O segredo de Luiza - Parte 3 - Em dose dupla
O tempo e a observação me levaram à conclusão de que, a menos que Luiza fosse uma psicopata fria dessas capazes de enganar qualquer mortal, e nesse caso eu estaria fudido, ou não havia motivo para eu estar preocupado com chantagem ou qualquer outro tipo de golpe baixo. Juizo normal ela não tinha, mas não se mostrava interesseira ou mal intencionada. Pelo menos aparentemente, apenas curtia jogar, sensualizar, passar da fronteira do bom senso, me fazer pirar de tesão, ou então, muitas outras vezes, testar minha paciência. O meu problema agora é que, percebi, já estava caido de amores por aquela fêmea, enquanto ela, que na maioria das situações se mostrava arredia quando ao meu lado, repetinamente, depois de um período em que se fazia presente todas as noites, tomou chá de sumiço. Fiquei na minha. Se a desaparecida soubesse que eu estava gamado, sabe lá qual tortura me faria. Com três dias sem ter uma notícia, liguei, mas agi como quem não quer nada, e me dizendo preocupado, perguntei se estava tudo bem.
- Ai, perdoa, é que estou estudando, estou tendo prova. - se desculpou, mudando em seguida a voz, tirando na brincadeira.- Mas olha, se comporte, porque posso chegar do nada, a qualquer momento, sem avisar, e se não te encontrar, então já sabe, né, pode procurar outra massagista. E aposto que nenhuma outra vai conseguir te deixar doidão, de pau duro, como eu faço.
- Você fica o tempo todo me pirando o cabeção e se saindo da reta, um dia ainda vou te comer na marra! - respondi. Ela deu uma gargalhada.
- Estupro é crime, viu? Te mete a besta, eu grito, chamo a polícia e ainda mando te capar.
Dia seguinte, eu estava no trabalho, foi ela quem ligou.
- Queria te ver agora, tá na tua firma? Posso ir aí te dar um beijo de língua? Fiquei com vontade! Me dá o endereço?
Informei o que ela queria, esperei um tempo, e nada. Liguei de volta, ela desconversou, disse que surgiu um problema.
- Hoje miou, mas uma hora eu apareço, estou louca pra provar da tua boca! - completou.
Perguntei o endereço dela, mas a espertinha inventou uma desculpa, não quis me dar. "Filha da puta! Fez de propósito, só pra eu saber que agora está dia e noite na minha cola, e não diz onde mora pra não ficar na mesma situação". O sumiço de Luiza se estendeu pelos próximos dias, o que me fez perceber que aquela onda de que iria na minha empresa tinha, na verdade, também o propósito de fazer com que eu pensasse nela vinte e quatro horas por dia. Era isso que estava acontecendo. Eu não podia ver uma porta se abrir, alguém telefonar, logo pensava que fosse ela. E sempre que isso acontecia, passava os próximos minutos olhando o celular, pensando em entrar em contato. Essa tortura levou quase duas semanas, mas segurei minha onda. Era noite de sexta-feira, ela finalmente deu o ar da graça.
- Está uma noite tão linda, me leva pra balada?
- Onde você está? Te encontro agora mesmo!
- Ei, calma, vai trocando de roupa, que já estou a caminho, logo chego aí.
Conforme me pediu, interfonei pra portaria e dei autorização pra ela subir. Depois disso, deixei a porta do apartamento aberta e fui tomar um banho rápido. Minutos depois, já pronto, voltei à sala, e lá estava ela, no sofá.
- Sentiu minha falta? - perguntou, enquanto cruzava as pernas, fazendo com que eu percebesse de relance que ela estava sem calcinha.
Me aproximei de Luiza, na intenção de meter a vara. Já prevendo minha reação, ela se levantou rapidamente e escapou rumo à varanda.
- Não me force a fazer o que não quero. Já te falei, deixa ser do meu jeito.
- Se não quer, por que provoca?
- Você não vai acreditar, mas eu não tinha nenhuma calcinha limpa em casa, não tive tempo de lavar. E quer saber, às vezes eu gosto de andar assim, sem nada por baixo, com a xaninha solta, pra pegar um vento. A xana é minha, faço como eu quiser.
O tesão e o ódio misturados, olhei sério pra ela, que então continuou, agora com voz de ofendida:
- Poxa, só quero tomar um drink, dançar um pouco. Ninguém vai ver, só nós dois sabemos que estou assim, e essa situação me deixa piradinha, então, mais tarde, quem sabe... Mas se você acha errado, então vou sozinha, não quero que fique com raiva.
Passei o tempo inteiro ligado nela, quando não por vontade de trepar, era fiscalizando, pra garantir que a malandra não daria uma de exibicionista. Pra piorar, ela percebeu minha neura, e achou de pedir uma tequila, só de onda, pra eu ficar mais preocupado do que já estava. Isso me forçou a deixar pela metade uma dose de whisky, precisava ficar alerta. Chegou uma hora em que Luiza parecia estar meio de pilequinho, estávamos dançando, ela se colou em mim. Roubei um beijo na boca, o primeiro em tanto tempo. Ela retribuiu, mas em seguida se fingiu ofendida. Me defendi.
- Você estava me devendo. Ficou de ir ao meu trabalho pra isso. - falei, sorrindo.
Ela sorriu de volta, se deu por vencida, mas se afastou e não quis mais beber. Mais tarde, a convidei pro motel.
- Moteeel? - perguntou, desdenhando.
- É, motel. Suite presidencial, banheira de hidro, cama redonda, um sexo animal, não gosta?
- Sexo animal? - sorriu. - Tá bom, eu topo o motel, mas é só porque minha xana está toda molhada, já está melando as coxas, e se eu não sair daqui agora, estou com vontade de mostrar ela pra todo mundo.
Peguei o carro e fomos. Assim que entramos na suite, ela, séria, se virou pra mim.
- Quero te dar um presente! - disse.
A olhei, curioso. Ela emendou:
- É que toda mulher poderosa é bipolar no jeito de querer as coisas, só pra fazer os homens terem que se adaptar o tempo todo. Nosso sistema não é para os fracos, e um macho só domina uma fêmea dessa quando ela deixa, só porque ela quer. Você entrou na minha onda, viajou na minha loucura, fez eu me sentir desejada, então agora eu quero, agora eu deixo, porque estou com tesão de ser dominada por você. Daí que eu me dou de presente, estou na sua mão, pro que der e vier, do seu jeito. Se quiser me acariciar, me acaricia, se quiser me beijar, me beija, e quiser me comer, me come, se quiser me espancar, me espanca, se quiser me arrombar, me arromba, se quiser me matar... - Luiza deu um sorrisinho maroto. - Me mata, mas só se for de prazer!
Resolvi testar aquele discurso. A puxei pelos cabelos a forçando a se virar de costas, levantei a saia e dei uma palmada, com certa força, na pele fina de pêssego daquela bunda redondinha. Minha mão acertou em cheio um pontinho vermelho que parecia ser uma pequena espinha, e ela deu um gritinho de dor e recolheu um pouco o trazeiro, mas em seguida voltou à posição inicial e se manteve entregue. Então, arrependido da minha maldade, resolvi acariciar o local. Ela se virou, os olhos marejados.
- Doeu, porra! Mas sou tua. Tá com pena, é? - desafiou.
Trepamos feito loucos, de sadomasô a kama sutra, ora no carinho, ora na putaria. Nem sei como, com poucos minutos de intervalo entre uma foda e outra, consegui levantar o pau tantas vezes. Ela elogiou meu desempenho, respondi que Luiza é melhor que Viagra, ela sorriu satisfeita, queria foder de novo. Dia claro, finalmente desabamos. Acordei lá pelas cinco da tarde, ela sentada na cama, ao meu lado, afagando meus cabelos.
- Estava esperando meu macho parar de roncar. - gracejou.
A larica apertou, fizemos um lanche no motel mesmo. Em seguida, trepamos de novo. Depois quis levá-la em casa, ela não aceitou, preferiu que a deixasse em um shopping perto de onde estávamos, que mais tarde pegaria o metrô, iria embora sozinha. Falei que a acompanharia, não permitiu. Uma hora depois, me ligou e disse pra eu esquecê-la, que iria sumir. Perguntei o porquê, respondeu que se apaixonou por mim, e que por isso não daria mais certo. Nessa hora, me declarei, falei que também a amava, que a queria comigo. Ela insistiu que não daria certo.
- Qual o problema, afinal?
- O problema é que sou puta, entendeu? Puta, garota de programa, sacou? Procure uma mulher que te mereça. - disse, chorosa, antes de desligar e tirar de área.
Após algumas tentativas de ligação frustradas, entrei em desespero. Voltei ao shopping e comecei a procurar por ela em tudo quanto era loja, e nada. Foi quando me lembrei de Sônia, que me apresentou Luiza, e que poderia ter o endereço dela. Em alguns minutos consegui o que queria. Pisei no acelerador, costurei no trânsito, estacionei na frente de um condomínio desses de vários blocos de três andares. Aproveitei que o porteiro estava de papo com uma guria, segui em frente sem me identificar. Procurei pelo bloco F, depois subi dois lances de escada e apertei a campainha. Luiza abriu, e ao me ver, bateu a porta, assustada. Insisti, respondeu pra eu ir embora, que chamaria a polícia. Continuei insistindo. De repente, a porta se abriu de novo, mas já não era ela, e sim uma loura linda, olhos azuis, um pouco mais baixa, e mais jovem, com carinha de ninfeta. Vestida com uma camiseta branca cavada e um short verde de malha colado na bunda, a mina me deixou na dúvida se tinha saído da capa da Playboy ou de uma propaganda de cerveja. Meio aborrecida, a gostosa me analisou de alto a baixo, depois fez sinal pra entrar. Perguntei pela Luiza, ela me apontou uma porta entreaberta. Fui até lá, a minha fugitiva estava sentada, encolhida, no meio de uma cama de casal.
- Menti pra você. Uma vez até tentei ser puta, eu estava sem grana, endividada, me desesperei e saí com um turista alemão, mas quando chegou na hora eu travei. Ele quis me bater, foi foda! Daí, saquei que não levo jeito na profissão. - revelou, assim que me viu.
Me aproximei, a envolvi em meus braços.
- Puta ou não, vim te buscar. Só saio daqui contigo.
- Você é lindo! O tanto que eu te perturbei, enchi o saco, e ainda assim teve paciência, me respeitou e agora veio atrás de mim, mesmo pensando que eu fosse puta. Você sabe fazer uma mulher feliz. Então, espera um segundinho, que você merece saber meu verdadeiro segredo.
Luiza saiu do quarto, e logo em seguida voltou, the flash, puxando a louraça pelo braço. Sentaram-se no lado da cama oposto ao que eu estava.
- Essa é Andreza. Ela é minha amiga, colega de faculdade, dividimos esse apartamento.
- Oi, Andreza! - cumprimentei.
A loura, assustada, não respondeu. Luiza então entrou no assunto.
- Por favor, não fala nada, só presta atenção, que o lance é complicado! Pra começar, aqui só tem esse quarto, e quando eu e a Drica decidimos dividir aluguel, passamos a dormir juntas nessa cama. No começo éramos só amigas, mas vai daí que um dia, isso faz quatro meses, a Drica tinha um namorado, e ele a trocou por outra, e então a coitada ficou toda deprê. Fazia um calor horrível, estávamos deitadas, só de calcinha, achei de consolar a pobrecita, e aí, você sabe que eu sou doida, e a Drica é assim, toda linda, então, né, ficamos abraçadas, ela toda tristinha, e vou ser sincera, antes disso, de tanto ficar pelada com ela, muitas vezes eu já tinha melado a xana de vontade de trocar uns beijos, uns amassos, mas eu disfarsava. Só de ver o biquinho dos melões dela, durinhos quando saia do banho...
Após suspirar fundo, continuou.
- No inverno, mó friozão, acordamos de conchinha algumas vezes, mas empacotadas de roupa, ficou nisso. Só que dessa vez, pele com pele, ela carente, eu com tesão, foi inevitável, acabou rolando. Depois desse lance, passamos a transar de vez em quando, só de ficação, sem compromisso. Só que agora que eu te conheci e passamos uma noite juntos, quando eu voltei pra cá ela estava chorando, magoada, e eu acabei te ligando e inventei aquela onda de ser puta, pra você desistir de mim. Fiz isso porque descobri que eu não sei viver sem a Drica, nem posso vê-la infeliz. Na verdade, eu nunca deixei você vir aqui porque eu já desconfiava que ela iria enciumar. Mas assim, pode parecer loucura ou sacanagem minha, o lance é que eu gosto dos dois, de verdade, e loucura ou não, se vocês topassem, a gente podia morar juntos, de relacionamento sério, nós três. Seria tão bom! Só que, assim...
Luiza fez uma nova pausa, deu uma olhada pra loura, enquanto eu pensava aqui com os meus botões, "combo de mulher gostosa, alguém me belisca!". Ela então me fez voltar à realidade.
- Eu vou falar, a Drica é lésbica, só não se deu conta ou não quer admitir. O tal do namorado terminou porque, depois de meses, ela nunca quis dar pra ele. A Drica diz que já teve vários namorados e nunca rolou porque a primeira vez dela tem que ser com um cara bacana, sensível, que valha a pena. Só que, assim, eu não quero tirar tuas forças, mas não sou burra. Nos dias de hoje, linda desse jeito, só do tempo que está morando aqui pintou cada crush gostosinho dando bobeira, gatinhos jogando xaveco, continuar cabaço aos vinte e dois anos, me engana que eu gosto. Mas enfim, chegou a hora da verdade. Se você quiser me levar contigo, vai ter que levar a Drica junto, e isso se ela também te quiser e topar a parada, coisa que eu não acredito. E se você ou ela achar que não, já pensei muito, vou sentir tua falta, morrer de saudade, vontade de trepar contigo, mas fico com a Drica.
Olhei para a loura, que agora, além do semblante de caguinha, estava toda vermelha, de sem graça. Virei de volta pra Luiza.
- Vocês duas... Isso tudo que me disse... É verdade?
Em resposta, ela fez um carinho no rosto de Andreza, e começaram a trocar um beijo de língua, que rolou com uma naturalidade que não deixava dúvida. De repente, a loura se sentiu completamente à vontade, parecia que eu já não estava mais alí. Elas então se empolgaram, começaram a trocar carícias, a despir uma a outra, e meu cacete começou a endurecer. Daí me livrei da minha roupa e fiquei descascando a mandioca, enquanto olhava elas se pegarem. Nunca tinha visto duas mulheres assim, ao vivo, na minha frente, e agora posso dizer, é uma cena do caralho! Tesão a mil, fiquei só esfolando e assistindo, porque, vai que a loura se aborrece, o que era líquido e certo de acontecer, iria me mandar pra puta que pariu. Chegou uma hora em que ela caiu de boca na buceta da Luiza, que se estendeu na beirada da cama e passou a ronronar baixinho, até dar um gemido um pouco mais alto, se contorcer toda, e depois fechar os olhos, saciada, como se tivesse perdido os sentidos. Foi então que aconteceu algo surpreendente, que fez a desfalecida arregalar os olhos. Assim, do nada, Andreza se deitou, usando a barriga da outra de travesseiro, virou as pernas abertas em minha direção, mostrando a buceta capuzinho de fusca, depiladinha, com aquela racha toda rosadinha e melada de desejo. Em seguida, com voz de dengo, falou:
- Quero tua pica! Vem não?
Ai, é verdade mesmo? Vc é sortudo, hein? Haha. Acho q se tivesse no lugar delas eu toparia, pq sou bi
Se é verídico ou não, não importa, narrativa excelente e dá um puta tesão!!! Parabéns... Quero uma Luiza também!!
Gosto de prestigiar os novos amigos, mas só votei pela qualidade do conto, Tiger.
muito gostosos os seus contos parabens