Colegas. Amantes

Há pouco mais de um ano trabalhei num departamento da secretaria de uma empresa. Comigo trabalhavam mais três colegas: Marina, Carlos Henrique e Clarice. Marina era uma jovem garota, que se dedicava muito ao trabalho e o conciliava aos estudos. Carlos Henrique era um homem de 30 anos, de beleza comum e desempenho medíocre na empresa. Clarice era uma mulher com seus 28 anos, muito reservada e que levava seu trabalho muito a sério. Vale destacar que ela não tinha uma beleza extraordinária de musa de cinema, mas também não passava despercebida aos olhos de ninguém. Naqueles três meses de trabalho juntos não imaginei, mas minha relação com Clarice iria ficar bastante íntima. Tornamo-nos bons amigos, os quatro. Dividíamos a mesma sala; conversas iam e vinham em meio às papeladas, documentos e assinaturas. Um dia qualquer o assunto “relacionamento” surgiu. Marina já namorava há alguns anos e sonhava em se casar com o tal namorado. Carlos não tinha uma parceira fixa, mas se relacionava com muitas mulheres esporadicamente; inclusive, naquela noite tinha um encontro marcado com uma moça que conhecera através de um aplicativo de celular. Clarice recentemente terminara um noivado de dois anos, ainda estava fragilizada e não estava totalmente aberta nem mesmo para falar sobre sua vida amorosa. Já eu, deixei escapar meu interesse por mulheres, e percebi os olhares curiosos dos meus colegas, que diziam que nunca me imaginaram homossexual, já que eu era muito feminina e não correspondia ao estereótipo que criaram acerca das mulheres lésbicas. Apesar da surpresa estampada na cara de cada um, não houve constrangimentos e a conversa foi natural para todos nós. Percebi um olhar particularmente curioso de Clarice. Dias depois, conversávamos e Clarice admitiu já ter tido certa intenção em experimentar alguma relação com outra mulher –“Ah, quando eu era mais nova sim, mas... mas... mas eu gosto de homens, essa curiosidade já passou. Imagina!”, tentou imediatamente se justificar. A partir dali eu a reparei com mais cuidado. Era mesmo bonita. Tinha uma pinta convidativa no pescoço, quando estava ansiosa mordia os lábios de uma maneira muito sensual, e... Mas espera! Apenas minha colega de trabalho! Não deveria imaginar nada além daquilo! Vida que segue. Após uma semana estressante, Carlos e eu resolvemos sair para beber alguma coisa e espairecer; desde então se tornou hábito sairmos as sextas para um happy hour. Convidamos Marina, mas pra ela era sempre impossível por causa da faculdade. Muitas vezes convidamos Clarice também, mas ela sempre recusava. Numa quinta-feira precedente a um feriado ela aceitou nos acompanhar. Foi muito divertido, apesar da cerveja quente. Primeira vez que eu a via gargalhando. Depois daquela fatídica quinta, ela passou a sair mais vezes comigo e com o Carlos. Estava se abrindo mais às conversas sobre o amor. Nós três até confidenciávamos segredos. Numa sexta dessas, Carlos não foi ao trabalho, pois estava se organizando para viajar. Então eu e Clarice fomos fazer o que em todas as sextas fazíamos. Conversamos até muito tarde naquele dia. Eu estava um pouco sem jeito, já não era possível vê-la apenas como uma colega de trabalho. Eu a desejava e ponto. Despedimo-nos e veio o convite para jantarmos qualquer dia. Aceitei na hora e ficou tudo combinado para a próxima sexta. Eu já estava cá com minhas dúvidas se teria algum interesse da parte dela também. “Bem, vamos ver no que dá. E se não der em nada, ainda terei uma boa amiga”, pensei. Contei nos dedos os dias até a sexta do jantar. Jantamos num restaurante que ela recomendou. Foi ótimo! Na ida para a casa ela me ofereceu carona, eu aceitei. Mais conversas, mais risadas. Estava completamente à vontade comigo, e já não se mostrava tão introspectiva como quando a conheci. –“Bem, chegamos. Adorei o jantar e sua companhia. Espero fazer isso mais vezes”, disse num sorriso. – “Ah, claro. Também adorei”. Ainda no carro, me aproximei para me despedir dela e foi aí que aconteceu o improvável: olhamo-nos profundamente dentro dos olhos, e antes que pudéssemos recuar, sem pensar muito, nos beijamos. Foi um beijo quente. Passei a mão por baixo de sua blusa, ela desprendeu um leve gemido. Ela agarrou meus seios com cobiça. Tremia. Parecia ávida, curiosa, e assustada com a novidade da primeira experiência com uma mulher. A excitação começou ali. Ela se arrepiou no momento em que meus lábios tocaram seu pescoço, em sua infame pinta que fazia minha imaginação divagar. –“Espera! Calma. A gente não deveria... Quero dizer, não está certo”, ainda tentou relutar. –“O que não está certo é resistir ao que se sente. Vamos para minha casa, ou pra sua”, eu insisti enquanto segurava sua nuca, por entre seus cabelos, e a olhava incisivamente. Ela concordou em irmos pra casa dela, onde se sentia mais segura. Ao longo do percurso não falamos nada. Ela parecia bastante nervosa. Entramos no prédio que ela morava. Ainda na garagem, voltamos a nos beijar fervorosamente. Subimos assim: aos beijos e amassos. Ela olhou para um lado e para o outro, então entramos em seu apartamento. Ainda sem pronunciar uma palavra sequer, continuamos com os beijos e com as mãos que descobriam novas formas. Ela me empurrou até a parede próxima à porta que dava para a sacada do apartamento, beijava-me com desejo. Sentia todo seu corpo quente, a ponto de verter-se em próprio fogo. Levantou meus braços, e num movimento nada delicado retirou minha blusa. Agora beijava-me os seios enquanto, com as mãos, desprendia meu sutiã. Arranhava-me as costas. Alternava os beijos entre meus seios e meu pescoço. Lambia. Mordia. Consumia-me com lascívia. Finalmente se livrou do meu sutiã. Livrou-se também de sua camisa, que nem sequer se deu ao trabalho de abrir cada botão; apenas num impulso abriu-a e a jogou de lado. Desnudou-se não apenas de sua camisa e de seu sutiã, mas também de seus pudores. Voltou-se aos meus seios. Admirava-os. Agora mordiscava meus mamilos. Eu já estava fora de mim, completamente dominada pela febre da volúpia. Ela tornou à minha boca, que já não se contentava em apenas beijá-la; exigia mais. Exigia mordê-la, senti-la. Enquanto nos beijávamos, nossas mãos corriam por todo o corpo. Eu a apertava, a arranhava. O desejo me impulsionava a tocá-la, acariciar seus braços, deslizar minhas mãos sobre suas costas nuas, apalpar seus glúteos, suas coxas, sua boceta por sob a calça... Nossas mãos dançavam no ritmo que o tesão nos impunha. Entre cada toque e entre um beijo e outro, um gemidinho solto no ar. A respiração ofegante em meus ouvidos me excitava mais. A excitação dela também estava evidente. Estávamos completamente entregues à ânsia daquele momento de prazer intenso. Molhadas, da cabeça aos pés. Todos os fluídos emanados de nossos corpos se misturavam. Corri a língua em sua orelha esquerda, desci devorando seu pescoço. Ela gemia baixinho. Alcancei seus seios e os chupava enquanto minha mão direita os acariciava, tanto quanto a esquerda perpassava por sua barriga, glúteos e coxas. Seus mamilos saltavam de encontro à minha língua, que suavemente os massageava. Os gemidos formavam a canção que embalava nossa transa. Aos beijos, fomos para o quarto e nos deitamos em sua cama. Prontamente tirei sua calça e suas sandálias. Beijava suas pernas, a parte interna de suas coxas. Mordia. O calor de nossos corpos esquentava todo o ambiente do cômodo. Ela gemia mais alto. Tratei de tirar minha calça e minhas sandálias também, e as joguei pra lá. Deitei-me em cima dela, e a beijava ainda mais. Todo nosso corpo estava desperto. Todos os sentidos experimentavam o gozo. Aquela concupiscência era estimulada com o toque, com o beijo, com mordidinhas, com massagens, com um corpo se esfregando contra o outro. Apertei seus seios com ímpeto. Passava a mão em sua boceta, por cima da calcinha. Masturbava-a. Ela delirava. Beijava com mais rasgo seu pescoço, seu colo, seus lábios. Desci desbravando seu corpo tomado pelo suor. Chupava-a “muito gostoso”, como ela mesma sussurrou. Desci a língua por cada curva de seu corpo. Ela já não gemia, ela chorava, gritava de lubricidade. Quando minha língua contornou sua barriga até o seu umbigo, ela disse com voz sufocada para eu a foder. “Me chupa, me chupa agora”, suplicava enquanto abria as pernas. Eu já não me agüentava de apetência por sentir o gosto dela; o gosto daquela boceta completamente molhada. Retirei sua calcinha e não fiz mais rodeios. Comecei a chupá-la. As mãos não paravam enquanto a minha língua adentrava o corpo dela. Ela num urro se anestesiou. Gemia como nunca antes vi alguém gemer. Contorcia-se de gana. Movimentava seu quadril em minha boca. Com as mãos puxava meus cabelos e friccionava minha cabeça contra sua boceta. Eu a chupava com extrema exaltação. Movimentos circulares. Engolia toda sua boceta. Massageava seu clitóris com a ponta da língua, e nessa hora ela quase morria. Simultaneamente às chupadas, masturbava a ela e a mim com os dedos. Ela me apertava. Mais gemidos. –“Vou gozar”. Eu não parava. Os lençóis brancos encharcados do nosso cansaço. Mãos correndo em suas coxas, nos seus seios e na lateral de seu corpo. Ela se movimentava com mais velocidade. –“Ah!”. Um grito estrondoso. Espasmos de deleite. No ápice da sua excitação, sentia sua boceta se contraindo numa gozada. Naquele momento experimentei do mesmo orgasmo. Ficamos em êxtase por alguns instantes, e finalmente caímos vencidas pela exaustão. Subi pelo seu corpo sentindo seu sabor, ela ainda se retorcia em pequenos enlevos. Alcancei sua boca e nos beijamos longamente. As mãos agora já se comportavam mais. A respiração falhava. Deitamos-nos abraçadas, e nos acariciamos até o sono e o esgotamento nos obrigarem a dormir. Na manhã seguinte muito mais aconteceu, mas são relatos para um próximo registro. Ah, Clarice...

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Comentários


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boxboxbox Comentou em 17/11/2015

Amei o teu conto. Altamente excitante. Voto muito merecido.

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delmamao Comentou em 16/11/2015

adorei gozei ssaó de ler isso add ai gosto

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novinha20121995 Comentou em 14/11/2015

Lindo conto. Amei Tem meu voto. Continua os contos

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joalumar Comentou em 14/11/2015

muito bom seu conto felicidades

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Soninha88 Comentou em 13/11/2015

mulher, que conto foi esse!!!!! fiquei molhadinha e tive que me tocar no banheiro!!!!! o melhor conto lesbo que já li...me imaginei no lugar da Clarice quando fui seduzida por uma outra menina...amei seu conto, pena só poder dar um voto, senão daria 50, 100...bjs




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74573 - Noite que não acabou - Categoria: Lésbicas - Votos: 3

Ficha do conto

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euterpe

Nome do conto:
Colegas. Amantes

Codigo do conto:
74030

Categoria:
Lésbicas

Data da Publicação:
12/11/2015

Quant.de Votos:
7

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