Meu amigo da faculdade (conto extra)

Quem tem me acompanhado aqui viu que estou começando a contar algumas experiências que aconteceram comigo e iniciei falando sobre eu e meu primo (Veja ai os contos, estão bem legais). Os contos saem todo domingo, mas esse será uma exceção porque preciso das dicas de vocês de como resolver essa questão com meu amigo. Mas domingo continuo a saga com meu primo hahahaha.

Na faculdade eu me empenhava muito, tinha bolsa e queria mantê-la até terminar a graduação e para isso precisava de notas excelentes. Então, me dedicava bastante e nisso um colega de turma, vamos o chamar de Marcus, se aproximou de mim pedindo ajuda com as matérias da faculdade. O Marcus era 10 anos mais velho que eu, na época tinha 30 anos, casado, tinha 2 filhos e era trabalhador de fábrica e fazia turnos extensos no trabalho, o que dificultava muito para ele acompanhar o ritmo da universidade a noite.

Eu fui ajudando ele com as matérias e logo viramos grandes amigos! Todos os trabalhos fazíamos juntos, estudávamos quase todo sábado e fomos ficando bem próximos. Naquela época ainda não tinha Whatsapp então as trocas de msg entre a gente era por SMS. Mas eu jovem, sem trampo e recém chegado na faculdade vivia quebrado de grana, quase nunca tinha crédito para falar com ninguém.

Certo dia recebi uma recarga de 14 reais no meu celular. Achei estranho, mas logo recebi uma mensagem do Marcus desejando bom dia. Perguntei se tinha sido ele a fazer a recarga e ele disse que sim, que queria conversar comigo mas eu nunca tinha crédito. Detalhe que por SMS quase nunca falávamos sobre as questões da faculdade. Isso nos aproximou mais, falávamos quase todos os dias, as vezes horas a fio por mensagens.

O Marcus era amigo de todos na sala, mas sempre sentamos próximos, íamos no intervalos juntos... Certa vez fui encontrar um amigo no Campus e ele foi atrás, queria saber quem eu estava falando, parecia que ele estava com ciúmes sabe. Eu também passei a ter ciúmes das amizades que ele fazia na faculdade, principalmente com as menininhas que ficavam caidinhas nele.

Confesso que ele não era muito bonito, mas era muito simpático e atencioso. Com todo mundo.

Nessa época ainda rolava aquelas pegações com meu primo, mas estava cada vez mais difícil essa interação. Nessa época eu também já namorava, e estava super feliz com o relacionamento que estava construindo, mas me sentia mal com essa questão com o Pedro.

Certo dia eu e o Pedro tivemos uma discussão, fiquei muito mal e comecei a me isolar. Nesse dia eu cheguei na facu bem deprê e ele estava em uma roda de amigos. Me viu isolado e veio falar comigo. Quis saber o que era, e como ninguém sabia nada desse meu outro lado eu não falei nada. No outro dia ele me mandou mensagem pela manhã perguntando se eu estava bem, o que tava pegando. E eu decidi falar... Abri o jogo do meu primo e ele agiu normal, disse que eu iria superar e tals, mas que precisava me apegar com Deus (detalhe ele é evangélico), mas o que me chamou mais atenção foi a pergunta que ele me fez "E tem mais alguma coisa? Eu tenho algo a ver com esse seu sentimento?" - Ele estava me perguntando, mesmo que disfarçadamente se eu gostava dele - E muito burramente disse que ele não tinha nada a ver com isso, mas eu já tinha um desejo nascendo.

Ele nunca me tratou diferente, até parece que estávamos mais íntimos. Ele não era muito de abraços, mas sempre apertava meu ombro, sentava colado comigo, e algumas vezes arriscava colocar a mão na perna dele, e não tinha negativa. Mas diferente do que era com o Pedro, não tinha coragem de arriscar mais.

Os anos passaram, conheci sua família, viajamos juntos mas nunca rolou. Inclusive, nessa viagem eu fui ao seu lado no ônibus e a esposa dele com os filhos, eu deitei em seu ombro e passei a viagem com a mão em seu joelho, mas nenhuma iniciativa de nenhum lado... Eu sempre senti uma tensão sexual entre a gente, temos a intuição quando alguém tá afim, mas ele nunca avançou. Até no cinema, as vezes, a gente deixava as mãos se encostando no escuro, uma em cima da outra, mas nada além disso.

Os anos passaram, formamos e distanciamos. Mas, recentemente eu o encontrei e tudo voltou a tona. A gente se encontrou e muito sutilmente coloquei minha mão na coxa dele, e não tive negativa, na real ele até mexia a perna, quase querendo que eu avançasse. Mas fiquei com receio e não fiz.

Minha dúvida é, será que tô exagerando ou ele quer algo? Sempre senti que ele queria, mas nunca demonstrou nada concreto. Tenho receio de avançar e perder uma amizade.

Me dêem dicas de como agir??? Tenho muito tesão nele