Meu nome é C. Dou aulas numa escola de 2º grau, para a 2ª. Série. É uma dessas infinitas segundas-feiras. Aplico uma prova. O regulamento do colégio proíbe saias
(Santo Regulamento. Minhas Deusas, como conseguiria este pobre mortal lecionar se minhas ninfetas exibissem pernas, coxas, calcinhas...?)
Mas não tamanquinhos, Sandálias Sapatinhos baixos Tiras de couro carmim Entrecruzadas ... alças Correntinhas! Anéis!! − Quem foi a deusa do fetiche que criou anéis para os dedos dos pés?
Suas aluninhas deliciosas de 16 aninhos possuem magníficos pesinhos. Minhas deusas, como sofre um podólatra!
S não tem 16. Tem 26. Vem me visitar. Está triste porque se separou do marido. Conversamos. Toco suas mãos. Beijo-a docemente nos lábios, no pescoço, nas pernas...
Os pés, quando eriçados, formam na sola ruguinhas como ondas num delicioso mar de carne.
Em inglês há fingers − da mão − e toes − dos pés. Serão mais felizes os fetichistas pedófilos saxões? Por ter seu objeto de adoração uma designação exclusiva?
No fundo de um dicionário encontro a palavra “artelho” para dedo do pé. Horrível! Preferiria que nem existisse.
Shakespearianly a foot is a foot And by any other name Would feel as sweet
Nomes. Pés.
Os pés mais sensuais que já conheci pertenciam a L. Na verdade, L foi uma das mulheres mais inteiramente sensuais que já conheci. S tem pés longos, acetinados, os dedos um pouco calosos... C também possui belos pés. Minha dentista, V, calça 33! Mas nunca usa sandálias, a malvada... Como serão os pés de R? Nunca vi os pés de R. Talvez seja melhor assim. Já sou louco por ela do pescoço para cima. Se eu a visse do joelho para baixo... se seus pés forem tão belos quanto o resto dela...
Teus pés, maiakovskianamente Eu quero acariciar e amar Como um soldado Ferido pela guerra Inútil Sozinho, Acaricia sua única perna
Começo a tirar-lhe os sapatos, olhando S, de joelhos, com adoração. Ela gosta. Seus pés estão nus. Levo-a para o banheiro. A princípio S estranha.
Desde menino devaneava, sonhava, fantasiava − devaneios, sonhos, fantasias eróticas, sensuais, sexuais − ser um escravo aos pés da princesa. A princesa era a prima R, loira, linda (achava).
Faço-a sentar-se no vaso, reverentemente ponho seus longos, leves, lívidos, lindos pés dentro do bidê... Escorro languidamente a água fresca sobre eles... S tem pés incríveis. Tento criar uma atmosfera relaxante. Coloco uma música suave ao fundo. Seus pés estão tímidos, mas logo começam a relaxar e confiar em minhas mãos experientes, em meus lábios, em minha língua. Depois de banhá-los, aplico docemente, reverentemente um gel esfoliante em seus pés úmidos, e começo a fazer movimentos circulares, firmes. Pressiono, massageio, fricciono e termino com uma aplicação de uma leve camada de óleo relaxante entre os dedos, nas solas dos pés, massageando até completa absorção. Minha e do óleo. Quando ela começa a ronronar como uma gata, está na hora de levá-la para o quarto.
A maior frustração: descobrir que os pés aparentemente graciosos das bailarinas são horrivelmente deformados. Benditas/malditas bailarinas. Em nome da beleza da dança, destroem a beleza de seus pés. Nunca mais apreciei balé.
Deito-a na cama. O interior dos dedos, a rede de carne que os une: uma virilha cega. Lambê-la é como sugar o sexo de uma mulher. (É claro que esta sensação é mais óbvia nas mãos. As mãos são lindas, mas... convencionais. Quando um homem faz amor com as mãos de uma mulher, ele não está a seus pés.)
Os pés femininos são meu calcanhar de Aquiles.
Eu quero estar a seus pés. Seus pés são o pedestal do vaso onde está plantada a flor do teu sexo.
Pisa-me! Violenta minha boca com teu pé... Toca meu sexo com teus pés... Massageia-o... Meu gozo é explosivo, liberador. Morro Alço aos céus Caio Revivo Exausto... feliz. A seus pés.
PS. Os teus pés
Quando não posso contemplar teu rosto, contemplo os teus pés.
Teus pés de osso arqueado, teus pequenos pés duros.
Eu sei que te sustentam e que teu doce peso sobre eles se ergue.
Tua cintura e teus seios, a duplicada púrpura dos teus mamilos, a caixa dos teus olhos que há pouco levantaram vôo, a larga boca de fruta, tua rubra cabeleira, pequena torre minha.
Mas se amo os teus pés é só porque andaram sobre a terra e sobre o vento e sobre a água, até me encontrarem.
Pablo Neruda
Faca o seu login para poder votar neste conto.
Faca o seu login para poder recomendar esse conto para seus amigos.
Faca o seu login para adicionar esse conto como seu favorito.
Denunciar esse conto
Utilize o formulario abaixo para DENUNCIAR ao administrador do contoseroticos.com se esse conto contem conteúdo ilegal.
Importante:Seus dados não serão fornecidos para o autor do conto denunciado.