Desculpa,
Tudo que vivi foi profundamente
Eu te ensinei quem sou
E você foi me tirando
Os espaços entre os abraços,
Guarda-me apenas uma fresta
Eu que sempre fui livre
Não importava o que os outros dissessem.
Até onde posso ir para te resgatar?
Reclama de mim, como se houvesse a possibilidade
De me inventar de novo
Desculpa se te olho profundamente
Rente à pele
A ponto de ver seus ancestrais
Nos seus traços
A ponto de ver a estrada
Muito antes dos seus passos
Eu não vou separar minhas vitórias
Dos meus fracassos!
Eu não vou renunciar a mim
Nenhuma parte, nenhum pedaço
Do meu ser...
Vibrante, errante, sujo, livre, quente
Eu quero estar viva e permanecer
Te olhando profundamente."
Um bom momento de poesia. Interessante. Votado