Alguns dias depois do ocorrido recebo uma ligação no meu celular.
-Bom dia.
Uma voz potente do outro lado da linha.
-Bom dia.
Respondi desconfiado.
-Sr Rafael Logos?
-Eu.
-Aqui é Douglas. Sou gerente de relacionamento do seu banco. O Sr pediu um cartão novo e ele está na agência.
-Ah sim. (Relaxei um pouco). Bom dia Douglas. Meu cartão está pronto?
-Está sim Sr. Gostaria de saber quando o Sr pode vir, eu que vou atende-lo e gostaria de lhe apresentar umas cartas de crédito que temos.
Esse tratamento VIP tinha motivos.
-Pretendo ir hoje ainda. (Eram 9:00AM)
-Perfeito. Que horas o Sr pretende vir.
-Na hora do almoço.
-Espero o Sr. Até logo Sr Rafael.
-Até logo Douglas.
Seria uma mentira retumbante dizer que aquela voz não atiçou minha curiosidade. Voz de macho, voz potente, forte. Uma voz que traria um gemido muito gostoso. Eu já estava curioso pra conhecer aquele machão.
Terminei o expediente da manhã e fui até o banco, uma das partes boas é que era relativamente perto do meu trabalho. Eu escolhera exatamente por causa disso. Cheguei até a agência e perguntei por Douglas. Uma estagiária me recebeu, pediu que eu me sentasse e aguardasse um pouco. Depois de poucos minutos ela me acompanha por uma escada e me leva a uma sala toda de vidro.
Era possível ver quem estava dentro da sala, mesmo antes de chegarmos. A voz era a cereja do bolo daquele negão. 1,80, fortinho, nada exagerado, cabeça raspada, calça e camisa social, a camisa num tom pastel, contrastando com a cor da pele... Uma delícia de negão.
Apesar de podermos ser vistos por Douglas, ele digitava algo no computador não nos notou.
A porta da sala dele ficava na lateral, do outro lado algumas janelas com uma persiana. Ele digitava enquanto o máximo que víamos era a lateral do computador. A sala tinha ainda uma mesa elevada com uma garrafa de café, copos plásticos, água e alguns biscoitos finos.
A moça deu uma leve batida no vidro. Ele gesticulou para que entrássemos, enquanto dava mais alguns cliques na tela e se levantava da cadeira.
-Olá Sr Rafael. Me deu um sorrisso perfeito, com os dentes alvos. Aquele negão era irresistível.
-Olá Douglas.
E me deu um aperto de mão seguro, não cedi ao aperto de mão e mantive a mesma força. Senti aquela mão macia na minha. Eu precisava me controlar pra não subir em cima dele.
-Sente-se aqui, por favor.
Ele puxou um pouco uma das cadeiras e sentou-se de frente pra mim, enquanto o tampo da mesa cobria nossas pernas. Assim que ele se sentou, nossas pernas se chocaram.
-Desculpa Sr Rafael. Eu sou alto e essa mesa baixa. As vezes esbarro nos clientes.
-Tem problema não. A gente se esbarra de vez em quando e nem sempre é uma coisa ruim.
Parti para o ataque. Queria ver até onde aquilo tudo iria. Ele me olhou intrigado, devolvi um sorriso calmo, e assim ele também o fez. Voltou-se ao computador, deu alguns cliques e fez algumas digitações.
-O que aconteceu com o seu cartão Sr Rafael.
-Me chama de Rafael, ou Rafa. Tem problema não.
Ele enrubesceu um pouco.
-Rafa qual o problema com o teu cartão?
Lhe contei a história. Na sequência ele me entregou uma cartilha sobre segurança digital. Inclinou-se para cima da mesa, o que eu fiz logo na sequência, e apontou para o folder. Era possível sentir o cheiro dele e eu jurava que era um dos perfumes que eu mais gostava.
-Ficaremos felizes em colaborar para que o Sr não passe mais por isso.
-Pode deixar, prometo tomar cuidado. Mas qualquer coisa você vai estar por perto pra me dar uma mãozinha.
Não sei se passei do limite, mas ele se recostou na cadeira. Inicialmente me olhou daquela forma intrigada, mas abriu novamente um sorriso iluminador.
-E não me chama de Sr. Me chama você. Tem problema não.
-Claro. Nossa intenção é sempre resolver todos os seus problemas. O Sr, desculpa, você, quer uma água?
-Gostaria. Abaixei a cabeça para olhar o folder, enquanto ele se levantava. No movimento que ele fez, olhei instantaneamente pro pau dele, existia ali um volume que não existira até poucos minutos atrás. Ele me olhava e não fez uma cara de intrigado, na verdade ele fez uma cara que tinha entendido meu recado. Enquanto ele servia a água nas minhas costas eu fingia ler a cartilha. Na minha cabeça passava uma cena de filme pornô com aquele negão deitado naquela mesa de vidro e eu comendo ele ali mesmo, ou botando ele sentado na cadeira de chefe e quicar no pau até ele dizer chega.
-Rafa. Sua água.
Ele tocou no meu ombro e colocou o copo na minha mão. Mas demorou alguns segundos a mais do que deveria e ainda aproveitou para dar uma sarrada de leve com o pau no meu ombro. Eu olhei do ombro para o pau dele. O safado ainda deu uma ajeitada antes de sentar e eu não tirei o olho daquela mala.
-Queria discutir mais uma coisa como você, Rafa. Era sobre investimentos. Temos uma carta muito atraente. E a poupança, que você usa, não lhe rende tanto.
Temos outras opções.
-Meu horário de almoço vai acabar. Você aceita almoçar comigo. Daí a gente pode ter uma conversa mais informal, longe desse ambiente austero.
Sorri mais um pouco. Ele olhou pro relógio do computador.
-Claro que podemos. Onde que você almoça?
Sugeri um restaurante da metade do caminho entre o trabalho dele e o meu, e além disso tinha alguns motéis perto. O que eu queria era aplicar na poupança e comer um brigadeirão de sobremesa.
Q tesão de conto! Votado! Amo essa parte da sedução
SACANINHA, VOCÊ. GOSTEI DO ESTILO.