 e que costumava jogar videogame ou assistir TV.
Eu parava de trabalhar um pouco mais cedo, às 16:30, e decidi convidá-lo para jogar Tekken comigo e ficar para o jantar. Contei a ele que cozinhar era um dos meus hobbies; afinal, a ideia da academia era justamente balancear a saúde e o meu lado indulgente com a comida.
Ele aceitou e, quando foi 18:15, chegou à portaria do meu condomínio. Adorou o lugar. Desde a portaria, veio falando maravilhas da tranquilidade da rua, do arborizado, da praça no térreo. Gostou da vista desobstruída para o por do sol que eu tenho das minhas janelas e ficou surpreso quando eu disse que o apartamento era meu, comprado e não alugado.
Eu costumo jantar cedo, então já havia deixado tudo preparado. Chegamos e jantamos. Ele repetiu três vezes, o que provou que ele tinha mesmo curtido o menu. Ficou encantado com o meu apartamento e eu fui mostrando cômodo a cômodo, por mais que digam que mostrar tudo, até quarto pra visita, seja “coisa de pobre”.
Tomamos algumas taças de vinho branco com o jantar, o que ajudou a gente a se soltar um pouco mais. Ficamos conversando por muito tempo, não mais só de animes e jogos, mas de vivências, viagens, ambições e, por fim, relacionamentos.
Já era mais de 20:00 quando eu descobri que ele morava com a tia não porque ela era a única parente dele na cidade, como ele havia me contado meio por cima ainda pela manhã, quando o deixei na porta de casa, mas porque não se dava bem com os pais.
Neste ponto, estávamos sentados no sofá da sala, curtindo o fresquinho do ar condicionado. Deixei um lofi tocando na televisão e estávamos meio de lado, meio de frente um para o outro. A minha impressão é que estávamos cada vez mais perto, uma mão perto da outra, um joelho perto do outro.
Olhando nos olhos dele, perguntei o motivo da desavença com os pais. Ele disse que eram uns “crentes ignorantes” desses que acreditam em Malafaia, além de bolsonaristas que acreditavam em tudo que era fake news de Zap e Facebook.
Lamentei por ele e complementei dizendo que essa religiosidade sequestrada pelos neopentecostais não parava de se espalhar, que dava um pouco de medo ver tanta igreja nova surgindo, tanta pregação de ódio e preconceito. Disse que na minha família também tinha aquilo, mas ao menos meus pais eram mais esclarecidos e ateus, graças a Deus.
E aí foi ele quem me perguntou o que eu queria ter perguntado a ele: como é que alguém como eu estava solteiro?
“Como é que você ainda tá solteiro? Bonito, bem sucedido, bom de papo...”
Eu sorri meio sem jeito, meio lisonjeado, meio louco de vontade de beijar ele, e disse que ainda não tinha encontrado o cara certo.
Pois bem, se ele não havia se tocado de que eu curtia caras, eu decidi que em pleno 2024 não tinha mais sentido dizer “a PESSOA certa” e sim o HOMEM certo. E aí soou o canto dos anjos, a noite virou dia, “é primaveeera” cantou o Tim Maia, e o mundo inteiro sumiu e se resumiu àquela sala e a nós dois quando ele disse:
“E será que eu tenho alguma chance de ser o seu cara certo?”
Pela próxima meia hora, não teve mais nenhuma conversa. Nossas mãos se entrelaçaram, eu fui até o meio do caminho, ele fez o mesmo, e a gente se beijou. Uau... Aconteceu! Dois anos sonhando com aquilo, fantasiando, me masturbando, devaneando cenários, desmoronando ilusões ante à suposta namorada, mas aconteceu!
Dos beijos, longos, calorosos, sem pudor, fomos sentindo o corpo um do outro. Eu sonhava em afagar aquele cabelo curtinho dele, quase militar, e vê-lo sem os óculos. Ele era forte, braços musculosos, torso definido, coxas grossas. Comecei a sentir os pelos aparados no peito dele enquanto a mão dele passeava pelas minhas costas e cabelos um pouco mais longos.
Quando tirei a camiseta dele, vi as outras tatuagens que ele havia mencionado: duas do lado direito das costelas (devem ter doído pra fazer), e uma na “asa” esquerda, nas costas. Eu corri meus lábios pela pele dele, saboreando as partes lisas e as ásperas, o delicado e o grosseiro. Ele mordiscava e brincava com o meu pescoço de um jeito que me excitava.
Fui eu quem levou as mãos às calças dele primeiro, por cima e depois por dentro. Ele estava duríssimo, parecia pedra. Mesmo sem ver, minha mão já sentia que era grande, grosso e que os pelos dali também eram aparados.
As mãos dele começaram a entrar pela minha calça por trás, sentindo a minha bunda quase lisa, com uma leve penugem que nunca crescia além daquilo e eu não raspava ou depilava. Ele foi se acercando cada vez mais do centro, brincando com um ou dois dedos por ali.
Quando ele se pôs de pé para tirar as calças, eu permaneci sentado no sofá e comecei a chupá-lo. Que pau gostoso... Dava para ver o quanto ele estava curtindo porque ele já estava babando, coisa que eu adoro, e eu me esforcei para que ele coubesse inteiro na garganta, fiz garganta profunda nele.
Brinquei um pouco as bolas dele, depiladinhas, grandes e bem juntinhas, uma delícia lambê-las e sentir o pau pulsante, cheio de veias saltadas dele, cabeçona que parecia que iria explodir de tão dura, aninhado na minha cara.
Fiquei alguns minutos cuidando do pau dele com a boca, quando ele quase que me arrancou, dizendo que se eu continuasse ele iria gozar. Foi então que ele me pôs de pé, me virou de costas e me colocou de quatro no sofá. Foi a vez dele se abaixar e começar a brincar com a boca na minha bunda.
Ele mordia, depois lambia, e começou a enfiar a língua, deixar bem salivado antes de meter um dedo, tirar e colocar, rodar ele ali dentro, dobrar, tirar, voltar a lamber. Porra, aquela barbicha de uns três dias dele roçando em mim quase me tirava o controle. Foi a vez do meu pau, que estava duro esse tempo todo, começar a babar.
Pouco depois, ele voltou a ficar em pé, se posicionou atrás de mim e começou a roçar o pau babado na portinha. A pré-porra dele era todo o lubrificante que precisávamos, mas eu ainda peguei a babinha que escorria do meu pau e me besuntei. Ele besuntou o dele com a própria pré-porra e começou a me comer.
Ele fez de um jeito tão gostoso que não chegou a dar aquela pontada de dor habitual. Entrou deslizando devagar mas de uma só vez. Ele se atolou inteirinho dentro de mim e eu, que estava de quatro, me ergui para que ele me abraçasse, sem sair de dentro de mim, sem se mexer.
Ele me abraçou, eu virei o rosto, nos beijamos, e eu sentia o pau dele pulsando, latejando dentro de mim. Voltei a ficar de quatro e ele começou a estocar. Socou sem dó em mim. Que encaixe! Era grosso na medida certa para mim, ia até o fundo, se fazia sentir, e fazia meu pau babar cada vez mais.
Algumas vezes, eu pegava a minha pré-porra e passava no pau dele para que enfiasse em de mim. E ele socava até o fim, sem dó. Me segurou pelos ombros e socou. Segurou meus braços cruzados nas costas e bombou. Segurou meus cabelos e arregaçou. Meteu por uns bons cinco minutos.
Minhas pernas estavam fracas e minhas bolas doíam de tanto prazer por tanto tempo. Quando percebi que ele havia começado a ofegar e intensificar as estocadas, comecei a me masturbar e, percebendo que ele hesitava entre gozar dentro ou tirar, eu pedi a ele:
“Me engravida.”
Foi a palavra mágica para ele se entalar dentro de mim de um jeito que, quem já sentiu, sabe que é uma dor maravilhosa, de ver estrelas, como se ele tentasse rasgar o fundo do meu útero e lá jorrasse seus bilhões de filhos em potencial.
Foi nessa hora que eu gozei, esporrada intensa pra caralho que causou uma pequena destruição no meu sofá e tirou as forças dele, já que eu me contraí todo quando gozei e o pau dele estava sensível dentro de mim, depois de ter esvaziado as bolas no meu útero.
Ele tombou por cima de mim no sofá e ficamos juntos, ofegando, transcendentes. Parte era o vinho, parte o lofi tocando, mas acima de tudo o prazer de uma trepada maravilhosa, dois anos de tesão muito bem recompensados.
No fim, não jogamos playstation naquela noite, rs...
Além de excitante, muito lindo! Que encontro! Quanta afinidade! Lindo demais..
Cara não sei se eu tenho inveja desse conto maravilhoso, ou da forma como te fudeu gostosamente. Parabéns, merece uma nota 10.
Que conto magnífico.
Conto muito bem escrito e votado! O longo processo de conquista, os diálogos ricos e a cena de sexo foram relatados com maestria. Parabéns
Muito bom! Votado! Felicidades aos dois 😍
Votado ! Delicia de conto! PS= Não o perca nunca, esse, é para casar, e terem muitos filhos!