Tarde

Enquanto ela observava-o ser chupado por outra mulher, sentia uma mistura de dor e prazer emocional que a perturbava como se fosse físico. A garota morena passava a língua pelos testículos dele de uma forma que ela nunca ousaria fazer e, logo em seguida, engolia todo o pênis, dando pequenas mordidas na hora de retirar a boca.
Ele não ousava olhá-la. Talvez por temor ou talvez por prazer, ela não saberia dizer. Sabia de si... E agora, vendo que ele contorcia-se, já quase em êxtase, sentia um frio na barriga e um tremor nas pernas difícil de ser controlado.

O quarto, à meia luz, era incapaz de impedir que os olhos percebessem tudo: viu a garota, de joelhos, fazer menção de se levantar e sentiu um arrepio na pele. Passou a mão pela nuca e percebeu que suava. Notou também que os pelos de suas pernas se eriçavam e, roçando suavemente os dedos pelas coxas, deixou-os seguir até a renda que vestia, sentindo a umidade transbordar do corpo, e não apenas pelo suor. O prazer a inundava e, longe das regras, do certo e do errado, aceitou sua vontade que brotava de um corpo que sonhava ser livre.

Caminhou curtos passos observando a garota ajoelhada mantendo o ritmo lento de lambidas e sucção, seguidos de beijos pela barriga do homem. Ele, sentado na beira da cama, apertava os lençóis com as mãos. Ao se aproximar, ela deslizou a mão nos pelos da perna dele que, assustado, abriu os olhos e a encarou. Ela se deteve segundos neste olhar e, em seguida, acariciou os cabelos negros da jovem que, erguendo o rosto, olhou-a profundamente. Este olhar, misto de súplica e ordem, a fez abaixar-se e começar a deslizar a língua pelo ventre do homem, percorrendo um caminho feito pela língua da outra, até que sua boca alcançou o pênis dele que, quente, pulsava na ânsia de um gozo iminente.

Pausou suas carícias nele. Deixou apenas sua mão deslizar pelas pernas peludas enquanto o via atônito e encarou a garota ajoelhada ao seu lado. Atentou para seus seios: de tamanho médio e aureolas escuras, destoavam dos seus, fartos e rosáceos. Ao tocá-los sentiu sua maciez, dançando a ponta dos dedos nos bicos intumescidos. A garota, sentindo a ponta úmida de saliva que dançavam por seus seios, fechou olhos e deixou o corpo transparecer um leve tremor. Se refazendo, começou a retribuir as carícias e, depois de dançar as mãos no corpo branco e quente dela, desceu até a calcinha que, tão úmida, a fez saber que o desejo brotava do corpo da mulher à sua frente.

Quando as mãos da garota passaram a barreira do tecido e roçaram seus lábios quentes e molhados, ela sucumbiu à febre: tornou-se um lago de desejo a brotar por entre as fendas de sua pele. Os dedos da garota a tocava como somente uma mulher saberia. Dedos finos e ágeis deslizavam por sua pele e por dentro de suas entranhas de um modo excitante e suave, como um sopro leve que se dá na nuca, mas que cria um vulcão impossível de ser controlado pelo corpo. Gozava...

Mais tarde, seria incapaz de dizer como ficara sem a calcinha. De repente se viu deitada e sendo encarada pelo homem que permanecia sentado, enquanto sentia o corpo da garota deslizar pelo seu, roçando a língua por seu seio. Não desmaiara, mas deixou seu corpo livre das limitações de controle, deixando-se levar pelas ondas de sensação: a memória do prazer estaria guardada, porém seria inútil tentar transformar a sensação em pensamento. Sabia que a língua que o chupara pouco antes, logo depois de deslizar pelo interior de suas coxas, logo estaria dentro dela. Não poderia deixar de convidar o homem, que a tudo observava, para se aproximar. Chamou-o e ele, abaixando-se, se deitou ao lado dela, indo direto a um beijo que misturou a maciez de língua com uma força que a entortava a alma. Sentindo as duas línguas em seu corpo, beirou um novo êxtase, que a fez puxar os cabelos negros da garota, trazendo a boca dela de encontro à sua. Ele, livre, desceu seu corpo e a chupou com força, quase a fazendo sentir dor, que só era evitada por um prazer maior. Sentiu que ele a devorava, mordiscando e bebendo o gozo dela, ao mesmo tempo em que uma língua firme forçava uma entrada e mãos fortes apertavam sua bunda ou firmavam suas coxas. Ela podia sentir que, vez ou outra, ele olhava as duas mulheres se beijando num ritmo acelerado, que chegava a cessar o ar de ambas.

Súbito, ela sentiu seu quadril sendo elevado e ele a puxando para si: iria penetrá-la. Mal teve tempo para pensar e sentiu o pênis dele rompendo-a em um único movimento, guardando-se por inteiro dentro dela. Ao ouvir o gemido que ela soltou, a garota parou de beijá-la e, sentando-se devagar sobre a boca dela, deixou que ela a chupasse. A mulher, deitada, sentindo os dois corpos sobre si, encarou a vagina de pelos escuros sobre a sua boca e sentiu uma espécie de sede: sugou sofregamente, enfiando a língua por entre as coxas morenas de modo que, em alguns momentos, faltava-lhe o ar: afogava-se no desejo da outra.

Escutou quando o homem tremeu num gozo abundante e viu a garota sair de cima e ir para cima dele, empurrando ao solo. Depois, ainda deitada e tocando-se, viu a garota sentar sobre o pau, de um tom pardo, e ele, sem ar, deixou-se ficar. A garota cavalgava-o, aproveitando o que podia daquela ereção e aproveitando o resto do gozo que ele acabava de sentir. Ela permaneceu sentada, voltando ao seu papel de observadora.

No fim da tarde, comendo em uma lanchonete em um bairro longe de suas casas, os três riam e falavam sobre amenidades. Logo o homem, sem qualquer movimento que indicasse intimidade entre eles, levantou-se, despediu-se e partiu. É possível que tornassem a se encontrar. As duas, depois de olharem-se, esboçaram um leve sorriso. Pagaram a conta, entraram no carro, beijaram-se e voltaram para a casa onde moravam: o dia-a-dia as aguardava.


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Ficha do conto

Foto Perfil Conto Erotico encanto

Nome do conto:
Tarde

Codigo do conto:
88680

Categoria:
Fantasias

Data da Publicação:
04/09/2016

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