Marmita de bandido - Continuação



       Minha visita a R. mexeu com a minha cabeça. Nos primeiros dias tive que tomar cuidado para esconder da minha família os hematomas que ele tinha deixado. O pingente genital que ele havia mandado colocar também não deixava esquecê-lo. Ficar sentada nos dias que se seguiram era uma tortura à parte. Procurei uma farmácia longe do bairro que morava e, com indicação da balconista, comprei saches para banho de acento.
        Não conseguia me concentrar. Minha vida era monótona e meu corpo parecia ter acordado. Em meio ao culto, orando ou louvando a Deus, era normal as imagens e sensações tomarem meu corpo deixando minha calcinha completamente molhada. Comecei a me masturbar compulsivamente duas ou três vezes por dia. Bastava siriricar o pingente preso ao meu clitóris por alguns minutos para gozar intensamente. Após o orgasmo sentia uma culpa devastadora. Baseado nas histórias de cristãos que ouvia, comecei a praticar autopunição. Peguei uma cinta do mau pai e nua, ajoelhada em grãos de milho ou feijão, castigava meu torso com cintadas enquanto orava ou lia trechos da bíblia. De nada adiantou. A dor se tornava tesão. Sem calcinha, um fio de lubrificação escorria da minha buceta a ponto dos pingos se aglomerarem no chão. Meus mamilos endureciam pedindo para serem chupados e mordiscados. Essas sessões sempre acabavam com eu me masturbando no final... para depois me punir novamente num círculo vicioso que se repetia.
        Certa noite sonhei que fui para o inferno. Lá fui recepcionada pelo Diabo em pessoa. Com um gesto minhas roupas se queimam e fico nua em sua frente. Ao contrário de Eva depois de provar do fruto da sabedoria, não sentia medo ou qualquer vergonha. O anjo caído era alto e tinha a pele avermelhada, sebosa e suada. Da sua fronte nasciam dois chifres assimétricos. Seus olhos eram negros e não tinham alma. Os dentes eram amarelados e sujos, o rosto de um anjo envelhecido. Da cintura para baixo ostentava os membros de um bode. Em meio as pernas, um pau enorme recoberto de pelos. Ele se aproxima e me beija. Seu hálito é putrefato. Sua língua bipartida suga a minha. Me coloca de quatro no chão e penetra meu cú com violência. Arranha minhas costas sem dó e morde meus ombros deixando pequenas lacerações na pele. Em meu ouvido, com sua voz gutural, diz que “sou profana demais até para ser mãe do seu filho”. Satisfeito, levanta-se e goza em um cálice dourado, ornamentado com crucifixos invertidos e imagens de anjos mortos em batalha. Estende-o para mim. Ajoelhada em sua frente, encarando-o, bebo sua porra como uma eucaristia profana. Deito no chão, abro minhas pernas em posição ginecológica, repouso a mão em meu monte de vênus e, com os dedos, abro os lábios da buceta me oferecendo. Ele sorri, deita sobre mim e, preste a me fuder, acordo. Estou ofegante e suada. Pareço ter um rio entre as pernas. Invés de assustada, estou em um estado de excitação que nunca me encontrei. Termino eu mesma o que o Diabo não teve tempo de fazer. Um orgasmo convulsivo me deixa exausta. Adormeço desejando que Morfeu me leve ao inferno novamente.         
        Depois daquele sonho estava decidida a não ir mais para a Visitação. Porém, quando o dia chegou, sem nenhuma surpresa, eu era uma das primeiras da fila da carceragem.
        Logo passava pela humilhação da revista intima novamente. A mesma carcereira da primeira vez satirizou:
        - A Marmita voltou e já foi marcada. – referindo-se ao pingente genital que ostentava.
        Caminhei apressada até a cela de R. Ao chegar, foi pega de surpresa: em um colchonete atirado no chão, ele estava deitado sobre uma garota linda, três ou quatro anos mais velha que eu. Sua pele branca e cabelos loiros contrastavam com a de R. que a estocava com força. Seu pau negro e grosso avançava cada vez mais fundo na buceta rosada e depilada da garota que se esforçada para conter os gemidos cobrindo a boca com as costas das mãos.
       Mesmo ciente da minha presença continuou a foda. Me senti frustrada e humilhada. Por outro lado, era excitante assisti-lo em ação. A maneira como conduzia o ato e a energia que empregava. Quando finalmente gozou, levantou-se, veio até minha direção e ficou imóvel por um segundo. Mal estava ofegante, as narinas levemente dilatadas. O pau continuava duro, brilhando ainda da lubrificação que o cobria.
       Senti o impacto da palma da sua mão atingindo meu rosto e me arremessando ao chão. Com os olhos mareados e zonza perguntei por quê?
       - Por ter voltado e pela cuspida da última visita. – respondeu.
       Nua, abraçando as pernas sentada no colonete, a outra garota parecia aguardar.
       R. retirou alguma coisa debaixo do colchão e arremessou ao chão em sua direção. Ela avançou em direção ao minúsculo pacote plástico como um cachorro atrás de um petisco. Em frenesi rasgou o pacote e despejou o pó cuidadosamente no chão. Praticamente deitada, segurou com uma das mãos os belos cabelos loiros e, com o dedo indicador da outra, tapou uma das narinas aspirando o pó em seguida. O pouco que sobrou e não conseguiu aspirar, umedecendo a ponta do indicador, recolheu e passou pelas gengivas, como se escovasse os dentes com o dedo. Fechou os olhos e o seu semblante parecia ao de alguém que passava por uma experiência mística. Seu corpo, no auge de sua beleza, contrastava com aquela cena degradante.
        Sentado ainda nu no beliche, R. explicou:
        - Essa é a puta do Tião. O coitado acabou na enfermaria ontem e a vagabunda, sem saber, acabou aparecendo. Como bom parça, mandou para eu experimentar. Aqui não gostamos de desperdiçar nada. Só pediu para eu não bater. Além de gostosa pra cacete, chupa que é uma beleza e, apesar da quilometragem, tem uma buceta apertada de virgem. Tava pronto para varar e descobrir se o cú da patricinha é apertado também, quando você apareceu.
        - Pô, se o Tião tivesse aqui podia mostrar você para ele, deixar dar uma provada e ver se rolava uma troca. Se bem que, pensa, quanto eu teria que voltar? É como querer trocar um Fusca por uma BM. Mas, pensando bem, essa vagabunda é cara e você não me custa um tostão. – ironizou me humilhando.
        Continuou:
        - Pensando bem, levar vara sem reclamar, dar o cú e beber leite do macho é pré-requisito mínimo de toda vagabunda, não qualidades. Agora, encontrar uma vadia cheirando a leite, que gosta de apanhar e ser humilhada, e ainda deita a cabeça todo dia no travesseiro achando que é santa ao invés de puta, é ganhar na loteria. – filosofou sobre minha natureza.
        Ainda assim, mesmo depois da humilhação da revista intima, de encontrá-lo fodendo outra, do tapa desferido e de sua língua ferina, desejava que repetisse aquilo que fazia tão bem e o motivo de eu estar lá: me fodesse.
        - Como hoje é dia de fartura com dois filés como vocês, e temos uns minutos ainda, quero que as duas façam um showzinho, se pegando, para mim. – R. interrompeu meus pensamentos.
        Confesso que demorei para compreender a frase, já que tal coisa na época era desconhecida e inadmissível para mim.
        Minha companheira de cela veio em minha direção com a intenção de me beijar logo depois da ordem que recebemos. Senti repulsa e virei o rosto. Diante da resistência minha companheira sussurrou em meu ouvido:
        - Aqui dentro quem manda são eles. Assim que passamos por aquele portão só nos resta obedecer. Os carcereiros e funcionários estão pouco se lixando para o que acontece dentro das celas. Para eles somos piores que os detentos, estamos aqui por livre arbítrio.
        - Relaxa, deixe que eu conduza tudo. Prometo que você vai gostar. – tratou de me acalmar.
        Me encarando com um leve sorriso ela me despediu cuidadosamente. Seus lindos olhos azuis analisavam cada detalhe do meu corpo.
        - Uau, essas roupas que você usa escondem um conteúdo maravilhoso! – elogiou-me.
        - Ajoelhamos uma de frente para outra no colchonete encardido. Ela me beijou, seus lábios eram mais macios que sua pele. Não demorou para que a leve eletricidade do tesão movessem as engrenagens do meu corpo. Sua mão desceu até minha buceta e começou a me massagear. Seu toque era leve e certeiro. Logo seus dedos estavam cobertos com a minha lubrificação, que ela usou para umedecer meus mamilos e chupá-los. Me fez gemer com um sorriso no rosto. Cumprindo a promessa de conduzir, me colocou deitada, virou para os meus pés ajoelhando com a minha cabeça no meio. Baixou o quadril e começou a serpentear o corpo, esfregando a buceta em minha boca. Inebriada de tesão e perdida na carne, chupei sua buceta intensamente. Quando sua lubrificação intensificou, podia sentir claramente o cheiro e o gosto da porra de R. Ela inclinou seu tronco, senti seus peitos macios e quentes no meu abdômen. Entrelaçou os braços em minhas coxas e pôs-se a me chupar. Nosso movimento era rítmico e delirante. Em determinado momento já não conseguia mais retribuir as chupadas que recebia. O calor tomou conta do meu corpo e já sentia os espasmos prestes a nascerem dentro de mim. Percebendo que eu estava perto de gozar, minha companheira sentou-se de frente para mim passando uma de suas pernas por baixo da minha, como duas tesouras cruzadas. Aproximou seu púbis do meu até nossas bucetas encostarem uma na outra e começamos a nos esfregar. Senti nossas lubrificações se misturando. Os minúsculos pelos que nasciam após sua depilação, roçavam deliciosamente no meu clitóris e lábios. Nos demos as mãos e instintivamente uma puxava a outra com a intenção de aumentar a pressão e atrito entre nossas bucetas meladas de tesão. Gozamos no mesmo instante numa sincronia que não imaginava ser possível. Naquele período de “La petite mort”, permanecemos abraçadas no colchonete trocando caricias.
        R. se masturbava freneticamente sentado no beliche, levantou-se e gozou, em pé mesmo, em nossos corpos. Nesse momento a última sirene de aviso para as visitas partirem tocou.
        Nos vestimos e antes de partir disse para R.
       - Essa é última vez que você me vê!
       Ele sorriu e retrucou rindo:
       - A mulher só se volta para Deus quando não tem mais o que oferecer ao Diabo. Não é seu caso.
      Ao sair da carceragem, assim que recebeu sua bolsa de volta, minha companheira acendeu um cigarro. Seu semblante era de uma pessoa arrependida e derrotada. Sua beleza era só um disfarce. Entre uma tragada e outra me disse:
    - É lógico que você vai voltar. Você é o pior tipo de vagabunda que existe: a que volta porque é uma puta submissa apaixonada por um pau que, por acaso, pertence a um animal. Eu ainda tenho a desculpa de ser viciada e sustentada aqui fora.
    Abriu a bolsa e retirou uma caixa de comprimidos dizendo:
    - Me faz um favor? Use pelo menos isso e evite engravidar de um desses idiotas.
    E assim partiu me deixando na rua.

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Comentários


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casalbisexpa Comentou em 19/06/2021

delicia demais




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Ficha do conto

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Nome do conto:
Marmita de bandido - Continuação

Codigo do conto:
180728

Categoria:
Sadomasoquismo

Data da Publicação:
17/06/2021

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8

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