AMAR NÃO É PECADO

ESSA É UMA SÉRIE DE ROMANCE, POUCO SE FALA SOBRE SEXO MAS RECOMENDO

   Jhoony Faangy
CAP1
Não sou muito bom com começos de histórias. Devo começar com "Era uma vez"? "Em um certo dia" talvez? Bom vamos falar um pouco sobre mim… atualmente eu tenho 18 anos, 1,75 de altura, sou moreno claro, olhos castanhos, já vou avisando que meu português é péssimo, então tenha paciência. Essa série é baseada no que eu presenciei e vivi algum tempo atrás...

Tudo começou quando me descobri como homoafetivo por meio da internet, eu sempre achei que gay era quem " dava a bunda" (Passivo) e tudo mais, através do msn aprendi mais sobre o assunto e tive certeza de que as coisas estranhas que eu sentia era porque sou homoafetivo (Gay), isso tudo quando estudava na 8ª série, no 1º ano do ensino médio conheci um bom pessoal novo na escola, muitos dos quais não me dou bem e logo saberão o porquê… Podem me chamar de JHOONY FAANGY.

No 3º ano mais alunos e professores novos. Cheguei atrasado logo no primeiro dia de aula, entrei e sentei perto dos meus amigos, o quarteto fantásticos rsrsrs...

Olhei para professora, ela olhou para o seu relógio, estava séria.

Professora (Dona Ettania ou Etta)- Huumm!!! O relógio não está atrasado, deve ser você Douglas!!

Eu- Desculpe-me pelo atraso, tive um probleminha na estrada (mentira, eu estava no msn conversando com alguns amigos gays) e BOA NOITE PRA VOCÊ TAMBÉM!!

Sento do lado da Sarah, é a garota mais louca e divertida que já conheci, atrás de mim sentava o Jefferson um dos meus melhores amigos, sempre muito alegre, o típico garoto bagunceiro, ao seu lado sentava a Beatriz, a mais quieta, mais responsável de todos nós, quanto a mim, bom, eu   era uma união de todos eles.

Jeff- Ei Doug!!!

Eu- O quê?

Jeff- Vamos bater um papinho?

Disse ele batendo em baixo do meu queixo.

Eu- Para de ser tão infantil menino besta.

Sarah- AFF!!! Você tem sérios problemas mentais, só pode.

Jeff- Mas vocês me amam.

Beatriz- Só um pouquinho.

Eu- Ei!! Sarah!!

Sarah- O quê? Vamos bater um papinho?

Sarah- Affff!!! Depois que o Jeff é infantil.

Calouro- Com licença professora, me perdoe pelo atraso, eu estava na secretaria conversando com o diretor e…
Me virei para frente enquanto ria. Meus olhos passaram rapidamente por ele, voltei meu olhar, era rosto angelical, loiro de olhos azuis com sorriso e dentes perfeitos, sem barba, topete para o lado, olhar de quem está perdido como um cão sem dono, ele era muito bonito. Seus olhos estavam perdidos em meio a sala, não tenho palavras para explicar a sensação que tive quando ele olhou para mim e sorriu, é como se meu corpo tivesse ficado mais leve, trêmulo, meu coração palpitava, do nada a vida fazia sentido, me perdi no tempo.

Calouro- Hããã!! Posso entrar?

Etta- Deve!! Escolha um lugar Sr - Olhou na chamada- Schaffer??

Calouro- Isso.

Etta- Espero que não seja necessário te apresentar aqui na frente, já é bem grandinho para conhecer seus novos colegas de classe.

Não sei o que houve comigo mas fiquei babando por aquele rapaz lindo. Se sentou no fundo da sala, entre nós havia apenas 3 carteiras ocupadas pelos bagunceiros, nós dois éramos os últimos da fileira. A professora começou a fazer observações na sala de aula.

Etta- Temos poucas carinhas novas esse ano… - faz a chamada- William Schaffer?

William- Eu aqui!!

Etta- Estudava aonde William?

William- Eu vim de São Paulo capital, eu estudava em um colégio particular, tive que vir morar aqui por causa da família.

Etta- Escola particular é? Que chique, e não seja bem vindo- o tempo passou e logo o sinal tocou, era a troca de matérias- Até amanhã meus canarinhos.

Aula de Educação Física é a hora preferida de muitos, podiam colocar o papo em dia e ficar apenas sentados sem fazer nada (alguns é claro), como sempre tive que ir pegar a bola de volley ball e fui reservar o nosso canto, eu, Jeff, Beatriz e Sarah… o garoto novo foi jogar bola. Logo ficou com calor e tirou a camisa exibindo seu corpo lindo, não era sarando mas bem definido do tipo perfeito.

Sarah- Olha a bola Doug!!

Quase levei uma bolada na cara.

Sarah- Presta atenção no jogo.

Beatriz- Sarah vem aqui!!

As duas cochicharam uma no ouvido da outra.

Jeff- O que vocês duas estão fofocando aí?

Sarah- Nada é coisa de garota.

Jeff- Sei.

Continuamos o jogo.

Eu- O que vocês estava falando de mim?

Sarah- Nada.

Eu- Quem nada é peixe.

Sarah- Perguntei pra ela se ela também percebeu.

Eu- Percebeu o quê?

Sarah- Como você olha para o aluno novo, meu gay isso, você não acha?

Eu- Eu só tava analisando ele.

Sarah- Analisando seu corpo sexy?

Eu- Não sua nojenta, eu só tava vendo como ele é mais forte que eu e se é do tipo briguento, agora eu já sei que não devo procurar encrenca com ele.

Sarah- Tá bom, conta outra.

A medida que se passava as aulas eu conhecia cada vez mais sobre ele, percebi que me olhava do mesmo jeito que eu olhava pra ele, toda vez que ele olhava pra mim eu virava o rosto, quando eu olhava pra ele, e virava e disfarçava. Acabou mais uma aula e venho o recreio.

Sarah, Beatriz e eu temos o costume de caminha por todo colégio enquanto falamos, vimos o
William sentado nas escadas.

Sarah- Olha lá o aluno novo, será que ele já comeu?

Beatriz- Vai lá falar como ele Dou, apresenta o refeitório, pergunta se já comeu.

Eu- Por que eu?

Sarah- Vai por mim, você é o mais sociável aqui e o mais cara de pau. vai lá logo.

Sarah me empurrou. William estava distraído com o celular.

Eu- Oi!! Sou o Douglas mas pode me chamar de Doug. Minha amiga Sarah pergunto se você já lanchou. Se quiser ela te apresenta a cantina.

Sarah me atacou uma bolinha de papel na cabeça.

Eu- Aonde você mora?

William- Em uma casa agora vaza que não estou de muito bom humor!!

Naquele momento todo o encanto havia acabado, meu príncipe era um um ogro estúpido…

Eu- Nossa!! Achei que só as mulheres tivessem T.P.M. - virei as costas e saí, ele disse algo que eu não entendi, simplesmente dei as costas e fui embora.

Sarah- E então?

Eu- Eu quebrei a cara.

Sarah- O que foi que ele te disse?

Eu- Huu! Foi bem grosso e estúpido comigo, isso é tudo culpa sua.

Beatriz- Pelo menos perguntou se ele tem namorada?

Sarah- Até parece, ele não parece ser do tipo que namora e sossega a periquita Bia.

Eu- O que você atirou em mim Sarah?

Sarah- Uma bolinha de papel.

Eu- E de onde tirou uma bolinha de papel?

Sarah- Do meu bolso.

Beatriz- Mentira, do latão de lixo.

Eu- Que nojo.

O intervalo acabou, sempre esperamos o professor perto da sala de aula, quando chegamos meus colegas já estavam entrando, William estava na porta com aquela cara de cachorro sem dono.

Eu- Merda!! Ele tá me encarando.

Beatriz- Para né!! Ele só está te olhando, pode ser que ele queria se desculpar.

Eu- Sem chance.

Fui na frente da Sarah e Beatriz pra não ter que parar e falar com ele.

William- Cara eu...

Passei direto por ele, nem esperei pra ouvir o que iria dizer.

Sarah- Fiquei de cara com você Doug, não conhecia esse seu lado antes.

Beatriz- Coitado dele.

Eu- Sinto muito mas eu sou assim, ou é meu amigo ou meu inimigo, eu cheguei nele todo educado e gentil e ele já venho me dando patada, então esquece.

Sarah- Você que sabe, é bom amigo que pode estar perdendo.

Eu- Duvido muito.

Proff. Português- Alguém pra ir buscar os livros?

Jeff- De Português?

Proff- Não, de Geografia Jefferson.

Jeff- Vamos comigo Doug.

Eu- Vamos.

William- Eu vou também.

Me sentei.

Jeff- Vem Doug.

Eu- Não vão precisar da minha ajuda, o fortão aí pode trazer tudo.

Danilo- Deixa que eu vou.

O professor fez a chamada, não demorou pra eles chegarem, o primeiro a entrar foi o Danilo, o segundo foi o William, os dois carregavam muitos livros.

Proff- Meu deus!! Quantos livros vocês trouxeram?

Jeff foi o ultimo a entrar, carregava apenas três livros, nossa turma toda deu risada.

Proff- O que aconteceu Jeff? Cadê o feijão?

Jeff- Alguém tinha que abrir a porta professor.

Jeff entregou um livro pra Sarah e Beatriz.

Eu- E eu?

Jeff- Esqueci um, te daria o meu mas você sabe, não pego livro da mão de macho.

William estava entregando os livros na minha fileira, antes de chegar em mim, me levantei e peguei um livro do Danilo. Quando William chegou em minha carteira parou e ficou conversando com os rapazes sobre o jogo na aula de Educação Física, estava com o rosto virado para o lado, por um segundo eu parei de odiá-lo, em minha mente " Por que você tem que ser tão babaca?", aquele sorriso me deixava louco, lábios tão perfeitos, o olhar.

William- Vai pegar?

Eu- Já tenho.

William- Por que não pego de mim? Os livros tem o mesmo conteúdo.

Eu- Por que não gosto de ficar esperando.

William- Pega outro, esse aqui é novo.

Eu- Os dois tem o mesmo conteúdo, sem falar que esse tem até algumas anotações, bigodinhos e chifrinhos nas imagens.

Professor- Entreguem logo os livros.

William continuou entregando, me distrai procurando meu dicionário na bolsa, quando me virei pra frente havia um livro novo.

O resto da aula foi normal. Ao chegar em casa a primeira coisa que fiz foi entrar no msn (ainda existia naquela época) eu tinha 17 anos, fiz o de sempre, entrei off-line, conversei com alguns amigos e fui dormir, antes de pegar no sono eu fico olhando para o teto, pensar no passado, sofri muito, nasci prematuro com 8 meses, no segundo dia de vida já apresentei problemas, era uma noite chuvosa, morávamos no circo em barracas, meu pai era palhaço e estava bêbado, eu estava com febre e roxo, minha mãe me pegou no colo e saiu procurar ajuda, encontrou um bar aonde havia alguns homens jogando baralho e apostando.

Mãe- Por favor, alguém salva o meu filho.

Um senhor que estava jogando disse que ajudaria, largou as cartas na mesa, nem dinheiro pegou, nos levou de carro, quando chegamos lá minha mãe falou com uma enfermeira que chamou rapidamente o médico, ele me pegou no colo e entrou no elevador.

Dr- Mãe, vem aqui amanhã pra ver ele.

Foi o que ela fez, no outro dia ela foi ver como eu estava, desesperada, levaram ela até uma incubadora aonde eu recebia sangue direto na cabeça.

Dr- Ele teve sorte, mais um pouco poderia ser muito tarde, além de prematuro, essa criança nasceu com anemia profunda.

Fiquei naquele estado por cinco dias, ela só me via por uma janela, quando fui liberado, diz ela que eu até mais gordo estava, com a pele mais rosadinha.

Vivi no circo por 8 anos, divertido? Não, cada duas semanas era uma escola diferente, amigos novos que logo eu deixava pra trás, não aprendi muita coisa, meu pai foi embora quando eu tinha 4 anos, tenho poucos lembranças dele, eu nunca entendi o porquê dele ir, por isso sou desse jeito, se der as costas pra mim, eu me considero como abandonado e não perdoou. Tenho um irmão um ano mais novo, ele ficou com os padrinhos, nossa mãe não tinha condições de cuidar dele, depois ganhei uma irmãzinha de um padrasto novo mas assim que ele soube que minha mãe estava grávida ele fugiu, sem condições mais uma que ficou com os padrinhos, finalmente aos 5 anos um novo padrasto, pensei que teria um bom pai, ele bebia e usava drogas, chegava em casa e me batia, dele minha mãe teve duas filhas. Foi sempre a mesma coisa, ele chegava drogado, batia nela, me dava cascudos, ameaçava de matar ela, eu chamava a polícia, eles aravam na delegacia, separavam e depois voltavam, foi assim até meus 12 anos, quando eu disse que seria a ultima vez e depois iria morar com minha tia e ela perderia mais um filho.

Nossa!! Como você aguentou? Não, eu não aguentei, várias vezes tentei me   matar pra acabar com o sofrimento, tentativas falhas, sempre tinha alguém pra me salvar ou algo pra me impedir, dava raiva, nem morrer eu podia.

Todas essas coisas vinham em minha mente antes de dormir, no mesmo dia em que conheci o William, algo novo aconteceu, ouvi barulhos estranhos, era como cochichos, não dava de entender, poucas palavras, achei que era os resmungos do cachorro da vizinha.

No segundo dia de aula eu cheguei atrasado de novo, aula com a Etta de novo.

Eu- Com licença.

Etta- 15 minutos de atraso não entra na sala de aula.

Eu- Mas são só 14 minutos, olha no relógio.

Etta- Hoje entra, amanhã não.

Eu- O quê? Amanhã tem aula com você de novo?

Fui me sentar até que...

Etta- Fecha a porta.

Voltei pra fechar, antes de fechar alguém empurrou ela pra abrir de volta,era o William, tratei logo de fechar com força e segurar um pouco. Ele bateu na porta, corri me sentar.

William- Com licença professora, posso entrar?

Etta- Está 16 minutos atrasado, vai esperar lá fora até minha aula acabar.

William olhou bem sério pra mim, sentei que finalmente ele havia entendido que amizade entre nós seria impossível.

Sarah- Me reponde um coisa Doug. Ele foi grosso contigo, tudo bem você não querer amizade, mas precisa criar inimigo novo? Você viu como ele te olhou.

Beatriz- É, e agora ele vai perder matéria, sabe como a Etta passa bastante conteúdo.

Eu- Eu já falei, dou só uma chance, agora ele sabe que não deve ficar no meu caminho.

Jeff- Chama ele pra porrada.

Sarah- Todo mundo tem seus dias ruins, até eu quando estou naqueles dias, chegou aqui e brigo com a sala toda.

Na segunda aula era Educação Física, quando fui pegar a bola William passou se esbarrando em mim, nem olhava mais na minha cara, durante nosso jogo ele errava os chutes de propósito, tentava me dar boladas, ainda bem que ele tem o pezinho torto. Sarah se irritou e catou um tijolo caído do muro.

Sarah- Seu babaca, quase me acertou, se eu levar uma bolada eu esfolo tua cara na parede até você ficar feio igual ao Freddy Kruege!!

Jeff- Eita que agora ela rodou a baiana.

Sarah- E isso é tudo culpa sua Douglas.

Eu me irritava cada vez mais, ele chutou ela em mim, uma, duas, três, quatro vezes... Foi o fim aquilo, quando ele chutou novamente, eu rebati ela com muita força, acertou em seu rosto, ele caiu pra trás.

Jeff- Nusss véi!!

Proff- è bem feito pra você, estive só observando o tempo todo.

Pensei que ele iria me bater, só pensei, ele estava muito tonto, foi para o ambulatório.

Sarah- Agora pegou pesado Doug.

Eu- Peguei pesado: Cadê aquela Sarah que estava com um tijolo nas mãos?

Jeff- Eu vou ver como ele está.

Beatriz- Como fez aquilo?

Eu- Aquilo?

Beatriz- Rebateu um chute de um cara bem forte com uma só mão, ele até ficou tonto.

Sarah- Está tonto porque bateu a cabeça no chão.

Beatriz- Mesmo assim, eu vi como ele foi pra trás.

Eu- Cuida, agora sou Edward Cullen, tenho super força.

Sarah- Se fosse nem seria meu amigo, hahaha!!!

Meses se passaram, William e eu sempre brigando, discutindo, coisa normal de escola. Dia primeiro de abril me assumi como gay nas redes sociais, muitos não acreditaram por ser o dia da mentira, alguns apoiaram, outros do nada passaram a falar comigo a me contar experiências que tiveram.

Eu não sabia o que fazer no dia seguinte, todos me olhavam de um jeito estranho, quando me encontrei com Sarah ela não me tratou diferente, não toquei no assunto, Beatriz por outro lado.

Beatriz- É verdade Doug?

Eu- Sim.

Sarah- E o que sua mãe falo?

Eu- Ela não sabe.

Jeff chegou bem sério, parecia estar espantado.

Eu- Oi.

Jeff respirou fundo e me deu um abraço.

Jeff- Meu amigão finalmente saiu do armário, aee maninho. se alguém mexer com tu me avise que soco a cara deles.

Meus amigos me apoiando, não esperava isso deles, bom, amigos são pra essas coisas, embora eles não demonstrassem ter preconceito, outros alunos passaram a me olhar estranho, rapazes nem chegavam perto, como se eu tivesse alguma doença.


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Ficha do conto

Foto Perfil Conto Erotico jhoonyboy

Nome do conto:
AMAR NÃO É PECADO

Codigo do conto:
40266

Categoria:
Gays

Data da Publicação:
27/12/2013

Quant.de Votos:
3

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