Reencontro

Reencontro
É sempre estranho o reencontro com antigas amantes, principalmente quando tudo acabou por simples questões geográficas. Há 4 anos que não nos víamos e poucas foram as mensagens que trocámos, uma ou outra notícia por conhecimentos comuns e pouco mais.
A ida a Paris em trabalho deu-me a oportunidade de a rever e, por isso, contactei-a e propus-lhe um jantar ou um copo, o que ela de pronto aceitou, tendo marcado a hora e um simpático e muito sossegado restaurante de bairro. O jantar foi calmo, demorado e bastante agradável, connosco a por em dia a “escrita” de 4 anos. E depois… um pequeno bar para continuarmos a conversa.
Ela é francesa, com o cabelo castanho claro, quase louro, olhos azuis muito vivos, magra mas razoavelmente dotada de curvas, uma cara que não é muito bonita, mas bastante atractiva. Uma mulher interessante mas quase vulgar. O problema é que continua a dar-me imensa tusa, assim que a vi apeteceu-me comê-la, ali mesmo, no meio da rua.
No bar continuámos a conversar calmamente, durante umas duas horas, sem qualquer pressa, sem que eu deixasse transparecer qualquer traço da minha agitação interior. Afinal tudo passou e não podia esperar dela qualquer coisa que não fosse a memória de uma amizade distante mas forte.
Saímos já tarde do bar e foi quando nos despedíamos que tudo se precipitou. Naturalmente coloquei-lhe a mão nas costas para lhe dar um beijo na face e o arrepio dela ao meu toque deu a resposta à pergunta que não cheguei a formular. A resposta ao beijo que lhe dei na boca mais não foi que a confirmação.
Ela morava perto num pequeno apartamento na zona de Montmartre e foi para lá que nos dirigimos com carácter de urgência. As roupas caíram logo à entrada da casa entre beijos apaixonados e carícias que percorriam os nossos corpos por inteiro, que se ligavam como se ontem tivesse sido a última vez.
Acho que tentamos recriar todas as fodas que demos, numa ânsia de entrega e de conquista, de recuperação do tempo perdido. Não esquecemos nenhuma posição, nenhum ponto ficou por explorar. Lambi profundamente todos os seus pontos de prazer, fui chupado como se me quisesse engolir, usei o seu sexo e o seu ânus em todas as posições possíveis, entreguei-me ao prazer com todas as fibras do meu corpo. Passámos horas entre a acção e o descanso, até os nossos corpos esgotarem. Esgotámos o desejo e a urgência. Despedimo-nos satisfeitos e felizes, com a ternura que nos une, e que nos permitirá certamente encontrar-nos quando o acaso nos voltar a reunir.