Meu nome é Gabriele, mas todos me chamam de Gabi, tenho 23 anos e atualmente faço estágio em um escritório de advocacia, estou no 7º período de direito na universidade, e vou contar minha história para vocês.
03 de março de 2008
Estou começando o 7º semestre na faculdade, estou muito empolgada minhas férias foram ótimas, estou perto de terminar o curso, minhas notas são excelentes, tudo certo para ser contratada no meu estágio quando eu terminar o curso, tudo indo de vento em polpa, até “ele” aparecer. Eddie, um gênio em tudo, 1,81 de altura, olhos negros iguais a uma noite escura sem estrelas, sem luar, onde as criaturas da noite saem e trazem ao mundo o desespero. Mas deixando meus devaneios à parte, Eddie era a perfeição em forma humana, inteligente, bonito, e extremamente hábil em tudo que fazia, não conheci uma única mulher que não se interessasse por ele. Nosso primeiro contato foi no ensino médio lembro como se fosse hoje...
02 de Abril de 2003
Eu tinha 18 anos, umas das garotas mais bonitas da escola, inteligente, uma das melhores alunas. Ele um garoto transferido, ninguém sabia de onde tinha vindo. Não era bonito, tinha um rosto comum, mas seus olhos negros chamavam muita atenção. Quando o professor o apresentou, eu nem sequer olhei duas vezes para ele. Seu nome era Eddie. Pegou sua mochila foi para o fundo da sala. Sua jaqueta preta parecia que tinha ido para uma guerra, rasgada em vários lugares, jeans sujo. E um tênis surrado. O tipo de garoto que não aparentava ter inteligência para entrar naquela escola. Provavelmente um daqueles cotistas incentivado pelo governo.
Estávamos no laboratório de química, aula muito chata, nem estava prestando atenção direito, o professor mandou a gente fazer uma reação lá que não serve para nada. Derrubo um líquido que não sei o nome na minha roupa, e logo começa a ficar vermelha. “Que droga!" eu exclamo. Eu pego água e jogo no vestido, pego um sabão estranho e começo a esfregar para tentar tirar àquela cor da minha blusa. Minha blusa branca começa a esfumaçar, e o sabão começa a esquentar. Tem alguma coisa errada.
"Sua louca" eu escuto uma voz grossa gritar. E vejo o novato correndo em minha direção. Sinto-me um rato preso em sua toca quando um predador tenta lhe atacar. Não tenho reação, ele me agarra com mais força que eu julgava que ele teria e arranca o sabão da minha mão, rasga a minha blusa, puxa um lenço do bolso e começa a esfregar minhas mãos. “Está querendo Se matar sua retardada?" ele joga minha blusa longe e o sabão por cima. E repentinamente o sabão explode. Eu estou sem blusa, sendo agarrada pelo novato e minhas mãos ardem. O professor que estava um pouco distante agora se aproxima e vê os estragos. “Essa louca aqui estava passando sódio na roupa molhada, acho que ela queria se explodir professor." Muita fumaça sai dos restos da minha blusa. Eu estou em choque, perplexa, não tenho reação. Ele olha pra mim e diz. “Parece que a bonitinha esta me devendo a vida neah?" ele tira a jaqueta dele e joga por cima dos meus braços. Deixando a mostra seus braços, uma tatuagem pôde ser vista. Uma calda de dragão partindo do braço esquerdo indo em direção ao peito dele, não da pra ver o resto devido à camisa dele... Eu apenas balbucio um obrigado. Sem forças eu desmaio.
Acordo na enfermaria. A enfermeira, a senhorita Aline, uma mulher muito simpática, mas muito estranha às vezes, esta cuidando de mim. Estou vestindo a jaqueta dele ainda. A Srta. Aline me olha e diz com um olhar malicioso. “Parece que alguém aqui deu uma tremenda sorte. Foi salva, agarrada e ainda ganhou de brinde uma jaqueta. Aquele tal de Eddie é realmente um gatinho, e que olhar frio e inebriante que ele tem”...
Eu pergunto o que aconteceu. Ela me diz que houve uma reação provocada pelo contato do sódio e da água, teve uma explosão e que eu desmaiei. E fui trazida nos braços de um dos adolescentes mais lindos que ela já viu na vida. Disse-me que não tinha nada demais comigo e que eu estava liberada para ir atrás do meu salvador. Eu pergunto pra onde ele foi. Ela diz que não sabe. Levanto-me da cama sinto meus seios bem ventilados. Embora eu esteja de sutiã, a jaqueta é aberta então não cobre muita coisa. Eu junto os lados da jaqueta e pego minhas coisas que estão em cima da mesinha dela. Ela avisa que meus pais foram avisados, mas que meu pai estava fora da cidade e que minha mãe estava em uma reunião e não poderiam vir diretamente. Pediram. Para que eu chamasse um taxi para ir para casa. Típico. Eu poderia morrer e eles não se importariam. Pego minhas coisas e saio da enfermaria. Vou pra saída da escola pegar um taxi, porém sinto um celular vibrar, mas não é o meu. Esse está em um bolso interno da jaqueta. Eu olho o visor e diz: “Casa”... Eu atendo. E reconheço a voz de imediato, era o Eddie.
Ele diz: "Você ficou com meu celular e minha jaqueta. Vou querer ambos de volta." a voz dele é fria quase sarcástica. Eu apenas tento falar, mas as palavras se perdem na minha boca. Eu gaguejo. Não consigo.
Ele diz: “Não se preocupe. Não preciso de ambos agora. Apenas do meu celular. Onde fica sua casa pra que eu vá pegar ele?" Eu digo que ainda estou na escola, que sai da enfermaria agora.
Ele me manda esperar na frente da escola. Que ele vai voltar pra cá.
Digo que não precisa. Eu mando para ele, por alguém. Ele não espera eu responder e desliga o telefone. Sento na escadaria da frente da escola. Não preciso esperar ele, mas por algum motivo eu espero. Sento com os braços cruzados puxando a jaqueta mais para perto de mim. E vejo uma moto. Não uma moto comum dessas que os motoboys usam. Uma moto de cinema, coisas que a gente só vê em filme. Era o Eddie, nem parecia o guri de antes. Usava uma calça preta, uma camisa branca de botão, com um dragão bordado nas costas. Ele olha pra mim e acena com a cabeça, indicando para que eu suba. Eu apenas obedeço. Não sei o que está acontecendo comigo. Como ele consegue mandar em mim? Ele pergunta onde eu moro. Eu digo e ele acelera a moto. Agarro-me em seu tórax. Firme, duro, sinto o vento em meus cabelos, meus seios se apertam nas costas dele.
Ele está bem acima do limite de velocidade, mas não sinto medo, apenas uma vontade insana de ficar assim pra sempre. Mas rapidamente chegamos à minha casa. Eu desço, ele pede o celular, eu ponho a mão dentro da jaqueta. Ele olha para meus seios, sinto muita vergonha, pego o celular e entrego a ele. Ele pega e coloca no bolso da calça. Puxa-me pela jaqueta e me beija. Sua língua invade minha boca. Eu não resisto apenas aceito, sinto sua mão em minha barriga e descendo lentamente em direção a minha calça, tenho medo e recuo. Mas sua mão forte não larga a jaqueta. E com a outra ele me puxa pela calça. Paro de resistir, ele descola a boca da minha e leva ela até minha orelha. E fala baixinho: “Até amanhã e leve minha jaqueta pra aula. E vá com uma blusa sem nada por baixo”.
Eu fico atordoada, ele simplesmente vai embora. Não sei como reagir, apenas entro em casa e me deito. Talvez para tentar esquecer tudo que aconteceu hoje. Coisas que a gente só vê em filme.
A continuação da história só no próximo conto.