coincidencia

Trabalhava numa empresa de vigilância bancaria e minha vida sempre seguiu como um relógio mas, no final de 2011 tudo mudou, fui transferido de posto e para o horário noturno. A caminho do novo posto, na condução, conheci Marília que voltava do seu trabalho e durante a viagem fomos nos conhecendo melhor. Branca, magra 1,70 cabelos negro, lisos e escorridos, usava lentes esverdeadas, uma aparência simples mas, atraente, 27 anos, era atendente comercial, casada e tinha um casal de filhos. Como ela havia dito que era casada, não fiz nenhum elogio direto mas, comentei que ela realmente não aparentava a idade e nem que tive-se dois filhos. Meu ponto chegou, me despedi, desci e ela seguiu.
Cheguei cedo ao novo posto e rendi Barros o vigilante de plantão, conversamos rapidamente, ele se despediu e partiu. Dois dias depois, no meu próximo plantão, voltei a cruzar com ela, confesso que a reconheci mas, não lembrava o seu nome. Voltamos a conversar e esses nossos encontros casuais foram ficando freqüentes e com o tempo começamos a ter mais intimidade, aos pouco ela começou a contar que a sua vida conjugal não andava muito boa e eu tentava aconselhá-la da melhor maneira. A carência dela era um fato visível, a necessidade de se desabafar fez com que nos marcássemos um encontro, paramos em um restaurante e entre um chope e outro ela detalhou a ausência que estava a sua vida sexual e como bom amigo a levei direto para um motel. Pelo que ela relatava achei que ela quisesse extravasas e viver uma nova relação, mas ela ficou tímida e nos tivemos uma tarde agradável, mas sem muito sexo para comentar. Já havia algum tempo que eu vinha lhe desejando muito, mas que uma simples amiga, mas foi um pouco frustrante essa nossa primeira experiência, acho que eu a idealizei demais e criei muitas expectativas para esse nosso primeiro encontro.
Já no meu emprego, Barros estava falante, justo ele que sempre aproveitava a rendição para sair mais cedo agora queria conversar. Eu parecia um conselheiro sentimental ouvindo as lamurias do Barros e disse o que eu faria se o caso fosse comigo. Não tive rendição no dia seguinte e fui obrigado a dobrar e com isso eu deixei de me encontrar com a Marília, ela não atendia ao telefone e eu começava a imaginar que ela deveria estar furiosa comigo, achando que eu só queria me aproveitar da sua carência. No dia seguinte Barros apareceu no serviço dando mil desculpas pela sua falta, contou que a sua mulher não tinha ido se encontrar com o amante, que eles conversaram bastante e que pareciam que as coisas voltaram ao normal entre eles depois de uma boa transa. Mas tarde me encontrei com a Marília e ela comentou como seu marido andava desconfiado e que talvez fosse melhor que não nos víssemos por alguns dias ate os ânimos se acalmarem. Pela maneira dela falar o tom soava como uma despedida, fomos para um motel e dessa vez sim, Marília era tudo aquilo que eu idealizava uma amante carinhosa e dedicada ao meu prazer, tivemos uma tarde maravilhosa recheada de muito sexo e luxuria onde liberamos nossas fantasias extravasando todos os nossos sentimentos.
Fiquei com saudades da Marília, que sumiu depois daquela tarde maravilhosa, não atendia aos meus telefonemas e eu não fazia idéia de quando a veria novamente ou se eu voltaria a lhe ver algum dia, dessa vez era eu quem estava chorando a minha vida sentimental para o Barros e ele por sua vez estava radiante com a chegada de um novo membro em sua família, sua esposa estava para dar a luz ao seu terceiro filho e pela amizade e os conselhos que eu lhe dei para resgatar seu casamento ele me convidou para ser o padrinho deste seu novo filho. Comprei um carrinho de bebe para o meu afilhado e fui entregar no dia em que fui convidado para um almoço na casa do Barros, lá eu conheci o casal de filhos que ele já possuía e a sua bela esposa Marília que estava acabando de amamentar o seu novo filinho.
Marília ficou com os olhos cheios de lagrimas ao me ver, Barros tomou o filho em seus braços e com aquela voz cômica e paternal me exibia o filho perguntando se não era a carinha do papai e eu completamente sem graça dizia que sim, que era a cara do papai. Embora eu tive-se concordado com a aparência da criança eu não achava que o Barros fosse o pai de fato, eu olhava para aquele bebe e parecia que eu estava olhando para um espelho, um espelho mágico na qual eu poderia me ver através dos anos igualzinho quando eu era uma criança, eu não ficaria surpreso e não seria nenhuma coincidência se em um teste de DNA confirma-se a minha paternidade, porque a Marília, a esposa do meu amigo de serviço, o vigilante Barros, aquela que ele relatou que estava tendo um caso fora do casamento, era a mesma Marília, a atendente comercial que eu conheci na condução, a mesma por quem eu suspirava de saudades.

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Comentários


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jordanel Comentou em 07/01/2014

Gostei do seu conto. se você forçar um pouco o cara aceita dividir a esposa,se ele sabia que ela tinha um amante e não separou é porque tem tendencia a ser corno manso.




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Ficha do conto

Foto Perfil drizão
drizao

Nome do conto:
coincidencia

Codigo do conto:
40719

Categoria:
Traição/Corno

Data da Publicação:
05/01/2014

Quant.de Votos:
5

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