A Viagem: Me apaixonei por Heitor

        Conheci Heitor em 2017, ele namorava uma antiga amiga. Na época ele tinha apenas 20 anos, e nunca vi ele como nada além de namorado da minha amiga. Ele é mais alto que eu, um pouco encorpado pois joga bola, pele clara e um cabelo quem lembra aquele personagem de desenho Johnny Bravo (só que moreno). Nunca achei ele particularmente bonito, embora também não fosse feio. Em suma, nunca olhei para Heitor com segundas intenções, e por muitos anos nunca me passou nada do tipo pela cabeça.

        Devido a proximidade entre eu e minha amiga, Heitor logo passou a fazer parte da minha vida social. Nós três íamos para todos os lugares juntos, as vezes com outros amigos, as vezes apenas nós mesmos. Se no começo sua presença era indiferente para mim, ao passar dos anos fomos criando mais intimidade e descobrindo interesses em comum, e passei a considerá-lo meu próprio amigo. Ele sempre respeitou minha sexualidade e tratou disso com naturalidade, do mesmo modo que eu o faço. Na verdade, isso nunca foi um problema. Eu, por ser 5 anos mais velho, já tinha essa questão resolvida, e sempre me admirou que alguém tão “imaturo” quanto ele tratasse o tema com tanta naturalidade. De fato, ele demorou a acreditar que eu realmente sou gay. Quando eu comecei a levar alguns pegas para nossos encontros ele desencanou, pois até então ele duvidava das minhas intenções para com minha amiga (a namorada dele) devido a proximidade que eu tinha com ela. Apesar disso, ele sempre foi um cara reservado nesse aspecto. Quando íamos para atividades que envolviam aguá e precisávamos nos trocar, ele sempre entrava em uma cabine do banheiro/vestiário ao invés de se despir do lado de fora. Também evitava tirar a camisa na minha frente, bem como quando precisava se molhar, sempre utilizava um shorts (enquanto eu sempre visto sunga). Não sabia se ele fazia isso por vergonha de se despir na frente de um gay assumido, se por achar que eu olharia para o corpo dele com o desejo que um homem olha para o corpo de uma mulher, ou se simplesmente fazia isso como uma forma de demonstrar respeito. A questão é que como eu sou desencanado com isso, nunca agi do mesmo modo e não me importaria se ele agisse da mesma forma, pois como eu disse, sempre olhei para ele com olhos de amigo. Também, sempre respeitei o espaço dele e nunca entrei no mérito da questão.

        Os anos foram passando, e embora curta uma boa foda, com o tempo eu parei de correr tanto atrás de caras para satisfazer necessidades momentâneas e passei a investir mais nas minhas amizades consolidadas, o que inevitavelmente significou investir mais na minha amizade com o Heitor e Camila (o nome de minha amiga). Por isso, sempre planejava coisas para fazermos, conhecer um lugar diferente, realizar viagens, e essas coisas que amigos fazem. Foi numa dessas viagens que acabamos indo parar em Natal, um lugar com praias paradisíacas. Fomos os 3, Heitor, Camila e eu (Danilo).

- Eai Heitor, tranquilo? O que você e a Camila estão pensando em fazer nesse feriado? Questionei por mensagem no whatsapp.
- Não pensamos em nada ainda.
- O que você acha da gente ir conhecer Natal?
- Onde fica isso?
- Como assim onde fica cara, você mora em que país? Kkk. Fica no Nordeste, tem as praias mais lindas do Brasil.
- Não sei cara, to com pouca grana.
- Faz umas horas extras no trabalho para compensar :P
- Vou conversar com a Camila para ver. Só nós três?
- Sim. Beleza, conversa com ela, tá com 50% off na passagem aérea ida e volta. A pousada a gente racha não fica muito caro também.
- Susse, depois te digo.
- Blz, flw.
        
        Na noite do dia seguinte recebo uma mensagem do Heitor:

- Boa noite.
- Opa, de boa?
- Sussa. Conversei com a Camila, ela gostou da ideia. Se a gente for dá para parcelar no cartão?
- A passagem tu pode parcelar em até 10x de R$70 se quiser. A pousada, se a gente pegar 2 diárias fica R$200 para cada.
- Orra tá barato até.
- Pois é. Bora então?
- Partiu.

        Sempre apreciei o fato do Heitor ser um cara muito responsável. Apesar de não ter muitas condições financeiras, ele estava sempre na função. Ele e Camila sempre faziam o possível para passarmos o tempo juntos quando possível. Enfim, partimos em direção a nossa mais novo destino. Chegando lá, um clima muito bom, a cidade linda e com uma energia que dá vontade de viver. Como chegamos durante a noite, deixamos nossas coisas na pousada, tomamos um banho e fomos conhecer a cidade e comer alguma coisa. Ao voltar para pousada, na hora de colocar a roupa para dormir, Heitor (como eu já esperava) pega suas coisas e vai para o banheiro se trocar. No dia seguintes acordamos cedo e fomos conhecer as atrações turísticas, o que incluiu algumas praias. Ele, como sempre, de shorts para entrar no mar. A noite, para minha surpresa, ele resolveu dormir sem camisa sob a alegação de que estava multo calor. E embora houvesse ventilador no quarto, realmente estava quente, então até aí nada de anormal na realidade… Foi no terceiro e último dia que eu percebi ele diferente como de costume.

- Bora acordar vocês dois, já serviram o café da manhã. Anunciou Camila.
- Nossa, sério? Que horas são? Respondi.
- Dez para às nove já.
- Nossa, eu estou com sono ainda. Cansado de ontem.
- É, mas já está na hora de levantar, que hoje é nosso último dia aqui e a gente tem que aproveitar, trate de levantar. Você também Heitor!
- Uhum, tô levantando já. Murmurou ele.
- Bem, não demorem que eu já vou descendo para fazer meu prato. Retrucou Camila.

        Camila saiu do quarto e da minha cama pude ver Heitor deitado, virado para cima. Admirei seu corpo, seu peito liso... Então olhei para seu rosto de olhos fechados, barba por fazer, e por um instante pensei “pior que ele é bonito”. Sem pensar muito, lancei meu travesseiro encima dele:

- Acorda ai rapaz, não vai deixar a sua namorada comer sozinha. Bora lá.
- Nossa cara, não deixa nem os outros dormirem em paz.
- Se deixar você dorme o dia inteiro né, levanta ai (respondi rindo). Eu estou descendo, não demora muito.

        Eu nem troquei de shorts, apenas lavei o rosto, coloquei uma regata e fui tomar café. Menos de 5 minutos depois vejo Heitor se aproximando exatamente do mesmo jeito que ele dormiu, ou seja, um shorts de futebol e sem camisa. Mais uma vez me surpreendi, e pensei comigo mesmo que, como ele justificou na noite anterior, deveria ser pelo calor. Após todos terminamos nosso café ele fala:

- Amor, vou pegar uma sunga ali naquela loja pra mim, vê se acho uma igual a do Danilo.
- Ué amor, mas você não gosta de usar sunga.
- É que com o shorts é ruim de entrar na água, tá assando no meio da minha perna.

        Confesso que fiquei surpreso com o diálogo, e até mesmo curioso para ver ele de sunga, uma pessoa que eu conhecia a anos e nunca tinha visto nada acima a 1 palmo do joelho (kkk). Ele e Camila foram na loja enquanto eu aguardei. Embora curioso, sequer pedi para ver a sunga que ele havia comprado para não ser mal interpretado. Chegada a hora de se arrumar para ir para a praia, coloquei a sunga a passei meu protetor.

- Camila, passa aqui nas minhas costas por gentileza.
- Estou com hidratante de cabelo na minha mão. Passa pra ele amor.

        Fiquei surpreso, não pelo fato dela pedir para ele passar, mas com mais essa situação inusitada frente os acontecimentos recentes. Então pude sentir os mãos de Heitor escorregando lentamente pelas minhas costas. Pela primeira vez percebi o quanto suas mãos eram grandes e ásperas. O que era tudo aquilo? Tinha algo de diferente acontecendo ou era coisa da minha cabeça? Será que os mais de 3 meses sem sexo estavam fazendo eu imaginar coisas? Enfim, agi normalmente. Fomos para a praia, alugamos um guarda sol e cadeiras, Camila ajeitava sua cadeira na sombra. Eu me alongava um pouco enquanto Heitor, virado para mim, tirou sua roupa, revelando a sunga verde escura com duas listras brancas na lateral que ele havia comprado. Pela primeira vez vi seu volume e logo desviei o olhar, como quem tenta disfarçar, na expectativa de que nenhum dos dois percebesse que aquilo estava despertando alguma coisa em mim (e tentando negar a mim mesmo que aquilo estava acontecendo). Ele falou “vamos entrar?”, e eu perguntei se ele tinha passado protetor nas pernas já que eu não tinha visto ele de sunga na pousada. Ele respondeu que passou no banheiro da pousada, e eu pensei comigo mesmo que algumas coisas nunca mudam (rs). Então ele se vira e começa a caminhar em direção a água. Não pude deixar de reparar em suas coxas grossas e na sua bunda linda que se mexia e marcava dentro daquela sunga. Pela primeira vez notei que aquele moleque, que eu conheci aos 20 anos, agora com 25 havia se tornado um homem, e percebi que eu estava sentido atração por ele. Mas seria desejo apenas carnal ou tinha algo mais acontecendo? Procurei dispersar esses pensamentos e o segui em direção à água para tomarmos um banho de mar como havíamos feito no dia anterior e já havíamos feito muitas vezes antes em diversos outros momentos. Camila, como sempre, permaneceu na areia.

- Ta gostosa essa água. Disse eu puxando assunto.
- Ta gelada cara.
- Mergulha que o corpo já costuma.
- É o jeito mesmo. Vou mergulhar nessa onda. Disse ele e já em seguida pulou na água. Eu fiz o mesmo.
- Ahhh, delícia, agora sim. Disse ele.

        Reparei em seu corpo molhado. Seu peito com gotas de água, a sunga molhada grudada em seu corpo deixou o volume ainda mais evidente. Puta que o pariu, o que estava acontecendo? De repente eu estava sentindo desejo por um dos meus melhores amigos, namorado de uma das minhas melhores amigas. Meu pau, embora não tenha ficado duro, inchou um pouco e já estava maior do que o normal. Caminhei em direção ao fundo para disfarçar.

- Vamos mais pro fundo, está muito raso aqui. Eu disse.
- Vamos, tá umas ondas boas ali pra pegar jacaré.
- Verdade.

        Enquanto caminhávamos em direção ao fundo, ele fala:

- Nossa, bem melhor usar sunga né? Devia ter comprado antes, minha perna acabou assando de entrar na água com shorts.
- Claro velho, não sei da onde usar shorts pra entrar na água. Sem contar que com sunga a perna não fica metade de uma cor, metade de outra.
- Haha, verdade. Mas é que eu não tenho o costume, nunca fui de usar sunga.
- Mas porquê ué?
- Ah, não sei, vergonha eu acho.
- Como assim, vergonha do que?
- Sei lá, é que é estranho, vai que as pessoas ficam olhando. E a Camila é ciumenta.
- Olhar as pessoas sempre vão olhar né cara, dai já não tem o que fazer. E nem precisa estar de sunga pra isso.

        Falei sem pensar na mensagem implícita por trás da frase, de modo que já emendei:

- Você deixa de olhar pra uma mulher bonita só porque ela está de calça?
- Não.
- Pois então cara, mesma coisa. Claro que só com roupa de banho tem mais apelo, mas o que conta é o conjunto da obra. Olha a onda vindo, essa tá boa pra pegar um jacaré.

        E assim ficamos na água pegando jacarézinho e conversando sobre coisas aleatórias. Não entramos mais no assunto da sunga ou de qualquer outra coisa com conotação sexual. Num determinado momento ele pegou um jacaré e ficou ali onde a onde o deixou. Logo em seguida veio uma onda grande que eu aproveitei para pegar jacaré também, só que a onda foi tão forte que acabei batendo nele e nós dois nos embolamos todo embaixo da água. Com isso ele acabou raspando o ombro no fundo do mar. Como levantei antes dele estendi minha mão para levantá-lo.

- Me desculpa ai Heitor, foi sem querer, a onda veio com tudo. Você está bem?
- Nossa cara, bati minhas costas na areia, tá ardendo.
- Putz, pior que ralou mesmo (disse eu pressionando com os dedos onde ele ralou para aliviar a dor). Ta só ardendo ou está sentindo mais alguma coisa?
- Está doendo um pouco ai perto do ombro, mas acho que não deslocou nada.

        Continuei massageando as costas dele.

- Tá sentindo alguma coisa aqui? Tenta levantar os braços.

        Nisso que ele levantou os braços uma marola empurrou meu corpo para frente e, ainda que a princípio não tenha sido intencional, acabei encochando nele e assim fiquei. Pude sentir sua bunda friccionando contra meu pau através dos tecidos de nossas sungas. Pra minha surpresa ele não se moveu (o natural seria ele dar um passo a frente ao perceber que a marola empurrou meu corpo sobre o dele). Ignorei esse fato e continuei:

- Isso, agora estende os braços assim.

        E estiquei seus braços para os lados para alongá-los, meu corpo colado ao dele, agora meu peito já encostado em suas costas. Assim permanecemos por cerca de 10 segundos. “Vira aqui para mim”, ordenei, e ainda bem próximo a ele segurei em seus pulsos e cruzeis seus braços em direções opostas e puxei, olhando fixamente em seus olhos, enquanto nossos paus já se roçavam. Não posso negar que eu estava adorando aquilo. “Beleza, agora relaxa”, disse antes de abraçá-lo pela cintura e apertar as costas dele com força enquanto o erguia na tentativa de estalar suas costas. Nossos corpos permaneciam colados e quando o ergui pude sentir o peso do pau dele sobre minha cintura. Ou eu estava totalmente equivocado, ou o pau dele denunciava que ele estava gostando da situação.

- Relaxa cara, você está muito duro, senão não da certo. Disse isso e o ergui novamente.
- Ah, caralho. Disse ele como meio que gemendo.
- E ai, melhorou?
- Melhorou sim Dan, obrigado. Quer que eu estale suas costas também?
- Oh, por favor! (Respondi já me aproximando e colando meu corpo no do dele. Estava muito boa a sensação de nossos paus meia bomba se roçando, tinha quase certeza que tudo aquilo era intencional também da parte dele). Espera aí, você está pegando muito embaixo, pega um pouco mais encima.
- Assim?
- Perfeito, pode levantar.

        Nisso que ele me levanta, agora sentia seu pau nas minhas coxas. Se tudo isso era um jogo, não tinha como irmos adiante sem que qualquer ato denunciasse explicitamente nossas intenções. Ambos fingimos que nada daquilo era intencional ou aconteceu.

- Beleza, valeu. Eu falei após ele “estalar” minhas costas.
- Tranquilo. No final das contas essa onda foi boa para destravar o corpo.
- Tu vai ficar mais um pouco na água ainda?
- Vamos pegar só mais um jacaré dai a gente sai.

        Concordei com ele e pouco tempo depois voltamos para a areia. Nesse dia ainda almoçamos, fomos tomar um soverte e entramos uma última vez no mar antes do anoitecer. Ambos ignorando o que havia acontecido poucas horas antes, o que me deixou um pouco desconcertado. Será que Heitor realmente estava sentindo a mesma coisa que eu, ou eu estava interpretando as coisas de forma totalmente equivocada?

        Como planejado, voltamos para nossa cidade naquele mesmo dia. Eu iria ver Heitor e Camila dali 2 semanas na festa de um amigo em comum. Não posso negar que nesse meio tempo bati muita punheta pensando em Heitor e tudo que havia acontecido na viagem, coisa que eu nunca havia feito durante os 5 anos que nos conhecemos. Mas eu ainda estava confuso… Primeira por estar sentindo atração por Heitor, pois isso significaria estar traindo a minha amizade com Camila. Segundo por estar começando a alimentar um sentimento maior por ele. É como se nossa amizade de repente tivesse crescido para algo mais. Mas será que o sentimento era recíproco? Eu ainda não tinha certeza e tinha medo de estar enganado. Além do mais, se aquilo não fosse invenção de minha cabeça, como Heitor estaria lidando com isso? Voltamos a nos falar apenas na festa de nosso amigo:

- Ué Danilo, não veio acompanhado hoje? Disse Heitor, só deixando a dúvida da intenção da pergunta em minha cabeça.
- Pior que não, tô de boa. E vocês dois, como tem passado?
- Nós estamos ótimos, desde que voltamos da nossa viagem o Heitor tem estado com bem mais disposição, se é que você me entende. Respondeu Camila rindo de leve.
- Uau, bom saber que a vigem foi tão proveitosa. Vou pegar uma bebida, vocês querem algo?
- Eu não vou querer nada. Respondeu Heitor.
- Eu aceito uma piña colada. Respondeu Camila.
- Ótimo, eu volto logo.

        Naquele dia Heitor passou o dia agindo de modo estranho comigo. Antes de ir embora, chamei ele num canto para conversar.

- Heitor, está tudo bem com você? Tu testava meio quieto hoje, aconteceu algo?
- Não aconteceu nada não Danilo, é impressão sua.
- Você tem certeza? Está tudo bem com você e Camila?
- Está sim.
- E tem algo que eu fiz que lhe chateou?
- Não, pelo contrário, você é um ótimo amigo, e Camila sempre fica feliz quando te vê.
- Então o problema tem alguma coisa a ver com a Camila?
- Te falei que não problema nenhum aqui cara, desencana. Bem, acho que já está na hora de eu ir, a Camila está me esperando no carro.
- Está bem, então a gente se fala.
- Claro, a gente se fala.

        Depois desse dia eu resolvi me afastar um pouco de Heitor e, consequentemente, acabei me afastando um pouco de Camila. Camila e eu ainda nos falávamos de vez em quando por mensagem, mas nada que se estendesse muito. Percebi que talvez tivesse cometido um erro com Heitor, e como provavelmente nunca teríamos essa conversa, desisti de tentar compreender o que se passava na cabeça dele. Apenas não queria machucar ele, nem Camila, muito menos atrapalhar a relação dos dois. Meses se passaram sem que eu os visse.

        Um dia recebo uma ligação: era Camila. Ela estava chorando e mal conseguia falar entre os soluços. Não compreendi muito bem o porquê, mas o fato era que ela e Heitor haviam terminado. Eu fiquei apreensivo… Deveria ligar para Heitor? Por qual motivo os dois haviam terminado? Bem, não poderia ter nada a ver comigo, afinal fazia quase 8 meses que eu não os via. Não tive muito tempo para pensar, assim que Camila desligou o telefone logo meu celular tocou novamente. Dessa vez, era o nome de Heitor que aparecia na tela.

- Alô?
- Danilo?
- Olá Heitor, sou eu.
- A gente pode conversar?
- Claro, eu fiquei sabendo de você e Camila, ela acabou de me ligar e...
- A gente pode conversar?
- Sim, desculpe, podemos sim.
- Então abre a porta para mim, estou em frente a seu apartamento.

        Meu coração quase pulou pela boca quando ele disse isso. Em questão de 2 minutos ouço o som da campainha. Ao abrir a porta vejo Heitor, cujos olhos lacrimejados evitam contato visual.

- Heitor, entra ai ca...

        E antes que eu pudesse finalizar a frase ele me da um abraço apertado. Eu não falo nada, apenas retribuo. Pude sentir suas lágrimas em meu pescoço. Sua respiração estava ofegante. Após um longo momento, fecho a porta do apartamento e o acompanho até o meu quarto para conversarmos. Ele senta na cama e se apoia sobre a cabeceira. Eu sento ao seu lado entre ele e a cabeceira, de modo que agora ele está apoiado em mim. Então ele me abraça novamente, e eu retribuo o abraço e faço cafuné na cabeça dele.

- Calma cara, tudo bem. Digo a ele.
- Me desculpa Danilo.
- Relaxa, está tudo certo, se quiser conversar sobre o que aconteceu entre vocês eu estou aqui para te ouvir.
- Não é sobre a Camila.
- Como assim?
- É sobre isso.

        De repente uma de suas mãos segura minha cabeça e sua língua invade minha boca. Eu não tenho tempo de pensar, apenas devolvo o beijo e me entrego ao momento. Quando dou por mim estamos deitados na cama nos abraçando e nos beijando. Me senti completo entrelaçado em seu corpo e sentindo seu calor.

- Heitor, porque vô…
- Não diga nada, eu desejo isso há muito tempo.

        Logo nossos corpos já estão num esfrega esfrega gostoso, tiramos nossas camisetas e eu beijo o pescoço dele enquanto meu pau já duro roça em sua bunda. Imediatamente me vem a mente a imagem dele de sunga na praia, e eu começo a esfregar com mais força, como um animal. Seguro seus braços e desço meus lábios em seus mamilos, arrancando-o gemidos de prazer. Vou pelo sovaco e sinto seu gosto másculo. Dou mais um beijo nele antes de começar a descer minha língua pela sua barriga. Sinto seu pau explodindo dentro da calça jeans apertada. Passo a mão ainda por cima da calça para ver o que me aguardava. Abro o botão, abaixo o zíper. Finalmente retiro sua calça, e para minha surpresa ele está vestindo a mesma sunga que ele estava usando aquele dia na praia.

- Desde aquele dia eu não consigo mais parar de pensar em você. Há muito tempo eu estou desejando por isso. Ele diz.
- Eu também. Eu não tinha certeza se você queria, mas eu imaginei esse momento inúmeras vezes.
- Eu quero. Eu quero você, quero sentir você.
- Não poderia ser melhor. Respondi apertando seu pau grosso e duro.

        Passo minha boca em seu pau por cima da sunga, e é como se eu estivesse delirando. Na ponta do pau, sua sunga (mesmo sendo forrada) estava melada, e pude sentir o gosto doce de seu líquido seminal. Mordisquei e chupei com vontade a cabeça do pau dele por cima da sunga.

- Ah, ah, caralho. Isso, chupa meu pau.
- É isso que você quer?
- É isso que eu quero.

        Então retiro sua sunga e um mastro lindo circuncidado de cerca de 17cm pula pra fora, com a cabeça já toda lubrificada. Além de suculento, seu pau era cheiroso. Cai de boca engolindo cada centímetro daquele mastro. Minha boca deslizava enquanto ele gemia de tesão. “Poha, isso é muito bom, você chupa muito melhor do que eu imaginei”, ele falou. Após dar um bom trato naquele pau, desci para as bolas, e logo o danado já estrava abrindo suas pernas para seu cuzinho receber meu cunete. E que delícia de cú, tudo nele era perfeito… Então eu digo:

- Agora vem, chupa meu pau. Lubrifica ele, você sabe o que vem em seguida. Desde que eu te vi de sunga na praia eu sonho com isso.

        Ele não tinha muita experiência, mas tinha muita vontade:

- Cuidado, sem por os dentes para não machucar meu pau. Isso, assim, ahhhhhh. Delícia. Abre mais a boquinha, isso… Olha só como entra tudo. É só ter um pouco de paciência, você está indo muito bem.

        Procurei ser carinhoso, sempre estimulando ele, tratando com jeitinho apesar da vontade de fuder ele como um animal. Então segurei sua cabeça e comecei a fuder a garganta dele, meu pau molhado entrava e saia daquela boca quente, indo fundo até tocar a garganta dele. Estava muito bom, precisava parar para não gozar. Eu ainda queria aproveitar mais daquele momento único. Dei um beijo gostoso em sua boca antes de fazer meu próximo pedido:

- Eu posso meter em você?
- Você promete ir com calma?
- Prometo, eu só quero te dar prazer, não quero te machucar (ele apenas acenou em sinal de concordância com a cabeça). Se você sentir que está incomodando você me fala, combinado?

        Virei ele de barriga pra cima, abri suas pernas, coloquei 2 dedos dentro da boca dele para ele chupar e em seguida utilizei os dedos para lacear a entrada do cuzinho dele. Ele se contorcia e gemia de prazer. Quando os dedos entraram, abri e fechei eles para alargar e deixar ele mais preparado.

- Você está pronto? Perguntei.
- Estou. Ele respondeu.

        Então com ele ainda de barriga pra cima, abracei ele e o beijei. Coloquei a cabeça do meu pau na entrada de seu cuzinho e fui empurrando. Ele saltava gemidos abafados na minha boca enquanto nos beijávamos, até que meu pau entrou todo nele.

- Pronto, já está tudo dentro. Está doendo?
- Não, está bom.
- Está gostoso?
- Está.
- E assim? Perguntei enquanto tirava e colocava meu pau lentamente num movimento de vai e vem.
- Está muito bom.

        Era incrível a química que estava rolando entre a gente. O suor de nossos corpos colados, o cheiro dele, o sabor de seu beijo. Meu pau penetrando seu corpo dava a impressão de que nossos corpos era um só. Nesse momento de êxtase, eu o fodia com carinho. Não estávamos simplesmente fazendo sexo, estávamos fazendo amor. Eu estava prestes a gozar.

- Ta muito gostoso Heitor, mas eu não aguento mais me segurar, eu vou ter que gozar.
- Goza dentro de mim (eu não pude acreditar nesse pedido).
- Você tem certeza?
- Tenho, eu preciso disso (respondeu ele me dando mais um beijo e olhando fundo em meus olhos). Eu te amo.
- Eu também te amo.
        
        Foram minhas últimas palavras antes de eu aumentar a velocidade das estocadas e meu pau pulsar inúmeras vezes dentro dele. Gozei como há muito tempo não gozava, num misto de desejo e paixão. Ele gozou logo em seguida, jatos fartos que esguicharam alto. Me soltei sobre seu corpo, respirações ofegantes. Me sentia leve, realizado... Uma sensação de inexplicável tomava conta de mim: havia me apaixonado por Heitor.


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Comentários


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tallisarruda Comentou em 23/06/2022

Gostei, parabéns

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kekogato Comentou em 16/03/2022

Ótimo conto excitante. Votado e incluso nos meus favoritos. Sucesso

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sethek Comentou em 16/03/2022

Olá amigos e leitores. Com base no feedback que recebi nos contos anteriores, tentei melhorar alguns aspectos ao escrever esse novo combo (série "A Viagem"). Se possível, deixem comentários e opinem. Obrigado e boa leitura!




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Ficha do conto

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Nome do conto:
A Viagem: Me apaixonei por Heitor

Codigo do conto:
197599

Categoria:
Gays

Data da Publicação:
15/03/2022

Quant.de Votos:
10

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