Mundo gay - O declínio 01

          Luan se deixou cair na poltrona sem nem se lembrar da taça de vinho na mão.
          -Caralho! -Olhou pro líquido flutuando em sua calça e a tirou devagar, com cuidado pra ele não escorrer em direção ao chão.
          Ele se dirigiu pro lavabo, sem tirar os olhos da gigante tela de frente pra poltrona. Coçou o saco enquanto abria uma máquina e jogou a calça com o líquido dentro. Ainda coçando, voltou pra poltrona, sentou e segurou a taça com o resto do vinho. Não ia se dar o trabalho de abrir a garrafa novamente.
          Seus músculos eram grandes e eles afundavam no móvel, como se ele quisesse engoli-los.
          -Vamos ver se essa putaria vale mesmo à pena. -falou enquanto apertava um botão em um controle transparente.
          A tela lançava um festival de cores e informações, à medida que o homem peludo clicava nos botões, até que se fixou em uma grande imagem. “Bem-vindo ao Planeta Amodos! Por favor, especifique sua área de interesse.”
          O homem se remexeu no sofá e colocou a taça em cima de uma mesinha. Já estava impaciente. Começou a ler em voz alta as opções.
          -Pesquisa? Não. Patrocínio? Não. P... -ele se calou.
          Sua grande mão começou a entrar pra dentro da cueca enquanto ele clicava em “Pornô”.
          Mais abas apareceram. “Cidade” ou “Mundo Aberto”? Luan clicou em mundo aberto. Ele já via coisas urbanas demais todos os dias no bloco industrial.
          Uma grande página se abriu. Era muita informação e muita pouca paciência. Ele ignorou itens como “Patrocine”, “Adote”, “Saiba mais”, e clicou no primeiro que apareceu: “Acompanhe os últimos expulsos das cidades”.
          Uma lista enorme de rapazes apareceu. “Banido a 2 semanas”, “Banido a 1 mês” eram os mais recentes, e por força do destino, quem sabe, surgiu uma nova aba com um rapaz muito diferente dos demais. “Acabou de ser banido”, estava escrito. Seu nome era Davi.
          Ninguém saberia dizer o que veio primeiro: o clique dado em “ver” ou a ereção.


5 horas atrás…

          Antes de mais nada, eu queria deixar claro que nunca fiz sexo com o meu primo. Não porque nós não sejamos compatíveis (ele é ativo), mas porque ele é simplesmente o cara mais babaca que já existiu. Depois que meu pai me deixou e me fez morar com ele, a dois anos atrás, ele assumiu que à partir daquele dia ele seria minha sombra e não deixaria que eu fizesse nada de errado, para o meu próprio bem. Só que isso se tornou obsessivo demais. E hoje, com certeza foi seu pior acesso de insanidade. Ah, ele deve ter um desejo louco de me foder. Em todos os sentidos.
          Quando morava com meu pai eu costumava sair com garotos, já que ele nunca se importou com isso. Sempre dizia: “Eu sei que você não vai fazer nada de errado, Davi”. Depois que fui morar com o Toby, tudo isso mudou. Eu não podia mais sair sem ele me encher o saco, então chegou uma hora que eu simplesmente parei de ir pros lugares. Eu só conversava com os garotos da escola, e até deles Toby tinha ciúmes.
          Acho que o fato de todos os passivinhos da minha idade idolatrarem ele, e eu sempre desprezá-lo fez com que ele revidasse tentando acabar com a minha vida. Ele só tem 4 anos a mais que eu, e estou a três dias de completar 19 anos, a idade permitida pra poder dirigir, morar sozinho e fazer sexo. Nesse último ano, em particular nesses últimos meses, ele vem fazendo de tudo pra tentar fazer as pazes comigo. Até me comprou uma caixa de chocolates. Fica me dizendo: “Davi, você sabe que eu fiz aquilo pro seu bem, não é?”, como se o fato dele ter brigado com um amigo meu fosse o único dos problemas que ele me fez passar. Continuo tratando ele do jeito que ele merece. Com desprezo.
          Ele quase não passa na porta quando me pergunta, com a escova de dentes na boca:
          -Não vai pra escola hoje?
          Olho pra ele debaixo do cobertor, com uma cara amassada de sono. Ele está malhando pesado, seu braços dão três do meu.
          -Não estou me sentindo bem. Vou ficar em casa hoje!
          Ele encolhe os ombros.
          -Pelo menos venha comer. Fiz ovos mexidos, do jeito que você gosta! -ele dá uma piscadela.
          Parece que alguém acordou bonzinho hoje, mas não se engane, ele é um verdadeiro babaca quando quer.
         Levanto da cama e subo a cueca, pra que ele não veja meu cofrinho. Entro no banheiro no momento em que ele cospe na pia. Ele finge olhar pra algo em seu rosto no espelho enquanto olha de soslaio pra minha bunda. Imbecil. Pego minha escova.
         -Três dias pra maioridade, hein? Deve estar louco pra dirigir. -mas eu sei o que ele realmente quer dizer.
          Coloquei a escova na boca pra não ter que responder. Ele me olhou nos olhos, ajeitou o curto cabelo castanho e disse:
          -Você não está pensando em se mudar, está? Seu pai pediu que eu cuidasse de você até ele voltar!
          Cuspo e olho pra ele. Como eu odeio o fato dele ser dois palmos maior que eu. Odeio que ele seja superior de qualquer forma possível.
          -Eu acho que meu pai terá que lidar com a ideia de eu morar sozinho. -saio do banheiro esbarrando nas costas musculosas dele.
          Ele agarra na pia e abaixa a cabeça, furioso. Meu primo odiava que contradissessem ele. Volto pro meu quarto e pulo na cama com a barriga pra baixo e agarro nos travesseiros. Percebo a respiração dele na porta do quarto, e sei que ele está me observando. Eu realmente queria que fosse diferente, mas ele destruiu todas minhas possibilidades de conhecer alguém legal.
         -Estou indo pro trabalho, melhoras! -ele sai do quarto com umas batidinhas na porta.
         Depois de uns minutos escuto a porta da sala bater. Finalmente! Pego meu celular e ligo pra Robert, e quando ele diz que está chegando meu coração acelera.
         Robert estuda comigo, e provavelmente se não estudasse, eu nunca falaria com ele. Meu primo me proibiu de sair com todos os garotos, então eu me aproximei dos meus colegas. Eu era um dos únicos passivos assumidos da minha turma, então os caras ficavam loucos pra me comer escondido. É claro que eu nunca liberei, se me pegarem fazendo algo sendo de menor sou expulso de Amodos.
         Muitos caras das turmas mais velhas vinham falar comigo pra eu ir pra casa deles estudar, mas eu não ia. Depois de tantas histórias terríveis ouvidas quando eu era criança, eu não queria ser expulso.
         Com o Robert era diferente, ele era de duas turmas avançadas, e me dava muito tesão. Ele tem a minha altura, mas seus músculos quase rasgavam a camisa. Era meu sonho que um dia ele desse uma lição no meu primo. Com certeza ele iria apanhar!
         A campainha tocou e lá estava ele. Usava o uniforme branco do colégio, com uma calça jeans apertada nas suas pernas malhadas. Abracei ele e nós entramos.
         -Tem certeza de que ele não vai voltar? -perguntou sorrindo maliciosamente e olhando pra decoração da casa.
         -Absoluta! -respondi dando um beijo na bochecha dele. - Mal posso esperar pra completar dezenove, Robert!
         Ele olhou com uma cara safada, como se soubesse o que eu queria. Ele começou a conversar comigo no dia em que eu revelei pro meu melhor amigo que era passivo. A notícia se espalhou na escola toda. Ninguém ousava revelar algo do tipo pra escola toda. Eu não me importava.
         Foi ele quem me ensinou a nadar nas aulas de natação. O professor dizia que Robert era o melhor nadador que ele já vira. Ele segurava minha bunda quando me ensinou a boiar, e até apertou uma vez. Eu olhei pra ele sem jeito e ele perguntou se estava tudo bem. Está bem até demais, pensei enquanto ficava duro. Tentei disfarçar, e espero que ele não tenha visto. Quando eu saí da piscina naquele dia, a sunga ficou, e ele viu toda a minha bunda. Fiquei com muita vergonha, enquanto ele ficava rindo e me abraçando (fomos os últimos a sair da piscina), falando que não tinha problema nenhum.
       No vestiário, enquanto eu guardava a toalha, ele chegou por trás perguntando se eu estava realmente bem. Eu disse que sim, mas que estava com vergonha. Ele segurou minha bunda e disse que eu tinha que ter orgulho dela, já que tinha feito o pau dele ficar duro como pedra.
       Sem me controlar muito bem esfreguei minha bunda no volume dele e pedi pra ele meter um dedo no meu cuzinho. Ele beijou meu pescoço e pôs o braço musculoso em volta da minha cintura. Pegou a outra mão e enfiou dentro da minha cueca. Eu agarrei o armário. Eu olhava pra porta, atento pra qualquer sinal de perigo, enquanto ele metia o dedo em mim.
       Nunca ninguém tinha metido nada em mim, e a sensação foi maravilhosa. Gozei dentro da calça, e ele estava tirando o pau pra fora quando escutamos o barulho de garotos descendo a escada. Ele se arrumou mais rápido que um piscar de olhos, enquanto eu fui pra longe dele, me dirigindo ao chuveiro.
       -E aí moleques! -Robert cumprimentou os dois amigos que apareceram na porta com um apertar de mãos.
       Eu fingi que saia de um banho, enquanto os três me observavam. Nenhum deles teria coragem de fazer nada com os amigos ali. Tinham medo de serem expulsos de Amodos, e eu entendia perfeitamente aquilo. Acenei com a cabeça e eles corresponderam. Olharam pra Robert, pois sabiam que tínhamos um caso. Robert se despediu, e os amigos dele logo depois.
       Quando cheguei em casa, meti o dedo até gozar novamente na cama, pensando nele. E, naquele momento ele estava lá. Nunca tinha tirado o cabaço de alguém mais novo, e estava com medo de alguém chegar. Me beijou enquanto tirava minha roupa. Eu o agarrei pelas pernas enquanto ele tirava minha bermuda.
       -Oooohhhh -gemi quando ele colocou um dedo, olhando pra mim.
       E foi nesse instante que meu primo apareceu na porta, provando ser o cara mais babaca não só de Amodos, como do mundo inteiro.
       Em um nave a milhares de quilômetros dali, Luan apertava o botão de “continuar” enquanto tirava sua cueca, toda molhada.


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Ficha do conto

Foto Perfil Conto Erotico mundogay

Nome do conto:
Mundo gay - O declínio 01

Codigo do conto:
78211

Categoria:
Gays

Data da Publicação:
31/01/2016

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