Muito prazer, me chamo Luciana, sou casada a 20 anos, hoje tenho 46, sou mãe de dois filhos, um de 18 e outro de 26, sou Loira, com o cabelo comprido que desce até a cintura, quase sempre solto, com aquele ar meio bagunçado, meio selvagem. Meus olhos são castanhos, grandes, expressivos, daqueles que seguram o olhar por mais tempo do que deveriam. E a boca… carnuda, naturalmente provocante, do tipo que fica ainda mais chamativa com um batom vermelho e um sorriso de canto.
Sou casada há 20 anos. Meu casamento sempre foi bom — daqueles que fazem inveja. Sempre fui bem tratada, bem amada… bem comida, pra falar a verdade. Meu marido sempre fez questão de me lembrar que eu era dele, e eu adorava isso. A química entre a gente sempre foi intensa, aquele tipo de relação em que o toque, o cheiro, a presença bastam pra acender tudo.
Mas aí ele virou engenheiro petroleiro. Apesar do bom salário, ele começou a passar semanas longe, em alto mar nas plataformas. E foi aí que tudo começou a mudar.
Ficar tanto tempo sozinha despertou uma parte de mim que eu nem sabia que existia. No começo era só a carência, a falta da presença, do toque. Mas com o tempo… foi mais do que isso. Era a vontade de me sentir desejada de novo, olhada, provocada. Era o calor nas coxas quando alguém me elogiava no mercado, o arrepio quando sentia um olhar mais demorado nas minhas curvas.
E falando em curvas… tenho o corpo que carrega bem esses vinte anos. Seios firmes, redondinhos, daqueles que ainda seguram bem um decote. Cintura fina, marcada naturalmente, e um quadril largo que se destaca com qualquer saia justa. Coxas grossas, bumbum empinado — aquela combinação que chama atenção mesmo de costas. Gosto de me vestir pra mim, mas sei exatamente o efeito que causo quando escolho a roupa certa.
E agora, sozinha com meus desejos, comecei a descobrir um prazer diferente. Um prazer que não vem só do toque, mas do jogo. Do flerte. Do perigo. Da provocação.
Capítulo 1 – O Lixo e a Semente
Fazia cinco dias desde que ele tinha ido. A mala, o beijo apressado na testa, o “se cuida” automático… e a porta se fechando. Dessa vez doeu um pouco mais. Eu sabia que seria assim agora que meu marido virara petroleiro — semanas embarcado em alto-mar, enquanto eu ficava aqui, nesse apartamento silencioso demais.
Nosso casamento sempre foi bom. Estável. Vinte anos juntos. Sempre fui bem comida, não posso reclamar. Ele nunca deixou a desejar entre quatro paredes. Mas estar sozinha tanto tempo estava começando a mexer comigo. E não era só carência emocional, não. Era no corpo mesmo. Uma inquietação. Um vazio latejando entre as pernas.
Naquela manhã, desci para jogar o lixo. Nem pensei em trocar de roupa. Estava de pijama: shortinho de tecido fino, justo no quadril, e uma regatinha branca sem sutiã. Meus mamilos ficaram marcados com o friozinho do corredor. Cabelos presos de qualquer jeito, cara lavada. E mesmo assim… eu sabia que ainda chamava atenção. Nunca fui de me achar demais, mas tinha dias que até o espelho me olhava diferente.
Assim que cheguei ao térreo, vi o Mauro, o porteiro. Um cara simpático, sempre sorrindo, com aquele jeito meio malandro. Quando ele me viu, se ajeitou todo na cadeira. Percebi o olhar dele correndo solto pelas minhas pernas, subindo devagar até parar no meu peito.
— Bom dia, dona Luciana — ele disse, com a voz arrastada. — Sozinha de novo, né?
Dei um sorriso leve, tentando disfarçar o incômodo que, no fundo, nem era incômodo. Era outra coisa. Um calorzinho.
— Bom dia, Mauro. Pois é… meu marido embarcou semana passada.
Ele balançou a cabeça com um sorrisinho no canto da boca, como quem sabia de algo que eu não.
— Esses homens de plataforma… vou te falar, viu? Têm fama.
Arqueei a sobrancelha, intrigada.
— Fama?
— Ah… com todo respeito, mas traem muito. Ficam semanas longe, tem muita tentação lá. Mulherada que embarca junto, festa escondida… é um tal de “ninguém é de ninguém”. E eles não são de ferro, né?
Fiquei muda por alguns segundos. A frase bateu diferente. Me atravessou.
Mauro continuou, a voz mais baixa, como se estivesse me contando um segredo sujo.
— Se eu tivesse uma mulher igual à senhora, nunca deixava sozinha tanto tempo. Mulher bonita, sensual… ainda por cima desce de pijama desse jeito… aí complica, né?
O jeito como ele falou aquilo… senti o calor subir nas bochechas. Dei uma risada sem graça e tentei sair pela tangente.
— Eu confio no meu marido, Mauro.
— Claro, claro — ele respondeu, mas com um tom que dizia “duvido”.
Virei de costas, indo na direção do elevador. E eu senti. Eu juro que senti o olhar dele grudado nas minhas pernas. No meu quadril. Como se me despisse ali mesmo, no hall do prédio.
Quando entrei no elevador, respirei fundo. O espelho me devolveu o reflexo de uma mulher diferente. A mesma Luciana de sempre, mas com algo novo no olhar. Um brilho escondido. Uma centelha.
A verdade é que, naquele instante, pela primeira vez em muito tempo, eu me senti… viva.
E aquela conversa boba, cheia de segundas intenções, ficou rodando na minha cabeça. Como uma sementinha, bem plantada. E eu sabia que ela ia crescer.
Capítulo 2 – Entre as Pernas e as Paredes
Aquela manhã já tinha começado diferente. Eu desci pra jogar o lixo com o corpo meio mole, ainda acordando, mas a conversa com o Mauro me despertou de um jeito estranho. Não era só o que ele disse, era como disse. O olhar dele, o tom… Me senti desejada, olhada de um jeito que fazia tempo que não sentia.
Subi de volta pro apartamento com a pele quente. Entrei e fechei a porta devagar, como se aquilo pudesse apagar o que eu tava sentindo. Mas não apagou. Pelo contrário.
Deitei no sofá, ainda de pijama, e fechei os olhos. Tentei pensar em qualquer coisa… mas minha mente insistia em voltar pra aquele olhar, pro comentário malicioso, pro jeito que ele me imaginou sem a blusa. E eu me imaginei também. Me vi sendo olhada, tocada, desejada por outro homem que não era o meu. Só de pensar, senti meu corpo reagir — aquele formigamento conhecido nas coxas, o calor crescendo ali no meio, pulsando devagar.
Minhas mãos foram escorregando sem pressa. Uma subiu até os seios por baixo da blusa, acariciando o mamilo duro. A outra desceu entre minhas pernas, por dentro do short, encontrando os lábios quentes, úmidos, carentes. Fechei os olhos. Respirei fundo. E me deixei levar.
Estava quase me perdendo, a respiração descompassada, os quadris se mexendo devagar contra meus dedos… quando ouvi a porta do quarto se abrir.
— Mãe?
Meus olhos se abriram num susto, o corpo inteiro congelando.
— Filho? O que você tá fazendo acordado essa hora?
— Tô com fome… tem pão?
Demorei um segundo pra responder. O coração ainda acelerado, a mão ainda úmida.
— Tem sim, filho… na gaveta de cima. Pode pegar.
Ele voltou pro quarto sem perceber nada, ainda meio sonolento. E eu fiquei ali, deitada, com a mão parada entre as pernas e a cabeça cheia. Frustrada. Irritada. Incompleta.
Era pior do que não ter tentado. Eu tinha sentido. Tinha deixado o desejo vir. Tinha me entregado, mesmo que por alguns minutos, àquela fantasia que já nem parecia tão impossível assim.
E agora… agora meu corpo ardia. E não tinha ninguém pra apagar o fogo.
Capítulo 3 – Correndo do fogo
Tentei me convencer de que era só uma loucura passageira. Uma fraqueza. Que eu era, ainda, a mesma mulher de sempre. Casada. Fiel. Correta.
Resolvi sair. Precisava de ar, de movimento, de fugir de mim mesma por uns instantes. Troquei de roupa, prendi o cabelo num coque bagunçado e vesti algo leve, mas sem pensar no quanto aquilo ainda carregava do meu estado de espírito.
Coloquei um short de lycra justo, preto, que marcava como uma segunda pele cada curva do meu quadril, cada rebolado do meu caminhar. A blusinha era branca, de algodão fino, sem sutiã por baixo. Meus mamilos ainda estavam duros, visíveis sob o tecido, como se meu corpo estivesse gritando que não queria calmaria — queria mais.
Fui assim mesmo. Talvez, no fundo, torcendo pra alguém perceber.
O parque ficava a três quadras dali. Um lugar tranquilo, árvores altas, cheiro de grama molhada, e o vai e vem de gente tentando fugir do tédio da tarde.
Caminhei devagar, sentindo o vento bater contra minha pele quente. Cada passada fazia o short roçar entre as minhas coxas, e o atrito acendia um incômodo gostoso — como se a lembrança do que tinha acontecido estivesse me provocando o tempo todo.
Passei por um grupo de rapazes jogando futebol. Alguns pararam pra olhar. Eu senti. Fingiram continuar, mas os olhos me acompanharam por longos segundos. Um deles, sem disfarçar, soltou um comentário abafado, como quem sussurra um pecado ao vento:
— Olha o corpo dessa mulher, velho…
Não reagi. Mas por dentro, alguma coisa vibrou. O desejo, agora, não era mais segredo. Ele caminhava comigo, suava junto, latejava como um segredo sujo entre as pernas.
Me sentei num banco mais afastado, tentando respirar fundo. Mas a verdade é que minha mente não queria paz. Queria cenário. Queria estímulo. Queria… carne.
Capítulo 4– Palavras que me despem
Foi quando o vi. Sentado num banco mais afastado, lendo um jornal amassado. Era um homem mais velho, talvez na casa dos cinquenta, barba bem feita, braços fortes. Usava uma camiseta justa e jeans escuro. Mas o que me paralisou foram os olhos: ele me encarava por cima do papel, direto, firme… como quem já sabia que eu pararia ali.
E parei.
— Bonita essa sua pressa — ele disse, fechando o jornal e cruzando as pernas, relaxado. — Mas não engana ninguém. Você não tá correndo de nada, tá é procurando.
— Procurando o quê? — perguntei, seca, sem saber se queria continuar ou correr dali.
Ele sorriu.
— Alívio. Um jeito de acalmar esse fogo entre as pernas.
Senti minha respiração falhar. Ele se inclinou devagar, com a calma de quem domina a situação.
— Seu marido viajou, não é?
— Como sabe?
— Você tem cara de mulher bem comida… mas que tá ficando mal acostumada com a ausência.
Engoli em seco. Minhas coxas apertaram instintivamente.
— Você não me conhece.
— Não preciso. Te vi andando com esse short colado, sem sutiã… seus mamilos estavam saltando, clamando pra alguém apertar. Você se vestiu com raiva, Luciana. Raiva da solidão.
— Como sabe meu nome?
Ele riu, baixo.
— Isso aqui é um bairro pequeno. E você… anda chamando atenção ultimamente.
Fiquei em silêncio. A ousadia dele era absurda, mas havia algo na voz dele, no olhar… que me fazia escutar cada palavra como uma ordem que eu queria cumprir.
— Olha pra mim — ele disse, sério agora.
Obedeci.
— Você quer que eu diga que é errada? Que vai pro inferno? — Ele se aproximou, baixinho. — Pois eu não vou. Eu quero ser seu segredo, Luciana. Aquele que você lembra quando estiver se tocando sozinha à noite, molhada e frustrada. E, se deixar, posso te dar muito mais do que só lembrança.
Minhas pernas estavam trêmulas.
— Aqui…? — sussurrei, olhando ao redor.
Ele apenas estendeu a mão, convidando.
— Vem. Vamos só conversar. Lá no canto das árvores. Se você não quiser, eu paro. Mas se quiser… eu te faço esquecer o nome do seu marido.
A respiração saía pesada. Minhas mãos suavam. Mas eu fui. Andamos em silêncio até um ponto mais afastado do parque, escondido entre as árvores.
Ele parou, se virou pra mim e disse, mais uma vez:
— Ainda posso parar.
Eu neguei com a cabeça. Não queria mais parar. Queria sentir tudo de novo. Tudo que me fizesse sair de mim.
Ele me puxou pela mão e fomos até um canto escondido atrás das árvores, numa parte mais deserta do parque. Me colocou de costas, encostada no tronco de uma árvore grossa, abaixou minha calcinha, e baixou a calça só o suficiente.
Entrou em mim com força. Sem pedir, sem perguntar. E eu deixei. Quis. Aceitei cada estocada como um castigo e uma recompensa. Minhas mãos agarradas na árvore, meu rosto pressionado na casca áspera, e meu corpo entregue completamente ao prazer bruto daquele homem desconhecido.
— Seu marido sabe que tem uma puta dessas em casa? — ele sussurrava, enquanto me fodia com vontade.
— Não… — respondi, quase chorando de prazer. — Ele nem imagina…
E ele gozou dentro de mim, com um gemido rouco, enquanto segurava meus quadris como se eu fosse dele.
Ficamos em silêncio depois. Ele ajeitou a calça, me olhou com calma e disse:
— Volta sempre por aqui. Você ainda tem muita coisa pra descobrir.
E sumiu entre as árvores.
Eu fiquei ali, suada, descabelada, com as pernas molhadas e o corpo latejando de novo. Voltei pra casa cambaleando, com a calcinha grudada, com a mente zonza, e a certeza de que não havia mais volta.