Fogo da Cela 13


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Eu nunca imaginei que uma visita obrigatória da faculdade ia virar minha vida de cabeça pra baixo. Sou Adeir, 24 anos, estudante de Direito numa universidade meia-boca em Vitória, mas moro em Terra Vermelha, um bairro quente e apertado na Serra, Espírito Santo. Filho de dona Cleide, que vive cobrando netos, e de seu João, que acha que homem tem que "se garantir" na vida. Cresci ouvindo funk nas esquinas e pegando ônibus lotado pra chegar na aula, com o sonho de virar advogado e tirar minha família do sufoco da grana curta. Mas, seis meses atrás, uma aula de Direito Penal mudou tudo.

Era uma quinta-feira abafada, o calor de 38 graus grudando a camiseta no peito. A professora mandou a turma visitar o presídio estadual pra "entender o sistema na prática". Eu, que sempre fui cagado de medo de lugar assim, só queria cumprir o dever e vazar. Passamos pelas alas, o cheiro de suor velho e concreto quente impregnado no ar, os gritos abafados dos presos ecoando nas grades. Até que, no pátio, vi *ele*. Felipe. Um moreno de quase dois metros, corpo esculpido como se levantasse ferro todo dia, braços tatuados com uns traços tortos que pareciam contar histórias. A pele brilhava de suor sob o sol, e a cara fechada dele – sobrancelha grossa, maxilar travado – me fez engolir seco. Condenado por furto, ele tava ali, malhando com uma barra improvisada, enquanto os outros presos zoavam ao fundo.

Por causa da atividade, tínhamos que entrevistar alguém. Escolhi ele. Não sei se foi o tamanho, o jeito durão ou o calor subindo pela minha nuca, mas apontei praquele cara e disse pro guarda:
– Quero falar com aquele ali.

Me levaram pra uma sala pequena, com uma mesa de metal enferrujada e uma cadeira que rangia. O ventilador meia-boca zumbia no canto, jogando um vento morno que não refrescava porra nenhuma. Felipe entrou algemado, o macacão laranja apertado no peito largo, e se jogou na cadeira na minha frente. O policial ficou do lado de fora, a porta entreaberta. Comecei com as perguntas de praxe, o caderno tremendo na mão:
– Oi, eu sou Adeir. Qual teu nome? Por que tu tá aqui? Se arrepende?

Ele me encarou por uns segundos, os olhos pretos cortando igual faca.
– Felipe. Furtei um mercadinho. Tava com fome, sem grana, sem escolha. Arrependido? Claro, mas não muda nada. – A voz dele era grave, rouca, como se carregasse um peso que eu não entendia.

Eu tava suando frio, o coração batendo na garganta. Ele parecia um bicho enjaulado, mas tinha algo ali, uma faísca que eu não explicava.
– Tu me assusta um pouco – soltei, sem pensar, tentando quebrar o gelo. – Essa cara de mau, sabe?

Ele riu, um som baixo e inesperado que abriu um sorriso torto nos lábios grossos.
– É só a cara, moleque. Não mordo. Só se pedirem – disse, e deu uma piscada que me pegou desprevenido. Meu pau deu um pulo na calça, e eu baixei os olhos pro caderno, fingindo anotar.

A conversa fluiu. Ele contou que cresceu numa vila em Cariacica, que a mãe dele era costureira e o irmão mais novo vivia metido com os "maluco da quebrada". Disse que o furto foi burrice, que o chefe do trampo anterior mandava ele carregar caixote por dez real o dia, até que ele cansou. Eu ouvia, hipnotizado pelo jeito que ele falava – direto, sem frescura, mas com um fundo de saudade no tom. Quando percebi, já tinha passado da hora. Antes de me despedir, olhei pra ele e deixei escapar:
– Tu é foda, Felipe. Queria te ver de novo, se rolar.

Ele riu outra vez, coçando a nuca.
– Nunca levei cantada de cara, mas tu é doido o bastante pra eu topar. Volta domingo, dia de visita. Eu te espero.

Saí dali com o corpo quente, o cérebro girando. No ônibus pra casa, o cheiro de graxa e poeira misturado com o suor dos outros passageiros não tirava Felipe da minha cabeça. Aquele homem era um vulcão preso atrás das grades, e eu já tava louco pra sentir o calor dele queimar minha pele.

---

Domingo chegou com um sol de rachar. Voltei ao presídio, uma mochila nas costas e um bolo na garganta. Depois de uma revista demorada – o guarda enfiando a mão até nas costuras da cueca –, me levaram pra mesma sala. Esperei uns dez minutos, o coração na boca, até que a porta rangeu e Felipe entrou, algemado de novo. O macacão tava mais sujo, mas o corpo dele parecia ainda maior ali, quase engolindo o espaço.
– Tire as algemas e nos deixe – pedi pro guarda, tentando soar firme. Ele hesitou, mas obedeceu.

Quando a porta bateu, olhei pra Felipe e joguei tudo no ar:
– Tu transaria comigo?

Ele congelou, depois riu alto, o som ecoando nas paredes de concreto.
– Porra, tu é direto, hein? Nunca fodi com homem, mas tô há dois anos sem meter. Tô tão na seca que até tu eu como, moleque.

O tesão subiu como um soco no peito. Chamei o guarda, enfiei cinquenta reais na mão dele e pedi:
– Leva a gente pra visita íntima.

O cara resmungou, mas nos guiou por um corredor úmido até uma cela minúscula. Um colchão fino no chão, uma porta de ferro enferrujada e uma janela alta com grades. O cheiro de mofo e sexo velho pairava no ar. O guarda trancou a porta e sumiu.

Fiquei pelado em dois segundos, a roupa caindo no chão rachado. Felipe abriu o macacão devagar, deixando o tecido deslizar pelos ombros largos. O peito era um mapa de músculos, o abdômen marcado, e quando o pano caiu, vi *aquilo*. Um pau preto, grosso, pesado, pendendo entre as coxas grossas como toras. Meu cu piscou só de olhar.

– Caralho, tu é grande pra cacete – murmurei, já de joelhos. Ele riu, um som rouco e gostoso.

Aproximei a boca, sentindo o calor que emanava dele antes mesmo de tocar. O cheiro era forte, de homem suado, de dia quente, e eu lambi a cabeça devagar, o gosto salgado explodindo na língua. Ele gemeu baixo, um “hmmm” que vibrou no peito, e segurou minha nuca com uma mão calejada. Chupei ele inteiro, a rola enchendo minha boca até engasgar, as veias pulsando contra minha língua. Ele gemia mais alto agora, um som animalesco que fazia meu pau vazar na cueca largada no chão.

– Quero teu cu – ele grunhiu, me puxando pra cima.

Fiquei de quatro no colchão, o tecido áspero arranhando os joelhos. Ouvi o “ptu” do cuspe dele caindo na mão, e logo senti os dedos grossos espalhando a saliva no meu rabo. Ele brincou ali, esfregando, melecando, até que, sem aviso, a cabeça da rola forçou minha entrada. Gritei, a dor rasgando como fogo, mas o tesão era maior. Ele meteu tudo, fundo, os bagos batendo na minha bunda, e eu mordi o braço pra não berrar mais.

– Tá aguentando, moleque? – ele perguntou, a voz tremendo de tesão.
– Vai fundo, porra – respondi, ofegante.

Ele começou a bombar, um ritmo bruto, desesperado, o som molhado da pele batendo ecoando na cela. O calor dele me engolia, o suor pingava no chão com um “ploc” ritmado. Eu gemia alto, o pau dele me abrindo inteiro, até que ele travou, o corpo tremendo.
– Vou gozar, caralho – ele rosnou, e senti o jato quente me enchendo, grosso, pulsante, escorrendo dentro de mim enquanto ele desabava sobre minhas costas, ofegante.

Ele caiu no colchão, a rola amolecendo, brilhando de cuspe e porra. Eu fiquei deitado, o cu ardendo, mas o corpo leve como nunca.
– Gostou? – ele perguntou, rindo baixo.
– Quero mais – respondi, e ele riu de novo, já se ajeitando pra vir por cima.

Dessa vez, ele me virou de barriga pra cima, as pernas abertas como um convite. Cuspiu na mão, melou o pau de novo e entrou devagar, me olhando nos olhos. Era diferente – mais lento, mais fundo, um vai e vem que me fazia gemer rouco. Ele segurou meus pulsos contra o colchão, o peso dele me prendendo, e acelerou, os quadris batendo forte. Levantei as pernas, joguei sobre os ombros dele, e ele meteu mais fundo, o ângulo perfeito pra me fazer ver estrelas. Meu pau gozou sem eu tocar, o leite quente espirrando no meu peito, e ele gozou logo depois, enchendo meu cu outra vez, o gemido dele um trovão baixo que me arrepiou inteiro.

Nos vestimos em silêncio, o ar pesado de suor e sexo. Antes de eu sair, ele segurou meu braço.
– Volta quarta, Adeir. Te espero.
– Eu venho – respondi, o coração disparado.

Seis meses depois, eu e Felipe somos um vício. Nos vemos duas vezes por semana, sempre na mesma cela fedida, sempre com o mesmo fogo. Ele me fode como se o mundo fosse acabar – de quatro, de lado, sentado na minha rola enquanto eu gozo na boca dele. Cada transa é longa, suada, com preliminares que me deixam louco – ele chupando meu saco, eu lambendo as tatuagens dele até a tinta parecer derreter na minha língua. O clímax é sempre um espetáculo: ele goza como um bicho, o corpo tremendo, o gemido abafado na minha nuca, o calor do leite me marcando por dentro. Eu fico bambo, o peito arfando, as pernas moles, saciado até a alma.

Tô apaixonado por um presidiário. Felipe me realiza como ninguém, me enche de tesão e de algo mais fundo, que eu não sei nomear. Ele é condenado, mas pra mim é liberdade – um fogo que queima tudo e me deixa vivo. Quarta é dia de visita, e eu já tô contando as horas pra sentir ele me rasgar de novo.


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Ficha do conto

Foto Perfil Conto Erotico thebest22

Nome do conto:
Fogo da Cela 13

Codigo do conto:
230572

Categoria:
Gays

Data da Publicação:
05/03/2025

Quant.de Votos:
4

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