timidez

Quando entrava e olhava ao seu redor observava cada uma com seus decotes e relevos nas blusas finas que faziam transparecer toda a timidez ou a insensatez do que iria se consumar no dia.
Pensava seriamente em não sentar a mesa e pedir nada alcoólico, nem queria sentar, a noite ia ser de olhares e não queria que nada a distraísse.
Sentia muito prazer pelo ambiente, mas ao mesmo tempo, via meninas querendo ser mulheres que nem eram, observada olhares que nem possuíam todo aquele fervor que o corpo pronunciava, a autenticidade não havia em nenhuma delas.
Resolveu sentar em um ambiente a parte, curtir uma musica quem sabe. Olhando para os lados percebe prontamente com uma timidez sem tamanho, colando os lábios de vergonha do batom emprestado e cruzando somente os pés, como se a roupa que vestisse não lhe fosse confortável.
Não conseguiu observar mais nada, somente restava a musica ao fundo como quase que um figurante que foi contratado para não ser percebido.
A menina olhou. Sentiu extremamente dissecada a ponto de encolher os ombros e tentar fazer se passar por aquela ‘musica figurante’.
Tentou sorrir e engoliu a seco.
Saiu desconsertada da sala, era tão destoante aquela garota do lado das outras que sentiu uma ponta de solidariedade lhe afetar, devia tirar ela de lá, onde caberia? Para onde?
Bem a sua frente, ela veio a passos lentos e mãos ágeis me puxar para a rua. Tremelicava a ponto de pisar sempre em falso.
Andaram ate um prédio que nem estava ali anteriormente e subiram ate o apartamento da figurante.
Estava lá, ela assustada e a outra confiante de si. Sentiu que os papeis haviam se invertido…
Passou levemente sobre sua calcinha a mão úmida de suor tímido. Afastava as pernas levemente acariciando os pelinhos enrolados e lambia os dedos sujando-os com batom.
A mulher agora menina, se escorria entre os dedos que ia e vinha escorregando por entre sua pele vermelha. Desceu lentamente de joelhos seguindo o odor de sexo que ela lhe oferecia. Sua língua já sabia o caminho.
Conduziu levando cuidadosamente seu quadril para trás e gemeu quando a sentiu jorrar lentamente seu pequeno gozo por entre a pele úmida.
Correu os dedos por dentro e seguiu adiante passando em sua língua rosada.
Sorriu desconcertada e continuou a lamber e a gemer estremecendo com seus próprios dedos entre as pernas.
Sua calcinha em seus joelhos a fez sentar sem jeito. Gozou ali mesmo, escorrendo por entre as pernas e raspando a calcinha.
Não via mais nada, se vestiu e desceu as pressas sem saber para onde ia. Trombou com um homem e olhou com pudor cruzando os braços.
Voltou a rua. O cheiro invadira o seu corpo invadido.
Agora era ela quem estava de lábios colados, tímida e destoante em seu local. Sorriu desconcertada.














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Ficha do conto

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Nome do conto:
timidez

Codigo do conto:
6653

Categoria:
Lésbicas

Data da Publicação:
22/12/2005

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