Ciro meu anjo loiro part 2

Passei a semana ansioso para reencontrar o Ciro, e finalmente chegou o sábado, tomei banho,me vesti e fiquei no portão esperando por ele que logo chegou, entrei no carro e partimos.
_ Tá perfumado, cheiroso.
_ Gosto muito de usar perfume, estava ansioso para passar logo a semana.
_ Igual eu, parecia que as horas e os dias não queria passar.
_ Que bom, é sinal de que gostou do nosso primeiro encontro.
_ Cara eu adorei nossa conversa, o que aconteceu no motel, foi tudo perfeito.
_ Realmente foi mesmo, e espero que continue assim.
Ciro me levou para jantar, depois fomos para um barzinho de onde saímos indo para o motel, novamente tudo perfeito, chegava ser difícil acreditar que os caras não queria nada sério com ele,Ciro era perfeito em tudo, educado, atencioso, simpático e divertido, sem falar que na cama não deixava nada a desejar, saímos do motel no término da madrugada, paramos numa padaria, tomamos um café reforçado, afinal estávamos morrendo de fome depois da maratona sexual que fizemos, após o café fomos embora, Ciro me levou para casa.
_ Cara foi uma noite perfeita, desde da hora que te peguei, até esse momento que estou trazendo vc de volta.
_ Ciro, vc é muito mais do que imaginei, obrigado pela noite deliciosa que passamos juntos.
_ Pronto ta entregue como encontrei.
_ Nem tanto.
_ Porque nem tanto?
_ Tô sentindo um vácuo dentro de mim, não estava assim até entrar no motel.
_ Se é assim, eu também estou diferente, a pica ta inchada e vermelha.
_ Importante que estamos bem e felizes .
_ Com certeza, hoje eu durmo feliz e relaxado.
_ Vou indo meu lindo, obrigado mais uma vez.
_ Nossa, sem um beijo de bom dia, magoou.
Ja era dia, então me verifiquei se não tinha ninguém para ver nós se beijando, abracei ele e nos beijamos.
_ Pronto não vai mais ficar magoado, bom dia.
_ Agora tô felizinho, bom dia lindinho, quarta feira venho aqui te pegar para a gente sair.
_ Inves de vir aqui, me pega no trabalho
Passeio o endereço de onde eu trabalhava, sai do carro e fiquei olhando ele partir, passei o domingo em casa, tudo correu perfeito, na segunda-feira fui trabalhar, no meio da tarde minha irmã me ligou, porém não pude atende-la, como não ligou novamente achei que não era nada importante, terminei meu expediente e fui embora
Ao chegar em casa, percequeo clima estava pesado, todos na sala sentados de caras sérias, assim que entrei me olharam, dei boa noite ninguém respondeu, fui ao meu quarto trocar de roupa e voltei para sala.
_ Aconteceu alguma coisa gente?
Ninguém falou nada.
_ Gente, fiz uma pergunta, aconteceu alguma coisa?
_ Senta
Falou minha mãe, então sentei.
_ Vc não tem nada pra falar para a gente Marcelo?
_ Que eu lembre não.
_ Não mesmo, tem certeza?
Minha mãe fazia essas perguntas, enquanto meus irmãos me fuzilavam com seus olhos, e minha irmã me olhava com expressão triste, de repente meu irmão mais velho esbraveja.
_ Fala logo seu sem vergonha, seu safado, anda assume logo.
Fiquei assustado e ao mesmo tempo confuso sem entender nada do que estava acontecendo, então meu irmão começou a falar.
_ Vc não tem vergonha na sua cara, não pensa na vergonha que ta fazendo a gente passar, não pensa na nossa mãe aqui sofrendo?
_ Vc pode me falar que ta acontecendo?
_ Ja que vc não quer falar eu falo, a vizinha da frente te viu ontem cedo, vc agarrado com um homem dentro do carro, os dois se beijando sem nem se preocupar.
Senti o chão se abrindo, meu coração acelerou, tremia, não conseguia respirar direito,.
_ Posso explicar tudo.
_ Que explicação vc vai dar, a mãe até duvidou da vizinha, então ela mostrou a gravação da câmera para mãe, onde aparece vc beijando o cara, então o que vc vai falar.
Antes de eu responder meu irmão praticamente pula em minha direção e suas mãos agarram meu pescoço, tentava escapar mas não conseguia, ele era muito forte, lembro de ver seu olhos vermelhos de ódio, minha irmã e meu outro irmão tentavam separar porém não conseguiam, eu já estava quase desmaiando quando minha mãe da um grito mandando me soltar, ele solta meu pescoço e da um violento tapa na minha cara fazendo eu cair no chão, e aos gritos começou me xingar.
_,Safado, sem vergonha, sua bicha, seu viado, queria o pai aqui para dar uma surra de deixar vc aleijado,
Minha irmã tentou acalma-lo, quase levou um tapa na cara, novamente minha mãe grita, desta vez mandando todos sentarem, eu não sabia aonde doia mais, se era o rosto ou a garganta, então minha mãe começou a falar.
_ Eu e o pai de vcs, criamos vcs para serem gente, pessoas honestas, trabalhadores, não para ser um vagabundo sem vergonha, pai de vcs sempre falava que não aceita, filho ladrão, drogado e filho viado então nem pensar, vcs lembram muito bem o que ele falava de viado e eu não sou diferente, se é pra ter um filho que gosta de homem, que seja longe daqui, então vc vai no seu quarto, pegue suas coisas e suma daqui.
Não estava acreditando que minha mãe, estava me expulsando de casa, comecei a chorar e ela ali na minha frente seria sem demostrar nenhuma reação, então minha irmã interveio.
_ Mãe, não faz isso, para aonde ele vai?
_ Não me interessa, ele que vá para casa do homem que estava beijando, aqui não quero mais ele.
_ Então faz assim, da um tempo até ele conseguir um lugar pra morar.
_ Tudo bem, vc tem um mês para sair daqui, e durante esse mês não quero saber de macho vir buscar ou trazer vc aqui na minha casa, e para de chorar, se é homem pra deita com outro homem, seja homem para aguentar as consequências.
Levantei e fui para meu quarto, tranquei a porta e lá chorei a noite toda, não queria que descobrissem dessa maneira, eu ia falar para eles, mesmo sabendo a reação, mas sabendo da maneira que souberam complicou ainda mais, no dia seguinte não fui trabalhar, fui ao médico, minha garganta doia muito, depois de uns exames constou uma leve lesão, porém nada grave.
Sai do hospital sem saber para onde ir, o que fazer, cada palavra dita por minha mãe estava na minha cabeça, voltei para casa ja era noite, fui direto para meu quarto,não sabia que fazer, para quem pedir ajuda, no dia seguinte fui trabalhar, e na hora do almoço minha irmã estava me esperando.
_ Oi, vai dizer que aconteceu mais coisas.
_ Não, vim ver como vc está.
_ Tô mal, mais muito mal mesmo, não é pelo tapa na cara, por quase morrer estrangulado, é pelas coisas que a mãe falou.
_ Realmente ela passou dos limites, conversei com ela e não mudou de ideia, vc também deveria ter falado Marcelo, a raiva, o ódio dela foi saber por bouca de vizinhos.
_Eu ia falar acredita em mim, infelizmente aconteceu isso.
_ E vc tem ideia para onde vai, aonde vai morar?
_ Pior que não, nem sei como fazer.
_Deixaeu ir que ta dando meu horário, se cuida, tchau.
_ Tchau, obrigado.
Sai do trabalho e fiquei vagando pelas ruas, esqueci completamente do Ciro que iria me pegar no trabalho, acabei encontrando uns conhecidos e fiquei conversando com eles, era uma galera legal porém adoravam usar drogas, frequentavam os piores bares gay do centro da cidade, ja estava tarde quando sinto uma mão forte segurar meu braço, era o Ciro.
_ Posso saber que vc faz aqui, esqueceu que ia te pegar no trabalho?
_ Poxa, me perdoa, eu esqueci mesmo.
_ E vc ta fazendo o que aqui essa hora da noite?
Sua mão apertava meu braço.
_ Aconteceu uma coisa horrível Ciro.
_ Então fala que aconteceu, tem que ser horrível para vc ta aqui nesse lugar cheio de drogados e traficantes, vem entra logo no carro.
Praticamente fui jogado dentro do seu carro e partimos, Ciro estava sério, dirigia calado sem olhar para mim um instante.
_ Ciro, não pense que eu...
_ Não tô pensando nada, não precisa dar explicações, vou deixar vc na sua casa.
_ Não, na minha casa não por favor.
Ele estacionou o carro.
_ Vai fala logo que ta acontecendo, porque não posso deixar vc na sua casa, porque esse pavor todo.
Não consegui segurar e comecei chorar de soluçar.
_ Caralho que aconteceu Marcelo, porque vc tá assim, fala?
Me acalmei e comecei falar tudo que aconteceu, tudo que escutei da minha mãe e irmão, a expressão do Ciro mudou totalmente e sua respiração também, só quando terminei de falar que ele começou a falar.
_ Não acredito que sua mãe expulsou vc de casa, isso não se faz, vc não cometeu nenhum crime.
_ Eu até entendo a reação dela por descobrir tudo por outra pessoa.
_ Entende o caralho, só porque, só porque não foi vc que contou não é motivo para expulsar vc de casa.
_ Fica nervoso não, vou dar um jeito em tudo.
Circo ficou pensativo uns minutos, até que resolveu falar.
_ É o seguinte, um amigo ta com apartamento vazio vou falar com ele para vc ir pra lá.
_ Mais tem que ver quanto ele vai cobrar de aluguel.
_ Fica tranquilo eu falo com ele, agora vamos na sua casa pegar suas coisas.
_ Melhor não, eu pego um táxi e vou até vc.
_ Não, eu quero ir na sua casa para ver se seu irmão vai me estrangular também.
_ Por favor não faz isso, te imploro Ciro.
_ Tá bom, só que vc não vai para sua casa, vc vai pro meu apartamento.
E partimos para seu apartamento.
_ Agora que chegamos senta aí para ouvir umas verdades.
Ja não bastava o que estava passando ainda ia ouvir ele também.
_ Vc acha que se envolvendo com aquele tipo de gente ia ajudar em alguma coisa, são tão seus amigos que nem se importaram quando te puxei pelo braço, continuaram onde estavam como se nada tivesse acontecendo..
_ Mas Ciro...
_ Ainda não terminei, aquele tipo de gente, só serve para afundar mais quem está na sua situação, por pior que seja, é nessas horas que vc têm que buscar forças e seguir em frente Marcelo, sei e entendo que vc ta sentindo, mas to aqui cara, to aqui para te ajudar vc superar isso.
_ Não sei como agradecer vc Ciro, vc é um anjo que apareceu na minha vida, meu anjo loiro.
_ Pode contar comigo lindinho, não esconda nada de mim, agora vai tomar banho que vou preparar alguma coisa para comer.
_ Não precisa, não to conseguindo comer por causa da garganta.
_ Não pode e não vai ficar sem comer, ainda encontro esse seu irmão e vou fazer o mesmo com ele, cuzão covarde.
_ Deixa pra lá, não quero vc se metendo em briga por minha causa, ja basta lá no bar.
Fui tomar banho, Ciro me levou um shorts e uma camiseta, quando sai do banho ele caiu na gargalhada, sua camiseta virou uma camisola em mim de tão grande.
_ Acho melhor vc ficar só de cuecas, assim não vou conseguir parar de rir, tira logo essa roupa.
Mesmo só de cuecas ele ainda ria, comemos e fomos para seu quarto, onde deitamos, pus minha cabeça em seu peito, não sei se era cansaço,ou as noites sem dormir direito, só sei que em pouco tempo estava dormindo, acordando só no dia seguinte.
_ Dormiu bem?
_ Nossa, muito.
_ Eu percebi, tirei sua cabeça do meu peito e vc não acordou, que bom, vc estava precisando de uma boa noite de sono.
_ Vou tomar banho se não vou chegar atrasado no trabalho.
_ Ei ei, não ta esquecendo de nada?
Ele fez biquinho pedindo beijo, voltei e dei um selinho nele.
_ Agora sim, pode ir tomar banho enquanto eu preparo o café, fica tranquilo que levo vc depois vou trabalhar.
Depois do café ele me deixou no meu trabalho, e seguiu para o seu, combinamos que pegaria minhas coisas na minha casa e iria para casa dele.
Continua.
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