Demônios e Orgias_ Pare 3



Na vida existem as escolhas difíceis e mal vistas, também tem as fáceis e obvias, mas nem sempre as escolhas fáceis e obvias nos farão felizes ou contentes com nos mesmos. É preciso cair para poder levantar, é preciso mais que uma simples dor de cabeça para que possamos provar que somos mais fortes, não importa o quanto soframos sempre estaremos dispostos a nos machucar por aquele ou aquilo que acreditamos ser o real. Mas no meu caso, o errado e o complexo sempre estarão lado a lado em uma mesma jornada que nunca ira chegar a lugar algum.                                                                                                               É preciso tempo e espaço para se domesticar um animal selvagem, é preciso paciência até que as feridas se fechem e as cicatrizes se apaguem, mas nunca será demais a dor, porque é a dor quem nos molda e nos faz fortes.
***
Depois que recebi alta do hospital seguimos direto par a casa de Valentim minha mãe havia oferecido carona, por todo o trajeto não dissemos nada ficou um enorme silêncio entrecortando o vazio do carro, éramos como três almas sem vida dentro de um automotor potente. Em menos de quinze minutos estávamos na frente da casa de Valentim, ele parecia pensativo, seu olhar fixo na paisagem do lado de fora da janela durante o trajeto era a única coisa viva ali naquela cidade (na verdade Valentim, e meu amor secreto por ele eram as únicas coisas vivas naquela cidade estúpida de pessoas fúteis e intrometidas).
- Boa noite tia Meg. Até amanha Alec!_ foram suas únicas palavras ates de saltar do carro, enquanto meus olhos fixos em seu corpo o observavam partir, meus pensamentos me levavam a outro lugar; o vestiário, lá eu descobriria o que realmente aconteceu.
- Mãe pode passar comigo no colégio? Preciso pegar uma coisa em meu armário_ ela não protestou apenas ficou me olhando torto, e em menos de trinta minutos estávamos parados de frente para o colégio, naquela hora só restava o zelador e mais ninguém, caminhei em direção do vestiário sem nem mesmo olhar para trás. Minha entrada foi rápida e sem observadores, peguei o que me interessava, e fomos direto para casa.
A semana foi agitada, Valentim já não me visitava mais, já estava me recuperando o corte era quase que invisível tudo graças a uma pomada cicatrizante que minha tia havia indicado. Em um ataque repentino de raiva em uma noite de sexta qualquer, peguei o telefone e liguei para Valentim, então ele atendeu no segundo toque;
- O que quer Alec? Estava me preparando para ir dormir._ a voz macia dele do outro lado me fez derreter por dentro, sua maciez adentrava por meus ouvidos como se o próprio estivesse de pé ao meu lado sussurrando perto de mim.
- Preciso falar com você ainda hoje, é importante!_ a linha ficou muda do outro lado, pensei que a ligação houvesse caído, mas ele ainda estava lá, demorou um pouco para ele responder.
- Não posso, como disse estava me preparando para ir descansar Alec, conversamos depois.
- Não! Vamos conversar hoje, preciso que venha até minha casa, pode passar a noite aqui se quiser minha mãe não se importa, mas quero que venha._ me assustei com o tom de minha voz, nem mesmo eu sabia que podia ser tão autoritário assim, mas não foi o suficiente para convencer Valentim.
- Eu não vou!_ aquela parecia ser a decisão final de Valentim, não havia outro jeito se não forçar, e ameaçar.
- É bom que venha, sei muito bem o que aconteceu naquele vestiário, só quero conversar; VOCÊ e EU. Mas se preferir pode ser você, eu e a policia._ o ouvi suspirar do outro lado da linha.
- Vai ser sua palavra contra minha, ninguém vai acreditar em você.
- Talvez acredite em um vídeo que tenho em meu celular, um vídeo onde meu primo me obriga a transar com ele, e logo após ele me esfaqueia a sangue frio para poder simular um assalto. E ai o que vai ser?_ quinze minutos mais tarde Valentim estava sentado em minha cama de frente pra mim em meu quarto. (Deus ele estava tão lindo)
- Então, o que você quer de mim Alec?_ minha voz havia sumido, havia ensaiado durante dias como deveria ser nossa conversa, mas naquele momento facilmente fiquei sem fala, por uma semana estive com a cabeça a mil pensando em todas e as piores maldades que poderia usar e fazer Valentim sofrer (afinal ele merecia, havia me feito sofre, não digo pelo corte, mas por ter me ignorado, por me fazer acreditar que iria me visitar e não ir, por transar comigo uma segunda vez e não dizer que me amava) mas eu queria Valentim, o queria mais que meu desejo estúpido de machucá-lo. Tinha que tê-lo pra mim, mas antes mesmo de entrar em meu quarto sua voz ríspida deixou claro suas intenções ali, que mesmo ficando em meu quarto por aquela noite não iria me tocar, nunca mais.
- Por que fez isso? Porque simular o assalto, tudo isso por medo? Eu não ia contar pra ninguém!_ então encontrei minha voz. Os olhos de Valentim brilharam em um verde folha seca profundo, eu sabia que não podia suportar vê-lo, mas tinha que ser forte, meu amor por Valentim era como beber acido em taças de cristal; excitante, porém letal.
- Estava desesperado, Melissa havia me escolhido, eu não tinha noção do que fazer; depois do que ela me disse no corredor, fiquei com a cabeça superlotada de pensamentos, não tinha noção de por onde começar e no vestiário aquilo foi um perda de controle e quando eu finalmente consegui perceber o que fiz, já era tarde: nós já havíamos transado. Sinto muito!_ Valentim parecia estar sofrendo, cada palavra saída de sua boca escorregava por sua língua com ressentimento, e elas chegavam a mim como socos precisos dados bem no estomago, mas o pior mesmo foi quando seus olhos cobertos por lagrimas encontraram meu rosto, e sua voz pronunciou um pedido de desculpas tímido, no entanto verdadeiro.
Fiquei em silencio de cabeça baixa, não sabia o que dizer. Valentim estava ali disposto a se desculpar pelo que fez, mas por algum motivo não me importava suas desculpas ou suas explicações, a única coisa que me importava era ele, me importava com ele, mesmo sabendo que ele jurara não me tocar naquela noite e em nenhuma outra, isso me preocupava, pois o que mais queria era um abraço, me aconchegar a ele e me sentir seguro (Acho que já disse isso, mas eu AMO Valentim, AMO como se não houvesse com o que se preocupar, o AMO como a demência de um psicopata, e como o fogo de uma noite de inverno). Aos poucos o silencio foi se tornado insuportável e asfixiante, Valentim parecia cansado de esperar, então foi caminhando em minha direção, não fiz nenhum movimento, seus dedos tocaram meu queixo (e também não o impedi quando levantou meu olhar rente ao seu).
- Diz alguma coisa Alec, qualquer coisa, só não me deixe pensando que esta me odiando em silencio, porque não creio que posso suportar isso. Você é meu primo, nos conhecemos desde pequenos, brincávamos juntos, tomávamos banho de banheira juntos, você é importante pra mim._ não me passou nada na cabeça, só lembranças; lembranças felizes, lembranças de momentos compartilhados com Valentim, e também lembranças tristes, como o de briguinhas sem sentido de criança, que logo em seguida eram esquecidas por um brinquedo ou algum doce. Mas além das lembranças também havia as duvidas:
- Por que eu? Por me escolher?_ foi só o que eu disse.
- Não sei! Talvez porque éramos próximo, por causa de nosso convívio. Não posso explicar!_ Não queria mais conversar, não queria mais tocar em um assunto que estava me fazendo mal.
- Acho melhor irmos dormir!
- Não quer conversar?_ afirmei negativamente com a cabeça, e ajeitei minha cama improvisada no chão, Valentim era minha visita por isso dormiria em minha cama (confesso que fiz isso pelo simples desejo de saber que ele um dia ele deitou em minha cama, e que seu cheiro ficaria impregnado por todo o meu lençol).
Ajeitei-me na cama enquanto ele saiu indo para o banheiro de dentro de meu quarto com uma peça vermelho sangue em mãos, que pensei ser uma cueca. Quando voltou usava somente uma cueca boxer vermelha completamente apertada (tanto na frente, como na parte de trás). Esforcei-me a não olhar, mas era quase que impossível, antes de sair do banheiro ele me chamou, com relutância foquei meus olhos rentes para que vissem seu rosto e não rentes ao que minha consciência queria que eles vissem.
- Há algum problema pra você, se eu dormir assim Alec?_ me engasguei com as palavras, que saíram nada mais que um ruído de um não então ele se ajoelhou próximo de onde eu estava deitado.
- Alec durma na cama, deixa que eu deite aqui, não é justo com você e outra: você acaba de sair do hospital esse corte deve estar doendo_ mal sabia ele que a dor daquele corte era como levar tapa de borboletas próximo de minha dor real, ( uma dor que parecia não acabar, que me marcava por dentro rasgando tecidos e reabrindo cicatrizes, uma dor que trilhava novos caminhos. A maldita dor de amar aquele que não devíamos nos atrever a amar).
- Vá para cama Valentim, esta na hora de dormir, eu continuo aqui! Agora... VAI!_ fechei meus olhos na esperança de que ele se desce por vencido e resolvesse ir para cama, mas não foi o que aconteceu. Como um relâmpago ele se enfiou debaixo de minhas cobertas colando seu corpo ao meu, com um grande susto meu coração disparou selvagem e indomável, minha respiração se acelerou e meus pulmões arfavam por mais ar, enquanto um frio excitante se assentava em meu estomago, Valentim estava tão perto que sentia seus batimentos fortes em minhas costas, suas pernas encostando-se às minhas, sua respiração ofegante em meu pescoço.
Com um grito preso na garganta, revirei meus olhos para trás, enquanto buscava minha fala em meio a agitação de meu corpo.
- Valentim o que você está fazendo, vá para minha cama, minha mãe pode chegar a qualquer momento!_ então ele sorriu brincalhão e travesso (me lembrava daquela sorriso, era o sorriso que sempre me fazia diferente e que me deixava cada vez mais apaixonado).
- Bom Alec, se você olhar bem, já estou em sua cama. E tia Meg está dormindo_ dito isso ele se levantou. Por um minuto quis segurá-lo, detê-lo em meus braços ali mesmo, deitar sobre ele e colocar meus lábios nos dele. Saborear outra vez o gosto de seus lábios, mas não fiz, o deixei ir, não quis vê-lo partir, então baixei minha cabeça novamente, e fechei os olhos.
Segundos depois ele estava de volta, deitado a minhas costas de baixo de minha coberta, não me movi em momento algum, enquanto ele chegava cada vez mais perto. Meu pulmão gritava por mais ar.
- Pronto, a porta esta trancada, se tinha Meg acordar terá que bater na porta antes de entrar._ não o respondi, continuei imóvel, minha respiração estava cada vez mais acelerada, meu corpo cada vez mais quente, segurar a vontade de agarra-lo estava se tornado insuportável.
- Não finja estar dormindo Alec, pois sei que não esta, seu corpo esta reagido rapidamente. Sua respiração fica cada vez mais acelerada quando chego mais perto, seu coração se assusta a cada vez que me movimento para mais perto, seu corpo estremece quando falo juntinho ao pé do seu ouvido, olhe pra mim Alec, vire-se.
- Isto é errado Valentim, você não pode ficar na mesma cama que eu!_ minhas palavras saíram como sussurros, abafados pelo tesão incontrolável que queria me dominar.
- Por que não? Já dividimos uma banheira, e estávamos completamente pelados. Por que não compartilhar uma cama e uma coberta se estamos vestidos, estou de cueca e você de short que mal há nisso?
- Nos éramos crianças, tínhamos cinco anos, este é o problema!_ foi inesperado, Valentim me abraçou forte e meu corpo me entregou me virei de frente pra ele, seus olhos verdes me encararão selvagens, travessos, e radiantes.
- Pense que nesta noite somos duas crianças de 17 anos conhecendo seus corpos, feche os olhos e sinta Alec... Somente sinta!_ ao terminar de falar ele me beijou, seus lábios tocaram os meus com selvageria e vigor, aos poucos nossas línguas foram se entrelaçando, e fui sentindo meu corpo reagir ao dele, minha mão percorreu por seu peito, e meu corpo vibrava com a sensação de toca-lo outra vez.
- Eu jurei... Prometi a mim mesmo que não iria mais te tocar... Mas sempre que te vejo minhas promessas falham... Sempre que te vejo, já quero tirar sua roupa e cobrir seu corpo de beijos... Quero te fazer sentir tudo aquilo que sinto... O que esta acontecendo com a gente Alec?_ Valentim ia me dizendo tudo aquilo em meio a beijos e palavras, e ele não parava de dizer e me beijar, eu não queria que ele parasse de me beijar (queria beija-lo por toda minha vida e mesmo assim seria pouco).
- Toda vez que te vejo eu fico assim._ suas mãos tocaram a minha e ele a conduziu para baixo das cobertas, colocando as sobre seu membro rígido, minha mão formigou ao contado, mas não se controlaram diante do desejo de explorar o interior daquela cueca.
Com um rápido movimento joguei as coberta pra longe e desci meu rosto vermelho de tesão de encontro a sua cueca buscando seu membro ainda dentro dela com a boca, meus lábios brincavam com sua excitação que parecia a ponto de explodir para fora, meus lábios fizeram o caminho de volta subindo por sua barriga, elevando para seu peito, parando pelo pescoço, e por fim pousaram em seu lábios. Nos beijamos por mais alguns minutos, depois desci novamente em direção de seu membro, retirei da cueca boxer vermelha seu caralho ( que estava maior do que me lembrava) era tão grande, volumoso e belo, que não suportei, meus lábios desceram beijando todo seu contorno, minha boca desceu diretamente para seu saco, onde minha língua safada o lambia como nunca, minha boca explorou cada centímetro daquele corpo e daquelas ovos, não foi preciso muito, Valentim parecia estar prestes a sucumbir de tesão, seu corpo vibrava com todas aquelas sensações,suas mãos apoiaram em meus cabelos acariciando-os e forçando minha decida rente a seu pênis, em questão de segundos minha boca o envolveu gloriosa e quente, eu sugava sua rola com maestria, tesão e vigor, queria tudo, queria tê-lo, saborea-lo e sentir seu líquido escorre por minha garganta, forcei minha boca ainda mais sobre seu caralho o acolhendo no fundo de minha garganta, e no mesmo instante em que fiz isso as mãos que seguravam minha cabeça obrigando me a ficar naquela posição, se debatia em busca de refugio, eu estava extasiado com tamanhas sensações, era como se estivesse fora de meu corpo, mas mesmo assim ouvi a voz de Valentim ao longe me pedindo para parar e não fazer aquilo de novo (foda-se, eu faria, não uma, mas duas, três, quantas vezes fosse necessário) quanto mais ele se debatia e implorava para que parasse mais eu o acolhia dentro de minha garganta, mais eu o saboreava.
Minhas mãos percorreram seu tórax descendo por sua barriga e se enroscaram aos poucos pelos que cercavam o pênis de Valentim, meus lábios safados os beijaram.
   
- Chupa ele Alec, faz ele gozar!_ e eu o chupei, senti cada centímetro do pau de Valentim dentro de minha boca, enquanto suas mãos envolveram minha cabeça com extrema força, enquanto ele entrava e saia de minha boca com vigor e mestria.

- Chupa ele Alec_ Valentim estava extasiado submerso em um mundo de orgasmos e tesões, e quanto mais ele repetia que queria que eu o chupasse mais eu queria senti-lo dentro da minha boca, não demorou muito e senti todo o seu liquido escorrer por minha garganta, quase me engasguei , mas consegui engolir tudo.
O corpo de Valentim vibrava enquanto o tesão se esvaia de seu corpo. Quando o tesão e o fervor do momento passou, ele me pegou pela mão e me trouxe de encontro a seu corpo, me abraçou forte e assim passamos a noite abraçados, selados como se um só...
O amor é um animal selvagem que esta longe de nosso controle, e de nossa jurisdição. O amor é um sonho que nunca morre.

“Então, agora encontramos nosso caminho para encontrarmos um ao outro. Então, agora encontrei meu caminho para você...”
                                                                  Demi Lovato_ Heart by Heart


FIM!!!

***
AVISSO!
Oi pessoal, queria agradecer a todos vocês por terem doado um pouco do seu tempo e de sua atenção, ao lerem meus contos. Foram poucos eu sei, mas foram importantes pra mim. Obrigado pelos comentários, e pelos elogios. Obrigado a todos que gostaram e comentaram, obrigado também aqueles que não gostaram, mas que respeitaram. Obrigado!
Hoje, tomei uma decisão importante e queria compartilhar com vocês, grandes leitores. Resolvi dar um tempo e interromper temporariamente a historia de Alec e Valentim, pensei em um pequeno e novo projeto e quero trabalha-lo bem,por isso terei que dedicar muito tempo a ele. Quero usar dos meus textos (sejam eles de autoajuda ou de contos) para incentivar e ajudar a todos do publico LGBT. Mostrar palavras de conforto e de auto-aceitação. Mostrar que... Não existe saída, não existe auto-contentamento e nem mesmo cura. O que somos não é doença pra que busquemos uma cura, não é um pedido de desculpas ambulante e humano que necessita de estar sempre em busca de perdão, não é um labirinto ou uma sela na qual precisamos nos machucar ou nos matar em busca de saídas. Mostrar que somos seres humanos, e que merecemos respeito assim como todos os outros.
E é isso ai pessoal. É isso que eu quero, apoiar a todos aqueles que se escondem de si mesmos, mostrar que não somos aberrações e que não há motivos para automutilação ou autoextermínio. Nós temos uma vida e como todos os outros somos nós quem pagamos nossas contas, e mesmo que não fosse.Somos nós quem devemos cuidar dela. Não o vizinho, não a família ou até mesmo um desconhecido. Ninguém mais além de nos mesmos.
Obrigado!
Jack Pother


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Ficha do conto

Foto Perfil Conto Erotico pother34

Nome do conto:
Demônios e Orgias_ Pare 3

Codigo do conto:
81116

Categoria:
Gays

Data da Publicação:
30/03/2016

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