Com o passar do tempo, o desejo de ir mais longe aumentou. Em uma madrugada, tomado por um impulso, decidi fazer algo arriscado: compartilhei o Instagram de uma amiga com alguém no aplicativo KIK e iniciei o desafio, sentindo uma mistura de ansiedade e excitação. Naquele momento, senti que estava entregando minha vida social nas mãos de um estranho — o que, de fato, aconteceu. A pessoa começou a me instruir a tirar fotos e fazer vídeos, seguindo as ordens que ele decidia com o giro de um dado online. O último desafio exigia que eu o obedecesse por uma semana, e uma das tarefas foi remover todos os pelos do meu corpo com uma lâmina e gravar o processo, incluindo tomar banho depois.
A princípio, me recusei, mas então veio a pressão real das consequências do meu envolvimento. Ele disse: “Vamos, você não vai querer que ela veja essas fotos”, o que fez meu coração disparar. Naquele momento, entendi que estava completamente sob o controle dele. Apesar do medo, também nunca tinha me sentido tão excitado. Passei o resto da semana cumprindo suas ordens. Depois disso, ele simplesmente desapareceu e cortou contato. Acabei perdendo a amizade com essa amiga e, até hoje, me pergunto se ele realmente enviou as fotos para ela. Essa foi minha primeira experiência com blackmail, e é estranho pensar que posso encontrar fotos e vídeos antigos meus espalhados na internet ao buscar pelos apelidos que usava na época.