— Vocês sempre tentam imaginar como é papo de banheiro feminino, né?
— Como assim? — pergunto pra ganhar tempo, algo no jeito que ela sorri me preocupa, Valéria é aquele tipo de menina furacão, imprevisível e perigosa.
— Bobinho, a gente morre de curiosidade sobre como vocês falam da gente, você sabe, depois que vocês pegam. Hoje você vai saber como é ser o assunto. — Ela ri e pega o celular. Minha barriga congela e o coração dispara.
Morde os lábios enquanto mexe no iPhone, segura ele perto de mim e eu escuto uma voz começar a falar, olho e vejo que é uma mensagem de voz do Whatsapp, o nome na conversa é "Julyane".
"Tô ficando com ele faz um tempinho, mas ele não sabe chupar, fez uma bagunça no carro, ainda bem que não era o meu."
Uma voz que eu conheço bem ri, enquanto meu coração pára e eu tento manter as aparências. Dois segundos gigantes passam enquanto ela dá play em outra mensagem de voz:
"Muito gostosinho neah? Ele também miou muito pra você de bruços? Acho que peguei pesado demais com ele (risos), ainda não me ligou, ele falou com você?"
Eu olho pra ela e a minha ex namorada baixa o celular.
— Que foi? (risos) Não gostou? Távamos falando de comer você!
Não adianta tentar negar. Valéria sempre sabe de tudo, desde as épocas do namoro, era quase impossível esconder algo dela. Quase seis meses depois, a situação não é nada como eu imaginava. Estou prestes a sentar na cama dela e ouvir uma descrição de como uma transexual, amiga dela, me comeu.
***
Sábado, 26 de abril, 20:43 horas
Valéria mora num loft, as coisas dela seguem uma organização que só ela conhece, mas não dá pra dizer que o apartamento é bagunçado. Os cômodos não têm divisão, então do sofá eu consigo ver as duas se arrumando enquanto conversam, o cheiro adocicado de perfume feminino e as roupas (invariavelmente curtas) espalhadas por todos os cantos dão um ar provocante pro ambiente.
O nome da loira é Ju, Ju de Juliana, ou Julia, eu não sei, mas por tudo que eu sei ela podia se chamar Babi. Eu olho ela vasculhando o estojo de maquiagem e conto as semelhanças com a ex-panicat: rosto redondinho, mas expressivo; cintura fina; coxas grossas; um bronze de clínica, perfeito; e como se lendo meus pensamentos ela levanta e me dá uma visão privilegiada de um bumbum perfeitamente redondo, dobrinhas visíveis no jeans apertado. 380ml de silicone completam o quadro. Se ela fosse mais baixinha...
— Edu, você prefere blusinha solta ou top?
Volto da bunda dela pro apartamento em tempo de não parecer bobo. Atravesso o loft e subo dois degraus, até a cama.
— Hmn, depende, eu acho... os dois são bonitos
— Ah! Não ajudou em nada!
— Você vai de calça? Já decidiu? De jeans, blusinha solta fica mais legal... — eu minto, querendo ver aquela peituda de top. Ela faz que ignora e vai pro banheiro.
Conheci a loira há uns dias atrás, "amiga de camarote" da Valéria, diz ela que estudaram juntas. Valéria é mais velha do que eu, tenho 21 e ela 25, por isso as vezes ela interrompe suas explicações na metade e me deixa divagando em busca de uma resposta, como se não devesse satisfação pra alguém mais novo. Chamo ela de pestinha e ela adora.
Valéria é o tipo certo de menina errada.
— Acho que eu vou sem soutien, — ela provoca, segurando uma blusinha fina em frente ao busto empinado, menos siliconada que a amiga, mas de alguma forma mais provocante, libidinosa.
— Você acha que fica bonito?
Dois passos em minha direção, morde o lábio, aquela carinha de diabinha.
— Você sabe que eu tenho ciúme, neném...
— Mas eu não sou sua...
— Mesmo assim, você sabe que vão ficar olhando.
— Edu, homem olha de qualquer jeito (risos).
— Ah, Valéria, se você já decidiu então vai, não me tortura, você sabe que eu tenho ciúme.
— (risos) Que drama, Eduardo! Eu não to fazendo nada. — Ela empina e se olha no espelho, segura a blusinha com uma mão enquanto procura uma gargantilha com a outra. Eu admiro a silhueta dela contra a porta do banheiro, a curva exagerada do bumbum, então a porta do banheiro abre e eu sinto meu coração parar dentro do peito.
A Ju sai andando despreocupada, pedindo se a Valéria "tem um esparadrapo" enquanto ajeita um brinco, debaixo de um boné estratégico os cabelos longos com cachos na ponta balançam suavemente enquanto ela anda, uma blusinha solta e decotada contrasta seus detalhes dourados contra o bronze da loira, ela usa um batom rosa, pulseiras também douradas, nua da cintura pra baixo.
Dividindo a atenção com as suas coxas maravilhosamente torneadas, meus olhos encontram um pau enorme, ainda mole, mas de um tamanho indecente. O formato parece combinar com o corpo dela: esguio, liso, com uma cabeça levemente pra fora da pele, mostrando um tom rosado.
As duas riem alto quando olham pra mim e eu penso, vagamente, que devo estar de boca aberta.
— Calma, (risos) ele tá meia bomba, não é tão grande assim! — Ju lê minha expressão e tenta me tranquilizar.
— É que ele nunca viu um ao vivo! — Valéria entrega mais uma pérola da nossa intimidade.
As duas riem e a loira vira de frente pra mim, me olha nos olhos e abre as pernas, ensaiando um rebolado. Olhando minha reação mesmo, safada. Não dá pra não notar o pau dela, e é tão... injusto... naquele corpo. Eu sinto meu rosto esquentar e tento desesperadamente conter uma ereção enquanto viro em direção ao sofá, mas Valéria me conhece bem demais.
— Duh, vem cá, — estica a mão pra mim. — Para de olhar o pau dela! (risos)
— Eu não tava olhando! — Virou e dou a mão pra ela, que me puxa logo pra perto
— Tava sim, bobinho, você acha que eu não vi? Tá tudo bem, gatinho, é bonito mesmo, não tem nada de errado em um menino achar pau grande bonito.
— Hey! Não é isso, é só... não esperava, sabe? Você me falou que ela era sua amigA
— E eu sou, poxa! — Ju protesta, o caralho indecente na mão.
— Deixa ela te encoxar, duh.. — Minha ex namorada sussura no meu ouvido, me abraça devagar, apertado. — Deixa, vai, por favor, vai ser tão gostosinho... — Ela beija minha orelha, arranha minhas costas. — Eu quero ver...
Olho pra Ju e ela está com um sorriso safado no rosto, não diz nada, só concorda, faz um biquinho e me manda um beijo, o tempo todo punhetando.
Então Valéria sente meu pau contra a barriga e não tem mais volta.
— Você também quer! Há, eu sabia, gatinho! Vem!
Me puxa pela mão até o banheiro, me guia com as mãos na cintura até a pia e pressiona meu corpo de leve, olhando pra mim pelo espelho.
— É pra você poder ver ela, é gostoso!
E pelo espelho mesmo eu vejo a Ju chegando, mordendo os lábios. Um breve silêncio. Ela sussura:
— Acho melhor ele baixar a calça...
Valéria deixa escapar baixinho uma exclamação.
— Tão molhado assim??
— Não sei, (risos) toda essa situação me deixou louca, eu acho.
— Gente, você é uma tarada!
— Hey, a culpa é sua!
Eu finjo não escutar.
— Duh, você baixa a calça, gatinho? Não é nenhuma maldade, juro! Pra não fazer bagunça, sabe?
Abro o cinto, a calça. Abaixo ela devagar.
— Pede pra ele baixar a cueca também
— Nossa, menina, descontrolada! (risos)
— Ah, por favor!
— Duh...?
Eu faço. A camiseta não cobre muita coisa, então eu sinto o frio do ambiente me dizendo que eu to de bunda de fora. A calça enrosca na coxa.
Um joelho faz um pouco de pressão atrás do meu, uma coxa cola na minha e eu sinto algo macio, firme e absolutamente quente pressionando minha bunda. A boca da Ju cola no meu pescoço quase que ao mesmo tempo, mordendo, gemendo. Ela aperta minha cintura com uma mão e puxa meu cabelo com a outra, lambe minha orelha, me morde de novo, o tempo todo roçando aquele caralho enorme na minha bunda, consigo sentir ele pulsando, sentir quando ela não contém o tesão e o pau incha, pressionando muito forte, ficando mais e mais duro.
Valéria solta um gemido erótico e eu vejo ela apertar um dos peitos, a outra mão descendo pro meio das pernas.
Então aquela loirinha pega forte a minha cintura, força minhas coxas com as dela e o pau para de pressionar no meu bumbum.
E volta forçando aquela cabeça inchada bem no meio, ela geme e me arranha, o pau encontra seu caminho a força e roça atrás do meu saco, passando perigosamente perto do alvo.
Tento escapar e ela aperta meus braços.
— Oh gosh, bebê, que gostoso! — Ela geme atrás de mim, cola o corpo nas minhas costas e morde meu pescoço.
O interfone toca. Valéria pragueja e corre pra atender. Juliana põe o dedo na minha boca. Eu não consigo não chupar, mas começo com um beijo. O tempo passa devagar e pela primeira vez eu sinto que o pau dela tá molhado, cada vez que ela mexe eu sinto.
Valéria volta e sorri maliciosamente.
— Salvo pelo gongo. Fernanda tá subindo.