Era para ser apenas mais uma daquelas fodas de final de semana, apenas mais uma transa do fim do mês, o alivio de um dia estressante de trabalho. Foi o que pensei, até passar a tê-lo todos os dias dentro de mim, as coisas passaram a ser constantes, e cada vez mais repentinas, não precisava de muito, bastava simples olhares e já nos víamos selados, corpos suados, mordidas, gozadas e gemidos vorazes.
Mas nem sempre foi assim. Nossa historia não aconteceu precisamente para ser assim. Foi preciso antes passar pelo inferno, provar do fel amargo do desprezo, do descaso e do preconceito, até que pudéssemos chegar a comprovar o doce pecado no céu.
Esta não é uma daquelas historias, que vocês estão acostumados a ler e ouvir. Há muitas outras ruas e esquinas na cidade imperial chamada SEXO. Essa cidade não se divide entre paixão e desejo como todos dizem. Ela se reparte entre o pecado e a redenção.
Para que possamos entender o final de um ato, antes devemos assistir a toda à trajetória do começo, é como eu disse: essa não é uma historia de amor, mas de entrega e perdão.
***
O Corvo
Eu era apenas mais um garoto simples do secundário. Diferente dos outros garotos de minha idade, não gostava de futebol, não tinha tesão, e nem mesmo sentia prazer por seios fartos ou bundas carnudas. Tinha um desejo voraz por garotos, suados e sem camisa, por coxas masculinas, sites de pornografia gay e pênis. Meu nome?
Meu nome é Alec Ronald, é de todos os pênis em questão, um simplesmente me atraia de todas as formas, aquele belo taco de chocolate belga que se escondia dentro das famosas cuecas boxes de Valentim. (Deus como eu desejava por meus lábios sobre aquele caralho e dar a Valentim todo o prazer que nenhuma prostituta no mundo, poderia lhe proporcionar). Mas não tinha coragem de me aproximar, sempre após os treinos de futebol, nos éramos os últimos a ficar dentro do banheiro, éramos os últimos a tomar banho e os últimos a deixar o vestiário, isso por sermos primos e pegarmos o mesmo ônibus na volta para casa. A cada dia que me pegava babando sobre seu caralho, era uma noite digna de uma bela e majestosa punheta selvagem, daquelas de perder o rumo e deixar as pernas bambas.
Após passarmos toda uma segunda-feira de treino, ficamos sozinhos no banheiro. Não era costume de nenhum dos garotos tomarem banho pelados, era sempre de cueca ou bermuda, no entanto naquele dia não foi bem isso que aconteceu. O último dos meninos havia acabado de sair do vestiário acompanhando o treinador. Valentim caminhava de um lado pelo outro, parecia preocupada e pelo que percebi no treino, ele estava com algum problema. Sempre o vi como um animal selvagem, cheio de si e dono de seus próprios instintos, por varias noites tive sonhos abrasadores; via nossos corpos interligados em uma sequência frenética de estocadas, em uma eloquência levada por instintos fora do comum em que todas minhas pregar se rasgavam só de ouvir seu nome. Naquele dia não foi diferente, ele era uma animal selvagem de cueca boxe preta e com um grande caralho encurralado dentro daquele pedaço de algodão negro. (Deus como ele era grande, em todos os sentidos, era quase que insuportável ficar ali parado simplesmente admirando.).
Não pensei duas vezes antes de tomar alguma iniciativa;
- Está tudo bem, Valentim? Você parece preocupado_ Ele me olhou como se fosse a primeira vez que me visse, como se nem houvesse se dado conta de minha presença dentro do vestiário. Deu-me um sorriso amarelo, quase desbotado.
- Nada que eu não possa resolver. Agora vamos terminar logo e ir pra casa._foi à única coisa que ele disse. Logo em seguida arrancou a cueca e foi para debaixo do chuveiro. Eu nunca me cansei de me surpreender com seu corpo, com seu pênis, (talvez eu seja um tolo apaixonado, só isso) porém nunca iria me cansar de imaginar tudo aquilo pra mim. As gotas de água caiam como cascata pelo chuveiro sobre minha cabeça,cada gota daquela me lembrava de que poderia ser os lábios dele deslizando sobre meu corpo. (Deus me ajude, eu não saberia até quando poderia suportar todo aquele fogo dentro de mim, aquilo consumia cada canto de meu corpo como se em meus vasos sanguíneos corressem brasa derretida).
Todos os dias também eu me apressava para terminar o banho primeiro, assim poderia ficar observando Valentim se lavar, ver suas mãos lavarem os cabelos, a água escorrer por seu rosto, descer por seu peito, abdômen, seu pênis ereto e pernas. Mas naquele dia ele estava distante e terminou primeiro que eu, não se enxugou, sentou no banco completamente nu e molhado. Não conseguia vê-lo daquela forma, me apressei no banho vesti uma cueca sentei ao seu lado, mesmo o a distancia conseguia ouvir o pulsar de seu coração acelerado.
- Valentim o que aconteceu? Te conheço, seja o que for você não pode resolver sozinho, me conta eu posso te ajudar._ ele pareceu desesperado seus olhos distantes, e de repente s palavras saíram cansadas carregadas de dor.
- Sabe a Melissa?_ aquela foi uma pergunta estúpida quem não conhece melissa, ela era uma garota peituda e a maior safada de toda a cidade, diziam (fatos confirmados) que ele escolhia dentre os garotos do colégio um que a interessasse, e no final de semana ela simplesmente ia para cama com ele. Esse era o momento esperado por todos os garotos: o famoso veredicto de MELISSA. Lá no fundo quando ouvi o nome dela sair dos lábios dele, uma parte de mim já sabia o que viria a seguir, e naquele momento eu preferia receber a pancada de imediato, do que mais tarde;
- Ele escolheu você?_ ele simplesmente confirmou com a cabeça, não olhou pré mim não disse nada apenas confirmou.
- Então por que esta assim? Este não é o momento mais aguardado por todos? Você deveria estar comemorando.
- Talvez._ foi só o que ele respondeu cheio de indiferença.
- Qual é Valentim, você vai ou não dizer o que ta passando._ ele pareceu perceber a dureza em minha voz, respirou fundo antes de responder.
- Estou com medo de fazer algo errado, se eu pisar na bola vou ser motivo de chacota no colégio inteiro._ não verdade sempre tive medo disse, ser alvo de piadas e gozações da escola por ser gay, por isso preferi não contar a ninguém e quando Melissa me escolheu, fiz o que eu gostaria que um homem tivesse feito comigo, a peguei de jeito,pó um pouco mais de insistência não fiz sexo anal com ela.
-Tem algo que eu possa fazer para te ajudar?
- Quer mesmo me ajudar Alec?_ percebi uma repentina mudança de humor nos olhos de Valentim, agora ele estava sorrindo, um sorriso cretino e selvagem o tipo de sorriso que ele dava para as meninas no corredor, o tipo de sorriso que indicava que ele queria mais.
Foi tão rápido que não consegui entender o que estava acontecendo, só senti uma leve ardência em meus lábios, meus olhos estavam encarando dois olhos brilhantes cheios de tesão e meus lábios estavam presos a outros: finalmente eu podia sentir seu gosto na minha boca ele mordia meus lábios, mordiscava minhas orelhas , chupava minha língua. Aos foi se inclinando sobre mim e fui sentindo sua ereção roçar minha barriga. Senti sua mão conduzir a minha um pouca mais abaixo de sua virilha, meu corpo se derreteu por completo; o membro dele estava rígido em minha mão, o cheiro forte de sabonete e o gosto de homem saído do banho me faziam estremecer, eu o queria tanto... Tanto e gora que o tinha, queria guardar aquilo para sempre, queria poder guardar seu cheio em uma garrafa, aprisionar seu gosto em uma marca de bala nova que só eu pudesse provar... Só eu pudesse chupar.
- Me chupe!_foi o que disse mordendo minha orelha, estava ofegante.
Desci com minha boca sobre seu membro; primeiro fui dando pequenos selinhos sobre a cabeça, aos poucos ia abrindo mais lábios, o chupando gradativamente sentindo seu gosto provando de seu sabor, não demorou muito até que ele começasse a gemer baixinho por sobre meu ouvido, em meio as gemidos ele pedia mais, desejava que eu continuasse a chupa-lo.
Então eu o fiz. De todas as formas e em todos os ritmos, tudo por Valentim. Ouvi-lo gemer, saber que todo seu tesão, e todos os seus gemidos eram pra mim me fazia delirar.
- Tira a cueca_ já naquele momento meu corpo e meu coração estavam a mil, e tudo o que eu fazia era no automático. De certa forma aquela era minha primeira vez, e eu estava com um pouco de medo, e hesitei por um tempo antes de obedecer.
- Tira logo a porra da cueca, Alec_ então veio o primeiro soco. Ele acertou em cheio meu rosto, com o impulso e a força meu corpo se desequilibrou para trás. Sem controlar a raiva e o medo, lagrimas começavam a escorrer por meu rosto, se misturando com o pouco sangue que começava a brotar de meu rosto.
- Eu não quero mais. Chega Valentim, vou pra casa_ já estava pegando minha calça quando ele me segurou por trás, dava pra sentir a respiração dele oscilar sobre meu pescoço, eu sentia raiva e tesão eloquente vindo de seu corpo, bastou segundos para que já me visse encurralado na parede com o corpo de Valentim completamente colado nas minhas costas, suas mãos desciam por minhas costas enfiaram dentro da minha cueca e seus dedos exploraram meu interior.
- Você acha que vai a algum lugar, mas infelizmente tenho que te dizer; você não vai!_ naquele momento senti nojo de Valentim, não tinha mais prazer ou tesão que me reanimasse.
- Alec você é uma criança estúpida querendo brincar de sexo. Tenho pena de você. Agora se você não quer outra marca dessa no rosto e melhor fazer o que mandei: Tira a merda da cueca e vem me chupar!_ segurei as lágrimas, não deia ele o gosto de me ver chorar novamente. Mandei a cueca pelos ares, me ajoelhei na frente dele e o engoli, dessa vez não era gosto do meu homem, e sim o gosto de um pênis qualquer que só estava a fim de uma foda. A cada centímetro dele que colocava dentro da minha garganta, sentia seu corpo estremecer mais. Ele queria que eu o chupasse, então eu o chupei, engoli toda a sua vara de uma só vez, o fazendo urrar de tesão. Ele foi até a mochila pegou um envelope alumínio e voltou para perto de mim.
- Levanta e coloca a camisinha em mim._ coloquei a camisinha nele com jeito, depois fiquei de quatro.
- Bom menino, aprendeu rápido. Agora vamos botar pra quebrar_ as mãos de Valentim desceram por minha bunda e logo em seguida senti seu caralho na porta de meu paraíso.
- Vamos brincar!_ gargalhou ele entrando em mim, e foi como se cada músculo de meu corpo estivesse sendo destruído. Ele desceu sua cabeça em direção da minha costa me mordendo com violência, os dentes cravados perto do meu pescoço. Travei o maxilar para não gritar. O misto de dor, prazer, e ódio dominou todos os meus sentidos. Tentei sair de seu aperto, mas suas mãos cravaram ainda mais em minha virilha, e as estocadas aumentaram ainda mais.
Minhas coxas pendiam para todos os lados. Meus ossos pareciam se fragmentar, destruídos de tesão e dor. Por um tempo as mordidas param e ficaram só as estocadas violentas, as dores das minhas pregas sendo arrombadas e desfeitas uma a uma, em um sexo descomunal e violento.
- Estamos quase lá_ meu corpo já estava anestesiado pela dor, exausto de todas as estocadas e de todos os movimentos. Valentim urrou, cravando suas unhas em minha bunda, enfiando ainda mais seu pênis dentro de meu corpo. Do meu rabo em chamas senti um misto de porra e sangue escorrer por minhas pernas. Meu corpo cansado caiu no chão. Mal conseguia ficar de pé ou manter os olhos abertos, estava difícil ficar acordado, mas eu precisava, tinha que saber o que Valentim iria fazer comigo. A única coisa que me lembro e de Valentim me carregando em seus braços para debaixo do chuveiro, lá a água gelada lavava meu corpo e aumentava a dor de minhas feridas, quando tocavam meu rosto e meu Ânus . Lembro-me também de um beijo. E de Valentim dizer:
- Não tenha medo, descanse que eu cuido de você.