Teve um tempo em que eu era adorada por homens e mulheres. Meus inimigos se curvavam aos meus pés em busca de misericórdia. Guerreiros duelavam uns contra os outros para ter comigo uma única noite de prazer. Eu possuía centenas de amantes... E quanto mais eu os usava, mais me desejavam.
Hoje, eu vivo só, isolada do mundo moderno. Tenho que caçar meu próprio alimento se quiser sobreviver, mas ainda sou a mesma mulher do passado, imponente e de uma beleza fatal.
A noite está linda.
O céu, repleto de estrelas, enaltece minha essência, mas energia cósmica não enche barriga. Toda essa claridade dificulta a caça. Os animais noturnos evitam a luz, se refugiando nas sombras. Com isso, minhas investidas não passam de previsíveis.
Saio da mata de mãos abanando e, só então, me dou conta do quanto me afastei de casa. Minha cabana fica a pouco mais de três quilometro ao norte. Droga. Qual foi mesmo o motivo pelo qual eu desisti de corromper almas?
A fúria de mil guerreiros toma o meu ser.
Olho para o céu, abro os braços e grito:
— ESTÁ SATISFEITO?
Silêncio.
Ele nem se dá ao trabalho de responder.
Nem precisa. Eu sei muito bem qual é o preço do amor. Estou presa à promessa que fiz ao único homem que amei. Foi em seu leito de morte onde jurei jamais ferir outro coração.
Sou invadida por soluços e logo começo a chorar.
Sigo a pé pela estrada de chão batido, só quero chegar em casa e me afundar na cama.
Alguns minutos se passam, até que ouço o som do que parece ser o ronco do motor de uma camionete. Penso em voltar para a mata, mas a luz dos faróis inundam a estrada diante de mim. Abaixo a cabeça e continuo caminhando.
A camionete diminui a velocidade, o suficiente para me acompanhar.
— Está perdida, moça? – pergunta o motorista.
Acelero o passo e a camionete me alcança.
— Não precisa ter medo – o estranho insiste. – Nós moramos aqui perto. Se quiser podemos te dar uma carona.
Olho de rabo de olho e vejo outro homem no carona. Quero sair correndo, mas o que está atrás do volante acelera a camionete, o suficiente para me ultrapassar e bloquear o meu caminho. Eu paro ao escutar o som das rodas derrapando nos cascalhos.
O motorista sai do veículo com as mãos erguidas, um gesto muito usado pelos humanos, para expressar que não é uma ameaça.
— Nós só queremos te ajudar – sua voz possui uma rouquidão tão gostosa que me faz estremecer. Dou um passo para trás, mas ele continua se aproximando. – Não é seguro para uma mulher andar sozinha a essa...
Ele se interrompe, para de avançar e me analisa com atenção. Olha para minhas pernas, quadril, se atem um pouco mais nos meus seios e só então continua:
— Você parece faminta.
— Estou bem – respondo. Meu estomago ronca em protesto.
— Tem certeza?
Dou outro passo atrás.
— Sim, tenho! – Sorrio para ele. – Agradeço pela preocupação, mas já estou bem perto de casa.
Tento seguir meu caminho, mas ele obstrui minha passagem com o corpo. Suas mãos tocam meus seios. Meu coração dispara. Ele parece tão lindo e musculoso a meia luz que... Ouço a porta do carona se abrir.
O outro homem arrodeia a camionete.
— Hei, espera aí gatinha... Para que a pressa? – ele diz com tom de deboche e, quando eu vejo o brilho metálico em sua mão, o que parece ser uma chave de rodas, já é tarde.
Sou atingida na parte detrás da cabeça e tudo escurece.
Acordo confusa, sentindo-me tonta. Minha visão está embaçada.
— Ai – sinto um fisgada atrás da cabeça.
Ao poucos, minhas lembranças retornam. Lembro-me dos dois homens da camionete, da chave de rodas... Meu coração dispara. Tento me mover, mas não consigo. Estou sentada em uma cadeira de madeira, meus braços amarrados nas guardas. Olho em volta, o cômodo onde estou lembra minha cabana na floresta, mas não é ela. Essa está completamente vazia, a não ser pela cama de casal, a loira com uma lixa de unhas e eu. A mulher está tão concentrada nos próprios dedos que nem percebeu eu acordar.
— Por favor – sussurro –, me ajuda.
A loira olha com desdém para mim e grita:
— Léo, a vagabunda acordou!
Quem essa puta pensa que é para falar assim de mim? Cadela!
Instantes depois, a porta se abre e por ela entra o homem que me acertou com a chave de rodas. Está sem camisa e veste uma calça jeans surrada. Ele parece bem mais novo que o condutor da camionete, eu chutaria uns 19 anos. Tem um rosto simpático e, embora não seja tão musculoso quanto o outro, possui um corpo atraente.
Ele sorri para mim, enquanto se aproxima.
— Que bom que a bela adormecida acordou – ele pega no meu queixo e vira minha cabeça para olhar atrás. – Me desculpa pela pancada aí, mas você é teimosa igual uma porca.
— Me solta seu nojento – ordeno, afastando a cabeça da mão dele. – Não encosta em mim ou...
Na verdade, esse jeitão cafajeste dele está me deixando excitada.
— Ou o que vadia? – ele volta a segurar meu queixo, desta vez a pressão dos seus dedos ásperos faz meus mamilos enrijecerem. – Vai gemer igual antes, vai?
Fico sem entender nada. Gemendo, eu?
Ele olha para a loira e continua:
— A Camila não se aguentou na hora em que colocou os olhos em você. Ela é muito safada e, pelo que percebi, você também é.
— O que vocês fizeram comigo?
— O que eu fiz, vagabunda – responde a mulher. – Chupei sua bocetinha, beeeeem gostoso.
O homem, chamado Léo, levanta meu vestido. Olho para baixo e percebo que estou sem minha calcinha.
— Mas eu e o Renato não fizemos nada – diz ele em sua defesa –, ainda. Eu queria, mas meu parceiro é cheio de nove horas. Ele diz que mulher como você, não pode ser fodida de qualquer jeito.
Começo a ficar seriamente preocupada. Eu não deveria estar aqui. Eles não deveria ter me trazido para cá.
— Olha só – eu digo –, vocês precisam me deixar ir embora. É muito perigoso...
Sou interrompida por uma gargalhada alta, que vem da outra extremidade do cômodo. O condutor da camionete está lá, escorado no marco da porta.
Ele se movimenta em nossa direção, enquanto tira a camisa. Agora, sob a luz branca, percebo que ele é ainda mais musculoso do aparentou na estrada.
— Como você se chama? – ele pergunta.
Me nego a abrir a boca.
Léo, leva a mão às costas e pega a faca de caça que estava no cós da calça. Ele encosta a lâmina no meu rosto e ordena:
— Responde a pergunta, vadia!
Merda.
— Beatriz. Meu nome é Beatriz.
— Boa menina – diz Renato. – Viu como foi fácil?
Faço que sim com a cabeça. Ele continua:
— E o que você fazia naquela estrada, tão tarde da noite, Beatriz?
— Caçando – respondo.
— Caçando? – Léo ironiza. – Caçando assim, de vestidinho e desarmada?
Todos dão risada.
Renato aproxima seu rosto do meu, para olhar bem nos meus olhos.
— Conta a verdade para nós, Beatriz. Você estava dando no mato?
— Já disse que estava caçando... E vocês precisam me deixar ir embora. Não é seguro me manterem presa aqui.
Eu os advirto novamente. Mas é o mesmo que falar com uma porta.
Renato abre o botão da calça, depois o zíper e se livra da peça. Seu pênis está completamente duro. Fico impressionada com o tamanho e grossura da sua ferramenta.
— Sabe o que não é seguro, Beatriz? – ele toca com o dedo indicador a cabeça inchada do próprio pênis. – Isso aqui não é seguro, pelo menos não para você.
Minha boca enche d’água. Quero chupar seu membro, enfiá-lo na boca, até a garganta, e melecar cada centímetro com a minha saliva. Depois sugar tudo de volta.
Mas não posso. Preciso resistir à tentação.
Antes que eu consiga argumentar, Renato me pega pelos cabelos e me puxa para frente. A cabeça do seu pênis força meus lábios a se abrirem. Assim que entra, ele começa a foder minha boca, com intensas e profundas estocadas. Meus olhos lacrimejam.
Camila corre para Léo e tira sua calça. O rapaz também tem um pênis considerável. A loira o chupa com vontade, mas seus olhos nãos desgrudam de mim. Nem os de Léo.
Os dois homens gemem alto. O som do prazer começa a estimular a sacerdotisa que vive em mim. Minha fome, por sexo, desperta a devoradora de almas.
Estou de volta, sedenta por luxúria.
Mas, aqui, eu sou a vítima indefesa, então preciso agir como tal.
Renato diminui o ritmo e tira o pênis de dentro da minha boca. Está todo babado, saliva pinga dos seus testículos e se junta à poça que se formou no piso de madeira.
Ele faz um sinal para Léo que, após assentir com a cabeça, me desamarra.
— Por favor, não me machuca – eu suplico.
— É exatamente o que nós vamos fazer, vagabunda – diz Camila.
Renato pega no meu braço e me obriga a ficar de pé. Com a faca de Léo, ele abre meu vestido e sutiã. A lâmina gelada toca o bico do meu seio esquerdo e todo meu corpo estremece.
Léo se aproxima para agarrar meu seio direito, sua mão é quente e tem uma pegada gostosa. Ele brinca com o mamilo, até ficar bem duro, em seguida o lambe. Eu engulo o gemido. É muito difícil aparentar estar apavorada, quando se está com a boceta toda molhada.
Renato lambe os próprios lábios, enquanto observa o amigo, mas ele não resiste por muito tempo. Solta a faca e se atraca no outro seio, com mordidinhas provocantes que fazem minha respiração acelerar.
Camila, abaixa no meio de nós três. Com uma das mãos ela masturba Léo, ao mesmo tempo em que chupa o pênis de Renato e enfia dois dedos dentro da minha vagina. Minhas pernas instintivamente se abrem, para que a loira possa me penetrar bem fundo.
Eu estou a um triz de gozar quando eles param com as carícias e Renato me joga de costas na cama. Léo, já do meu lado, abre minhas para o líder do bando inspecionar de perto a racha. Ele toca, com os dedos, os lábios da minha vagina e, quando chega no clitóris, tenho um sobressalto de prazer.
— Calma, Beatriz – eu o ouço dizer –, eu ainda nem coloquei a boca.
Mal posso esperar por isso.
— Me deixa ir embora – imploro, voltando a personagem frágil e apavorada. – Prometo que não vou contar para ninguém.
Renato olha para Camila e diz irritado:
— Ou você cala a boca dessa puta com a sua boceta, ou vou ter que cortá-la fora.
Camila senta no meu rosto e esfrega a vagina na minha boca.
Ela está tão molhada que me deixa toda melada.
— Suga todo o mel da minha boceta, vagabunda – ela ordena. – Me faz gozar gostoso.
Com prazer.
Eu obedeço e começo a foder Camila com a língua.
Renato e Léo revezam minha vagina. É difícil saber qual das duas bocas me dá mais prazer.
Prefiro não opinar.
Ambas são deliciosas.
— Assim! Assim! – Camila estremece sobre mim e despenca para o lado, extasiada. – Meus Deus, que boca gostosa essa vagabunda tem.
Olho para Renato e seus olhos brilham de prazer. Ele me puxa para si, ergue minhas pernas sobre os seus ombros e me penetra. Seu pênis, grosso e viril, desliza até o fundo.
Deixo escapar um gemido de prazer.
— Isso, geme para mim. Geme gostoso.
Não consigo mais fingir. Entrego-me por completo ao macho que me fode com tanto empenho. Mexo o quadril para cima e para baixo e Renato revira os olhos a cada estocada que dá.
Estendo o braço e agarro o pênis de Léo. Puxo-o para mim e começo a sugar seu membro com vontade. O rapaz geme descontroladamente, até que, não aguentando mais, goza dentro da minha boca. Seu esperma quente me revigora.
Renato acelera o movimentos dos quadris e, cada vez que ele mergulha bem fundo dentro de mim, mais enlouquecida eu fico. Começo a gemer e estimular meu próprio clitóris com os dedos. Ao ver eu me tocar, Renato delira. Ele hurra feito um touro, joga a cabeça para trás e explode dentro de mim.
Eu também gozo em seguida.
O que acabou de acontecer foi maravilhoso, e eu deveria me sentir culpada, mas tudo que eu quero é mais.
Toco a vagina de Camila, enfiando os dedos sem dó. Ela fecha os olhos e morde os próprios lábios. Léo observa a loira se contorcer e fica excitado novamente. Ele chega perto dela e coloca a cabeça do pênis na portinha. Retiro os dedos, seguro firme seu membro e o coloco lá dentro.
Léo fode Camila com força.
Eu também quero seu pau dentro de mim, mas no momento está ocupado.
Olho para Renato e ele sorri para mim.
Sinto um arrepio percorrer minha espinha. Conheço bem esse tipo de risada.
— Ai.
Ele me pega pelos cabelos e me põe de quatro na cama. Dá um tapa no meu traseiro e em seguida abre minha bunda. Renato introduz a língua no meu ânus. Coloca o máximo de profundidade que consegue e depois tira. Cospe na entrada e volta a enfiar língua.
Em seguida são os dedos. Primeiro um.
Dois.
Três dedos ao mesmo tempo.
Por fim, sinto a cabeça do pênis de Renato forçar na entrada.
— Não! – protesto.
Renato me segura firme pelos quadris.
— Sim, sua puta. Vou comer gostoso esse buraco.
Ele começa a foder meu cu, sem dó. Dói, mas logo as dor torna-se prazer. Começo a rebolar no ritmos das estocadas.
Ver a jeito que Léo me olha sendo fodida, me deixa ainda mais molhada. Sorrio para ele e, como era de se se esperar, ele abandona Camila para se juntar ao amigo.
Ambos revezam meu cuzinho.
Camila abre as pernas e dou início a mais uma sessão de lambidas, até ela gozar novamente e os dois encherem meu cu de porra.
Pela manhã, faço uma prece, aos três, pela noite de prazer que me proporcionaram, e pelos meses que seus corpos me servirão de alimento.
Não posso dizer que tiveram uma morte rápida e indolor, não é assim que funciona.
Afinal, eu sou uma devoradora de almas.
Fim