Cuida de mim - Parte I (Filho do prefeito, férias frustradas e a falta de luz)



Quando a gente tem 19 anos, parece que nada tem muita importância, que as coisas não vão dar errado e principalmente que qualquer gozada vale a pena. E é verdade. Aos 19 anos a gente vive tudo isso. Dirige depois de ter bebido sem se preocupar com as coisas, faz qualquer lugar de motel, não se importa com quem está pegando... Fase boa.
Da minha adolescência até os 19 aprontei tudo que podia ter aprontado. Peguei de amigos do meu pai a qualquer um que passasse no meu caminho. E era do tipo que come quieto. Nunca caí em nenhuma situação que me pusesse em maus lençóis porque tinha muito cuidado nas minhas escapadas. Mas quando fiz 18, meu pai foi eleito prefeito da cidade em que morávamos, no interior do Mato Grosso. E aí, os riscos começaram a aumentar mais ainda. Já não podia mais dar bobeira quando saía com os amigos, e principalmente depois das eleições tudo era motivo pra ficarem me olhando o tempo todo. Sou magro, tenho 1,80 de altura, não curto malhar mas tenho um corpo legal. Por ter trabalhado desde cedo no sol, acabei ficando moreno e minha pele dá a impressão que sou mais velho um pouco. Meus amigos sempre foram na maioria hetero, mas desde criança sou amigo do Léo, que nunca escondeu de ninguém que é gay. Léo sabia quase tudo da minha vida, mas pela proximidade e pela amizade não rolava nada entre nós dois. A gente chegava a tomar banho pelado na cachoeira da fazenda que nossos pais eram sócios, mas nunca fizemos nada. E ele me protegia muito. E eu protegia ele sempre. Uma vez nós dois estávamos voltando pra casa depois de uma festa e dois caras passaram mexendo comigo falando alguma coisa sobre meu pai, e o Léo ficou invocado e partiu pra cima deles. Ele tinha mais ou menos a minha altura, e os dois eram menores e acabaram ficando com medo. Quando cheguei em casa, minha mãe já tava sabendo da briga e ficou preocupada demais. "Acho que você vai ter que diminuir um pouco essas saídas, Lucas!", disse ela. Quem tem parente na política sabe que é um inferno a gente ficar sempre se incomodando com as pessoas, e eu tava achando muito ruim ser filho de prefeito em cidade do interior.
O fim do ano estava chegando e o clima em casa não estava nada bom. Parecia que tudo era motivo pra brigas, meus pais estavam se desentendendo, minha irmã estava indo morar em outra cidade pra fazer faculdade e não iríamos viajar. Léo foi na minha casa com a Paty que era nossa amiga também e disse que eu não devia ficar triste, porque iámos fazer muita festa nas férias, íamos pegar geral.
Paty perguntou por que não planejávamos uma viagem nós três para a fazenda durante as férias. E eu mesmo achando sem graça topei. Ela sugeriu que cada um levasse três amigos, porque aí seríamos em 12 pessoas que poderiam se acomodar bem na casa.
Na fazendo tem três casas, uma que é dos pais do Léo, uma que é dos meus pais e outra que a gente chama de sítio, que é uma casa velha e fica numa estradinha de chão sem nenhum movimento. Resolvemos que ficaríamos na casa dos pais do Léo, que tinha 8 quartos e todo mundo poderia ficar mais a vontade. Lá tinha piscina, em sala enorme e a ideia era ficarmos por pelo menos 20 dias.
Passou o natal, carregamos os carros e fomos pra fazenda.
No meu carro fomos eu, a Paty e dois dos amigos que ela estava levando. Todo mundo tinha a mesma idade. O Guilherme e o Saulo, que eram gente boa e não se importavam com nada.
No carro atrás, estava o Léo dirigindo, com a Fran, uma amiga nossa bem puta, o Junior, o Marco e o Gustavo, todos amigos de infância do Léo. E no último carro, meus três amigos, o "boiada", o João e o Victor. Na fazenda não pegava celular, então combinamos deles irem seguindo a gente. Nunca tinha ido pra lá sem família, só com amigos. E aí durante os 40km de estrada, a gente ia parando, bebia, dançava. Tava divertido.
Quando chegamos, todo mundo foi logo descarregando o carro e colocando as comidas na geladeira. Eu arrumei o quarto onde ia ficar, e quando arrumava a cama, o Léo gritou da cozinha.. "pessoal, fodeu! a geladeira não liga...". Eu achei que estava sem luz, e que a energia ia voltar logo. O Boiada foi logo abrindo um cooler e preparou uma bebida, e a Fran e a Paty davam risada dizendo que tinham dado sorte nessa viagem, porque tinha muito mais homem que mulher. A Fran inclusive brincando passou a mão na mala do Victor que ficou bem envergonhado.
Já era fim da tarde, e a luz ainda não tinha voltado. Os meninos resolveram fazer uma fogueira, e mesmo que não tivesse luz a gente tinha levado bastante gelo e a bebida estava bem gelada. Na hora do banho, eu avisei que iria até a casa dos meus pais na fazenda, que era perto, pra ver se lá estava com energia, e o Marco falou que ia me acompanhar.
Quando chegamos, estava tudo muito escuro. Nada funcionava. As casas ficavam numa parte baixa do terreno, e resolvemos pegar a estradinha de chão até a casa do sítio. Quando estávamos subindo, perecbi que o céu estava dando raios e trovões, e no caminho o Marco me confessou que estava muito a fim da Fran, só que ela dava bola pra todo mundo menos pra ele. Chegamos na casa do Sítio e lá as luzes estavam funcionando. Ele disse "que bom, assim já tomo um banho e a gente pode descer pra contar pra todo mundo que aqui tá tudo funcionando". Marco era um tipão do interior, não tinha cerimônia. Era até meio mal educado. Meio que me empurrou da frente dele pra entrar no chuveiro, já foi tirando a roupa e entou na água. Eu fiquei meio sem graça por ver aquele cara pelado, e inevitavelmente comecei a pensar bobagens. Ele não tinha nem pego a toalha, e como sabia que ia me pedir, já fui até o armário e peguei as últimas duas. Sentei na varanda e esperei ele gritar lá de dentro "Lucas, tem toalha aí?". Mas ele não gritou. Saiu todo molhado lá de dentro, pegou a própria camiseta e começou a se secar. "Porra velho, tá molhando tudo aí". E ele começou a rir e disse que homem de verdade seca no vento. Entrei no banho, comecei a me lavar, e quando estava enxaguando, puff... apagou a luz daquela casa. Eu disse, ah velho! Que sacanagem.. "Marco, traga a minha toalha que deixei aí por favor", gritei. E ele dava risada e dizia "nem levo..." Saí do banho pelado, todo molhado e perguntei onde ele tinha colocado a toalha que eu deixei pra ele. Mas ele dizia que não sabia. Fiz como ele, peguei minha camiseta e comecei a me secar. Logo começou a chover forte. Eu disse pra ele se vestir que tínhamos que ir embora logo, porque aquela estrada ficava muito ruim quando chovia. Ele colocou sua bermuda sem a cueca, entrou no carro sem camisa, e começamos a voltar pra sede da fazenda. Chovia muito, muito mesmo. E no caminho, dentro do carro escuro, Marco me perguntava o que podia dizer pra pegar a Fran quando voltássemos. Eu senti na verdade que aquele cara tava realmente a fim da Fran.
Quando chegamos, era quase onze da noite. A fogueira já estava molhada, um breu total na fazenda. Em volta da casa dos pais do Léo, tinha só um carro estacionado. Parecia que todos já tinham ido dormir. Descemos bem devagar, entramos na sala, e eu achei muito estranho aquele silencio todo. Marco pegou uma lanterna no carro, e quando eu ia perguntar onde estavam todos, ele me mandou ficar quieto e iluminou o sofá da sala. Pra nossa surpresa, Fran estava pelada, chupando o pau do Boiada e levando uma enterrada na buceta do João. Eles sinceramente nem pareceram se incomodar com a nossa presença. Estavam fodendo em silêncio porque provavelmente alguém estava dormindo. O Boiada ficou mais desconcertado com o flagra que demos, e disse: "Já encontraram o Léo? ele saiu com a Paty atrás de vcs dois... Os outros estão dormindo já".
Embora eu tenha crescido com o Boiada, nunca tinha visto ele pelado, e o pau dele era lindo, bem desenhado, num tamanho bom. Pela cara de satisfação da Fran, era um pau bom. O João era mais safado, e na hora perguntou "Não querem entrar aqui? sempre cabe mais um".
Marco estava completamente sem reação. Deu um passo pra trás, e eu fiquei preocupado com a cara que ele fez.
- Vamo lá Lucas, vamo procurar o Léo, ele deve ter ficado preocupado com a nossa demora...
Entramos novamente no carro, Marco não dizia uma única palavra, só olhava a chuva pela janela.
- Sei que você deve estar chateado Marco... Não liga...
- Como não liga, Lucas? Porra velho, acabei de te falar que tava a fim da Fran e agora descubro que ela é uma vadia...
- Você tá errado, Marco. Ela não é tua namorada, não é tua mulher... vcs não tem nenhum compromisso... ela só tá se divertindo.
Chegamos novamente na outra casa, e eles não estavam lá. Pegamos a estradinha de terra pro sítio, e alguns quilômetros pra frente, no meio da tempestade, encontramos o carro de Léo encalhado na estrada. Paty estava bêbada rindo muito e Léo estava tentando empurrar o carro. Ele estava muito puto da cara.
- Cara que sacanagem, fiquei preocupado com vc, saí da casa principal pra te procurar e olha a cagada... encalhei aqui.
Eu e Marco descemos do carro pra empurrar, mas não deu.
- Vamos fazer o seguinte, você e a Paty voltam com a gente, e amanhã cedo damos um jeito de desencalhar.
Pulei pro banco de trás junto com Marco, Léo foi dirigindo e Paty na frente que seria mais fácil de parar pra vomitar se ela precisasse.
Marco estava arrasado. E eu comecei a ficar com dó. Coloquei a mão na perna e disse:
- Não fique assim, vai dar tudo certo.
Ele então me olhou assustado, desse jeito machista
- Foda, viu?
Chegamos de volta a casa grande, peguei uma bebida, sentei na varanda escura. Léo e Paty se recolheram. Na sala já não havia mais ninguém.
Marco sentou perto de mim e ficou em silêncio.
Ofereci um gole da bebida.
Ele bebeu tudo de uma vez.
- Lucas...
- Fala Marco.
- Ninguém se preocupou comigo assim.
- Capaz cara, tamo junto!
- Sério velho...

(continua).


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Comentários


foto perfil usuario scarboy

scarboy Comentou em 20/08/2021

Tou curioso ,pra saber o que vai acontecer

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oldjard Comentou em 16/06/2021

Tô curioso !

foto perfil usuario rafanegao

rafanegao Comentou em 15/06/2021

Eu já amei o conto. Escreve muito bem super votado.




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Ficha do conto

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Nome do conto:
Cuida de mim - Parte I (Filho do prefeito, férias frustradas e a falta de luz)

Codigo do conto:
180587

Categoria:
Gays

Data da Publicação:
15/06/2021

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