AMOR ATRAVÉS DO APLICATIVO (DE COMIDA) – MARIO + TIAGO -- CONCLUSÃO




(foi o maurzen quem me deu ideia de escrever a ultima parte alternando a narrativa entre o Mario e o Tiago. coisa que ele faz muito bem, eu já não sei... então esse texto é meio experimental, com a vontade muito grande de acertar e fazer dele uma boa leitura...)
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-- A gente faz amor, né!?! – decidi comentar, mas a pergunta saiu como uma afirmativa.
Estávamos nos braços um do outro, resfolegando, nosso gozo sempre intenso esmorecendo lentamente. Eu ainda duro, latejante, e parcialmente dentro do Mario. Deitado sobre ele, cobrindo-o, entre possessivo e protetor. A espreguiçadeira da piscina tinha aguentado bem o tranco, e ainda suportava o peso dos nossos corpos unidos. A paixão, que permanecia em alta após mais de dois meses de namoro, chegara a um renovado pico, pois era a primeira vez que transávamos sem camisinha. Celebrando os testes de HIV que tinham saído negativos para nós dois. Considerando o que o Gutão tinha feito comigo, e a promiscuidade do ruivinho, eu tivera boas razões para ficar apreensivo.
Eu tinha inundado meu namorado com torrentes de esperma que guardara por alguns dias, justamente para celebrar a ocasião. Mario me convidara para a casa de praia dele, já que um hotel ainda nos parecia temerário, apesar do abrandamento da pandemia, para celebrarmos nossa lua-de-mel. Fora tanta porra que minhas ultimas estocadas tinham feito vazar fios de creme pelas coxas do homem. E meu pau estava ainda tão lubrificado, melado, deslizando facilmente, que minha vontade era recomeçar a foder meu namorado.
-- Nossa! Isso é coisa de velho! Achei que os caras da sua geração não falassem mais isso. Amor! – Mario riu. Nunca perdia uma chance de mencionar nossa diferença de idades, e nessas horas eu percebia o quanto um homem maravilhoso, viajado, culto, connoisseur de vinhos e de Arte, podia ser no entanto inseguro, ainda.
-- E acho que não falam mesmo... – retruquei, rindo e beijando-o no pescoço. Podia ser mero arroubo após uma foda fenomenal, mas eu tinha chegado à conclusão de que era possível, sim, amar outro homem. Desde que ele o permitisse. Tendo eu mesmo me permitido.
-- Amor requer conexão emocional, e a sua geração não cultiva isso. Na verdade, parece evitar.
-- Então você acha que a gente não tem conexão emocional? – as palavras dele eram um tapa na cara. -- Ou só eu que não tenho?
-- Eu não disse isso, Tiago! – torcendo parcialmente o tronco, Mario virou-se na minha direção. Quando havia algum mal-entendido entre nós, ele fazia questão de esclarecer olhando nos meus olhos. Tomando o cuidado, no entanto, naquele momento, de manter meu pau dentro dele. – Você e eu... A gente tem conexão emocional, astral, cármica até! Mas você é de uma geração que não sabe se entregar. Embora isso aconteça com homens e mulheres de qualquer idade, eu acho. E eles... vocês... têm o direito. Nós todos temos! De não querer se entregar. Em alguns momentos da vida, é inclusive a única defesa que a gente parece possuir.
-- Concordo.

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Como é que, em qualquer lugar que ele estivesse, uma chuva de aveludadas e perfumadas pétalas de rosas não caísse sobre ele? E que, aos pés dele, trilhando qualquer caminho que fosse, não se estendesse e o precedesse um tapete de alvíssimas flores de jasmim? Dos lindos olhos castanhos amendoados emanava bondade. O sorriso de brancos dentes grandes doava alegria ao mundo, com doce ingenuidade. Os ombros largos, que poderosos se erguiam em direção ao pescoço elegante, eram construídos com a generosidade de quem se oferece para suportar o peso do mundo, muito mais do que apenas a si mesmo. Os braços possantes, de contornos estatuescos, que não se furtavam ao trabalho, ofereciam também carinhosos abraços a quem precisasse. O peito vasto era território aberto ao consolo e conforto de quem dele necessitasse. As poderosas pernas esguias, impelindo-o às alturas sem preguiça, prontas estavam a servir o próximo. A beleza de um homem era não só suprema, mas fundamento da existência, quando acompanhada dum propósito. Não de autossatisfação vazia, mas de pertinente doação. O perfil perfeito, o abdômen escultural, o pênis prometendo prazeres, belo e potente mesmo em descanso. Cada detalhe era um presente e celebração à vida. Ainda que o proprietário de tudo isso se portasse até com um pouco de indiferença, diante da arte que exalava e da beleza que transpirava. Ou era timidez, por saber-se demasiado, incontido, farto, num mundo tantas vezes tão mesquinho?
Meu amado Tiago.

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Tendo convencido-o de que a piscina não podia ser avistada da praia, nem das casas vizinhas, ele tinha finalmente se livrado da sunga. Simplesmente desamarrara o cordão, com o dedão descendo a sunga até a metade das coxas, e deixando que escorregasse até o chão. Sem nenhuma afetação. Com naturalidade, e até com humildade, o que me deixava ainda mais encantado.
-- Simplesmente porque eu não sou como você me enxerga, Mario. – Tiago retrucou, um pouco embaraçado, com o meu suspiro de adoração. -- Há 24 anos que convivo comigo mesmo. Que me olho no espelho. E sabe o que sempre vejo? Um cara desengonçado. Alto demais. Narigudo...
-- Pelo amor, Tiago! Seus traços são perfeitos! Seu espelho está com defeito.
-- Não. Espelho defeituoso são essas mídias sociais. – Assim como eu, ou até menos do que eu, Tiago não estava em Instagram ou qualquer coisa do gênero. Nem em apps de pegação, até onde eu sabia. Concordava com ele sobre as pessoas acabarem se tornando apenas uma ideia de si mesmas, da imagem que queriam passar de si mesmas. As pessoas viravam um instante fotográfico. Tanto problema de auto-estima, de auto-imagem, de dismorfia corporal. Mas que Tiago se achasse menos do que perfeito?...
-- Perfeito para quem, Mario? Será que naqueles lugares exóticos todos que você já visitou... Mongólia, Polinésia, Islândia... Será que eu sou sequer bonito, para esses povos? E, sinceramente, eu não ligo...
Eu, no entanto, não conseguia ter a mesma atitude blasé em relação à beleza do meu namorado. E como se ele precisasse me acalmar, e lembrar que tínhamos um relacionamento de reciprocidade, ele pediu:
-- Só se você tirar a sua sunga também! – tinha sido a condição dele. E daí estarmos os dois nus à beira da piscina da minha casa de praia. E como estivesse vivendo a minha segunda adolescência, eu já estava de pau duro. Não porque Tiago estivesse nu. Nem porque estivéssemos nus os dois, ao ar livre. Tiago podia estar completamente vestido. Ele podia estar dormindo. Ainda assim, reafirmando sua própria autonomia, meu corpo reagia com uma ereção à simples existência e presença do Tiago em minha vida. Não era lubricidade, mas uma imensa alegria que me dominava. E ele não se ofendia.
Ao ver minha ereção, o membro do Tiago ganhava vida própria, também, erguendo-se impávido. E daí, era meu cuzinho quem se manifestava, começando a piscar. Podíamos estar falando de outros assuntos, fazendo outras tarefas, mas na linguagem silenciosa e secreta entre corpos, de repente interrompíamos um filme, uma refeição, ou o sono, o banho, e transávamos apaixonadamente. Já tínhamos feito sexo ao chegarmos à casa de praia, no banheiro da suíte, enquanto no andar de baixo o caseiro e a empregada descarregavam o carro. E ainda assim, estávamos excitados de novo.
Mas afinal, o que é que um rapaz de 24 anos com pinta de modelo internacional estava fazendo com um coroa rico de 54 anos? Era assim que a maioria das pessoas enxergava nosso relacionamento. Todos os meus amigos, inclusive. E respondiam por si mesmos a quais interesses e acordos nossa relação obedecia. E estavam errados. Embora, por exemplo, eu pudesse oferecer uma belíssima casa de praia para veraneio ao Tiago, só com muito esforço eu o tinha afastado do trabalho. Por par de dias. Não que ele não quisesse minha companhia – mas já a tinha na cidade, onde podia continuar trabalhando, aprendendo, progredindo. Férias era um pecadilho, um desperdício de tempo para ele, que tinha muito a conquistar e provar. Enquanto que, para mim, era a chance de arranca-lo ao mundo, de tê-lo só para mim.

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Nos últimos tempos, eu tinha uma ideia fixa.
Abismado. Pasmado. Intrigado. Como é que podia ser tão gostoso? Toda vez que o Mario sentava no meu cacete. Ele parecia se transportar a outro planeta. Muitas vezes eu nem precisava fazer nada, só ficar ali, de pau duro no ar. Era a posição preferida dele para transarmos, pois ele ficava no controle (e talvez esse defeito meu namorado tenha, de ser um pouco controlador). Ele subia e descia com o corpo fincado no meu pau, mais rápido ou mais devagar, com força ou suavemente, e rebolava, em movimentos circulares, ou para frente e para trás, ou de um lado para outro. Inclinava-se à frente para me beijar, ou aos meus mamilos pequenos que eram um verdadeiro fetiche para ele. Ou então jogava o corpo para trás, inclinando-se ao máximo com meu cacetão enfiado até o talo, revolvendo as entranhas dele. Ou então só na portinha. Tinha horas, quando o esfíncter já estava bem relaxadinho, que ele ficava tirando e pondo, tirando e pondo, tirando e pondo, sentando até embaixo de uma vez, deixando entrar até o talo. O saco dele batia na minha barriga. E gemendo, gemendo muito, em inequívoca demonstração sonora do quanto ele gostava de ser penetrado assim. Logicamente, ele sabia o caminho para a própria próstata, e a estimulava como e quanto queria. O pau dele quicava junto, às vezes batendo contra a barriga, pulsando, e babando muito. Observava a babinha dele voando e melando tudo, mas ele era o dono da casa e não parecia se incomodar. Às vezes, depois de cavalgar meu cacete até se fartar, ele gozava sem se tocar. Outras vezes, ele não gozava mesmo se tocando. Nem mesmo quando eu o punhetava, ao sentir que ia inundar o reto dele de porra, e querendo companhia no orgamo, nem assim era certo que ele ia ejacular. Eu já não me incomodava, deixava-o decidir: ele podia segurar duas, até três transas, e daí vinha uma explosão vulcânica. Mas confesso que adorava quando fazia ele gozar só com as minhas estocadas.
Esse era um espetáculo que eu amava assistir, do meu namorado me cavalgando. Um homem sempre tão fino, tão discreto, sofisticado, que falava baixo, de repente se tornava...

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-- Uma vadia, né? – perguntei ao Tiago, que quase se assustou quando abri os olhos e o encarei de volta.
Às vezes eu fechava os olhos, abandonando-me às sensações deliciosas de ser penetrado. Mas era raro. Basicamente, constituía um desperdício não passar cada minuto acordado em companhia do Tiago sem estar olhando para ele, fruindo de sua radiante beleza. E assim, gostava de ficar encarando-o enquanto transávamos. Mas quando eu não suportava o prazer e fechava os olhos, rebolando no colo do rapaz, sabia que Tiago aproveitava para assistir meu rosto transfigurado. A boca aberta num contínuo gemido, às vezes silencioso, às vezes soando bem alto e longo, as narinas fremindo. Como disse, às vezes de olhos fechados, às vezes com os olhos revirados, outras vezes encarando-o. Uma expressão de “prazer feliz e realizado iluminando todo o rosto”, assim Tiago tinha me descrito durante o sexo. Como se não houvesse coisa melhor na vida do que dar o cu para meu namorado lindo. E havia?

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-- Uma puta né... – Mario tinha me pegado no pulo, ao reabrir os olhos e encontrar-me encarando-o. – É isso o que você está pensando? Que o seu pau me transforma numa puta? – Ele tinha diminuído a velocidade com que me cavalgava, e assim, às vezes, conversávamos. – Já vi que você às vezes também fecha os olhos, Tiago... de vergonha alheia? – ele riu.
Apesar do assunto, Mario não estava constrangido, nem deixava de rebolar enquanto falava, empinando as nádegas para trás, de encontro às minhas mãos.
-- Não! Eu adoro! – era verdade que eu às vezes não aguentava ficar olhando o Mario tendo tanto prazer, tão entregue, tão liberado, mas a razão era outra... – Eu fecho os olhos porque senão eu gozo de ficar vendo você... assim!
-- Ah é?!? – Mario inclinou-se para a frente, e tomando meu rosto em suas duas mãos, deu-me um beijo como se selasse o compromisso que proporia a seguir. – Então eu quero que agora mesmo você fique de olhos bem abertos, e me assista rebolando no seu pau como uma vadia... sabedor de que esse é o tanto de prazer que você me dá... e goze, goze muito, meu amor!
Claro que foi exatamente o que aconteceu, em minutos. Embora o Mario mesmo não tenha gozado.

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Lembrava-me sempre dele chorando em meus braços, no dia do nosso primeiro beijo. Mario nunca me disse por que chorou, nem eu perguntei. Mas quando presenciei as lágrimas dele, e ver um adulto chorar é muitas vezes de cortar o coração, percebi que eu não era o único com feridas na alma. Também senti que ele se desarmava diante de mim. Que até confiava em mim, para se abandonar, emocionado, em meus braços. Que sem duvida confiava em mim, ou queria confiar, tendo me convidado tantas vezes ao apartamento dele. E que talvez eu pudesse confiar também. E me confiar a ele.

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O que me traz de volta à minha ideia fixa.
Que resolvi colocar em prática de imediato, já que o Mario tinha se segurado mais uma vez, sem gozar.
Minha noção era a de que, mesmo sem contar sobre o ocorrido com o Gutão, meu namorado poderia me curar. Talvez, anos de terapia fosse o mais indicado, mas sexo parecia muito mais gostoso, eficaz, e era de graça!
-- Me come, Mario.
-- Tá falando sério? – surpreso, ele tinha um sorriso satisfeito safado tão lindo estampado no rosto, que eu tive a confirmação de estar pedindo à pessoa certa. E sorri também, apesar de um pouco encabulado. Não me imaginava rebolando feliz num pau como o Mario, mas queria tentar, sim. – Achei que você nunca... Mas agradeço o privilégio! – ele estava pensando que era a minha primeira vez?!?

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Não sei como eu imaginei que iria rolar, mas o Mario me surpreendeu. Para relaxar-me e excitar-me, ele passou uns vinte minutos ou mais me dando um banho de língua e beijos. As duas orelhas, e os lóbulos das duas orelhas. Todo o pescoço, o pomo-de-adão, até as clavículas. Meus peitos, e os pouco pelos que tinha entre meus peitos, tudo ele lambia e beijava. Meus mamilos pequenos, que ele não escondia adorar, passou um bom tempo vibrando a língua contra eles, beijando-os, lambendo-os, mordiscando. E as axilas! Não imaginava que, longe dos vídeos pornôs, alguém pudesse de fato ter tara por axilas, mas o Mario lambeu as minhas. Que delicia! E todo o abdômen. Cada gominho, cada centímetro. Sentindo um prazer que às vezes era demasiado, eu tentava fugir dele. Mas o Mario me imobilizava e ia conquistando cada milímetro do meu corpo. Quando chegou ao umbigo, e ao redor do umbigo, eu já não estava aguentando mais.
-- Deixa, Tiago... Só aproveita! A gente fica achando que sexo é boca, pau e cu... Mas quando bem feito, é com o corpo inteiro. E você... com esse porte... é como se pudesse ter um órgão sexual de quase 2 metros à sua disposição... Aproveita... Deixa.
Mas a língua dele na minha virilha, mesmo sem tocar meu pau, era insuportável de tão gostoso. Era como se cada novo ponto que ele tocava com a língua ou os lábios estivesse conectado aos pontos anteriores, e que todo o meu corpo estivesse aceso, iluminado, em curto ou em chamas. Minha pele, meu cabelo, todos os pelinhos ao longo do meu corpo estavam arrepiados! Sem poder suportar mais prazer, empurrei a cabeça dele para baixo. O que só piorou as coisas, porque ele lambeu minhas coxas, que abriu devagar, à medida que ia enfiando a cabeça entre minhas pernas... Eu gemia, e meu pau, inchado e pulsando, babava como nunca antes. Quando ele chegou em minhas bolas, pedi rendição.
-- Assim eu vou gozar antes de você conseguir me comer...
-- Então vira... – ele percebeu minha urgência, e estava determinado a não perder a oportunidade de me “desvirginar”.

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Ainda estava um pouco inseguro de estarmos transando na piscina, a poucos metros da praia. Mas Mario não parecia se importar com nada. A não ser comigo. Tinha medo de pensar que provavelmente ele já tinha transado com outros caras na piscina. Que festas ele não teria dado ali? Ciúmes do passado dele? Mas o que importava é que agora aquele homem era meu.
Achei que finalmente fosse rolar. Mas o Mario gostava de enrolar, e decidiu dar-me o primeiro cunete da minha vida. Que coisa deliciosa. Mas tem que ser muito macho, pensei, para se entregar assim, tanto quem faz quanto quem dá... Ou ser muito bicha? O fato era que minhas nádegas sendo mordidas lambidas beijadas, e o meu buraquinho merecedor do dobro de atenção e caricias em relação ao restante do meu corpo... era mavilhoso!
Mas de novo eu tive de implorar.
-- Agora me come, Mario...
-- Como você quer?
-- Assim mesmo tá bom...
Eu tinha assumido uma posição na qual o Mario gostava tanto de ler quanto de dar o cu. Deitado de barriga para baixo no sofá ou espreguiçadeira, uma perna para fora, dobrada sobre o chão, era muito confortável para ler com o livro pousado ao solo, e também expunha o cuzinho lindamente, no caso de transarmos.
Era o que eu pretendia. Talvez devesse ter escolhido cavalgar meu namorado para, como ele, controlar a força da foda? Mas tinha medo de desistir. Preferia ser submetido e me submeter – ao Mario, só.

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Agora que transávamos sem camisinha, Mario parecia preferir saliva ao invés de lubrificante. Mas para me penetrar, por gentileza e cuidado, ele queria ir até o quarto para buscar o gel. Não deixei. Se ele aguentava no cuspe, porque é que eu não? Na verdade, senti um arrepio de tesão ao observar o fio de saliva escorrendo dos lábios dele para o meio das minhas nádegas, que já fui separando sem que ele pedisse. Ele tinha vencido. Estava cheio de tesão para ser passivo, não aguentava mais esperar para sentir o pau dele no meu cu. Empinei a bunda de encontro à pica dele que, para me atormentar, por enquanto só pincelava o buraquinho lubrificado. Quando de surpresa ele enfiou a cabeça, dei logo um tranco para receber mais dele dentro de mim. Não era o que o próprio Mario, guloso, sempre fazia também?
Tinha medo da dor? Daquela outra dor, brutal, da cicatriz deixada na memória? Na memória corporal, inclusive... Juro que não lembrava do Gutão, naquela piscina. Meu corpo tremia, sim. Mas era um medo residual, muito tênue. Um medo que era como uma capa sobre o meu corpo, mas que o Mario tinha dissolvido com aquele demorado banho de língua. Com tantos beijos e caricias, era como se ele tivesse tomado posse do meu corpo inteiro, para só então tomar posse do meu buraquinho... Dá para entender porque digo que o maior luxo da minha vida é a própria existência do Mario nela?
-- Calma, devagar com o andor... Não quero te machucar... – Mario devolvia as minhas próprias palavras, da primeira vez em que eu o penetrara.
Mas não tinha dor alguma. Tinha a vantagem de o Mario não ser muito grande. E ele tinha me relaxado e excitado tão completamente que eu estava pronto, e desejoso.

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-- Me come, Mario. Pode me foder!
Com as mãos, Tiago puxou-me pelo quadril, para que entrasse inteiro nele, e permanecesse dentro. Quando me deitei sobre o rapaz para beija-lo, com isso conseguindo adentra-lo mais fundo, ouvi Tiago gemer gostoso enquanto agarrava minha cintura com as mãos, indicando que não queria que eu me levantasse, que continuasse grudado, cobrindo-o... Foi assim, abraçados, meu peito suado contra as costas amplas do meu namorado, que o comi pela primeira vez.

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Safado, o meu namorado! Sempre fazendo a passiva, Mario tinha escondido o jogo de mim. Do mesmo jeito que sabia rebolar com o meu cacete no cu dele, e me fazia gozar assim, do mesmo jeito Mario sabia rebolar com o cacete dele enfiado no meu cu... e a cada estocada fazendo-me sentir pela primeira vez, cada centímetro da minha próstata. Eu não só gemia, eu babava debaixo dele. Babava pela boca, sim, e babava pelo pau, também. Lembrei-me daquele ruivinho, que adorava tanto dar o cu, para vários homens até no mesmo dia... Finalmente, eu entendia o porquê.
-- Goza em mim, Mario. – Percebi meu namorado gemendo muito forte, mais até do que o normal, e apesar de controlar as estocadas, cada vez mais empolgado. – Goza no meu cu... Assim você vai me fazer gozar também...
Preciso mencionar que gozei sem nem me tocar? Meu pau estava prensado entre minha coxa e a toalha felpuda, e a cada estocada do Mario eu o sentia sendo friccionado contra a almofada da espreguiçadeira. Gozamos praticamente ao mesmo tempo, pois pude sentir as golfadas do Mario dentro de mim, numa sensação inédita e indescritível, o que me fez começar a gozar também. Foi a única vez em que consegui fazer o Mario gozar primeiro. Safado! Ele gostava de ser ativo, então, e até gozava mais rápido!

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-- Nossa, recebi tratamento VIP, é isso? – Tiago perguntou-me, rindo, comigo deitado sobre seu corpo, cobrindo-o. Embora eu fosse menor do que o rapaz, tentava retribuir aquela sensação de proteção física que ele tantas vezes me proporcionara.
-- É... Minha primeira vez foi meio... bruta. – confessei, falando baixinho dentro do ouvido dele. Curioso, naquele momento, voltarem lembranças de meu primo italiano e um amigo dele me brutalizando, numa idade em que eu nem bem sabia o que estava acontecendo. A não ser que os pauzões deles revezando-se no meu cuzinho virgem, alargando-me insuportavelmente, arrancando sangue, era muito dolorido, quase desprovido de prazer... quase, pois nem direito o que era prazer sexual eu sabia àquela época... – Queria ter certeza de que, ao contrário, a sua seria a melhor do mundo! – e ao dizer aquilo para meu jovem namorado, foi como se minha própria primeira vez estivesse sendo redimida. Reescrita, redefinida. O choro baixinho e a tremedeira por todo o corpo, de dor e medo, enquanto tentava aguentar calado as penetrações brutais. Debater-me só piorava as estocadas que me perfuravam, então suportei-as imóvel. Deixei que as coxas grossas do meu primo separassem minhas próprias pernas fininhas, para facilitar o acesso dele. Meu rosto esfolando-se contra o chão de pedra fria, minhas mãos imobilizadas às costas. Quando depois tirei o esperma dos dois rapagões de dentro de mim, misturado ao sangue, achei que na verdade fosse saliva, inocente que era, sem nunca ter ejaculado eu mesmo ainda.
A violência que eu tinha sofrido, eu não ia impingir a ninguém. Meu sofrimento anterior esgotava-se ali, no amor que sentia por Tiago, e na dedicação com que o fizera gozar gostosa e longamente, sem as mãos, em sua primeira vez como passivo.

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Comecei a chorar, claro. Por ter mentido, ou me omitido, tendo deixado o Mario crer que era minha primeira vez. Porque ele próprio tivera uma primeira vez ruim... O que ele teria querido dizer com “bruta”? Teria sido pior que a minha com o Gutão?
-- Não chora Tiago! – Mario beijava-me a face, tentando enxugar minhas lágrimas com beijos delicados. -- O que importa é que a NOSSA primeira vez, juntos, foi maravilhosa... O resto... que se dane!
-- Queria que a gente tivesse se encontrado há muito tempo atrás... – foi o que eu disse, assim que consegui controlar a emoção.
--Hum... no máximo... seis anos né? – Mario não iria perder a chance de fazer alguma observação arguta, irônica. -- Antes disso seria... ilegal!
Rimos.
Acho que aquela foda não tinha me curado. Nem me tornado uma passivona. Mas certamente tinha acrescentado ao meu repertorio de prazeres mais um, que eu iria querer repetir. Com o Mario. Safado! Só de lembrar, meu cuzinho piscava, ao redor do pau dele que permanecia dentro de mim...

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-- Estou morrendo de sede! O que você que beber,Tiago? – perguntei, abrindo o frigobar da piscina. -- Tem suco, refri, vinho... Deve ter coisas mais interessantes na geladeira lá de dentro... Champagne, para comemoramos?
-- Adivinha!
Por um instante, ao vê-lo espalhando-se pela espreguiçadeira, relaxado e lubrico, achei que Tiago pudesse estar sugerindo mais sexo oral...
-- A minha bebida preferida! Água, Mario! A nossa água da sorte!

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Foto 1 do Conto erotico: AMOR ATRAVÉS DO APLICATIVO (DE COMIDA) – MARIO + TIAGO -- CONCLUSÃO


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Comentários


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meninomaisraro Comentou em 03/12/2021

jp1998 muito obrigado!

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jp1998 Comentou em 03/12/2021

EXCELENTE, VOTADO!

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meninomaisraro Comentou em 23/11/2021

olavo1986 que bom que você gostou da conclusão! decidi cortar várias cenas que tinha escrito para ficar apenas com os dois e seus sentimentos... e assim concentrar nesse amor com tesão deles. achei lindo "Um sopro de encantamento"! também aprendi escrevendo esse texto em particular. muito obrigado por ler, comentar e votar!

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meninomaisraro Comentou em 23/11/2021

kaka96 muito obrigado pela leitura e comentário! intenso porém delicado é como imaginei o relacionamento dos dois, que sem dúvida almejam o ser feliz, verdadeiro e honesto consigo mesmos como você diz! quanto à narrativa, foi um desafio, ainda bem que você gostou! obrigado pelo voto também!

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olavo1986 Comentou em 22/11/2021

Conclusão perfeita! Após conflitos e revelações apenas os dois e seus sentimentos... Erótico e delicado. Um sopro de encantamento... Gostei e aprendi com o texto... Votado!

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kaka96 Comentou em 22/11/2021

Intenso sem deixar de ser delicado. Um texto que nos fala das coisas que realmente importam... Ser feliz, ser verdadeiro e ser honesto consigo mesmo.... Uma narrativa criativa e muito bem desenvolvida... Parabéns!!! Votado sempre...

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meninomaisraro Comentou em 22/11/2021

engmen, muito obirgado pelas lindas palavras! havia até mais do "aspecto humano" dessa história, cenas com outras personagens que apareceram na parte 2, mas decidi cortar e privilegiar a parte do sexo e focar no relacionamento dos dois... para ficar na essencia, como você põe lindamente! muito obrigado pela leitura e o voto!

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engmen Comentou em 22/11/2021

Duas almas, uma estória... como já mencionei, mais que erotismo envolvente, você torna seus contos um mergulho na essência humana. Bom demais!

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meninomaisraro Comentou em 21/11/2021

vgrsantos, fico feliz que você gostou! de fato, a historia desses dois tem o sexo e o afeto completando-se! pode ter coisa melhor de se viver? muito obrigado pela leitura, o voto, o comentário!

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meninomaisraro Comentou em 21/11/2021

anonimo66... que bom que você gostou da trilogia! na verdade nem tinha imaginado essa 3a parte, foi o maurzen quem sugeriu esse "dialogo" para encerrar... e como você sabe, eu acato sugestões!! rsrs vou acatar também essa sua sugestão do "dever de ser feliz"! muito obrigado por ler, comentar, votar, por seu apoio e as dicas!

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vgrsantos Comentou em 20/11/2021

Sou romântico e safadinho e a história desses dois tem tudo isso juntinho e bem descrito... Delícia de texto moço!!! Ameiiiiii!!! Votado!

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anonimo66 Comentou em 20/11/2021

Muito bom a trilogia de contos... Sempre me emociona o fato de seres se encontrando e exercendo o dever de ser feliz... Isso mesmo ser feliz deve ser um dever... Tesão e carinho numa história muito bem escrita... Parabéns menino mais raro!!!... Raridade ver coisas tão boas por aqui... Votado!

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meninomaisraro Comentou em 20/11/2021

karalegal, que lindo pensamento e percepção! de fato conheço amores assim, que transcendem barreiras e classificações... e entre os gays parece-me que há mais mistura, mais encontros variados, por ser uma minoria unida por um gostoso segredo, um delicioso tabu, uma alegre rebeldia... muito feliz que você tenha gostado da história toda e desta conclusão! muito obrigado pelo voto também!

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meninomaisraro Comentou em 20/11/2021

sapeka2000, que bom que você gostou da conclusão! Achei que esses dois personagens mereciam um balsamo para as dores da vida na forma de amor um pelo outro... e um amor de redenção! muito feliz que você tenha gostado dessa forma experimental de narrar... muito obrigado pelo voto também!!

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karalegal Comentou em 20/11/2021

O amor, a dor e a emoção verdadeira talvez seja o que nos faz ver que gente é gente... Não tem cor, não tem gênero, não tem status social... Nesse momento somos gente!!! Lindo texto e lindo fechamento de ciclo para uma história tão bem contada... Votado!

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sapeka2000 Comentou em 20/11/2021

Fechado com chave de ouro... O sentimento dando uma suavizada nas dores da vida... E um texto saboroso, narrado de forma criativa... Muito bem rapaz!!! Adooro!!! Votado!

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meninomaisraro Comentou em 20/11/2021

bem vinda ao site rebekacastro! muito obrigado pelo voto e por seu comentário elogioso, e fico muito feliz por ter lido meu texto! serve como estímulo para escrever... e sim, igualmente vou atrás das recomendações do tito!

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rebekacastro Comentou em 20/11/2021

Resolvi fazer um perfil para comentar textos que gosto... Adoro ler as Coisas do Tito e se ele recomenda vale a pena a gente dar uma olhada... Você é um excelente escritor... Sensível e sensual na medida certa... Adorei esse seu texto e já estou lendo todos os outros... Parabéns!!! Votado!

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meninomaisraro Comentou em 20/11/2021

yant, que comentário lindo (como você e seus textos)! que bom que consegui passar a intensidade do amor desse casal tão díspar, mas que quer se acertar... o que acabou combinando com a forma de texto que escolhi, no qual também tentei acertar... rsrs que bom que você gostou!! muito obrigado pelo comentário e o voto!

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meninomaisraro Comentou em 20/11/2021

tito, muito obrigado pelas lindas palavras! gostei muito de escrever sobre esse casal que resolve fazer bem um ao outro através do amor e do sexo... e assim começar a se curar de traumas passados... como você mesmo diz, surpreendendo-se com essa vontade de amar e se entregar. muito obrigado por ler, comentar, votar e recomendar!

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yant Comentou em 20/11/2021

O que dizer de um texto como esse? Um recorte de amor intenso... De tesão intenso... De entrega intensa... Intensa é a vida e intenso pode ser o amor... A forma narrativa está ótima, já tinha lido o conto do Mau assim e achei muito criativa... Parabéns!!!.. As fotos também: lindas e bem apresentadas... PERFEITO! Votado!

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titoprocura Comentou em 20/11/2021

A surpresa dos amantes com o próprio amor. A estranheza de se sentir amado em um mundo muitas vezes fútil e cheio de desamor... Descobertas, tesão, amor em estado bruto e delicado... LINDO CONTO! ... Votadíssimo... RECOMENDADO!!!!




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Ficha do conto

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meninomaisraro

Nome do conto:
AMOR ATRAVÉS DO APLICATIVO (DE COMIDA) – MARIO + TIAGO -- CONCLUSÃO

Codigo do conto:
190236

Categoria:
Gays

Data da Publicação:
18/11/2021

Quant.de Votos:
14

Quant.de Fotos:
1