Romance Gay Alex e Junior cap. 7 (Passado)

Romance Gay Alex e Junior cap. 7 (Passado)
Fiquei me perguntando se aquilo mesmo ia acontecer, ter aquele homem pra mim.
Quando ele foi fiquei bobo de amor sentado na cama ainda sentindo seu perfume que estava em mim.
No dia seguinte acordei com meu pai batendo na porta.
-Filho, você não vai pra escola hoje?
-Vou pai.
-Você está atrasado filho, levanta dessa cama.
Não estava me sentindo muito bem mais eu não queria ficar só em casa, então resolvi ir.
Tomei um banho rapidamente e em pouco tempo já estava pronto.
-Você está bem filho?
-Estou pai, vamos. (Disse beijando seu rosto)
No caminho minha mãe ligou pro pai e que começaram uma pequena discussão. Típico deles.
-Não pode atender o celular enquanto dirige pai.
-Eu sei filho, desculpe.
-Queria tanto que você e mamãe parasse de brigar, as vezes vocês parecem tão felizes.
-Não quero falar sobre isso filho você está atrasado, é melhor você ir.
-Tudo bem pai, bom dia.
-bom dia filho.
Estava super atrasado e pensei então resolvi entrar só depois do intervalo, mais logo vi a Cris que me disse que todos estavam liberados para fazer uma pesquisa na biblioteca, então fui deixar minhas coisas na sala para depois ir para biblioteca.
Quando chego à sala ouço dois homens conversando e logo reconheço a voz do Alex.
Eles percebem que tem alguém chegando e param de falar.
Alex estava sentado em uma carteira e esse cara em outra bem do lado dele. (Muito perto por sinal)
Quando Alex me ver, fica meio sem graça e diz:
-Junior, pensei que não viesse pra escola hoje.
-Eu me atrasei um pouco.
-Esse aqui é o Fabio, substituto da nossa professora de Filosofia.
-Prazer Junior. (Disse ele se levantado e me dando a mão)
Demorei um pouco e peguei não mão dele.
-Prazer, Fabio.
Ele era um homem muito bonito e parecia ser experiente já que aparentava ter uns 33 anos, ele era muito bonito , da minha altura, branco, olhos castanhos, barba por fazer e um belo sorriso, logo percebi que Alex não era apenas amigo do Fabio.
-Bom, já estou indo, só vim deixar minhas coisas aqui, vou para biblioteca.
-Me espera Junior. (Disse Alex)
Não respondi e nem esperei.
-Parece que seu amigo não está de bom humor. (Ouvi Fabio dizer)
Acelerei meus passos e mesmo assim Alex conseguiu me alcançar.
-Que porra foi essa? (Disse ele pegando no meu braço)
-Só não quero atrapalhar você e seu amigo.
-Isso mesmo, Fabio e eu somos apenas amigos.
-Alex eu não nasci ontem.
-Ok não vou mentir. Fabio e eu já namoramos , mais foi um namoro bem esquisito.
-Se fosse esquisito você não estaria lá falando com ele.
-Quando falo esquisito quero dizer que não é tão especial como está namorando com você.
Ele abaixou a cabeça.
-Tudo bem, desculpa, exagerei um pouco.
-Sim, exagerou. (Respondeu ele ainda de cabeça baixa)
-Você vai pra biblioteca?
-Não.
-Não vai fazer o trabalho?
-Não.
-Vai pra onde então?
-Pra casa, minha irmã está sozinha.
-Posso ir com você?
-Não.
-Tá bravo comigo?
-Não.
-Nossa, tudo não mesmo.
-Não. (Disse ele sorrindo)
-Você fica mais lindo bravinho assim sabia?
-Não.
-Ah para Alex, se você falar essa palavra de novo vou te socar.
-Teria coragem de me bater?
-Pensando bem, não!
-Até porque sou mais forte que você.
-Mais bobo também.
-Vamos logo.
-Você disse que não ia me levar.
-Mudei de idéia.
-Bipolar.
-Cala boca vai.
-Cala você manezão.
Quando entramos no carro Alex me agarrou e me beijou de uma forma bem bruta.
-Quem você tá mandando calar a boca em?
-Você.
-Você não tem medo de mim?
-Nenhum um pouco.
-Posso calar sua boca beijando a sua.
-Então beija seu Lindo.
Alex me levou na sua casa que era bem maior que a minha e logo percebi que ele era melhor de condição que eu.
-Minha irmã está no quarto, vamos lá Junior.
-Vamos.
Antes da gente subir o seu pai chegou e não parecia está de bom humor.
-Alex?
-Pai, chegou cedo.
-Não acredito que está trazendo esse tipo de pessoa pra cá de novo.
-Pai, esse é o Junior ele é super do bem.
-Foi o que você disse quando trouxe aqueles marginais aqui.
-Pai, você tá maluco, você precisa tratar as pessoas com mais respeito.
-Acho melhor eu ir embora Alex. (Disse)
-Não, você não vai à lugar algum Junior. Vamos subir ver a minha irmã.
-Só te digo uma coisa: Se isso acontecer de novo eu te expulso de casa. (Disse seu pai saindo)
-Não vai acontecer pai.
-Eu já aceitei coisas demais suas Alex.
Depois disso percebi que o Alex ficou meio triste e tentava disfarçar mais eu conhecia ele bem.
-Olha quem tá aqui Larissa.
-Não acredito, seu namorado?
-Larissa, que coisa.
-Não precisa esconder Alex, eu vejo o brilho quando vocês estão juntos.
-Sério? (Disse)
-Desde o começo. (Disse Larissa)
Nós passamos horas conversando e apesar de Larissa ser uma garota doente ela não era desanimada ela era muito alegre e sorridente.
O médico de Larissa chegou e nós deixamos ela à vontade.
-Deixa eu te mostrar meu quarto. (Disse Alex pegando na minha mão)
-Oba.
Seu quarto era grande e estava super arrumado.
-Quem é essa gata aqui? (Disse me referindo ao um retrato enorme na parede)
-E a minha mãe, linda né.
-Muito, parece muito com você.
-Obrigado, sinto muito falta dela.
-Onde ela está.
-Ela não faz mas parte desse mundo.
-Que pena Alex.
-Ela morreu em um acidente de carro quando eu tinha 7 anos.
-Sinto muito Alex.
-Tudo bem, eu me acostumei com essa dor, só não quero sentir ela de novo.
Ele deitou na cama e eu deitei do lado dele.
-Você é o que vem me animando nos últimos dias Junior.
-Você parecia feliz quando te conheci.
-Eu podia estar rindo por fora, mais na maioria das vezes sempre estou triste por dentro.
-Mais porque toda essa tristeza?
-Eu simplesmente sinto as vezes que não tenho motivos pra sorrir.
-Você tem uma vida maravilhosa Alex.
-Não Junior, eu não tenho, nunca tive.
-Fala pra mim o que aconteceu?
-Tem certeza que quer saber?
-Tenho, você é a pessoa que eu amo, preciso saber sobre seu passado.
-Pra começar perdi minha mãe com 7 anos, ela morreu por causa do papai, ela descobriu que ele traia ela com uma funcionária dele, ela pegou o carro desesperada e aconteceu o acidente, eu lembro que chorei muito e fiquei traumatizado, via vultos a noite e qualquer coisa me assustava, quando completei 13 anos me apaixonei por meu melhor amigo, tudo era muito confuso e eu mesmo me rejeitava, não era correspondido por ninguém, quando papai chegou com uma garotinha foi o que me animou, ele logo engravidou a funcionária dele e daí nasceu a Larissa, ele trouxe ela com 6 anos, logo criei um amor enorme por ela mais não gostava da mãe dela.
-Então Larissa só é sua irmã por parte de pai.
-Sim.
-E onde está o mãe dela?
-Ela se divorciou, e ficou com bastante dinheiro do papai, era uma mulher muito Interesseira, ela não gostava da Larissa.
-Que horror.
-Com 16 anos resolvi falar pro papai que me sentia atraído por homens.
-Ele te apoiou?
-Não, ele passou meses sem falar comigo. Nem olhava na minha cara.
-E como você reagiu?
-Eu logo entrei em um tipo de depressão, me sentia sozinho e tentei várias vezes me matar mais sempre a Larissa impedia.
-Nossa, que coisa horrível Alex, isso é o maior pecado que existe.
-Larissa me acolheu e meu todo apoio, ela me dava conselhos e me fazia rir, mais isso não impediu de que eu me envolvesse com amizades que me levaram no mal caminho.
-O que aconteceu?
-Eu me envolvi com drogas, quando eu usava ficava tudo bem, me sentia grande e tranzava com os meus amigos gays.
-Eles se drogavam também?
-Sim, muito, ainda se drogam até hoje.
-Mais você não é mais amigos deles não né?
-Não, mais a parte boa e que meu pai voltou a falar comigo quando viu meu estado. Fiquei um tempo em uma clínica, ele ficou até mais carinhoso comigo.
-Que confusão.
-Quando sai da clínica conheci Fábio, ele é amigo do meu pai, namorávamos escondido. Era muito estranho, na verdade ele gostava de mim mais eu nem tanto dele, mais a companhia dele me fazia bem.
-Entendo.
-Daí agora um anjo apareceu na minha vida dando sentindo a ela, chamado Junior. (Disse ele me beijando)
-Eu te amo Alex.
-Eu te amo mais Junior.