REALIDADE ABSTRATA



    Peguei férias do trabalho e então resolvi viajar. Gosto de conhecer lugares diferentes, me faz bem respirar outros ares. Meu destino: Curitiba no Paraná.
    Havia dois anos que eu morava em São Paulo em um apartamento localizado dentro da grande metrópole. Tinha muitos vizinhos para cima e para baixo que gostavam de mim, pois eu sou um rapaz educado, simpático e bondoso. Não acho nada legal tratar mal as pessoas porque nós somos todos irmãos perante Deus.
    Fui viajar de ônibus — uma das formas mais comuns e simples possível —, e deixei meu carro na garagem para não ter que gastar com gasolina. É muito mais econômico viajar de ônibus como a maioria das pessoas que não possuem automóvel fazem.
    Na rodoviária comprei a passagem e esperei o horário em que o ônibus partiria. Veículo confortável com ar condicionado, fiquei totalmente à vontade. Sentei-me num banco do lado da janela para que eu pudesse apreciar as vistas. Ao meu lado sentou-se um rapaz elegante, muito bonito e atraente. Ele aparentava ter mais de 20 anos; vestia uma calça jeans azul escura com vários bolsos e muitos detalhes, camiseta preta de manga curta e gola pólo e também usava um boné com as escritas “Bad Boy”.
    Fiquei com o coração batendo forte quando ele sentou-se no outro banco tão próximo a mim. Eu suspirava fundo, imaginando-me fazendo um milhão de coisas com ele.
    Já havia alguns meses que eu estava solitário; meu último namorado que eu achava que ficaríamos juntos por muito tempo me traiu da pior forma que um gay pode ser traído: por uma mulher. Aconteceu que eu acabei me iludindo novamente, o que me deixou desesperançoso em encontrar outro namorado melhor...
    Eu e ele só ficamos namorando durante um mês até eu desconfiar que estava sendo traído. Suas mentiras foram como uma facada no meu coração que feriu profundamente. Por esse motivo decidi parar de procurar um namorado e correr atrás de aventuras.
    Não tive coragem de puxar conversa com o rapaz — um belo e perfeito gato. Ele poderia ser hétero ou também gay, mas eu não me arrisquei. Eu ainda estava com o coração machucado e não suportaria outra ilusão.
    Peguei meu celular no fundo da bolsa, conectei o fone de ouvido e coloquei a Adele para cantar suas lindas melodias. O problema é que eu não conseguia me concentrar nas músicas; eu observava discretamente cada detalhe do corpo do rapaz ao meu lado. Suas coxas grossas apertadas na calça me deixava excitado; a camiseta curta quase mostrava um fiozinho da barriga toda cheia de ralos pêlos e eu ainda consegui ver uma pequena parte da sua cueca quando ele virou-se para trás. Ele também havia me notado ali, porém agia como todo e qualquer homem hétero age: nem se quer dava atenção à minha existência.
    Um sinal positivo foi que as aparências enganaram. Quando eu não mais o observava e estava vendo a paisagem da janela, senti de repente o toque da mão direita dele sobre uma das minhas pernas. É claro que foi bem discreto e rápido, mas aquilo me surpreendeu e fez-me sentir feliz.
    — E aí rapaz, vai pra onde? — perguntou ele mesmo sabendo que eu não o ouviria. Imediatamente puxei os fones e respondi com outra pergunta:
    — O que você disse?
    — Desculpa! Nem percebi que você estava com foninhos. Eu só perguntei pra onde vai...
    — Não, não, tudo bem! Eu estou indo para Curitiba no Paraná. Conhece?
    — Opa! Moro lá.
    — Nossa! Que legal!
    — É...
    Ficamos intimidados e em silêncio por alguns instantes.
    — O que você vai fazer lá?
    — Eu só vou conhecer...
    — Só conhecer?
    — É. Gosto muito de conhecer lugares novos. Lá em São Paulo onde eu moro é muito agitado. E que ar poluído...
    — É mesmo...
    O ônibus estacionou na rodoviária de uma das cidades da linha, mas ainda estava longe de Curitiba e nem havia saído do estado de São Paulo.
    — Vamos descer pra comprar um lanche? — convidou ele, levantando-se.
    Eu aceitei e o acompanhei. Minhas mãos tremiam, meu coração parecia querer saltar para fora de tanta alegria. Era bom demais para ser verdade...
    Na rodoviária, antes de comprar o lanche, fomos ao banheiro. Ele dirigiu-se a um dos sanitários e eu não pude evitar de observá-lo.
    — Gosta disso? — ele virou-se para mim logo que urinou, mostrando-me seu órgão rígido. Nem sei descrever minha reação naquele momento, sei apenas que dei um sorriso muito sem graça, aproximei-me dele, fechamos a porta e em silêncio e discrição para que os outros não nos flagrássemos, fizemos sexo oral e depois quando fomos fazer o anal, ouvimos um homem dizer bem alto que tínhamos chegado à Curitiba. Foi aí que acordei assustado; a Adele tinha parado no foninho e o rapaz já descia do ônibus. O homem que falou alto era apenas o cobrador informando o destino da próxima parada.
    Fiquei muito decepcionado ao saber que tudo aquilo que aconteceu não tinha passado de um sonho... Eu podia ter puxado assunto com o rapaz que ficou ao meu lado e aí quem sabe aconteceria na real? ...

Amarildo Produções Ltda.
Extraído do livro "Contos Românticos Gays"
22/mar./2012, 16h40min.


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Comentários


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senhora x Comentou em 02/03/2013

AMEI!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!




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Ficha do conto

Foto Perfil amarildo_ap
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Nome do conto:
REALIDADE ABSTRATA

Codigo do conto:
26581

Categoria:
Virgens

Data da Publicação:
28/02/2013

Quant.de Votos:
2

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