A GORDINHA DO NOTEBOOK

A GORDINHA DO NOTEBOOK

Desde menino que escrevo. Comecei na areia do terreiro de nossa casa, na roça lá em ITIÚBA. Não sei bem o que escrevia, ou melhor, não lembro, talvez alguma réplica dos versos de cordel que eu lia e gostava. Já na escola, escrevia nos cadernos, mas escrevia pouco e com a letra bem miúda, que era pra economizar, porque tanto a professora, quanto a minha mãe, falavam que eu estava gastando muito caderno. Deveriam, era incentivar, mas... Escrevia algumas crônicas picantes, ou melhor, apenas picantes. E um dia a professora, num descuido meu, leu uma e me fez rasgar e ainda me deu uma dúzia de bolo. É leitor, na minha época tinha esses castigos. Até hoje, penso que a professora mandou rasgar, por conta da descaração da crônica que falava de uma mulher de bunda grande e seios enormes e a professora, por ser rechonchuda se ofendeu. Pode ter sido as duas coisas, mas eu nunca vou saber pois ela foi transferida e eu nunca mais pude olhar praquele trazeiro, que durante as aulas excitava a minha meninice. E eu continuei escrevendo, do dinheiro da minha mesada eu comprava caderno e escrevia. Tenho uma tristeza muito grande de não ter levado esses cadernos comigo, quando me mudei pra capital. Quem deu fim a eles não sabia da importância que eles tinham pra mim e quem sabe pra literatura. Seria bom dar uma olhada neles agora, depois de tantos anos, pra provar pra mim mesmo que desde aquela época, eu já era tarado por gordinhas. Meus escritos já, naquela época, tinham essa tendência, esse teor erótico, justamente por esse motivo. Na capital, já adulto, continuei escrevendo e o tema era sempre bunda, boceta... e todas gordinhas. Mas pra minha frustração, nunca ninguém leu e quem leu foi no boteco. E ali, na hora sob efeito do álcool ou da emoção, elogiava, mas logo, no outro dia, já tinha esquecido o que leu. Evoluído, eu e o tempo passei a escrever no telefone, mas em pouco tempo a memória do dito cujo estava cheia e tinha que apagar tudo. Quando finalmente comprei um telefone inteligente, com memória expansiva e inteligentemente aprendi a dominar a fera em pouco tempo e nesse aprendizado descobri que mesmo ele tendo memória expansiva,      se eu conectasse o BITELO, num computador, teria bem mais espaço e poderia salvar tudo que tinha escrito. Salvar, editar... fazer o que bem entendesse com meus escritos. Até ilustrar meus escritos com fotos de mulheres gostosas. Comprei a GERINGONÇA. Na hora da compra a vendedora com uma voz cativante e uma retórica que soava como estímulo, me ofereceu um plano de garantia estendida, com assistência domiciliar do fabricante, vinte quatro horas por dia, blah, blah, blah! Eu que nunca nem tinha ligado um computador, fiz o dito plano. Chegou a máquina e dois dias depois o técnico da fabricante. Feitas as instalações, configurações etc, etc, foi embora. Só, que como eu disse, eu não entendia nada de computador e parece que a cada dia entendo menos. Pois eu creio que ele ainda estava no carro, quando precisei de socorro técnico e lá vai eu ligar para a fabricante e solicitar novo técnico. E assim foi, continua sendo e pelo jeito ainda vai continuar por algum tempo. E é sempre alguém diferente que atende. Geralmente todos simpáticos, solícitos pacientes e entendidos (Com certeza a fabricante sabe quem está escrevendo essa crônica e depois dessa propaganda, irá me dar um desconto na próxima compra). Geralmente é aos sábados que dedico mais tempo escrevendo e editando meus textos, como também é o dia que mais eu peço ajuda técnica e foi num desses sábados em que minha mulher tinha ido num velório, onde não tem ninguém que me faça ir (Não me sinto bem, não gosto! Aliás, até no meu velório, eu não quero ir e estou disposto a pagar bom dinheiro, a alguém que queira ir no meu lugar), que eu fiquei a digitar meus textos. Sozinho, fico mais à vontade, crio melhor. Pois bem, nesse sábado apareceu na tela do computador, algumas mensagens que eu não entendi. Liguei e em poucos minutos chegou o socorro. Uma mulher. Não era uma mulher bonita, não tinha um corpo bonito, também aquele uniforme não deixava perceber. A qualidade notável era a dedicação. E mexe aqui, clica ali... Missão cumprida, problema (provisoriamente) resolvido. Quando assinei a guia de visita ela colocou na pasta e me disse seu Cordeiro, estou tentando me esquivar de uma pergunta, mas a curiosidade e outros fatores, me fazem esquecer a ética, de modo, que terei que perguntar. O senhor já assinou a solicitação, não vai mais tira-la de mim e pra empresa que eu presto serviço, vale o que está escrito. E eu, vamos garota, pergunte logo, agora quem está curioso sou eu! Ela então disse, é que pra descobrir se tinha vírus e de onde vinham não teve como não mexer em tudo, olhar os sites que o senhor visitou e o que viu nesses sites. E o que o senhor escreve, são textos eróticos e as personagens dos seus textos, são sempre mulheres gordinhas e nos sites pornô, que o senhor visitou, só teve atenção pra garotas gordas, elas lhe atraem? Não sei que cor que eu fiquei, ou se tinha alguma cor, mas a intuição masculina falou mais alto que a minha timidez e percebi naquela pergunta uma chance de conferir se as rechonchudas são mesmo gostosas, como eu acho nos vídeos, ou se é mera fantasia. Eu disse, lhe responderei com sinceridade, mas antes quero que me diga uma coisa, você disse que a sua pergunta partiu da curiosidade e de outro fator, que fator é esse?
Vou ser sincera, pra que o senhor seja sincero comigo. Sou casada, tenho cinco anos de casada, não uso aliança porque a empresa prefere que não use e se não fosse essa determinação da firma, eu também já teria determinado em não usar mais, porque o meu marido ultimamente passou a me chamar de gorda, faz piadinhas no meio dos amigos, situações que me deixam constrangida, ou no mínimo acanhada. E sem contar, uma certa distância que sinto da parte dele, pode até ser insegurança da minha parte, mas não estou à vontade. Fiquei com a garganta seca o senhor não tem uma cerveja? Senhor, não! Já terminei o serviço, você não é tão mais velho que eu, então vou lhe tratar como igual. E eu, fique à vontade, vou buscar a cerveja e você me conta o resto. Trouxe duas latas de cerveja e dois copos, o enterro seria às quinze horas de modo que eu poderia tomar minha cerveja com ela sossegadamente. Ela dispensou o copo e virou a lata tomando quase toda de um gole. Pra molhar a garganta e criar coragem, disse ela. Então, continuou ela, porque estou notando esse desprezo da parte dele, pensei em tentar uma aventura, mas o medo de ser ridicularizada perante a minha família e a dele e também pensando que se ele me acha feia por ser gorda, outros também devem achar. Deu mais um gole e terminou a cerveja, perguntei se queria outra disse que não, que era só uma mesmo. Disse que diante da minha preferência, revelada nos vídeos que eu assistia teve pulso pra me perguntar e se eu confirmasse e quisesse poderíamos marcar um encontro. Não, eu não pensasse que ela era oferecida não, era o desespero que ela estava, junto a angústia, a insegurança e a auto-estima abaixo da média e o papo machista do marido de quem casa é a mulher, que estavam levando ela a tal atitude. Peguei na mão dela apertei e disse, sim, eu sou tarado por mulheres cheinhas, porém nunca transei com uma, aliás nem nunca vi ao vivo, só nesses vídeos e nas revistas. Até casar, casei com uma mulher magrela. Mas não sei o porquê dessa minha tara por esse físico, talvez a minha primeira professora, ou uma vizinha assanhada que minha mãe não deixava ela conversar comigo, nem com meus irmãos, porque achava ela depravada e acho que isso, essa proibição me excitava mais. Já rapaz, na escola, namorei uma moça com uns quilinhos a mais, mas logo ela se mudou do bairro e da escola. E eu topo sim sair contigo matar minha curiosidade, acabar com sua insegurança e finalmente realizar meu desejo sexual. E marcamos pra quando e onde? Ela disse, pode ser amanhã? Após as 14h? Eu disse, claro! Mas antes eu queria ver você nua aqui pra que eu já vá fantasiando esse encontro. Ela falou mas é tanta roupa, deixa pra amanhã, espera, tem paciência! E eu, pelo menos a blusa. Ela, então traga mais uma cerveja, ei e sua esposa? Eu disse está sendo velada agora, não desculpe, está agora num velório, deve chegar aqui la pras quatro horas, aí fui até a geladeira, quando voltei com a cerveja ela já estava sem a blusa. Era além do que eu tinha fantasiado. Uns seios fartos, firmes... Não resisti abracei ela e beijei, já desabotoando o sutiã, ela tentou resistir, mas acabou cedendo. Não resisti e tirei a camiseta, pra sentir pela primeira vez, um par de seios tão macio. Enquanto nossas línguas iam sentindo o sabor uma da outra, uma das minhas mãos ia apertando a bunda dela e outras partes, enquanto a outra mão ia tentando desabotoar a calça dela e a minha. Quando finalmente consegui tirar meu pau pra fora, peguei a mão dela e fiz ela segurar a fera. ela conseguiu se livrar da minha boca e disse com uma voz quase inaudível, já não me responsabilizo pelos meus atos. E foi deslizando a boca pelo meu pescoço, meu peito e não tirava a mão da minha vara, até que finalmente encostou a boca nela. Respirou fundo e começou a chupar, mas chupar com gosto, com sabedoria, com ânsia mesmo, como quem estava com fome de um belo pau. Eu tenho na área, uma rede, que tinha comprado para descansar e também pensando que a dona da casa, depois de umas caipirinhas, aceitasse uma trepada ali, mas nunca aconteceu, ela sempre punha desculpa do desconforto e que poderia chegar alguma visita inesperada. Fazer o que? Obrigar, eu não podia, então ali estava o momento ideal, para comer aquela GORDINHA na rede. Além de ter uma dupla realização não iria ficar tanto vestígio quanto se ficássemos na sala. Doida do jeito que ela estava, tarado como eu estava, sei la o que poderia acontecer. Vim conduzindo ela (engraçada essa cena, eu andando de costas no rumo da área e ela com meu pau na boca, andando acocorada arrastando as calças do uniforme.) até a rede deitei e ela consegui se livrar da calça e da calcinha e montou em mim. Como eu havia imaginado: a melhor FODA da minha vida. Satisfeitos, lambuzados e com aquela inevitável vergonha de olhar na cara um do outro e cada um perguntando pra si: tem certeza que eu fiz isso? Fomos recolhendo o que ficou espalhado pelo caminho. Ela usou o banheiro externo, se vestiu sem banho, disse que faria o serviço completo na sua casa e pra lhe telefonar, quando precisasse de uma "assistência". Espremi um limão num copo, coloquei um pouco de pinga e derramei na rede, deixei o copo ali perto e mais latas de cerveja vazias, tomei um banho e vim pra sala decidido descrever no NOTEBOOK a foda com A GORDINHA

S. Paulo, 11/10/2013

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Ficha do conto

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Nome do conto:
A GORDINHA DO NOTEBOOK

Codigo do conto:
107973

Categoria:
Heterosexual

Data da Publicação:
24/10/2017

Quant.de Votos:
8

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2