Amor de quem sempre desejei.



Esse conto é ficticio, porém o personagem e o sentimento são reais.

Amor de quem sempre desejei.
Ele sempre teve aquela cara marrada, sério, tranqüilo, mas por qualquer coisa saía das estribeiras. Falava mais alto, ficava impaciente e coisas do gênero. No entanto esse jeito de ser me cativou muito, não sei por quê. Embora não me sinta atraído por morenos, com esse se pudesse casava. Seus lábios grossos, mãos grandes, pele cor de jambo, cabelos liso e grosso, do tipo arrepiado, ta certo que está um pouco fora de forma, mas eu o acho muito bonito e eu o desejava fazia muito tempo.
De quando em vez ele vinha em casa do seu irmão ou eu ia na sua pra uma festinha ou tomar umas com seu irmão. Ele nunca foi de ficar com intimidades ou com muita proximidade, mas quando bebia abraçava, encostava e coisa e tal. Eu, é claro adorava ganhar um abraço daquela criatura, principalmente pra sentir seu cheiro maravilhoso.
Certa feita eu havia ido à uma chácara por convite de um amigo pra churrasquear, na verdade, era pra eu ir pra cozinha, mas tudo bem foi ótimo! Depois do almoço eu e uns conhecidos fomos pra um riacho não muito longe da casa pra nos divertirmos e relaxar um pouco do stress da cidade e Sandro foi logo depois.
Depois de me divertir bastante, fui para a margem deitar um pouco quando Sandro veio pra perto e disse que seria melhor uma cama do que o capim. Eu realmente não sabia das suas intenções, mas na duvida ataquei dizendo que na cama seria melhor se fosse acompanhado. Como ele já estava um pouco passado na cerveja, mais “sociável” também, ao menos comigo e achei que seria essa a chance que teria de conseguir o que há muito desejava e emendei dizendo que estava realmente afim de uma cama, mas estava sem jeito de pedir para o dono da casa, embora fosse meu amigo.
Pra minha surpresa Sandro disse que num galpão, que ficava afastado da casa, tinha um colchão guardado que era de um peão que foi embora e que se eu quisesse me levaria ate lá. Foi exatamente o que queria ouvir e, prontamente respondi que sim afirmando que estava cansado e que ali o pessoal fazia muito barulho. Então levantamos e fomos ao tal galpão. Ele andava meio calado pra quem quando bebia se soltava um pouco mais. Eu estava muito receoso de tentar algo e levar um bofete ou um esporro, mas mesmo assim fui com a intenção de conseguir algo. Chegando notei que era um lugar que há muito não havia sido organizado, com cara de abandonado mesmo. Depois de encontrado o colchão, jogamos em cima de um tablado de madeira e forramos com uns panos que estavam por lá e me deitei num canto tirando só a camiseta. Ele me perguntou se poderia deitar também porque estava um pouco cansado e queria tirar um cochilo, mas que ficaria só de cueca. Obviamente que deixei, afinal seria ótimo ter aquele monumento do meu lado. Antes de começar a tirar a roupa molhada perguntou se não queria mais um gole da vodka que trazia num copo, eu era pra esquentar já que estávamos no rio. Aceitei porque o alto da cerveja já tinha passado e queria ficar mais solto caso rolasse alguma coisa.
Enquanto ele tirava a roupa eu ficava observando com cara de interessado o que ele notou, mas não disse nada, só tirava bem devagar, como que pra provocar. Eu já começava a sentir tesão, sentia um calor subindo pelas veias, uma palpitação descompassada. Continuava sentado naquele colchão velho enquanto desabotoava o short jeans apertado. Eu encarava suas pernas grossas com um desejo tamanho enquanto suas mãos grandes faziam movimentos lentos para tirar a roupa.
Se jogando do meu lado só de cueca box preta, disse que não era pra eu tomar tudo, que deixasse um pouco pra ele senão teria que pagar, me olhando com os olhos já meio morteiros. Disse que já estava meio tonto e que não agüentaria mais beber e principalmente pagar e devolvi o copo completando que ia deitar um pouco e que se sentisse a vontade. Sandro afirmou que não desse muita liberdade que ficaria mesmo. Virei de costas pra ele e fechei os olhos morrendo de vontade de que ele fizesse qualquer menção pro meu lado. Só perguntou que estava muito calor e porque eu não tirava o calção também. Respondi dizendo que estava bom assim e que estava sem cueca. Ele perguntou o que é que tem? Se quiser eu tiro a minha também. Ouvir aquilo me esquentou ainda mais o sangue e, numa falsa inocência disse ok, tá bom, eu tiro. E sem me virar ouvi ele tirando a sua e jogando pra um canto. E ali continuei de costas pra ele fingindo que já tinha pegado no sono, quando senti o calor do seu corpo nas minhas costas. Não conseguia disfarçar e comecei a respirar descompassado, dava suspiros de tesão e meu membro já estava duro que nem pedra. Ele também fingindo que dormia colocou o braço na minha cintura e dava uns pigarreios, típico de quem se mexe na cama. Fiquei assim por um tempo e na mesma onda comecei a deitar de bruços com o rosto virado pra ele. Quando abro os olhos ele está me encarando com aqueles dois olhos lindos e grandes e perguntei por que estava me olhando assim. Respondendo disse que estava esperando eu dizer o que ele queria e que sabia que eu estava com tesão de estar ali com ele. Eu realmente não sabia o que dizer diante da surpresa, mas num ímpeto passei a mão no seu rosto e disse que eu queria sim o que ele esperava que eu dissesse. Nisso praticamente num pulo me virou e se jogou em cima de mim me encarando nos olhos e aproximando seu rosto do meu me beijou freneticamente se fazendo dono da situação. Seu membro grande e duro latejava. Suas mãos deslizavam do meu pescoço ate minhas coxas e voltava me dando arrepio de prazer. Querendo me deixar mais relaxado e a vontade começou a beijar e lamber meu pescoço, o que me deixou mole de tesão, depois chupava meu peito e minha barriga voltando à boca com seus lábios carnudos. Eu suspirava, fungava, contorcia, gemia. Embora ele fosse maior e mais pesado que eu consegui gira-lo e ficar por cima segurando pelos punhos e comecei a mordiscar seu queixo, lamber sua orelha, beijar seu pescoço. Ele arrepiava e se estremecia, suspirava alto, gemia. Sentia que estava entregue a mim, era como há muito tempo não transava com alguém que lhe desse carinho. Ficamos nesse amasso durante um bom tempo ate que parei e fiquei olhando em seus olhos. Abrindo os seus, um leve sorriso apareceu em seus lábios. Sentando em suas coxas, segurando pelas mãos puxei para que me acompanhasse e sentados, enlaçados nos entregamos em caricias lentas e profundas. Distante do mundo que nos rodeava, ali naquele local abandonado, esquecemos do tempo e de tudo, somente nossos corpos e almas existiam.
Nossos beijos vagarosos e ardentes nos fundiam num amor que sentíamos um pelo outro, mas só agora revelado, suas mãos grandes e grosseiras se revelavam macias e carinhosas, suas palavras doces e suaves e seu olhar brilhante e sentido.
Deitando novamente, de lado começamos a consumir nosso ato de amor, onde disse: me faça teu. E lentamente começou a me penetrar, com muito carinho e cuidado. Não senti nenhuma dor apesar de seu membro ser avantajado. Seus beijos e caricias me faziam sentir como nunca havia sentido, era um misto de felicidade e alucinação, uma viagem cósmica cheia de luzes coloridas. Eu estava realmente sentindo muito prazer. Sem me tocar tive um orgasmo que nunca havia tido, foi longo e intenso e, sabendo disso, Sandro me dava mais e mais carinho ate que chegando sua vez, me toca ate que temos um orgasmo juntos. Seu corpo estremecia todo, podia ouvir seu coração bater desritmado e sua pele muito quente.
Adormecemos abraçados e nem percebemos que já passava das oito da noite e de volta à casa percebemos que todos haviam ido. Resolvemos ir para casa a pé mesmo dado que distava a poucos quilômetros da cidade, o problema seria a desculpa bem elaborada para dizer o porquê do nosso sumiço. No caminho perguntei se foi um impulso, desejo ou o efeito do álcool que o levou a ficar comigo. Parando no meio da estrada e me dando um beijo respondeu que apesar de nunca ter ficado com nenhum outro homem, ele queria ficar comigo, que era só curiosidade. Acrescentou também que eu era o único gay com quem ele conversava por ser amigo do seu irmão, que não dava muita pinta e sempre respeitou como amigo, mas que essa vontade foi aumentando com o passar do tempo e que me desejava muito. O problema era a oportunidade para que isso acontecesse. E também que não estava mais bêbado quando fomos para o colchão.
Eu fiquei realmente emocionado com o que ele disse e o abracei forte. e seguimos o caminho abraçados ate próximo da cidade quando ai, nos separamos caso tivesse alguém por perto. No momento de nos despedirmos ele me puxou para um lote escuro e me beijou muito e disse que nunca ninguém o havia deixado tão feliz como naquele dia e que não esperava a hora para poder nos encontrarmos novamente.
Seguimos cada um pra sua casa. Eu andava devagar lembrando aquela tarde maravilhosa e o que ele disse, realmente dormi muito feliz. Estamos juntos há tres anos, mesmo que às escondidas e prefiro que seja assim porque não quero perder o homem que amor por causa do preconceito e o desconhecimento de amor dos ignorantes.


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Comentários


foto perfil usuario miguelita-

miguelita- Comentou em 20/03/2022

Lindo maravilhoso




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Ficha do conto

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Nome do conto:
Amor de quem sempre desejei.

Codigo do conto:
32957

Categoria:
Gays

Data da Publicação:
29/07/2013

Quant.de Votos:
4

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