O Garoto do Livreiro.

Era mais uma daquelas conversas sobre livros, mas um dia naquela sala amadeirada que eu adorava, é aquele tipo de coisa que você considera careta sabe? Estantes de carvalho, livros grossos, cheiro de papel, jovens de hábitos antiquados.
A discussão terminada, era sobre o clássico "O Grande Gatsby" e estava apenas eu e o mediador do nosso "clube do livro". Ronaldo tinha 28 anos, sua pele era clara, seus olhos eram negros, ele tinha aquele olhar profundo e fixo, seu cabelo de altura mediana ornava com sua barba por fazer, pretos igual seus olhos. Seu jeito de se relacionar com os outros era de uma educação refinada, porém ele era dotado de um sarcasmo que era cruel quando aplicado a alguém. Tanto eu quanto ele, sabia que cada um nutria uma atração pelo outro, mas que nenhum dos dois tinha coragem para tomar a iniciativa, e nós ficavamos naquela coisa de mandar indiretas e se fingir de desentendido.
Estava noite e nós saímos juntos da biblioteca, fazia frio, era inverno aqui no sul, ele vestia um sobretudo cinza, que combinava com seu echarpe e suas luvas pretas. A rua estava deserta e o vento soprava. Ele parou em frente a mim para se despedir e disse "Eu gosto tanto das suas abordagens sobre os livros que lemos juntos, tem um toque..." eu o interrompi e falei "Pessoal?" ele ficou sem jeito e deu um riso, a ponta de seu nariz estava avermelhada devido ao frio, ele deu um passo a frente e disse "Sabe, tenho medo de terminar como o Gatsby, deixar escapar uma pessoa, e depois lutar por ela e perde-la." Eu estava olhando para o chão, sem jeito e evitando olhar para Ronaldo. Sem prestar muita atenção nas palavras que ele dizia prosseguiu, "tenho medo de tentar me adequar as condições da pessoa, e essa perder o interesse sabe, é como se eu mudar e perder minha essencia". Eu estava nervoso, nossos corpos estavam tão próximos e eu disse num tom quase sussurrado e distraído "Então não mude, traga essa pessoa para o seu mundo, tenho certeza que ela espera isso" Ele se aproximou mais e num tom de intimidade falou "Jura? Será que a pessoa não vai se arrepender depois?" Eu estava ficando excitado com a proximidade e respondi gaguejando e olhando para os lados, "Va... va... vai em frente... Seu mundo é tudo o que a pessoa quer" Ele segurou meu quadril, num movimento abrupto e me beijou forte, eu fiquei imóvel senti sua lingua na minha boca, sua barba roçando meu rosto de garoto, até que ele parou, se recompos e disse todo atrapalhado "Me me... Desculpe preciso ir" ele virou as costas e saiu a passos largos, e eu fiquei parado olhando ele ir, depois que uma rajada de vento frio se chocou ao meu rosto saí do meu estado de extase e sabia que eu precisava daquele homem.
Chegando em casa senti meu pau duro feito aço, em minha mente eu lembrava o cheiro, o arrepio e o olhar dele. Desabotoei a calça, abaixei junto com a cueca e observei meu pau. Branquinho com algumas veias e a cabeça rosada, meu pau babava. Comecei a tocar uma punheta, sentia a textura quente e macia de meu pau contra a mão, e imaginava-o me penetrando, me beijando e gozando na minha boca, eu suspirava e suava até que gozei.
Durante o resto da semana não tirava o beijo da cabeça, até que chegou o dia de nos encontrarmos novamente. Era terça-feira e chovia forte o dia inteiro, nossos encontros ocorriam entre as 20:00 e 21:30. A conversa era sobre "Crime e Castigo" e tudo fluiu como sempre, mas eu fiquei calado o tempo inteiro.
Ronaldo se aproximou de mim na sala vazia "Ainda aqui?" disse ele se aproximando de mim, enquanto via os relâmpagos e a chuva pela janela, "Vou esperar acalmar um pouco" disse virando de frente para ele, "Não acho que irá acalmar, as vezes as coisas conspiram ao nosso favor", ele soltou a frase com total indiferença e se retirou, e quando ele ia saindo me virei e fui atrás dele. Corri até a rua, a chuva não parava, tomei um banho enquanto via Ronaldo atravessando a rua em direção ao seu carro. "Espere!" ele se virou com seu guarda-chuva e respondeu "Venha!", atravessei correndo e me assustei com um trovão. "É incrível sua capacidade de compreender sinais" eu passei a mão no rosto retirando a água "Um beijo e uma frase falando sobre coisas conspirar ao nosso favor, é bem sujestivo não acha?" junto com a chuva começava a ventar. "Entre no carro e vamos terminar isso" apenas concordei com um meneio de cabeça e entrei.
Ficamos em total silêncio até que o carro parou em uma sinaleira na Beira Mar Norte, Ronaldo me deu um beijo, desceu pelo meu pescoço e mordeu minha orelha, eu gemia e retribuia passando a mão em suas coxas. O sinal abriu e enquanto ele dirigia eu desabotoei sua calça e comecei a chupá-lo, seu pau era de uma grossura razoável e com uma cabeça generosa.
Ele pediu para mim parar, haviamos chegado em seu apartamento. Chegando em seu Ap, ele acendeu a luz, retirou rapida e desajeitadamente o casaco e a camiseta, eu fiz o mesmo. Ele me agarrou e me beijou muito forte "Seja meu garoto, pelo menos essa noite" disse ele com o o corpo colado ao meu, apenas concordei com um meneio de cabeça. O corpo de Ronaldo era definido, um meio termo entre músculo e um corpo normal. Ele me colocou no sofá puxou minha calça, pegou meu pau e colocou na boca olhando fixamente para mim. Ele chupava tudo, cuspia, engasgava e punhetava. Até que ele parou.
Fui colocado de bruços no tapete da sala, eu estava explodindo de tesão! Ronaldo puxou minha calça pelos meus pés, e foi se deitando por cima de mim, senti seu corpo quente e principalmente seu pau, que latejava sob minha bunda. Senti outra mordida na orelha, a língua e a barba em meu pescoço, gemi, Ronaldo desceu a língua pelas minhas costas e foi até o meu cuzinho, eu gemia alto, ele chupava e lambia meu cuzinho com maestria.
Depois Ronaldo lubrificou o pau e foi metendo devagar em minha bundinha, eu dei um arquejo de dor, mas fui ignorado ele deu uma estocada e tapou meu grito com a mão, meu olho lacrimejava mas a dor passou e sentia ele bufando em minha orelha enquanto bombava em cima de mim. Ele me virou de lado, ergueu minha perna com uma das mãos e voltou a bombar, nós dois gemiamos feito animais e eu senti cada entra e sai daquela pica. Nós nos levantamos, fui pego no colo, envolvi o quadril dele com minhas pernas e ele encaixou sua pica na meu cuzinho, deu mais umas estocadas e me colocou no chão de joelhos, começou a tocar uma punheta, mas o interrompi e fiz eu mesmo o serviço, punhetei ele com muito capricho, ele gemia e fazia caretas, ele gozou na minha cara, bati a pica no meu rosto lambuzado e dei uma última chupada generosa. Sentei no sofá e ele me chupou e me punhetou, até que gozei na minha barriga, Ronaldo passou a língua na porra e me tascou um beijo, mordiscou meu lábio e disse, "Quem toma um banho primeiro?" fiquei encarando e falei "Eu vou" enquanto atravessava o corredor ele disse "Farei um chá e pegarei alguns livros para lermos". Tudo sumiu.
Amanheceu, uma cortina se abriu. Olhei o relógio eram 7:45. Ronaldo me deu um sorriso e um bom dia, ele começava a cortar sua árvore de Bonsai na varanda, como sempre fazia. Seus 38 anos apenas acentuaram seu charme, fui até a varanda e o abracei por traz, dei um beijo em sua nuca e disse "Sonhei com aquela noite chuvosa 10 anos atrás" ele se virou e disse "Você era um garoto encantador sabe" eu sorri e disse "E você era um encantador de garoto" nós rimos e nos beijamos, enquanto sol iluminava a varanda e o mar a nossa frente.

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Comentários


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betopapaku Comentou em 26/04/2015

Muito bem escrito. Obra de alguém muito culto. Votado




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Ficha do conto

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Nome do conto:
O Garoto do Livreiro.

Codigo do conto:
64100

Categoria:
Gays

Data da Publicação:
25/04/2015

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