Perdendo a Mamãe – Um Acordo para o Fim do Bullyng (Parte 01)

    Olá, meu nome é Rafael. O que tenho para contar aqui já aconteceu a bastante tempo e sinceramente me deixou bastante traumatizado e até mesmo me levou ao afastamento da minha família.
    A situação toda ocorreu quando eu estava no segundo ano do ensino médio. Logo no início do ano letivo, dois encrenqueiros resolveram tirar sarro de mim. Eu era bem magro, usava óculos, tinha belos lisos e um corte de cabelo ridículo que lembrava a cuia de um penico.
    Pedro e Lucas, que eram dois repetentes, me pediram para colar o trabalho de matemática, matéria na qual sou muito bom até hoje. Eu neguei pois não queria partilhar meu trabalho duro.
    Foi ai que o bullying começou. Eles me atormentavam diariamente. Me batiam, me roubavam, jogavam minhas coisas no rio, tiravam sarro de mim e confesso que fiquei muito introvertido nesse período.
    Mas o pior de tudo aconteceu no meio do ano. Eu gostava muito de uma menina chamada Marceli. Basicamente era o que mais me motivava a ir para a aula. Um dia estávamos no intervalo e enquanto eu conversava com a Marceli, Pedro veio por trás de mim e me segurou, Lucas rapidamente baixou minhas calças e cueca e então eu fiquei ali nu, na frente da Marceli.
— Olha ai Marceli, seu galã apaixonado como veio ao mundo.
— É acho que com isso não da para fazer muita coisa não.
— Parece sabugo pequeno!
— É, meio sabugo!
    E para meu espanto todos riram de mim, inclusive a Marceli. Aquilo me destruiu. Fui para casa e chorei por dois dias, chegando até mesmo a perder aulas.
    Eu era filho único e minha mãe vendo a situação que eu estava conversava comigo falando que aquilo era apenas uma fase e que ia passar. Que não devia me deixar tão abalado com as coisas bobas que os jovens fazem. Ela não entendia da minha vida.
    No segundo dia que eu faltei, finalmente ela decidiu que conversaria com o Pedro e com o Lucas para o Bullying acabar de vez!
    Minha mãe na época era uma mulher jovem, de 34 anos de idade, pele morena, cabelo cacheado que sempre pintava de loiro e muitas vezes alisava, uma bela bunda de academia e seios siliconados. Era corretora de imóveis e tinha um horário flexível de trabalho e sempre praticava academia. Estava junto do meu pai a quase dez anos.
    Quando ela voltou naquele dia mais tarde disse.
— Pronto, Lucas e Pedro vão parar de pegar no seu pé.
— Como assim?
— Eu resolvi a situação.
— Resolveu como?
— E isso importa?
    Bem, realmente não importava. Agora certamente, além de tudo, eu ainda iria levar a pecha de filhinho da mamãe. Não discuti com a minha mãe pois eu sabia que ela estava tentando o melhor para mim.
    Não me senti bem para ir no resto da semana na aula e combinei com ela que voltaria na segunda seguinte.
    Quando eu cheguei, na segunda, inacreditavelmente NINGUÉM absolutamente ninguém falava nada a meu respeito. As vezes um ou outro olhavam para mim, mas nada vinha, absolutamente nada.
    Até Lucas e Pedro vieram pedir por tudo e pararam o Bullying comigo. Aquilo foi surpreendente.
    Passou um mês até tive coragem de voltar a falar com a Marceli. Ela pediu desculpas se foi grosseira comigo e que Lucas e Pedro eram uns idiotas.
    Mais um mês se passou Lucas e Pedro estavam agindo sempre de forma agradável comigo. Aquilo era estranho e anormal, até que eu tive coragem de questionar o por que deles estarem agindo de forma tão diferente comigo.
— Bem a sua mãe resolveu.
— É moleque a sua mãe realmente sabe usar das ferramentas que tem para convencer as pessoas.
    E então os dois riram deixando a minha presença ainda com várias perguntas.
    Tive coragem de chamar a Marceli para sair. Quando acabavam as aulas íamos para sorveteria. Até que agente começou a ficar e fiquei muito feliz mesmo. Mas eram apenas beijinhos mesmo, mesmo que a minha vontade fosse ir além.
    Depois de um tempo junto da Marceli, ela me contou que Lucas e Pedro estranhamente passaram a ameaçar quem imaginasse a me zoar e que ela achou aquilo muito estranho. De fato era.
    Em casa eu voltei a questionar o que minha mãe havia conversado com Lucas e Pedro a quase um trimestre atrás.
— Eles estão te incomodando? — Perguntou ela com uma cara estranha.
— Não, pelo contrário, estão me tratando muito bem e não deixam que ninguém mexa comigo.
— E você está feliz de novo?
— Bem, estou na verdade. — Disse abrindo um sorriso.
— Então está tudo certo.
    Após um tempo dessa nossa conversa, teve um dia que a Marceli faltou. E eu iria voltar para casa um tanto mais cedo. Quando sai da aula, para meu espanto, encontrei o carro da minha mãe na outra esquina e vi que Lucas e Pedro estavam falando com ela. Não demorou e entraram no carro.
    Eu estava de bike e de longe resolvi seguir assim que ela saiu com o carro. Eu tinha que ficar longe para não ser observado e não muito para não perder o carro.
    Ela parecia estar indo em direção a Loja de carros do pai do Lucas, mas passou. Seguiu um pouco mais adiante até uma casa grande. Acredito que era a casa do Lucas. Eu fiquei na esquina bem mocado para não ser visto e pude ver ela parando na frente da casa.
    Lucas saiu abriu o portão e ela entrou com o carro. Então o portão fechou.
    Eu estava em dúvida do que fazer então uns vinte minutos após eu rodeei a casa e descobri uma árvore que ficava perto do muro. Escalei e então pulei o muro bem silenciosamente.
    A casa do Lucas era realmente grande, fui me esgueirando pela construção tentando ouvir algo. Até que vi que eles estavam na área da piscina.
    Minha mãe usava um biquíni minúsculo, deitada em uma espreguiçadeira enquanto Lucas passava óleo pelo seu corpo. Pedro tinha um celular e batia fotos e gravava pequenos vídeos do seu amigo esfregando óleo por todo corpo da minha mãe. Todos riam e pareciam muito a vontade com aquilo tudo.
    Eu fiquei literalmente em choque, mas estava bem escondido e observava tudo sem perder nada. Meus olhos viam mas eu não creditava.
    Lucas esfregou óleo em todas as partes, usava apenas um short preto e dava para ver o pau marcando de tesão. As vezes ele dava leves tapas em sua bunda. Até que ela se virou e disse:
— Vem cá, vai ficar só nisso mesmo?
    Lucas abriu um sorriso no rosto e então o que eu achei que não tinha como piorar, piorou. E piorou muito.
    Eu sinceramente não consigo descrever. Mas foi mais de uma hora e para o meu espanto, minha mãe estava se divertindo bastante de um jeito que eu JAMAIS poderia se quer imaginar.
    Após eles terminarem com aquilo tudo, entraram para casa rindo. Eu estava meio que em choque sentado ao lado da construção sem pensar muito. Depois de uns 15 minutos eu vi minha mãe indo até a área da piscina, recolhendo seu biquíni e voltando para dentro da casa.
    Não demorou e ouvi o carro dela ligando e saindo da garagem.
    A porta fechou e eu percebi que não tinha por onde escalar o muro e sair da casa. Estava preso lá.