Uma sereia no meu caminho

      Acordei tarde. Como hoje é o feriado dos Reis Magos na cidade, resolvi deixar para mais tarde a conclusão dos trabalhos pendentes. Decidi caminhar até à praia, um percurso que costumava fazer, mas que já havia reduzido nos últimos meses.
      No calçadão da Praia dos Artistas parei para tomar água de coco. A alguns metros, sentada numa cadeira sob um guarda-sol, uma garota procurava encontrar uma posição mais confortável para se bronzear. Neste movimento ela olhou para mim e, num gesto de cortesia, ofereci a ela o coco que tinha nas mãos.
      - Cuidado Doutor! - disse Carlos, o vendedor de coco.
      - Está vendo aquele “Hulk” ali? - apontou para um rapaz que jogava futebol - é o namorado dela.
      - Já quebrou a cara do ex-namorado dela aqui mesmo - completou.
      Apenas sorri. Até este momento não tinha qualquer interesse em paquerar a garota.
      Talvez considerando um desafio, resolvi me aproximar. Gláucia, soube mais tarde seu nome, virou-se na cadeira para poder olhar para mim. Não pude deixar de notar o azul dos seus olhos, ainda mais forte quando contrastado com o preto absoluto dos cabelos.
      - Parece um pedaço desse céu, os seus olhos - comentei, apontando para o céu claro de quase nove da manhã.
      Ela sorriu e perguntou se eu queria sentar. Ofereceu a outra cadeira que estava ocupada com sua bolsa. Aceitei, ainda apenas com o desejo de conversar com alguém, embora devesse continuar minha caminhada no mesmo ritmo, de volta para casa.
      - Não quer mesmo um pouco de água de coco? - perguntei.
      Dessa vez ela aceitou. Pedi ao vendedor para trazer mais um coco. Quando percebeu minha presença ao lado da garota, o “Hulk” interrompeu o jogo e veio correndo em nossa direção.
      - Este é meu gato, Paulinho - disse, apontando para a montanha de músculos a nossa frente.
      - E seu nome é... - indagou.
      - Roberto - respondi.
      - O que você faz para manter este físico? - perguntei, desviando sua atenção para o seu corpo.
      Deu certo. Paulinho começou a descrever as horas de musculação que faz todos os dias, as aulas de Jiu-jitsu, natação e não sei quantos outros esportes. Já não suportava mais aquele monólogo que nem Gláucia estava aguentando, quando recebi um golpe que quase me derrubou.
      - Os exercícios também podem ser feitos por pessoas de meia idade como o senhor, disse, sem dar importância à expressão de desaprovação de Gláucia.
      - São bons para reduzir a barriga e acabar com a flacidez muscular - completou.
      Para tentar refazer-me do golpe, gritei para o vendedor trazer o coco e perguntei ao Huck se ele também queria um. Respondeu que queria dois - a gente perde muita água no futebol - explicou.
      Pedi um para mim também. Para não deixá-lo continuar, disse que já havia feito Judô e karatê na juventude. Tentei lembrar-me do nome de um golpe que quase quebrou meu pescoço uma vez. Não consegui. Mas expliquei os movimentos que ele reproduzia passo a passo. Corrigi a posição dos pés demonstrei o efeito de alavanca que deveria fazer com os quadris. Ele obviamente já conhecia o golpe, mas prestou muita atenção enquanto eu falava. Tomou a água de coco e correu de volta ao jogo. Não demorou muito para aplicar perfeitamente o golpe num amigo que caiu na areia molhada da praia sob o riso de todos.
      - Seu namorado não tem ciúmes de você quando conversa com alguém? - perguntei.
      - Só quando converso com pessoas da minha idade. Não liga com pessoas assim como o senhor - completou, levando a mão à boca quando percebeu que fizera o mesmo que desaprovou em seu namorado.
      - Pelo amor de deus, não quis ofendê-lo - desculpou-se.
      Gláucia tem dezenove anos e estuda Arquitetura. Nas horas vagas, trabalha como estagiária na empresa do pai. Está namorando Paulinho há seis meses. Antes namorou Pedrinho, o que teve a cara quebrada, e Marquinhos. Todos assim no diminutivo.
       - Mas eram todos gigantes - apressou-se em explicar.
"Ficou" com vários antes desses três. Não sei o que significa "ficar" no dialeto dela, mas imagino que tenham sido namoros rápidos.
      Conversamos amenidades durante aproximadamente duas horas e meia, enquanto Paulinho jogava futebol ou nadava. Carlos que me conhece como viciado em água de coco não saiu de perto.
      - Carlos, mais dois! - gritei.
      - Só tem cerveja Doutor - respondeu.
      Resolvi que já era hora de me despedir afinal tinha trabalhos a fazer.
      - Gostei muito de conversar com o senhor - disse Gláucia quando dei um passo para ir embora.
      - Poderíamos nos encontrar mais vezes - falei, sem levar muito a sério o que estava dizendo.
      - Claro, seria um prazer - disse, com um sorriso que expressava um desejo de receber uma proposta.
      - Você gostaria de almoçar comigo? - perguntei.
      - Gostaria, sim - respondeu.
      Perguntei seu telefone e pedi uma caneta e papel a Carlos para fazer a anotação. Ela não permitiu.
      - Paulinho pode perceber. Você vai ter de decorar. E não ligue para o celular - recomendou.
      Marcamos para uma da tarde. Eu deveria ligar para sua casa dizendo que era o pai de uma amiga que queria saber onde ela estava e marcar o local para apanhá-la.
      Quase morri de vergonha quando telefonei, mas tudo saiu de acordo com o planejado. Gláucia deixou seu carro no estacionamento do subsolo do Natal Shopping Center e seguimos no meu sem saber para onde. Paramos mais adiante para decidirmos aonde ir.
      Vi os vários anúncios de motéis na área e me lembrei da tentativa frustrada de ontem de almoçar num motel, quando não consegui convencer nenhuma das quatro amigas com quem falei. Fiz a sugestão com um nervosismo bem juvenil. Fiquei aliviado quando ela concordou. Decidimos ir ao Trópicos. Não era o melhor, mas era o que tinha um outdoor bem na nossa frente.
      Quando entramos no quarto do motel, notei o que mais tarde viria a se confirmar como uma obsessão. Ainda vestida, olhava seu bumbum de perfil, procurava ver atrás, pressionava com as mãos, tentava levantá-lo para depois soltá-lo rapidamente.
      Já havia tirado toda minha roupa quando ela resolveu parar aquele ritual. Veio em minha direção e, sem tirar a roupa, começou a lamber meu pênis que já estava duro diante da expectativa. Apenas lambia, parando mais tempo embaixo da cabeça. Com a ponta da língua, formava um filete com a secreção que saia. Começou a chupar e fazer movimentos de vai-e-vem com a mão. Sem tirar o pênis da boca, Gláucia colocou a outra mão dentro de sua calça e começou a acariciar sua vagina.
      Rapidamente ela se desvencilhou das roupas e praticamente se sentou na minha cara desejando que eu chupasse sua vagina. Não podia fazer muita coisa, pois era ela quem determinava o ritmo e os movimentos. Só o que fiz foi me afastar um pouco para o centro da cama para que ela pudesse se movimentar com mais facilidade.
      Gláucia esfregava sua vagina na minha boca, nariz, queixo... Os movimentos se tornaram mais rápido até que ela gozou, gritando e se movimentado sem controle sobre meu rosto. Tudo isso não demorou mais do que alguns poucos minutos.
      - Este foi o primeiro caso de ejaculação precoce em mulheres que se tem notícia - brinquei.
      Relaxada sobre meu peito, Gláucia apenas deu um leve sorriso, ainda ofegante. Pouco depois comentou que aprendeu com Pedrinho. Este sim com ejaculação precoce.
      - Perdi a virgindade com o Marquinhos porque ele nunca conseguiu penetrar. Gozava na entrada - disse baixinho, quase dormindo.
      Levantou-se para ir ao banheiro e ao retornar começou novamente o ritual de observar o bumbum. Somente neste momento eu pude notar como seu corpo era perfeito.
      - Não acha meu bumbum muito grande? - perguntou, olhando-se de perfil no espelho.
      - Definitivamente, não. Você é perfeita. Seios lindos, bumbum maravilhoso, pernas perfeitas, tudo - disse com sinceridade.
      Como eu não havia gozado ainda, meu pênis permanecia duro. Com a mesma rapidez da vez anterior Gláucia se sentou sobre ele e começou a se movimentar, pressionando nossos corpos com intensidade. Sua vagina contraía fortemente meu pênis, chegava mesmo a doer. O orgasmo veio ainda mais rápido. Confesso que tive medo de que provocasse algum acidente, tal a maneira como ela se movimentava. Gemia alto, agora me apertando fortemente.
      Eu já estava quase gozando quando senti uma dor intensa no meu ombro. Gláucia acabara de dar uma mordida tão forte que meus olhos lacrimejaram. Terminou seu gozo, abraçada firmemente, gemendo ao meu ouvido.
      Desta vez não consegui aguentar mais tempo. Deixei-a de quatro e penetrei sua vagina até que o gozo provocou em mim o mesmo estado de loucura que presenciara. Apertava o bico dos seus seios e mordia seu pescoço até que uma ejaculação abundante e demorada me fez quase desmaiar.
      Pouco depois fomos ambos ao banheiro. No banho fiquei excitado ao sentir o corpo macio de Gláucia. Enquanto nos ensaboávamos ela brincava com meu pênis, colocando e soprando espuma na glande. Ria sem parar com a brincadeira. Tive vontade de penetrá-la ali mesmo, mas tive medo do estrago que ela poderia provocar lá dentro se gozasse.
      Voltamos e novamente Gláucia começou o ritual do bumbum. Era mesmo muito bonito. Redondo e firme, acho que ela estava consciente do bumbum que tinha. Comecei a observar seus movimentos e a admirar o conjunto do seu corpo. Notei como seu bumbum criava um equilíbrio nas formas do seu corpo.
      Já estava bastante excitado. Sem esperar que ela caísse sobre mim novamente, fui até ela. Abraçando-a por trás, comecei a acariciar seus seios e sua vagina enquanto roçava meu pênis no seu bumbum. Gláucia não demorou a perceber quais eram minhas intenções. Fomos para a cama.
      - Sei o que está querendo - disse sorrindo.
      Gláucia contou que seus três namorados já haviam tentado ter relação anal com ela.
      - Dois - corrigiu. - Pedrinho não conta. Ele sempre gozava só em olhar - completou.
      Contou que Paulinho chegou a enfiar um pouquinho mas doeu muito e ela não deixou continuar.
      - Ele é meio... sabe... acavalado - disse.
      Enquanto ela falava, fiquei mais excitado. Gláucia parecia desejar muito, pois enquanto falava sempre deixava seu bumbum voltado para o meu pênis, girando o tronco para me olhar. Pedi que pegasse o óleo lubrificante sobre a mesinha. Confirmando que também desejava, ela mesma abriu o tubinho do lubrificante. Coloquei um pouco no seu ânus e comecei a penetrá-lo.
      Gláucia não reclamou. Apenas fechou os olhos quando meu pênis começou a entrar. Com uma das mãos ela começou a acariciar a vagina enquanto eu fazia o movimento de vai-e-vem no seu ânus. Desta vez meu orgasmo veio antes do dela, tão intenso como o primeiro. Mas antes que eu desabasse sobre ela, seu gozo veio como um terremoto, fazendo com que alguns objetos que se encontravam nas mesinhas fossem ao chão. A pressão do seu ânus foi tão grande que expulsou meu pênis.
      Tomamos um banho enquanto enchia a banheira de hidromassagem. Depois relaxamos na banheira à espera do nosso almoço. Aceitamos a sugestão local e provamos o camarão. Pequeno mais gostoso.
      Ao retornarmos ao estacionamento do shopping, não pude deixar de observar a diferença entre a Gláucia diante de mim e aquela cheia de energia do motel. Aqui ela parecia bastante serena.
      Despedimo-nos sem beijos ou qualquer outro contato. Apenas um leve sorriso quando entrou no carro. Quando saiu deu outro sorriso e não olhou mais para trás.
      Não marcamos outro encontro e acho que nem me lembro mais do telefone dela. E é muito provável que ela vai me tratar de Senhor se me encontrar em algum lugar.
                                

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Comentários


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cintia-parana Comentou em 27/05/2018

Esse conto é simplesmente delicioso. Se não é real, parece, pq é cheio de detalhes, e é assim relatado sem contar vantagem, na manha. No final, o "senhor" se dá bem e come a mocinha tarada. Amei!

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laureen Comentou em 14/02/2017

votadissimooooooooooooooooooooooooooo bjos grata por ler os meus

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laureen Comentou em 14/02/2017

amigo adorei o conto parabéns bjos Laureen . Você é perfeita. Seios lindos, bumbum maravilhoso, pernas perfeitas, tudo - disse com sinceridade.       Como eu não havia gozado ainda, meu pênis permanecia duro. Com a mesma rapidez da vez anterior Gláucia se sentou sobre ele e começou a se movimentar, pressionando nossos corpos com intensidade. Sua vagina contraía fortemente meu pênis, chegava mesmo a doer. O orgasmo veio ainda mais rápido. Confesso que tive medo de que provocasse algum acidente




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Ficha do conto

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natalensis

Nome do conto:
Uma sereia no meu caminho

Codigo do conto:
82238

Categoria:
Heterosexual

Data da Publicação:
22/04/2016

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2

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