Cores

Ele já não conseguia segurar mais. Os corpos entrelaçados, a intensidade da entrega e da pegada, os últimos movimentos penetrantes. Veio a explosão, o orgasmo contraindo músculos e nervos, luzes coloridas nas pupilas (ou o efeito lisérgico do prazer no cérebro inebriando a visão). Os últimos espasmos. O relaxamento. O corpo caindo para o lado em busca do ar que sacie a respiração ofegante.
Já não era a primeira vez com ela. Qual será, pensou? A quinta, a décima? Deu asas ao pensamento enquanto relaxava. Ao seu lado, ela extasiada, repousava. O cansaço e o prazer levaram-no a um estágio próximo ao sonho, embora se soubesse acordado. E ali relembrou tudo, desde o início.
Pessoas de mundos diferentes, um dia se encontraram num destes sites. Cada um com seus compromissos e restrições. Ela nunca havia ficado com alguém como ele. Ele nunca havia ficado com alguém como ela.
Muitas conversas em madrugadas insones ou em horas roubadas do expediente. Fantasias, sonhos compartilhados, desejos crescentes.
Um dia a vontade do encontro real foi mais forte. Um almoço, uma boa conversa. Ela com seu jeito tímido e gentil cativava, mas não dava muitas esperanças. Ele, atraído, não sabia o que viria, mas respeitaria qualquer decisão.
Ela adormece ao seu lado, agora. Ele deixa os pensamentos voltarem no tempo.
Voltou a um dos encontros – já não sabia quantos haviam sido e isto já não importava. O desejo era continuamente renovado. Isto era diferente com ela, pensou.
Ao recordar novas cenas, pôde sentí-la em sua mente como a havia sentido em seu corpo, momentos antes. Reviu a cena, onde a nudez começava a ser mostrada. Seu olhar acanhado, mas safado. Seu beijo tímido no inicio. Mas ela sabia o que queria, suas mãos foram direto ao seu pau, duro e latejante. Sem demora, sua boca encontrou aquilo que tanto admirava. E chupou, lenta e deliciosamente! Sua boca percorria toda a extensão do pau...ah e que pau! Ela nunca havia sentido um assim antes! Grande, teso! Sua língua percorria, explorava, ia até a base do pau, até o saco. Língua safada, ele lembrava. E gostava de se entregar assim a ela, como nunca havia feito com mulher nenhuma. Não existia a vergonha, apenas a vontade. Ele sentia a língua dela percorrendo caminhos que outras nunca ousaram. Sem receio, deixava que ela o explorasse como quisesse. E gostava.
Ah, são tantas transas entre eles! E todas sempre loucas, embora pareça tão normal e natural o encaixe entre seus corpos.
Ele já não sabia se as cenas em sua mente eram de ecos do passado ou destas que acabaram de ocorrer, mas continuou entregue aos seus devaneios.
Lembrou da primeira vez que teve sua buceta em sua boca. O sabor ácido e doce, inigualável. A buceta perfeita em seus lábios e em seu grelo pequeno, mas safado, teso. Lembrou-se de como ela encharca ao sabor de seus beijos e lambidas. De como seu corpo arqueia e sua respiração se descontrola. Quase pôde ouvir os gemidos e suspiros de seu prazer novamente.
Ela repousa ao seu lado. Ele abre os olhos, já refeito do quase delírio do orgasmo compartilhado há pouco.
Passa as mãos em seus cabelos. Percorre o caminho de suas costas e alcança a bunda que tanto venera. Outras recordações batem forte. Lembra-se de quando começou a falar em enrabá-la. De como começou a brincar com seu cuzinho. Ela sempre discreta e ousada, deixou que ela a levasse por caminhos novos, prazeres novos. Hoje ela sabe dar a bunda. Sabe e gosta. E ele, orgulhoso, reconhece seu mérito em tê-la iniciado neste prazer.
Ele não resiste. Ela ainda repousa, mas agora ele já se prepara para o novo combate. Percorre suas costas com beijos. Chega com sua boca ousada em sua bunda. Beija-a toda, sem pressa. Sua língua tem destino certo e procura seu cuzinho. Ela gosta, se entrega, relaxada e já sabedora do que virá.
Ah, como ele adora beijá-la assim! Sua língua percorre o rego, dedica-se ao cu, invade a buceta, retorna ao cu! Beija, lambe, assopra... cutuca com a língua enrijecida, acaricia com a língua mole. Ela, de bruços, quase que rebola, demonstrando que já anseia pelo pau safado.
Lentamente, ele volta a percorrer suas costas com beijos, até chegar à sua nuca. Seu pau se aloja em seu rego. Eles já sabem como será. O pau esperto encontra seu caminho. Fica ali, na portinha, esperando ser bem recebido. Ela, agora mestra na arte de dar a bunda, mexe lentamente, convidando-o. A penetração acontece lentamente, sem pressa, para que o prazer se instale sem dor ou receio. Os movimentos dela conduzem seu pau ao fundo e, quando finalmente está todo dentro dela, ela vira a cabeça, com aquele olhar pidão e safado. Eles se beijam profundamente!
É por isto que superaram tudo para estar ali. É por isso que vivem suas vidas totalmente separadas, mas sabedores que momentos como aquele são e serão os que os definem no sexo. Se já foram dez ou mil momentos assim, pouco importa. É assim com eles. Os outros não importam. Os outros são os outros, mas o que é deles, seja pelo tempo que for, só deles será.
Os corpos agora se aceleram. O que era lento e delicado agora é firme e rápido. Movimentos sincronizados e descontrolados. A penetração forte e funda a faz gemer e o faz acelerar mais e mais. Ah, ela adora ele assim! Como um animal, descontrolado, gemendo, seu corpo forte sobre o seu! E ele adora a forma como ela se entrega a ele... uma safada, uma vadia que dá a bunda como ninguém.
Assim ficam, assim se eternizam, nos momentos loucos que antecedem o gozo. Nos segundos onde se percebe que o controle já era e nada mais resta a não ser deixar levar. A vida pulsa nas veias ... e as cores explodem novamente no olhar.

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Ficha do conto

Foto Perfil Conto Erotico guilhermetell

Nome do conto:
Cores

Codigo do conto:
55888

Categoria:
Heterosexual

Data da Publicação:
05/11/2014

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