Você e Eu cap II



Foi Rafael, eu quase não acreditei que um menino bonito como ele podesse ter algum problema pra se relacionar com alguém.
-Oi Gabriel, queria saber se você pode me ajudar.
- Isso depende
- Somos vizinhos a dois anos, e eu soube da sua fama de conselheiro e todos falam bem.
- Isso foi acidental
Naquele dia ele me contou que era afim de uma menina, que por ironia do destino era sua amiga, e ele não sabia como se confessar e também tinha medo de perder a sua amizade que era longínqua, eu disse a ele pra ir se aproximando aos poucos e em um momento especial ele poderia falar dos seus sentimentos, e se a amizade realmente fosse firme de verdade ela jamais seria abalada, e foi aí que ele deu o mais lindo sorriso que já vir no mundo, seu sorriso iluminava todo seu rosto, era algo sem igual. Naquela mesma tarde estava sendo exposto as fotos dos campeões dos jogos internos da escola e eu me perdi olhando pra foto do Felipe, mas já não o via da mesma forma, o via apenas como meu melhor amigo, mas do lado eu vi a foto do Rafael e lá estava estampado o sorriso que eu acabará de ver a minutos atrás, fui andando pra casa com aquilo na cabeça e meio distraído acabei tropeçando em alguém e quase caio no chão, foi quando uma mão me segurou pela cintura e me vir de corpo pra trás olhando diretamente nos olhos dele e aí vir como seus olhos eram lindos, foram alguns segundos que na minha mente pareceram eternidade, logo o Felipe aparece pra saber se eu estava machucado.
-Biel você se machucou?
- Não, eu só tropecei
- Nossa estranho, você não é tão distraído assim.
- pois é, minha cabeça está na lua.
- posso ir pra sua casa hoje pra gente jogar?
- Claro, faz tempo que tu não vai lá em casa, mamãe vai adorar te ver.
- posso ir andando com vocês (perguntou Rafael)
- Claro que pode, você é meu vizinho.
- assim você mora na minha antiga casa né?
- Sim minha mãe comprou e reformou ela pra gente.
- Legal, sinto saudades de lá
- Vamos indo então (digo eu com certo entusiasmo)
No caminho não pode deixar de reparar na beleza do Rafael, e a gente estava todo animado conversando, parece que meu amigo Felipe parecia meio incomodado, com minha proximidade com o Rafael.
-Biel eu tenho todo a temporada de Dragon Ball GT no meu HD externo, que tal a gente assistir no seu computador?
- Sério seria legal Felipe, você quer assistir com a gente Rafa?
- Não obrigado, eu não sou muito fã de Dragon Ball GT, até mesmo porque nem é cânone, foi algo feito pela produtora pra ganhar dinheiro e agradar fãs.
- Então qual anime você gosta Mano (pergunta Felipe)
- olha eu gosto de Naruto o clássico e o Shippuden, e também sou apaixonado por Digimon adventure
- Sério Rafa, eu também adoro Digimon, qual seu personagem preferido? (Pergunto eu contente)
- Olha os meus preferidos são o TK e o angemon.
- o meu preferido é o Taí e o agumon
- eu não gosto de Digimon, pra mim é desenho de menina.
- Então habita uma menina interior em mim, porque eu sou muito fã da franquia Digimon.
- Felipe você nunca assistiu como vai dizer que não gosta?
- deixa pra lá Biel, deve ser besteira minha.
Chegamos na minha casa e na do Rafa, que ficava ao lado da minha, nós nos despedimos com um aperto de mão e um até mais, ele entra na casa dele e entrei na minha casa com o Felipe, que parecia incomodado com minha amizade com o Rafa, assistimos boa parte da temporada de Dragon Ball até a derrota do Baby, aí o Felipe foi embora. A noite me peguei pensando no momento em que o Rafa me pegou pela cintura e evitou minha queda, naquele momento adormeci e tive um sonho ruim, era um sonho que parecia uma lembrança, " No sonho eu via o rosto de alguém que apontava uma arma na minha direção, nesse momento surgia alguém que se mente na minha frente de braços abertos e mandava o outro soltar a arma, no sonho eu parecia ser uma mulher, tinha cabelos negros e longos e um vestido que parecia de noiva, e o lugar onde estávamos parecia uma lagoa, a pessoa que segurava a arma dizia que (se eu não fosse dele não seria de mais ninguém) e então atirou, e o tirou acertou primeiro a pessoa que estava na minha frente e logo em seguida me acertou, e caímos no chão a pessoa que recebeu primeiro o tiro parecia ser o Rafael, e ele tinha feições indígenas, no entanto eu não consegui ver o rosto do atirador, porém ele se aproximou de mim chorando e pedindo desculpa, e em seguida atirou na sua própria cabeça. E eu nesse exato momento dei um grito e acordei todo suado com minhas irmãs entrando no quarto pra ver o que aconteceu, eu estava chorando dizendo que não queria que as coisas fossem assim, e que o tiro deveria ter sido apenas pra mim, minha irmã mais velha me abraçou e disse
-Calma foi só um sonho, calma.
Enquanto isso minha mãe me deu um calmante e eu dormi mais tranquilo, no dia seguinte eu estava me sentindo mal e acabei que não fui a escola, tive uma forte dor no peito e uma febre, e tempo todo a lembrança da arma na minha direção. O dia passou normal e por volta das 14:30 chega alguém pra me visitar, era o Rafael, que queria saber se estava tudo bem comigo, ele entrou no meu quarto e me deu um sorriso, naquele momento meu coração parece que deu pulos de alegria, e ele correu sentou na cama e me deu um forte um abraço, por alguma razão eu queria ficar agarrado naquele abraço, e meus olhos começaram a escorrer lágrimas sem eu saber o porquê aí ele me disse.
-calma eu estou aqui, vou sempre estar aqui pra você.
Nessa hora minha mãe e minha irmã entraram no quarto, e presenciaram aquela cena e acharam bonita a cena, pois até então meu único amigo era o Felipe, que mesmo avisado que eu estava doente parece não ter se importado. Então minha mãe disse.
-oi, você é vizinho né?
- sim prazer meu nome é Raphael
- muito prazer Rafael, eu sou Ana mãe do Gabriel.
- o prazer é todo meu dona Ana
- Não sei eu tenho a impressão que já te conheço de algum lugar (disse minha mãe)
- Sabe que eu também. Que estranho né? (Respondeu o Rafa)
- Então seu moço, está na hora de almoçar, você ainda não tomou nem café
- Não mãe, estou sem fome
- mas meu filho você tem que comer meu amor.
- Traga a comida dona Ana, vou dar um jeitinho de ele comer
- sério que bom, muito obrigada anjo Rafael.
Minha mãe desceu e foi buscar o almoço, e eu fiquei conversando com o Rafa, sobre os mais diversos assuntos, até que ela trouxe ele sentou do meu lado e ficou brincando comigo, pegando a colher e brincando de aviãozinho e colocava na minha boca, e assim eu fui comendo, nesse exato momento o Felipe apareceu e ficou observando a cena.
-raran como você está Biel?
- que susto, Felipe, estou bem.
- oi Felipe (disse o Rafa)
- oi Rafa (disse Felipe)
Eu terminei de comer e fiquei conversando com os dois, às 15:50 daquela tarde o Rafa foi pra casa fazer a atividade de matemática e me convidou pra ir dormir na sua casa um dia desses pra gente maratonar algum filme que ele tem no celular,eu disse que sim e ele saiu. fiquei no quarto com o Felipe, que logo me questionou.
-não sabia que você e ele eram tão próximos agora.
- pois é, meio que estamos no tornando ótimos amigos
- aí eu mereço ( disse Felipe contrariado)
Então o que foi que te deu, pensei até que você não se importasse de como eu estava, aí ele disse que sim se importava, ficou preocupado e veio me ver, pois era raro eu ficar doente, a tarde passou Felipe foi embora eu fiquei ali mimado por minhas irmãs, e lembrando da cena do Rafa colocando comida na minha boca. Elas descem eu resolvo abrir a janela do meu quarto pra pegar a brisa da noite, foi aí que olhei pra janela vizinha e vir o Rafa em pé também na janela do seu quarto de frente pro meu falando ao celular, ele me acena com a mão e eu aceno de volta, naquele momento não falamos nada um pro outro mas nosso olhar conversavam e diziam um milhão de coisas, até que chega a outra mulher e o abraça, aí fiquei me questionando, quem será aquela moça? Será tia dele? Pois eu sabia que a mãe dele era a outra porque vir no dia que ela foi levar ele na escola a primeira vez, e se apresentou como mãe dele, também deixei aquele assunto e foi ouvir a música " Just give me a reason" não demorou até que recebo uma ligação do Felipe e me distraio rindo das suas baboseiras no celular, aí ele me contou que seu irmão mais velho Dennis chega de viagem essa semana, ele estava estudando na Unicamp no interior de São Paulo, aí eu disse que eu não largava minha São Luís do Maranhão por nada, aqui tinha tudo, universidade federal, estudual e universidade particular, ele me disse que tinha vontade de passar uma temporada fora, mas não queria ir embora de São Luís de vez, e foi aí que ele perguntou pelo Rafa.
-me diz o seu vizinho é maranhense, ludovicense nascido aqui em São Luís?
- que eu saiba ele é paraense nascido no interior do Pará em uma cidade chamada Paragominas.
- a bom, mas ele não tem aquele sotaque ridículo puxado do S. (Disse Felipe desdenhando)
- para com isso seu xenofóbico, eu acho lindo a chiadeira dos paraenses
- a vá, então beleza, vou encontrar uma mina aqui da rua, depois a gente se fala.
- vai lá garanhão.. boa noite.
Tomei um pouco de leite com pão, e fui deitar e adormeci, e acabei tendo outro sonho, no meu sonho eu estava em lugar escuro e chorava bastante, olhava pros lados e tudo que eu via era gente chorando e gritando de desespero, e eu não podia ir embora porque eu cuidava de alguém que tinha a cabeça muita ferida parecia que por um tiro, e eu por medo ou por culpa tinha medo de deixar essa pessoa sozinha lá naquele lugar, até que em um certo momento, a pessoa que eu cuidava abre os olhos e começa a chorar e pede que eu vá embora e que eu não merecia estar naquele lugar, eu respondi que nunca deixaria ele ali sozinho e então surge uma luz, e aparece um menino que tem as mesmas feições do meu vizinho Rafael que diz ( estou aqui, vou sempre estar aqui por você, onde quer que você vá, eu vou sempre te encontrar e te buscar) e nesse momento somos os três envolvidos nessa luz e eu acordo. Já era quase 6:30 da manhã, dou só um pulo da cama entro no chuveiro, banho super rápido, pego uma pera e saio comendo a caminho da escola e consigo chegar em cima da hora, porém a tempo, na hora do Intervalo vejo o Rafa sentado solitário em um banco perto da quadra, comendo um pacote de batata rufos, chego e vou logo puxando assunto, pergunto pela amiga que ele é afim, aí ele aponta pra ela, era a Liz do segundo ano, e ela era realmente muito bonita, aí eu perguntei o que falta pra ele chegar nela, ele diz que agora estava em dúvida, porque ele tinha outra pessoa que teimava em não sair da sua mente, eu comia junto com ele a batatinha, quando ele ia me falar alguma coisa o Felipe apareceu...

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Ficha do conto

Foto Perfil timberlak
timberlak

Nome do conto:
Você e Eu cap II

Codigo do conto:
156206

Categoria:
Gays

Data da Publicação:
13/05/2020

Quant.de Votos:
2

Quant.de Fotos:
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