Te esperei no bar, e você chegou bem na hora marcada, sem me fazer esperar. Me arrumei pra te encontrar né: afinal de contas a primeira impressão é a que fica. Vestia uma calça cor de vinho de um tecido bem fininho com elástico na barra que deixava ela presa um pouco acima dos tornozelos. A blusa era soltinha, preta, e ia até altura da cintura, o que fazia com que a barra de renda do meu sutiã, também preto, aparecesse, caso eu levantasse um pouquinho os braços. Nos pés gostaria de ter colocado um par de tênis, mas achei que a ocasião merecia saltos. Então, coloquei sandálias pretas de saltos finos que prendiam com uma tira no tornozelo. Meus cabelos são compridos, como você sabe, deixei-os soltos, quase não usei maquiagem e escolhi meu perfume favorito.
Como falei, te esperei no bar do hotel.
Tenta imaginar: o bar era grande, a luz era baixa e o salão todo tinha um tom meio azulado. As mesas eram redondas com cadeiras que mais pareciam poltronas com um estofado bem macio de um tecido que parecia bem caro em um tom de azul. Cada mesa de madeira escura tinha 4 lugares e no centro delas uma vela e um pequeno vaso com florezinhas brancas e pequenas. A vela era perfumada, eu acho, porque o salão todo tinha um cheirinho bem delicado de baunilha. Da entrada do salão dava para ver, bem ao fundo, o balcão do bar, também de madeira escura. As taças, penduradas pela base, estavam dispostas por quase toda a extensão do balcão e atrás dele um barman estava organizando as bebidas em uma prateleira de vidro que ia até quase o teto. Do lado esquerdo, janelas de vidro bem grandes e a frente delas um piano. Pensei: será que alguém iria tocar naquela noite? Talvez eu soubesse logo. Se você me desse o bolo eu iria ficar ali por um bom tempo bebendo e pensando em como fui trouxa. Ok. Sentei em um banco alto do balcão pra ficar conversando com o barman, caso passasse a noite sozinha...
Eu bebia gin tônica com limão quando você apareceu. Eu não sei como você se veste, nem qual tipo de roupa você gosta. Mas estava vestindo jeans escuro, camiseta preta e tênis… Gato. Conversamos bastante desde o momento que você chegou até começarmos a sentir fome… resolvemos pedir um japa já que o restaurante do hotel já estava fechado e assim que chegou subimos para o quarto pra comermos lá. O japa, claro.
No elevador senti uma tensão no ar… começou a ficar meio quente, senti minhas bochechas ficarem rosadas e o perfume que eu tinha escolhido com tanto cuidado simplesmente ficava cada vez mais forte. O silêncio era pesado… eu não sabia o que você estava pensando, mas sabia bem o eu estava pensando, desejando… aquilo era louco, a gente estava se vendo pela primeira vez... Eu queria que você me envolvesse pela cintura com um dos seus braços e me colocasse contra a parede do elevador pressionando o seu corpo contra o meu de maneira que eu conseguisse sentir o calor da sua pele através dos tecidos das nossas roupas. Com o a outra mão, segurasse minha nuca e delicadamente girasse meu pescoço para que meus cabelos escorressem por minhas costas deixando meu pescoço a mostra. Nesse momento você me beijaria desde a base do meu pescoço até minha orelha… Beijos longos, molhados e quentes me tirando o ar e me fazendo amolecer em seus braços.
Mas o sinal sonoro do elevador me fez acordar e perceber que tínhamos chegado ao nosso andar e nada daquilo tinha acontecido.
O quarto era lindo, tinha uma pequena sala na entrada com poltronas de canto e uma pequena mesa onde apoiamos o nosso jantar. Eu queria mesmo era apoiar outra coisa ali, mas enfim…
Enquanto você conhecia o quarto eu fui até o banheiro, lavei minhas mãos e conferi se o batom ainda estava no lugar. Deixei o banheiro em seguida e enquanto voltava para a sala você veio ao meu encontro no meio do caminho... quando nossos corpos se tocaram, ali de pé, eu vi que a química que tínhamos nas nossas conversas era real. Eu queria que você me beijasse logo e lentamente, mas o que aconteceu foi ainda melhor…
Os nossos olhos se encontraram e eu não consegui ver mais nada, pensar em mais nada…
Você se inclinou sobre mim para alcançar a minha boca e quando nossos lábios se encontraram eu pude sentir o quanto tua boca era quente, macia e o quanto encaixava perfeitamente na minha… nossos lábios entreabertos fizeram com que nossas línguas se tocassem e eu só queria mais de ti! Nesse momento minhas mãos começaram a passear pelas tuas costas sentindo cada pedaço teu ao mesmo tempo que eu sentia você me tocar da mesma forma. Os beijos eram longos, intensos, cheios de desejo… eu afastava minha boca da tua e pendia minha cabeça para o lado, a fim de buscar ar, mas teus lábios tocavam meu pescoço, minha orelha, teus dedos se entrelaçavam nos meus cabelos e a gente tinha uma urgência que transbordava por todos os lados. Eu te queria. Eu te queria naquele momento e o teu cheiro era tão bom!
A gente foi caminhando juntos entre beijos e carícias até o quarto. Quando minhas pernas tocaram a cama e me obrigaram a parar a gente soube que íamos virar a noite, bem como tínhamos conversado tantas vezes. Não percebi que já estava sem blusa, não lembro em que momento ela foi tirada, e eu estava usando somente meu sutiã preto feito de uma renda tão fina que meus seios quase estavam a mostra duros e cheios de desejo... mas lembro de você me sentar gentilmente na cama e se abaixar na minha frente pegando devagar minha perna esquerda e escorregar as mãos até meu pé… ainda devagar, você abriu a fivela que prendia a tira e tirou minha sandália. Depois de beijar meu tornozelo, o que me fez arrepiar, você fez exatamente a mesma coisa com o outro pé e passando as mãos pelas minhas pernas, de baixo até minhas coxas se aproximou da cama ficando sobre os joelhos e com o rosto bem perto do meu.
CONTINUA...
Começou bem, tem potencial para uma deliciosa e excitante aventura, votado e ansiosa para ler a continuação, bjinhos Ângela
Delícia de leitura! Relato tão minucioso e agradável. Voto merecido.
Muito bom votado
delicia de conto