Esposa sem moral

Nesse relato, quero expor minha tristeza. A dor que vem de uma traição cala fundo na alma, fustiga a mente com um sentimento misto de impotência e raiva. Quero compartilhar essa situação e, quem sabe, encontrar consolo na solidariedade e na compaixão de outras pessoas.

Sempre achei que minha relação com minha esposa fosse muito honesta e transparente. Sabia, antes do casamento, de sua vida sexual passada e tinha até um certo orgulho por saber que ela tinha confiança suficiente para relatar suas experiências com outros homens.

Foi marcante saber que ela, aos dezoito anos, fez uma viagem a Orlando e se apaixonou pelo guia do grupo. Suas descrições dos encontros ao final do dia, no quarto desse guia, eram muito excitantes. Saber que ela era virgem e estava despertando para a sexualidade arrebatadora da adolescência deve ter mexido com a imaginação desse sujeito.

Chico (nome fictício) era um homem de uns 30 anos, baixo, atarracado e, segundo ela, bastante charmoso. Era gentil com todos e especialmente carinhoso com as meninas do grupo. Ao final do dia, chamava algumas garotas para o seu quarto, para conversar sobre as emoções vividas e para planejar os próximos passeios. Tiveram, em um desses encontros, um primeiro amasso, sem sexo, mas bastante excitante, segundo ela. Estar nua, ser tocada, beijada em partes íntimas e sentir carícias mais ousadas devem ter sido pólvora pura para aquele corpo inexperiente e ávido por prazer.

Depois de retornar da viagem, ambos voltaram a se encontrar e ela viveu sua primeira relação completa. Após sua aula na faculdade, ela seguiu de carro com Chico a um estacionamento escuro do parque da cidade. Após poucas carícias preliminares, seguiu um ato sexual rápido. Esperto, ele retirou seu pênis sem gozar e ficou abraçado a ela, fazendo carinho, sem forçá-la a continuar, e deixando-a viver esse momento sem qualquer pressão.

Após esse primeiro encontro outras aventuras aconteceram, mas ela nunca se esqueceu daquela primeira vez. Como ele era casado, naturalmente o caso acabou. Vieram outros dois amantes e, dois anos depois, conheci minha esposa. Namoramos por seis meses, ficamos noivos por outros doze meses e estamos casados já há quinze anos. De minha parte, tínhamos uma relação tranqüila e um compromisso absoluto de fidelidade. Apesar de ter balançado uma vez ou outra por outra mulher, respeitava essa lealdade de forma resoluta e achava que era correspondido. Tinha certeza de que ela não era minha alma gêmea, mas eu acreditava ser esta a pessoa com quem iria viver por toda a vida.

Infelizmente, o destino nem sempre conspira a nosso favor. No ano passado, resolvemos viajar para Porto de Galinhas, durante as férias de julho. Não sei se ela já tinha premeditado tudo antes, mas o fato é que ela resolveu ir até a agência do Chico, para fechar um pacote turístico. Cegado pela minha ingenuidade, concordei com a sua escolha tentando demonstrar segurança. Durante a sua ida à agência, ele foi muito atencioso com ela, claro, e tratou de jogar seu charme e de lembrar de suas aventuras de anos atrás. Não sei se ela tentou ser virtuosa ou se só quis bancar a difícil, mas ela resistiu às cantadas e deixou a agência somente com passagens e voucher.

No retorno das férias, o apelo da pele deve ter sido mais forte e ela acabou voltando ao shopping onde o Chico tinha sua agência. Incapaz de lutar contra seu desejo febril, ela pediu para ele acompanhá-la até o carro. Eles sequer tiveram receio de serem flagrados pelas câmeras do shopping ou pelo serviço de vigilância e partiram para um agarramento quase animal. Ele sabia como tocar uma mulher e a segurava pela nuca ao beijar sua boca carnuda.

Ela vestia um vestido confortável e suas pernas ficavam livres para as carícias mais profundas. Não demorou muito e ele, baixando a parte de cima do vestido, mordiscava seus mamilos amarronzados e chupava as auréolas enegrecidas. Era seu ponto erótico mais sensível e ela se entregou totalmente. Ele retirou sua calcinha e a guardou no bolso da calça, como um troféu de sua conquista. Sua vagina estava ávida pela língua experiente do Chico, que a fazia contorcer de forma espasmódica, totalmente descontrolada. Não demorou muito e ela gozava alucinadamente, balbuciando frases desconexas.

Terminado aquela primeira hesitação de um reencontro, eles tornaram-se amantes contumazes, freqüentando motéis e se aventurando em estacionamentos escuros. Como ela era leitora assídua de revistas femininas, ela aprendia diversos “truques eróticos” que praticava com seu novo amante. Balas refrescantes, chantili e leite condensado eram acessórios estimulantes para o ato da felação ou para o 69. Em uma dessas experiências, o Chico não conseguiu se segurar e, após uma caprichada sessão de chupadas, ele acabou penetrando em sua vagina e gozando em seu útero. Como ela não usava método contraceptivo senão a tabelinha e ela estava em período fértil, ficou desesperada. Esse ato impensado poderia gerar uma conseqüência mais grave que eles imaginavam enfrentar. Temeroso da reação do farmacêutico, Chico comprou a pílula do dia seguinte e a deu para minha esposa. Foi um sufoco e tanto e o caso deu uma arrefecida.

Mas, como o desejo do proibido acaba sempre minando o sentimento de prudência, eles acabam marcando outro encontro em um motel vagabundo do setor de indústrias da cidade. Ela não se importava com o tipo de gente que se hospedava no local, só com a possibilidade de voltar a vê-lo. Para um reencontro ele pediu um presente especial. Depois da habitual sessão de sexo oral, quando ela gozava e ficava mole na cama, ele a deixou propositalmente de bruços. Sem qualquer resistência dela, ele lubrificou seu ânus virgem com KY gel. A princípio, ela reclamou da dor da penetração de seus dedos grossos e disse que nunca tinha permitido esse tipo de sexo, nem comigo!

Ele foi quebrando sua resistência com sua lábia e com suas carícias mortais, em lugares estratégicos. Sem qualquer remorso, por não ter permitido que eu tivesse esse privilégio de deflorar ao menos esse orifício tão desejado, ela abriu suas nádegas com as mãos sôfregas e deixou que ele invadisse seu cuzinho com o pênis duro e grosso.

Bem, como nenhuma mentira se sustenta por muito tempo, acabei descobrindo a traição. Um dia, quando ela deixou seu celular em casa, usei o aparelho e acabei ligando por engano para o número de seu amante. Curiosamente, ela tinha deixado este número associado a uma longa seqüência de letras a’s, no início da lista da agenda. Ao ouvir a voz do amante informando seu nome e seu trabalho de guia, tive a certeza de que ela guardava aquele número de maneira especial. Peguei as contas do celular e pude verificar que ela ligava para ele semanalmente, durante pelo menos um ano, pois as contas anteriores não detalhavam os número ligados.

Naquele dia, esperei ela voltar para casa com o celular e as contas na mão. Mostrei as evidências e exigi explicações. Ela tentou alegar que tudo se tratava de um engano, mas não me deixei levar pelas desculpas esfarrapadas que ela despejava durante a discussão. Depois de muita insistência, ela acabou confessando sua traição e me pedindo perdão. Exigi que ela me contasse tudo o que aconteceu e acabei descobrindo cada sórdido detalhe de tudo o que se passou entre eles.

Hoje, três anos depois desse desastre em nossas vidas, continuamos juntos. Temos um filho pequeno e ela é muito querida pela minha família. Mas, a cada novo dia, eu acordo e sou obrigado a reviver aquele dia e perdoar a sua traição. Não sei se algum dia vou resolver essa situação, me separando ou deixando tudo para trás, de verdade.

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Ficha do conto

Foto Perfil Conto Erotico luto familiar

Nome do conto:
Esposa sem moral

Codigo do conto:
7983

Categoria:
Traição/Corno

Data da Publicação:
17/05/2006

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