Estava-nos numa mesma viagem, porém com destinos diferentes, Luc aparentava ter entre 25 e 27 anos, barba por fazer há uns três dias, pele branca e pálida, corpo forte e com 1,80 m no mínimo, viajava a negócios, também não quis especificar, coisas particular disse ele, também não insisti, minha educação não era coisa aprendida a dias, seus olhos azuis profundo me fizeram suar ao sentar na poltrona ao lado, e sua pele quente alem do normal, deveria estar próximo dos trinta e oito graus, cheguei até pergunta se ele estava bem, estava, disse que era assim mesmo, “era de sua natureza”. Então ficamos assim: ao chegar ele estava na minha poltrona, a do corredor, e ele foi para a da janela, sentei, ficando nós dois ali, separados apenas pelo apoio do braço.
Só depois de me acomodar é que notei outras poltronas vazias ao nosso lado, ele pareceu não si importar em dividir o espaço, podendo ficar num par de poltronas mais confortável, também por educação não sugeri, afinal se ele não se importava eu é que não iria fazer objeções, estava me sentindo confortável com seu forte odor de corpo másculo que exalava, e o seu calor me aquecia. Nesse momento queria uma companhia ali presente, alguém para conversar, esquecer um pouco o movimento desconfortante do balançar do ônibus, que me fazia enjoar.
A principio foi difícil tirar alguma informação, mas alguns minutos depois ele se mostrou receptivo e bem articulado, trabalhava com marketing e estava indo a cidade vizinha a minha natal. Ainda tentei descobri seu nome, mas apenas disse Luc, e enquanto conversávamos o observava e descobria detalhes sobre seu comportamento, tipo, era bem seguro do que dizia, parecia pensar, não articulava muito, e quando o fazia era de maneira metódica. Era magro e se vestia bem com uma jeans e uma camisa listrada vertical azul claro com branco. Suas pernas se mostravam com belas coxas grossas e uma bela mala, até acho que ele notou eu o secando, mas me fiz de desatento e voltei a olhar para o nada. Depois de um bom bate papo, voltamos a ficar em silencio, e eu voltei ao meu amor, ao meu serafim.
Daniel deveria estar pensando em mim, e eu ali de olho naquele demônio de macho, nem sabia que os demônios eram assim: novos, atraentes e sérios. Mas sim, eu estava e nem me culpo ou fico preocupado com meus erros ou pecados, afinal pecar não é uma condição apenas humana, os anjos também pecam, e Lúcifer é uma grande prova. Mas eu não estaria fazendo nada de mais, não sentia que traia o Daniel, ele é um jovem que soube me fazer feliz, eu realmente sentia algo por ele, afinal ele foi capaz de mim mostrar o quanto posso ser feliz vivendo com outro homem. Sem falar de sua juventude e de sua experiência precoce, Daniel seria meu professor na arte de amar outro semelhante e eu seu aluno mais dedicado. Afinal ele foi o único que soube conquistar-me de maneira amável e promissora, assim como eu fui capaz de confiar ser penetrado por ele, e de me entregar a um novo nível da minha nova condição. Afinal para um jovem que cresceu ouvindo que homem que come outro homem é porco, que é coisa de maricas, “viadinho”; ser gay, era a coisa mais vergonhosa que uma família poderia ter; ser “baitola” era a escoria de minha cidade. E Daniel me mostrou que eu nem ele, nem o Rochel, nem o Adriel, e até mesmo o Rafael que se mostrou incompreensível, são essas coisas horríveis que meus conterrâneos falavam e falam e a sociedade de uma forma geral. Daniel me beija com amor, me penetra não como apenas uma transa qualquer, sinto em seus movimentos e em suas caricias durante o ato, uma forma que ele encontra em ser parte de mim, e eu me sinto sim parte dele, então trocamos de lugares e também compartilho todo o prazer, posso afirmar que o ato entre nós dois era muito mais que propriamente o ato, eu me sentia sim namorado dele, e ele também era o meu, e o que me deixava mais feliz com tudo isso era saber que nem eu nem ele se sentia mulher da relação, assim como tem alguns casais que se definem mulher e homem, nós não, éramos um casal de homens felizes, e nem nos preocupava em se definir, éramos felizes.
Não estava dormindo, mas também não estava por todo acordado. Enquanto pensava em mais uma tarde de amor com meu serafim quase um cupido, meu pênis não consegue ficar adormecido, e como os pensamentos são maravilhosamente excitante, me deixo levar...
Sinto algo passar levemente sobre meu volume, não abro os olhos de imediato, é uma mão, tenho certeza, seria o Luc? Claro afinal quem mais... ou seria apenas parte dos meus delírios? Ou eu estava sonhando... isso, eu estava sonhando... sonhando com Daniel me acordando as tardes depois de uma transa gostosa, como ele sempre fazia, alisava meu pau mole só para vê-lo enrijecer, mas ali ele estava duro, e Daniel sabia como aproveitar aquele momento, alisava, assim como sentia ele fazer agora, dava algumas apertadinhas na glande, nossa meu estava muito duro, em meus delírios queria que ele me masturbasse, e como eu estava sonhando disse suave, como se em seu ouvido eu sussurrasse:
-- Vai meu amor, pode tocar uma pra mim.
-- Tem certeza que posso?
-- E você ainda pergunta! Vai logo, estou em ponto de explodir de excitação...
-- Ei, fale baixo, não estamos num motel!
Aquelas ultimas palavras me fizeram parar um pouco, procurei refletir no que estava falando e então lembrei que estava num ônibus em plena viagem e ao meu lado um estranho. Abro os olhos e lá está ele com a mão direita em cima do montante rígido.
-- Desculpe, acho que estava falando dormindo, já pode tirar a mão daí...
Ele me olhou ferozmente, parecia sair farpas de fogo, enquanto o encarava com medo, senti meu pau ser pressionado com força, então de sua boca sai palavras firmes e provocantes:
-- Deixe de meninices e aproveita que não é todo dia que eu pego num pau de estranho, e acho bom você estar disposto a fazer o mesmo.
Palavras assim perecem soarem alto e vibrantes, mas como estávamos nada privado, suas palavras foram direto e exclusivamente aos meus ouvidos, atingindo meu ego e meu libido, meu pau logo expeliu uma gota lubrificante, sabia que aquelas palavras tinha surtido algum efeito em meu corpo, ele era alguns anos a mais, sabia o que fazia, deveria ser um homem bem determinado.
-- Ok! – Foi a única semi palavra que saiu dos meus lábios, ele olhou e me disse apenas duas.
-- Mim siga.
Então ele ergueu a cabeça para olhar se alguém tinha ouvido alguma coisa, nossa sorte, ou azar, que o ônibus não estava lotado, e tinha uns quatro pares de poltronas vazias próximos a nós. Então vendo que tudo estava bem, ele correu o zíper da sua jeans e depois desceu o meu. Ele estava pronto, digo de pau armado e grosso, com uma glande triangular e rosada, coisa de filme pornô, a essa altura eu já tinha visto alguns com Daniel, afinal esse mundo novo tinha muitas gostosuras. Ele pegou no meu pau e começou a bater, e eu o dele. Eu com minha mão esquerda e ele com a direita. Nossa que adrenalina, eu nem podia fechar muito os olhos e sentir com mais intensidade aquela mão forte e grossa me satisfazer, pois eu estava de vigia olhando o corredor vendo se o cobrador não aparecia, mas como aquele trecho da viagem parecia longo, o ônibus parecia mais um lugar vazio, e silencioso, apenas minha respiração e meu coração se fazia ouvi. Olhava aquele mastro enorme preencher minha mãe, que não era nenhuma mão pequena, ser preenchida pela tora de rola, e vendo aquela cabeça cada vez mais roxa, mim deixava com a boca salivando, principalmente ao sentir aquele odor forte de pica que ainda não foi lavada depois de uma transa, nossa queria acabar com aquela aflição, tinha que saborear por completo. O olhei com cara de cachorro pidão, e pareceu ler minhas preces, então disse depois do nosso longo silencio pecaminoso:
-- Vai que eu fico de olho, qualquer coisa finge que procurava algo.
Então dei um jeito de ir de encontro com aquela pica. No inicio pareceu que eu não iria consegui com a posição desconfortante, mas logo meu corpo se adaptou, e o mamãe com categoria, o que eu sentia era apenas suas mãos nas minhas costas, ora na minha cabeça, ora procurando meu cofrinho, e algo mais abaixo, apertava minha bunda, e eu ali, sugando com força, queria senti o leitinho que eu já estava tão viciado diariamente. Vazia movimentos repetitivos, e então ele colaborou, segurou minha cabeça, e como se fizesse de minha boca um olho retal ele me fodia pela boca com movimentos ágeis e frenéticos, eram tão rápido que em alguns momentos senti anciã de vomito pela penetração que ia até o fundo da garganta. E para minha felicidade, ele dar uma socada e segura lá dentro, fazendo-me beber tudo, leite quentinho. Muito , bebo com vontade. Ao terminar ainda dou algumas lambidinhas de lado para ver se não desperdiçou alguma gota.
Ele me olhou e depois disse que essa foi a mamada mais louca que já tinha sido feita nele. Agradeci, nem tanto pelo elogio, mas por ter dado essa oportunidade. Então ele continuou me masturbando, e eu fiquei esperando ele fazer o mesmo, mas não, disse apenas que queria me comer, mas não. Ali não tinha como, e eu também não era tão louco assim, sem camisinha não rola. O local também não era apropriado, para um anjo como eu, ainda bem que ele terminou, fazendo eu ejacular num saquinho de amendoins, pois logo depois o ônibus parou e subiu um casal e sentou na poltrona ao nosso lado, e a viagem prosseguiu sem mais ações extravagantes. Apenas sentia sua perna roça na minha, me deixando o resto da viagem quase todo tempo de pau armado, e ele puxava assuntos que não tinha nada a ver, e outros momentos íamos calados e cúmplices dos nossos atos.
Ele não me deixou nenhum telefone para contato, nem me pediu o meu, nem olhou para trás quando desceu no seu ponto final.
Fiquei só, o resto da viagem. Apenas lembrei que Daniel nunca me deixaria daquele jeito, mas como Luc era um demônio, não poderia esperar nada dele a não ser sumir me deixando com um pecado gostoso para se lembrar depois. Ou não. E se querem saber se eu o revi? Não, até hoje, nunca o vi novamente. Ta bom assim, depois tomei consciência que tudo o que aconteceu foi apenas uma troca de favores.
.......
A vigem chegou ao fim, e fiquei super feliz ao por os pés em minha terrinha natal, fazia uns 4 meses que não voltava lá, agora queria ir para casa e encontrar meus familiares.
Para minha surpresa, não foi meu velho pai, o Senhor Cavalcante que estava me esperando, era meu primo, sorri pra ele, e o abracei fortemente.
continua.....
P 22 – Uma cueca no banheiro – no mato a procura do meu primo – seria Nithael o 5º anjo?
.......................Aos meus anjos leitores com amor.........................
A viagem da cidade até a fazenda foi tranquila na companhia do meu primo mais querido, o Nithael, em casa a recepção foi super empolgante, ver toda a família reunida, meu velho me deu um abraço forte, minha mãe pra variar, chorava, e olha que nem sou muito fraco e estava nas lagrimas também, meu irmão Gabriel ainda um querubim tinha apenas 11 anos . Minha tia Claudia estava ótima e seu esposo Liang de descendência chinesa serio mas estava todo contente e curioso, e meus primos o YuLi (15 anos) e Nithael (23 anos), Estávamos felizes e com sono também; já passava das vinte e uma horas, e o pessoa ainda não tinham jantado mim esperando. Ainda sentamos no alpendre largo e confortante, para falar um pouco da viagem tranquila e sem transtorno que eu tive, e de como foi estes últimos quatro meses fora do lar e ainda trabalhando como professor. Todos queriam saber de um assunto especifico, no final, já era quase meia noite, quando meu pai sugeriu irmos todos dormir, afinal eu estava cansado da viagem. Então meus pais foram para suíte, minha tia com o tio para outro quarto, meu irmão levou YuLi para seu quarto, e eu fui com Nithael para meu quarto.
Nithael, um descendente de chinês com cara de chinês, claro, parece bobagem, mas digo isso, pois seu irmão e ex querubim e recentemente serafim o YuLi, de chinês não tem nada alem do cabelo negro e sedoso. Já o Nii, como todos o chamamos, era um chinês quase legitimo, faltava o dom da língua mãe. Não só era meu primo favorito, como era pra mim um irmão mais velho, sempre me espelhei nele, responsável, inteligente e bem namorador. E ao vê-lo ali mim esperando no terminal rodoviário, Foi motivo de muita felicidade, pois não fazia apenas quatro meses que eu não o via, mas um ano inteiro, desde que começou a fazer faculdade, só nos encontramos no Natal, na reunião de família, e vê-lo de surpresa, e com um corpo lindo... interessante como eu estava mais receptivo a observar esses detalhes que antes nem me faziam sentido dar alguma atenção. Mas vendo o ali parado sorrindo pra mim, com seus lábios fartos e seus braços fortes, e mesmo tendo apenas um metro e sessenta e sete centímetros parecia ter minha altura. Nosso abraço foi tão intimo e algo antigo, que despertou a curiosidades de alguns que tumultuava por ali. Durante a viagem de volta nós conversávamos sobre tudo e sobre mulher, e ai, lembrei de Daniel, ainda quis telefonar e dizer que estava tudo bem, mas depois resolvi deixar pra mais tarde, num momento a só.
Agora ali, no quarto com meu primo, olhando ele arrumar a cama pra ele dormir, observava cada detalhe de seu corpo, e ele nem percebia meus olhos, apenas conversava e perguntava se eu não tinha deixado alguma namorada... nisso noto sua cueca aparecer, seu short parece folgado, e sua cueca a amostra me fez ficar atento, tinha uma bunda pequena, contudo bem malhada... nisso me desperto e respondo:
-- É, deixei sim alguém lá...
-- Alguém, e desde quando você namora Alguem?
-- Como assim Nii?
-- Junior, você namorava Fernanda, até onde eu sei...
-- Mas a Fernanda é passado...
-- Então esse alguém, é? (...)
-- Da... Natalia, uma colega da faculdade...
Pareceu que seu rosto ficou meio em duvida, mas depois ele foi tomar banho, e eu aproveitei para ligar para o Daniel. Para minha surpresa, o cell tinha umas quarenta ligações perdidas, nossa, tinha esquecido de conferir... ele deveria estar puto comigo.
... ... ...
-- Oi meu amor!
-- Nossa Anjo, isso é hora de ligar? Ainda bem que o toque estava baixo, se não ia acordar o pessoal aqui.
-- E é, então ligo manhã.
-- Calma, fala, quero ouvi sua voz, quero sentir você antes de dormir.
-- Meu anjo, tou brincando, eu é que achava que você estaria puto comigo por não ter retornando antes, mas é que o pessoal ainda não deram espaço...
-- Anjo, e não era serafim?
-- Tudo bem, você é meu anjo, pronto, já tem idade pra ser anjo também.
-- Olha, amanhã não esquece de me ligar antes da meia noite, pois prometi a minha mãe ir com ela pra missa de Natal, então não poderei atender uma hora dessa.
-- Tá entendi, você ta puto mesmo... meu amor, tenha calma, essas férias vão voar, você vai ver, e antes de fevereiro estarei ai, não vou aguentar ficar longe de você todo esse tempo.
-- Você promete? Você sabe que eu te amo, que não sei como vou ficar sem seus beijos, seus abraços...
-- Prometo.
-- E sem O meu...
-- É, sem O seu também, claro!
-- Olha tenho que desligar, vem alguém chegando...
-- Tá, mas amanhã não esquece de me ligar mais sedo.
-- Sim, claro... um beijo... – era estranho ligar para ele assim as escondidas, notei ele tão triste, mesmo parecendo normal, senti sua mágoa.
... .... ....
O Nii entrou, vinha só de short de pijama mostrando a marca do seu pênis mole e pequeno balançando solto, e já foi logo falando:
-- Legal aproveitou minha saída pra ligar pra ela, so pra eu não falar com a ... como é mesmo o nome dela?
-- Natalia. Nada disso primo, você saiu, ai como estava só, e ainda não tinha falado com ela.. você entende, né?, mulheres, se não ligasse pra ela ainda hoje, a briga ia ser feia.
-- Sei primo, sei bem como são elas, você sabe, é apenas brincadeira minha. Olha, vamos dormir, que amanhã, estava pensando da gente ir lá no pé do serrote de bike.
-- Ahn!? e fazer o que lá?
-- É pro meu projeto de monografia, lembra que lá tem umas pinturas rupestres?
-- É verdade, mas logo amanhã e de bike, nem sei se elas estão boas pra pedaladas...
-- Tá sim eu e o tio demos uma olhada ontem, Veja, é que manhã o pessoal vão está ocupados nos preparativos da ceia e os moleques combinaram de irem a cidade na lanhouse, então vamos ficar fazendo o que aqui, assim eu já dou um adiantamento na minha pesquisa.
-- Tá, você me convenceu. Então pode ir dormindo que vou me molhar também.
-- Ok, mas não demore, pois amanhã quero sair cedinho.
-- Mas vê se não me acorde muito cedo.
... ... ...
Entrei no banheiro, tirei minha roupa, escovei os dentes, e me olhando no espelho, começo a pensar no Daniel, na falta que me fazia ali. Então comecei a pensar nele nu, me beijando, me mamando, me fodendo, estava de pau duro. Paro um pouco pra ver se ninguém vem, afinal mesmo o banheiro sendo para apenas dois quartos, o meu e o do meu irmão, poderia vim alguém, mas tudo era silencio, então volto, e começo a me masturbar, e olhando em volta me deparo com aquela cueca, a cueca do Nii, ali, no cabide. Parei e olhei direito pra ela. Imaginei o Nii com ela, seu pau dentro dela. E então fiz o que nunca tinha feito. Peguei a cueca com cuidado, parecendo um relicário, e a levei até meu nariz. E inspirei profundamente e absorvei todo aquele odor de cueca usada, bem parecida com a minha, mas a de Nii tinha o cheiro da pica dele, mesmo com um odor de urina, dava pra sentir o cheiro natural dele, forte e másculo, meu tesão foi imediato, e comecei a bater uma forte e prazerosa. Enquanto minha mão trabalhava freneticamente no meu pau, a cueca de Nii não saia de meu rosto, estava envolvido com seu cheiro, eu estava completamente envolvido por essa nova e excitante situação, nem eu mesmo me reconhecia, mas tudo era muito bom e convidativo, eu estava leve e deliciosamente entregue àquele prazer. Quando estava quase gozando escutei um barulho parecido com alguma coisa batendo na parede. Meu silencio foi total, e num impulso rápido e automático joguei a cueca dele de volta ao cabide, e meio apreensivo entrei no Box de vidro, ligando o chuveiro em seguida, como não escutei mais nada, terminei meu serviço pesando no Daniel, voltando para a cama relaxado e com sono. No quarto escutei apenas o ressonar de Nii.
Enquanto adormecia meus pensamentos foram um só, porque eu estava fazendo aquilo, ser gay não era só pensar em sexo, ou seria?
... ... ... ...
A noite foi tranquila, acordei com o Gabriel me chamando, já passavam das oito e meia. Fui ao banheiro, escovei os dentes e fui a cozinha, a mesa ainda estava arrumada. Tomei o café tranquilo, então escuto o cell tocar, corro e vejo, é o Daniel.
-- Bom dia meu amor!
-- Bom dia – olho em volta – meu amor, como vai sem mim?
-- Com saudades, só liguei pra dar um beijo, feliz natal! A noite ligo de novo. Ou melhor espero você ligar.
-- Claro que ligo, um beijo meu anjo!
-- Estou adorando ser seu anjo.
-- Beijos!
Desliguei e voltei a mesa, minha mãe estava lá me esperando.
-- Quem era uma hora dessas?
-- Uma amiga...
-- Uma hora dessas?
-- É... A senhora vai ter que saber mesmo... estamos namorando... mas nada sério.
Ela me olhou com um olhar duvidoso.
-- Mas você sempre fala de suas namoradas pra gente... sabe filho, acho melhor não conversar sobre isso, se você não falou dela ainda, significa que eu não preciso saber ainda. Então vou esperar o momento certo.
-- Legal então, obrigado mãe, na hora certa eu lhe conto. – sim, eu contaria, se ela fosse ela, agora vamos nos deter ao Nii e eu. – Mãe, e o pessoal, onde estar todo mundo?
-- O Pessoal foram na cidade ver os últimos preparativos para a noite.
-- E o Nii...
-- Sim, ele disse que precisava ir lá no serrote, me disse que você tava cansado, então iria só mesmo, e os outros bem, estão por ai, o Gabriel acabou de sair com o YuLi, devem voltar só depois do almoço...
-- Então vou lá no serrote encontrar com o Nii, nós tínhamos combinado, ele podia ter me chamado, vou adorar dar umas pedaladas por estas terras, estou com saudade.
-- Ok, então vou ficar aqui, só.
-- Beijo mãe, voltamos pro almoço.
-- Claro, mas olha, leve um lanche e água.
-- Claro!
... ... ...
Enquanto pedalava pelos caminhos tortuosos do campo, ia pensando o motivo do Nii não ter me chamado, ele não era de fazer isso, até pelo contrario, ele iria adorar me ver com cara de ressaca.
... ... ...
Cheguei ao pé do serrote vinte minutos depois, estava morto, parei, e então avistei a bike dele. Me aproximei, olhei em volta, e apenas avistei mato e alguns pássaros cantando em alguns arbustos. Resolvi dar alguns gritos, mas nada, nenhuma resposta, então nestes casos a melhor saída é sentar e esperar. Procurei um arbusto bem frondoso com uma sombra boa, e me deitei. Não demorou muito, então escutei algumas pegas em folhas secas, olhei e lá vinha ele, antes dele me avistar, o chamei.
-- Nii, encosta aqui.
-- Cara você veio, não precisava, afinal você estava muito exausto depois daquela batolada.
-- O quê?
-- Ora primo, deixa de conversa, estou falando depois que você trabalhou no banheiro ontem, escutei você. E você sabe que barulho de masturbação é tudo igual, não importa o tamanho do bilau.
-- Deu pra escutar foi? Estava precisando pra relaxar antes de dormir.
Então na boa ele sentou perto de mim na sombra, e se serviu do lanche, olhou pra mim e perguntou:
-- Então Junior, o que você anda comendo na Capital?
-- O que eu ando comendo?
-- E, ta ficando surdo, já vi que essa comida de lá ta te fazendo mal. Primo, tou falando quem você anda comendo, homem ou mulher, entendeu agora?
-- E isso é pergunta que me faça, claro que eu como mulher, até parece que você não me conhece.
-- Caladriel, meu primo, realmente eu te conheço o suficiente pra dizer que você não é o mesmo. Vai me conta, quem é o seu namorado?
-- Nii! Não estou gostando dessa brincadeira e nem desse seu tom abusado e irônico.
-- E eu não gosto que usem minhas cuecas para se masturbar.
Simplesmente gelei, fui descoberto pelo meu melhor amigo, meu primo e irmão de coração, nada a fazer se não baixar a cabeça e chorar.
-- O que foi agora, Junior? Tá chorando? Cara tenha calma...
Notei que ele ficou preocupado, e me abraçou...
-- Primo, estava brincando com você, não quis te magoar, não me importo que você seja gay, e nem use minhas cuecas, apenas deveria ter me pedido...- que papo era aquele dele, não entendi.
No final de sua fala, notei um tom irônico mas bem humorado, então falei entre soluços....
-- Desculpa Nii, você sabe que nossa amizade é a coisa mais importante, mas é que ta tudo mudando em minha vida, e não sei ainda como me controlar...
-- Então, é verdade? Você é gay!
-- Nem eu sei ainda...
-- Mas e o namorado, é verdade?
-- Não sei se é namorado, apenas ficamos algumas vezes – não podia contar tudo logo de cara – e é um amigo a cima de tudo.
-- Tá entendi. Então primo, agora fiquei curioso, e quero saber de tudo, como foi que você começou. Mas antes queria saber se você gostou?
-- Gostei de quê?
-- Se você gostou de senti o cheiro da minha pica...
O olhei constrangido, mas respondi na cara de pau, já estava sentindo confiança, afinal nós éramos muito próximos.
-- Sim.
-- E gostaria de senti de novo?
Cheguei a notar um sorriso malicioso, e o conhecendo bem, aquelas perguntas levariam a mais perguntas e até mesmo a uma reação...
-- Sim!
-- Você quer cheirar minha cueca agora?
-- Sim!
-- Você quer cheirar a cueca vestida em mim, ou sem mim?
-- Vestida.
-- Então ta esperando o quê?
... ... ...
Sempre achei que guardar segredos seria o mais sábio, mas as vezes revelá-los pode nos proporcionar novas descobertas ....
Continua....