Acordo pela manhã lá pelas sete e meia e continuo enrolando na cama até as oito, recebo um telefonema da oficina e me arrumo o mais rápido possível para receber a moto, aquele sábado estava finalmente começando a ficar interessante.
Desço até a rua e pego a moto e vou até o parque onde costumo fazer trilha com um grupo de amigos, todos estão animados e quase prontos para sair pego a moto do meu amigo Jonas pois, minha moto não foi feita pra isso e fico esperando a minha vez. Eles resolveram que hoje teríamos uma competição, ponto A ao ponto B; Quem seria o mais rápido daquela manhã?
Poderia muito bem ser eu, entrar para o grupo de trilha não foi fácil, hoje eu era a única mulher do grupo e eles me respeitavam, ali eu podia me divertir sem medo de cantadas baratas.
Recebemos no rádio que o primeiro da lista demorou 45 minutos para alcançar o fim da trilha e eu sorrir , aquilo estava ficando interessante se ele fez em 45 eu podia muito bem chegar em 30, 35.
Sigo a trilha e vou tentando me concentrar mas, minha mente vai direto até o Marcos e todas as loucuras que cometemos naquele escritório.
Vejo o final da trilha e pela cara do primeiro competidor eu estou ganhando dele e acelero mais um pouco, já quase no fim vejo o Marcos sentado no capô de um carro ao lado e me desconcentro e caiu. Minha cabeça bate no chão e não ouço nada direito só zumbidos e o Marcos correndo como um louco até onde estou. Ele pega no meu rosto e grita comigo.
- Não! Não faz isso! Nina! Você está bem? Me responde!
Eu tento me sentar no chão e ele me levanta no seu colo. O pessoal todo assustado em volta e ele diz que vai me levar ao pronto-socorro.
Eu digo não! E ele continua me levando e eu desmaio.
Acordo num quarto todo branco e com soro injetado no meu braço, aquilo me angústia e tento tirar. Sinto alguém do meu lado e vejo que é ele.
- Mas que droga! Me ajuda tirar isso!
- Calma! Isso é só um remédio pra dor você chegou aqui falando nada com nada e eles te deram um sossega leão .
- Vocês me doparam?
- Não criatura! Seu cérebro precisava descansar.
- Eu estava bem! Até você aparecer. O que diabos você estava fazendo lá? Por acaso está me seguindo? Isso é assédio e eu posso processar você!
- Você vai me processar por salvar sua vida?
- Você sabe muito bem do que tô falando.
Nesse momento o médico chega e me examina, diz que está tudo bem, evoluir muito bem mas, aconselhava o resto do dia de repouso. Digo que estou bem e tento me levantar e minhas pernas vacilam. Marcos me apoia e me ajuda a ir até o carro.
Quando percebo estou na sua casa, uma mansão na verdade. Um senhor todo engomado abre a porta pra nós e ele pede pra levar uma sopa quente pra nós.
Eu não consigo esboçar nenhuma reclamação meu corpo precisa mesmo de comida. Marcos me coloca numa cama deliciosa e ajeita meu travesseiro.
- Você não precisa fazer isso, posso muito bem ir pra casa.
- Sei que distrair você lá na trilha.
Sorrio e penso como aquele homem era convencido. Achar que eu caí porque me assustei ao vê-lo.
A sopa chega e eu como sem me fazer de rogada, estava uma delícia. Vejo Marcos falar com o mordomo e sai. Ele volta pra buscar o prato e eu não consigo segurar minha curiosidade.
- Onde estão os outros? A mulher, os filhos? Eu não quero precisar sair correndo de mulher ciumenta.
- O patrão Marcos mora aqui sozinho senhorita. Depois da morte da esposa ele vive aqui só
- Então ele é viúvo?
- E a senhorita é a única mulher que ele trouxe aqui depois de todo esse tempo. Agora descanse.
Como se por mágica eu durmo e acordo com ele ao meu lado. Que enigma seria aquele homem? Por que ele me levou ali se parecia um solitário convicto?
Desço até a sala e encontro ele sentado olhando a janela .
- Seu jardim me parece bonito mas, você me parece está olhando para o nada.
- Estava ouvindo você lá em cima.
- Impossível! Essa casa é enorme e para me ouvi de tão longe só se você for sobrenatural.
Ele se aproxima de mim com poucos passos e toca meu cabelo que insiste em cair na minha testa.
- Eu me assustei lá na trilha. Fiquei imaginando como seria ficar sem você.
- Marcos, eu... Nós... Você é meu chefe isso tem que parar.
- Está decidido, você está demitida!
- O quê? Você tá maluco?
- Se eu não posso ficar com você por isso, acabamos com esse vínculo e você será minha sem medos.
- Marcos não é assim que a vida acontece! Não sei se você sabe mas, nós meros mortais que acordamos de sol a sol para alcançar o pão não podemos nos dar ao luxo de certas coisas! O que você quer de mim?
Sinto seu abraço forte e tento não fraquejar, eu não serei uma marionete daquele homem mas, seu cheiro é inebriante e me deixa sem chão.
Te beijo e sinto como se flutuasse, suas mãos nas minhas costas passeiam e fazem um caminho de fogo. Não sei como aconteceu mas, me vejo em seu quarto e ele me coloca na sua cama suavemente.
Seus beijos vão me despindo aos poucos e fazendo o meu batimento cardíaco subir, começamos uma dança com nossos corpos enquanto nos olhamos nos olhos, ele faz com que eu sempre olhe em seus olhos, eles estão queimando assim como nossa pele e faz com que cheguemos ao clímax juntos.
Repousando na cama lado á lado e sinto sua respiração se acalmar e vejo que meu coração não se aquieta, o que sou pra ele? Uma distração? Uma aventura? Alguém que ele poderia amar? Eu precisava descobrir ou acabaria no final de tudo isso com meu coração destroçado.
Ps: Obrigada a todos que me acompanham sempre e quero saber se gostaram desse tipo de conto, sem muitos palavrões, mais instigante e talvez zero pornô.
Me falem nos comentários.
Bjus Nina