//Capítulo 2-Desenrolar do Encontro//
Eduardo ficou parado no meio da praça de alimentação, sem reação ao ver aquele jovem tão lindo descendo. Rapidamente, ao ver que triste o jovem ia andando, provalvemente a saída do Shopping, Eduardo foi rápido e foi atrás de Vini. Ele conseguiu o abordar antes que conseguisse sair do setor de alimentação, então o granfino segura o ainda desconhecido e fala:
-Olá! Você está chorando, o que aconteceu?!
[Vini:]-Nada! Estou bem, não se preocupe comigo moço!
[Eduardo:]-Ninguém chora a toa, me diga o motivo, talvez possa te ajudar!
[Vini:]-Não, não pode, como você pode ajudar a um desconhecido?!
[Eduardo:]-Por que não tomamos um café?!
Aí poderemos nos conhecer melhor, não acha?
[Vini:]-Não! É melhor eu ir mesmo! Não quero que você se encarregue com meus problemas, mas muito obrigado pelo convite!
[Eduardo:]-Faço questão, venha você será meu convidado!
[Vini:]-Bom, se você insiste... Aceitarei sim!
Eduardo tira então um lenço de seda do bolso de sua camisa de grife, com as suas iniciais bordadas, EF, e entrega ao então novo amigo que enxuga as lágrimas em seu rosto suavemente perfumado.
Em seguida, ambos seguem e param em frente ao Bistrô mais caro do Shopping; Ao chegarem na entrada, Eduardo entra sem cerimônia, mas volta ao perceber que seu convidado não havia o acompanhado para o interior do café, ele então questiona:
Por que você não entrou?!
[Vini:]-Não posso se quer pagar por uma balinha neste lugar!
[Eduardo:]-E quem falou em pagar alguma coisa?! Você é meu convidado já disse!
[Vini:]-Não acho certo não poder dividir a conta com você!
[Eduardo:]-Imagina! Eu não ligo pra essas coisas não! Venha, entre! Sentaremos naquela mesa!
Falou indicando com o dedo o local escolhido.
Se acomodaram, Eduardo pediu dois Cappuccinos, que rapidamente chegaram, enquanto saboreavam a bebida, retomaram o diálogo:
[Vini:]-Com essa confusão toda nem me apresentei! Prazer, me chamo Marcos Vinícius, mas pode me chamar só de Vini!
[Eduardo:]-É verdade, foi tudo muito rápido, sou Eduardo Fragoso, muito praz...
[Vini:]-Perai! Você é o editor-chefe da Revista Faces?! Sou muito fã do seus editoriais, sempre que consigo, faço um esforço pra comprar!
Disse Vini afobado, nem deixando o novo amigo acabar de falar.
[Eduardo:]-Sério?! Pensava que ninguém lia meu editorial!
[Vini:]-Eu leio! Mas por que você nunca apareceu em eventos e fotos? Nem sabia que era você!
Mudando drasticamente o assunto por razões óbvias (no Capítulo 1, você pode compreender melhor o porquê), Eduardo responde:
-Mas enfim, por que você estava chorando hoje?
[Vini:]-Bom, eu estou no último período da faculdade de Jornalismo na Federal, só que os computadores de lá estragaram, e ainda não tem previsão de receberem verbas, para o conserto, e agora como eu vou fazer pra concluir meu TCC(Trabalho de Conclusão de Curso), sem o computador pra redigir os textos?
[Eduardo:]-Olha! Seremos colegas de profissão! Mas me conte, aconteceu algo aqui pra você ficar assim?
[Vini:]-Bom, na verdade estava voltando do hipermercado aqui ao lado do Shopping, eles tinham anunciado uma promoção de notebook muiyo boa, mas o meu salário não deu a renda suficiente pra conseguir o limite necessário pra comprar! Mas o que mais me desespera, é que não há mais tempo pra tentar arrumar outra forma, estamos na reta final e como você bem sabe, a finalização do trabalho é algo essencial, mas creio que vou ter que repetir novamente.
Espantado, Eduardo pergunta:
-Você além de estudar trabalha?!
[Vini:]-Sim, tenho que sustentar minha mãe que é viúva!
Pronto era o que faltava pra comover o gélido coração do granfino, uma vez que ele presava muito pelos pais, uma vez que já havia os perdido.
Eles finalizam o café, Eduardo paga a conta e eles saem a andar pelo Shopping, até que quando param na porta de uma loja de produtos tecnológicos americana muito famosa. Eduardo então propõe:
-Por favor, me acompanhe, preciso comprar umas coisas pra redação!
[Vini:]-Se for rápido creio que não terá problemas!
Neste momento os dois trocaram um breve olhar, era visível um brilho nos olhos do Editor, que já não se via há muito tempo.
Entraram nesta loja, comprou um notebook, tablet, e um telefone-muito desejado por todos inclusive.
Já se dirigiam à saída, e na portaria principal, quando se preparavam pra se despedir, o ricasso lança outro convite:
-Ei, você aceita uma carona até sua casa?
[Vini:]-Não, agradeço o convite, mas pego um ônibus mesmo ali no ponto!
[Eduardo:]-Esses coletivos devem estar muito cheios um horário desses, venha comigo!
[Vini:]-Eu já sou acostumado! Mas obrigado pela preocupação!
[Eduardo:]-Por favor, não me faça essa desfeita! Aceite minha carona, insisto!
[Vini:]-Ok então! Mas não precisava...
[Eduardo:]-Precisa sim, faço questão!
Permaneceram na entrada principal, Vini estranhou o fato de Eduardo pegar o telefone ligar e dizer apenas "Pode vir Dimas!".
Esperaram um pouco, e eis que surge um sedã europeu, Vini ficou estupefato com tal cena e esboçou com tamanha perplexidade seu comentário:
-Nossa! Esse é seu carro?!
[Eduardo:]-Sim, porque, algum problema?! (Risos)
[Vini:]-Não. É que nunca tinha visto um tão de perto, que dirá andar em um!
Eduardo ficava cada vez mais encantado com a pureza daquele jovem e então disse:
-Pra tudo existe uma primeira vez! Mas você vai perceber que é como andar em qualquer carro! Agora venha entre e diga ao Dimas seu endereço apenas.
Ele entrou no carro e ensinou ao choffer o endereço, que a partir dali se orientaria pelo moderno sistema de GPS do carro.
Durante o percurso, o socialite ficava surpreso com a pobreza naquele lado da cidade, que este nunca havia cruzado antes, so ouvira falar por alto. O carrão para na porta da humilde residência de Vini, este agradece e desce do veículo. Eduardo o chama novamente e diz:
-Ei, espera! Antes que eu me esqueça, isto é seu!
Ele entrega as parafernálias tecnológicas compradas mais cedo no Shopping ao amigo, que responde:
-Não posso aceitar! É muito caro!
[Eduardo:]-Isto é um presente e presentes não se recusam!
Saltitante, Marcos Vinícius responde:
-Isso só pode ser um milagre, muito obrigado Eduardo! Posso te dar um mísero abraço em agradecimento?!
[Eduardo:]-Um mísero não, mas um abraço sim! Vem cá garoto!
Os dois deram um abraço tão intenso, tão verdadeiro, pareciam que já se conheciam, a impressão que se tinha é que aquele abraço não ia acabar nunca!
Mas era hora de ir embora, Vini deu um último olhar fixo para Eduardo e saiu do carro. O choffer fechou a porta entrou e saiu com o carro. Vini esperou na porta até perder o carro de vista.
Dentro do carrão, Eduardo só tonha cabeça para pensar em Vini, quando chegou na mansão Fragoso, foi direto para o seu quarto tomou um banho e deitou-se. Não conseguia tirar Marcos Vinícius da cabeça- e nem dormir. Lembrou-se do lençinho, então pegou e ao cheirar sentiu o suave perfume de Vini que havera ficado no tecido. Era tarde, quando seu telefone indica uma nova mensagem, era Marcos Vinícius.
Continua...
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Nossa nem me lembrava mais dessa história, mas continua.
Que ternura! Betto