03 - Gabriel Silva



        Gabriel era ruivo, bem branquinho. Era bem baixo e suas pernas eram seu melhor atributo. Sua sexualidade era óbvia, mas ele não chamava muita atenção. Seu cabelo não era curto, quase tocava os ombros. Tinha um rosto delicado e afeminado. Quase sempre andava sozinho e se sentia muito pouco compreendido.
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        Não esqueçam de comentar, pra que eu saiba se vocês estão gostando e se devo continuar.
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        Meu nome é Gabriel, tenho 25 anos, moro com meu irmão mais velho e minha mãe. Meu pai faleceu quando eu tinha 5 anos. Não tenho nenhuma memória dele, infelizmente. Mas o conheço por fotos e pelas histórias que minha mãe me conta. As vezes me pergunto o que ele acharia de mim, se me aceitaria pois sou gay, embora o resto da família tenha me aceitado tranquilamente. Sei que isso não deveria importar tanto, mas eu me importo.
        Nunca namorei sério, e mesmo querendo um relacionamento, não tenho mais coragem de tentar. Uma vez eu pedi um cara em namoro, a gente tava ficando fazia dois meses. Pra mim, ele aceitaria e a gente ia ser muito feliz, mas não foi o que aconteceu. Ele sumiu e nunca mais respondeu minhas mensagens. Por um tempo, eu não ficava com ninguém por mais de uma noite.
        Até que eu conheci o Paulo. Tudo mudou, ele sempre me chamava pra ir beber com ele em um clube chamado “Só mais essa”, um dos lugares mais lotados da cidade. Depois de beber muita cerveja, ele me levava pro apartamento dele ou pra minha casa e a gente transava. Transava muito.
        Aí um dia ele resolveu sumir.
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        MENSAGEM PARA PAULO: “E aí Paulo, beleza? Vamos beber hoje?”
        MENSAGEM DE PAULO: “Hoje nem rola, tenho um compromisso de família. :(”
        MENSAGEM PARA PAULO: “Beleza então, a gente marca outra hora.”
        Eu fiquei triste na hora, mas eu realmente estava afim de beber um pouco. Foi então que pensei: Bom, ele pode não querer beber hoje, mas eu vou!
        Entrei no banheiro e fui tirando minha roupa. Ainda tinha uma marca na minha coxa direita, que Paulo tinha deixado da última vez que transamos. Entrei no box pensando naquele corpo lindo, sua pele negra e músculos bem definidos. Meu pau ficou duro na hora. Comecei a me masturbar pensando em Paulo e desejando que ele estivesse ali pra me comer. Pensei na sua bunda redonda e perfeitinha, no seu pau – que deveria medir uns 19 centímetros. Seu gosto era incrível, e eu adorava quando ele me dominava. Ele me deixava todo marcado e as vezes me dava uns tapas que me levava ao delírio.
        Gozei depois de uns minutos imaginando Paulo me comendo em diversas posições.
        Depois de me secar e escolher uma roupa, pensei em ligar pra ele pra ter certeza de que ele não queria pelo menos tomar uma cerveja comigo em casa, mas desisti.
        Já na sala, pedi pro meu irmão me emprestar o carro. Ele disse que se eu fosse beber, então ele me levaria e depois ele me buscaria. Meu irmão Gustavo é bem legal comigo, ele me aceita sendo gay e já se meteu em monte de briga por causa de mim, sempre me defendendo.
        Meu irmão perguntou se eu ia encontrar alguém, já que eu nunca saio e não tenho muitos amigos. Disse que não, que ia sair apenas pra curtir a noite. Fomos pro carro e ele me levou até o clube e foi embora. Pra minha infelicidade, eu entrei e logo de cara vi Paulo.
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        Paulo era negro, forte e todos diziam que era mulherengo. Um pouco desleixado, não era de se vestir muito bem. Tinha cabelos curtos, e não usava barba. Naquele dia, estava mais charmoso que o normal. Parecia que tinha acabado de voltar da academia. Regata, shorts e um tênis pra corrida.
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        Compromisso de família que nada, ele estava era caçando! Com medo de assumir sua sexualidade, ele sempre pegava umas “gostosas”. Eu pensava que ele tinha mudado, pois não tinha feito isso desde que a gente começou a ficar, à duas semanas. Até pensei que ele poderia me assumir algum dia.
        Paulo estava conversando com uma piriguete loira de vestido curto e bem apertado. Dava pra ver que ela queria dar pra ele ali mesmo. Eles não tinham a menor vergonha na cara. Ela dançava encarando ele e sempre com um sorriso de puta na cara. Ele deveria ser prostituta mesmo, vai saber.
        Eu ainda estava congelado na porta, olhando pros dois, quando meus olhos cruzam rapidamente os dele.
        Tentei disfarçar e fui pegar uma cerveja. Quando olhei de volta, eles já não estavam mais ali. Ele deveria ter ido pra fora ou levou ela pra casa dele. Olhei em volta e não vi nenhum rosto conhecido. Era impossível mesmo, pois meus colegas de faculdade não eram muito de vida noturna. Resolvi ver se Paulo e a puta estavam na área de fumantes.
        Abri a porta e vi que Paulo estava sentado ao lado dela, com uma cara de safado e que ela correspondia. Tinha uma tensão sexual óbvia entre eles. Perdi todas as minhas forças e decidi ir pra casa. Não queria ligar pro meu irmão, então peguei um táxi.
        ?????
        Deitei na minha cama, estava muito triste. Resolvi mandar mensagem e tentar entender o que estava acontencendo.
        RASCUNHO PARA PAULO: “Eu te amo, eu sei que a gente vai ficar junto. Por favor, para de fazer isso, vamos assumir nosso relacionamento.”
        Fiquei com medo de ser negado outra vez, e desisti de mandar aquela mensagem. Mas eu não podia deixar as coisas como estavam. Então eu reescrevi: “Se não quer mais nada, me avisa, que eu paro de te deixar mensagens então. PS: Te vi no clube. Moça bonita, vocês não valem nada.” E enviei.
        Chorei. Chorei muito, porque eu realmente gostava dele. Ele me fazia feliz e me deixava louco na cama. Mas eu já não sabia mais o que fazer.
        Dormir com o celular na mão, aguardando que ele me respondesse. Pensei que eu significava alguma coisa pra ele. Eu realmente sou um idiota. Acordei com meu celular vibrando, desbloquei o celular e pra minha indignação, tinha uma mensagem dele.
        MENSAGEM DE PAULO: “Se liga, já estou em outra.” E a foto daquela garota loira sem roupa e dormindo deitada na cama dele.
        O choro travou minha garganta e estava sentindo ânsia. Era uma dor horrível. Não sabia mais o que fazer. Estava contraído na cama, não conseguia nem respirar direito. Mas eu devo ter feito algum barulho, porque me irmão abriu a porta para ver o que estava acontecendo.
        Ele estava com uma cara de assustado e ficou alguns segundos parado sem saber o que fazer. Veio até mim e me abraçou, dizendo que tudo ficaria bem, que ele estaria sempre ao meu lado e que me amava muito. Dizia que eu era o melhor irmão do mundo e que nada no mundo inteiro era mais importante pra ele do que eu. Aos poucos fui caindo no sono.
        Acordei mais uma vez naquela madrugada, e não voltaria mais a dormir. Meu irmão tinha dormido ali mesmo, me fazendo companhia. Fui na cozinha beber água e a imagem daquela menina voltou na minha mente. A jarra que eu estava segurando caiu e quebrou no chão. Como eu sou muito burro, dei um pulo com o susto e acabei me cortando. Tirei um enorme caco de vidro do meu pé. Havia bastante sangue. Mas eu não conseguia sentir dor.
        No banheiro, fiz um curativo e depois fui ver o que estava passando na tevê. Fiquei vendo coisas aleatórias até que amanheceu. Meu irmão veio ver se eu estava bem. Ficou preocupado com meu corte e pediu pra ver. Estava bem diferente do que eu tinha visto na hora do susto. O corte estava mais inchado e dava pra ver que estava inflamando.
        ?????
        Aguardava na fila do hospital por alguns minutos, quando vejo um moço vindo em minha direção. Meu irmão tinha saído pra levar nossa mãe pro trabalho e voltaria pra me buscar.
        - Bom dia Gabriel, pode me acompanhar? Vamos fazer sua triagem. Disse aquele moço lindo, todo vestido de branco.
        Fomos pra uma sala onde ele mediu minha pressão.
        - Eu preciso saber como foi que você se cortou. Perguntou o rapaz.
        - Eu derrubei uma jarra de vidro e acabei pisando em cima com o susto que levei. Sou muito burro mesmo. Eu disse.
        - Que nada, eu também sou muito desastrado. Disse ele com um sorriso lindo no rosto. Foi ai que eu reparei em como ele era encantador. Tinha os olhos castanhos mais atraentes que já vi e uma boca bem vermelha. Também tinha um corpo bem definido, mas sem exageros.
        Fiquei ali encarando ele por alguns seguindos e ele sorria de volta.
        - Bom, meu nome é Carlos, se você precisar de mais alguma coisa, pode mandar me chamar.
        Fui pra uma outra sala de espera enquanto o médico não me chamava. Poucos minutos depois da consulta meu irmão me buscou, passamos na farmácia para comprar alguns remédios e fomos pra casa. Naquele dia eu não fui na aula, e dormi praticamente a tarde inteira. Decidi que não me importatia mais com Paulo, e que eu precisava chamar o Carlos pra sair.
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Ficha do conto

Foto Perfil Conto Erotico emuri

Nome do conto:
03 - Gabriel Silva

Codigo do conto:
115694

Categoria:
Gays

Data da Publicação:
13/04/2018

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