O sol já começava a se esconder por entre as copas das árvores, tingindo o céu com tons de laranja e dourado. Lara sentia o calor ainda vibrando na pele, misturado ao frescor das sombras da trilha. Caminhava com passos firmes, os olhos atentos à natureza viva ao redor, mas seu coração pulsava por outro motivo: sabia que ele estaria lá, como prometeram.
Era um fim de tarde comum para quem fazia trilhas, mas nada ali seria comum.
Ao chegar à clareira, encontrou a pequena fogueira improvisada e a mochila deixada encostada numa pedra. Sorrindo de lado, tirou a blusa justa e deixou os ombros livres, saboreando o toque do vento. Sentia-se observada — e gostava disso. A sensação da pele exposta, misturada à adrenalina do inesperado, a deixava viva de um jeito que só aquele tipo de encontro trazia.
— Achei que fosse se atrasar — a voz dele soou baixa e rouca, saindo de trás de uma árvore.
Ela se virou devagar, como quem quer prolongar o momento. Ele surgiu com um sorriso preguiçoso, o corpo alto e atlético coberto por uma camiseta cinza que grudava ao peito suado. Os olhos escuros devoravam-na com desejo contido.
— Eu nunca me atraso para esse tipo de coisa — respondeu, aproximando-se dele.
Quando estavam a poucos centímetros, o silêncio entre eles era mais eloquente que qualquer palavra. Ele levou a mão ao rosto dela, traçando a linha do maxilar com o polegar, e Lara fechou os olhos, entregando-se ao toque.
— Está pronta? — ele perguntou, encostando os lábios ao ouvido dela.
Ela respondeu apenas com um beijo, urgente, molhado, faminto. As bocas se procuraram com desespero. Ele a puxou pela cintura, colando os corpos. A tensão entre os dois explodiu num calor que ignorava o ambiente ao redor.
Lara sentiu as mãos dele explorando suas costas, desabotoando o sutiã com habilidade. Em segundos, estava nua da cintura para cima, exposta ao ar livre, à natureza, ao olhar dele. A excitação de estar ali, tão vulnerável, acendeu nela um fogo incontrolável.
Ele a deitou sobre a manta estendida no chão, entre folhas e galhos. As mãos percorriam seu corpo com reverência e desejo. Beijou seus seios, alternando entre suavidade e mordidas leves que a faziam gemer. O som dos pássaros misturava-se aos sons dela.
Lara puxou a camiseta dele para cima, e ele a ajudou a tirá-la. O corpo quente colou-se ao dela novamente, e ela sentiu a ereção dele roçando entre suas coxas. Ele levou a mão por dentro do short dela, encontrando a calcinha já encharcada.
— Você gosta disso, não gosta? — ele murmurou, os dedos deslizando por entre os lábios íntimos dela.
Ela arqueou o corpo em resposta, o quadril buscando mais.
— Adoro — sussurrou. — Faz tempo que fantasio com isso.
Ele sorriu, e a penetrou com dois dedos, lentamente, observando cada reação dela. Lara gemeu alto, sem medo de ser ouvida. O prazer dela ecoava entre as árvores.
Logo, ela o empurrou de leve e o fez deitar-se. Com os olhos faiscando desejo, abaixou o short dele e o libertou. Seus lábios o envolveram com um carinho quente, firme e ritmado. A forma como ela o chupava fazia a natureza silenciar por um instante.
Ele gemeu, a mão nos cabelos dela, guiando os movimentos. Mas logo a puxou de volta para si. — Quero você — disse.
Lara montou sobre ele, com os olhos presos nos dele, encaixando-se devagar, sentindo cada centímetro. Gemeu com força, jogando a cabeça para trás, os cabelos caindo como uma cascata.
Começou a cavalgar com ritmo crescente, e ele a segurava pelos quadris, empurrando de volta. Os corpos se chocavam com sons molhados, intensos. O calor, o cheiro da terra, a umidade entre eles — tudo era primitivo, selvagem, perfeito.
Quando ela acelerou os movimentos, o orgasmo começou a subir pelo ventre, como uma onda quente. Seus gemidos ficaram mais altos, e ela explodiu em prazer com um grito abafado, tremendo sobre ele.
Ele a segurou com força e logo a virou de costas, penetrando-a por trás. A posição os deixava mais expostos, mais visíveis para o céu e para qualquer um que ousasse invadir aquele momento. Mas não importava. Eles queriam exatamente isso: o risco, a liberdade, o prazer cru.
Ele socava com força e precisão, os gemidos dele agora se misturando aos dela. Até que a tensão em seu corpo explodiu, e ele gozou dentro dela, ofegando, os músculos retesados, os olhos fechados em êxtase.
Por alguns minutos, tudo ficou em silêncio. Lara deitou-se ao lado dele, ainda nua, ainda ofegante, com a pele marcada por folhas e desejo. Ele a puxou para perto, os dedos brincando em sua barriga suada.
— Acho que essa foi a melhor trilha da minha vida — ela disse, rindo baixinho.
— E olha que a volta ainda nem começou — ele respondeu, beijando-lhe o pescoço.
Eles ficaram ali, nus e sujos, parte da floresta. Sem pressa, sem culpa. Só desejo. E a certeza de que, em breve, voltariam.