Salvamento parte 3


Cheguei em casa e minha mente estava uma bagunça. Ainda sentia o cheiro de Rafael em minhas mãos. Eu estava inebriado e ofegante. Fechei a minha porta e tranquei a chave. Olhei para o meu corpo e para as minhas mãos. O que diabos eu tinha feito?
Eu não sabia o que pensar. Minha mente estava em negação e meus sentidos estavam afetados com o desconhecido. Flashes pairavam em minha mente e me atormentavam dentro do hall da entrada do meu apartamento. De repente comecei a tirar a roupa muito rápido. Despi-me completamente e andei até o meu quarto. Olhei-me nu em frente ao espelho e meu pênis se encontrava com uma meia ereção. Meu corpo tremia da cabeça aos pés, cheio da adrenalina provocada por Rafael, mas o meu eu, o homem heterossexual que eu era negava-se e sentia nojo de mim mesmo.
Corri para o banheiro. Precisava urgentemente me limpar. Tirar o cheiro de Rafael que estava impregnado em mim. Liguei a água quente e me esfregava com força. Meu sabonete rodopiava por todas as frestas do meu corpo. Eu precisava eliminar aquilo. Rafael era meu melhor amigo, era homem e meu colega de trabalho. Como isso foi acontecer? Eu jamais havia sentido nada igual antes. Sempre gostei de mulher. Transava com mulheres, saia com mulheres, pensava em mulheres. Minha mente estava uma bagunça.
Deitei na minha cama ainda pelado e olhei para o teto. Imaginava mil coisas. Pensava em como Rafael havia me visto gozar, gemer. O modo como meu corpo fazia quando eu sentia prazer. Era estranho que agora meu melhor amigo soubesse dessas intimidades tão poderosas. Coisas que somente mulheres haviam visto, e gostaram. Me elogiavam, diziam que eu tinha uma piroca grossa e que eu as preenchia. Rebolavam em cima de mim como vadias a noite toda e se gabavam com o fetiche de eu ser um bombeiro. Agora Rafael também sabia. Suspirei e passei a mão no rosto.
O relógio batia exatamente 19:00 e eu só conseguia me lamentar. Após a loucura que aconteceu entre nós, foi a minha vez de surtar. Saí as pressas do quartel deixando Rafael para trás e vim me refugiar entre as minhas quatro paredes. Ali, em meio a escuridão do meu apartamento eu podia tentar pensar melhor.
De repente uma ideia me ocorreu. Era idiota da minha parte, mas eu queria tentar, precisava na verdade. Corri para a sala e peguei meu computador. Conectei na televisão e então acessei um site pornográfico. Haviam algumas garotas e eu escolhi a que mais me agradava aos olhos. Coloquei a cena para rolar e deixei com que ela se despisse e se masturbasse na tela enorme da minha Tv.
Senti meu pau endurecer novamente e comecei a me masturbar olhando aquela garota enfiar os dedos na sua vagina. Ela era morena e tinha os cabelos pretos. A típica brasileirinha gostosa. Eu estava sentindo prazer e gostava disso. Era bom entender que aquela garota me excitava. Pelo visto aquilo me fazia um pouco mais convicto da minha masculinidade. Comecei a pensar que o lance com Rafael poderia ser entendido como algo inusitado.
Desisti de me masturbar ao ter certeza de que nada tinha mudado em mim. Eu gostava de garotas, mas aquela experiencia tinha sido um teste apenas. Logo a minha mente voltou a cogitar algumas desculpas para justificar o que aconteceu. Coisas como prazer reprimido, por eu não ter tido a sorte de transar depois do ocorrido na Bahia de Guanabara, ou quem sabe apenas o instinto sexual. Minha mente tentava imaginar impulsos que me fariam não rejeitar nem sequer um homem em um momento de excitação.
Até que me lembrei do beijo. O beijo foi o problema que mais me deixou preocupado. Eu não sabia justificar aquilo. Se eu até mesmo tivesse transado com Rafael minha mente talvez julgasse que foi coisa do próprio prazer, que uma vez que o pênis fica duro a gente meio que perde o controle e só para pra pensar após a ejaculação. Só que não, eu o havia beijado também. E eu não queria ter feito aquilo. Será que o meu arrependimento era simplesmente obra da minha moral, ou simplesmente outra forma de repressão de sentimentos?
No meio desse turbilhão de informações meu celular tocou. Corri para o hall de entrada e vi que era Rafael. Tinha uma mensagem de voz.
- Oi, cara. Não tô conseguindo pensar direito. Abre a porta aí, sei que está em casa.
Eu gelei dos pés a cabeça. Olhei pelo buraquinho do chão da minha porta e vi a sombra de dois pés parados em frente. E eu estava pelado e atrás da porta ouvindo a mensagem em no viva voz.
- Um minuto - eu disse.
Vi os pés se mexerem e logo em seguida a voz de Rafael disse:
- Tudo bem, eu ouvi que acabou de escutar a minha mensagem.
Coloquei uma cueca e um short e abri a porta para Marcelo. Ele também estava vestido como um civil quando passou pelo hall do meu apartamento escuro e foi direto pra minha sala. sentou-se no meu sofá e tirou os tênis. Ele usava jeans e uma blusa vermelha.
Eu estava muito nervoso. Sentei no sofá também e acompanhei os olhos de Rafael enquanto ele varria meu apartamento e pousaram nos meus por fim.
- Eu atrapalhei alguma coisa, cara? - ele olhou meu corpo seminu.
Senti muita vergonha naquela hora. Mas ao mesmo tempo algo bom. Uma tensão muito forte.
- Na verdade eu estava checando uma coisa - eu disse.
- Hmm... - disse ele.
A gente não sabia o que dizer um ao outro. Sabíamos que precisaríamos conversar uma hora ou outra, mas não queríamos tocar naquele assunto. Admitir o que aconteceu era tornar aquilo real, e acredito que era a última coisa que eu e Rafael queríamos fazer naquele momento.
- Quer beber alguma coisa, cara? - ofereci.
- Tem cerveja? - ele perguntou.
- Só café - eu respondi. - Quase sempre estou no trabalho. Não tenho tempo para tomar cerveja em casa.
Fui na cozinha preparar o café e Rafael me seguiu. Eu sentia seu olhar nas minhas costas.
- Na verdade, Marcelo, acho que você sabe por que eu vim aqui hoje - ele pareceu tomar coragem enquanto eu ainda estava de costas.
Meu coração bateu mais forte. A adrenalina começara a subir e me fazer suar.
- O que está acontecendo com a gente? - ele soltou boca afora.
- Eu não sei - eu disse enquanto colocava o pó de café na cafeteira.
Ali, enquanto a máquina fazia o barulho do processamento do café, me debrucei no balcão da minha pia e esperei ele falar.
- Por que não me esperou hoje no quartel? - ele perguntou.
- Eu... Eu precisava ficar um pouco sozinho - eu disse.
- Cara, isso tá muito estranho - ele disse. - Eu não posso mais lidar com isso, tá legal? Veja no que a nossa relação se transformou! Era fácil conversar com você antes, mas agora está ficando simplesmente muito difícil.
- Acho que a gente fez alguma coisa muito errada - eu disse a ele.
Não conseguia olhar nos olhos de Rafael. Eu dizia isso tudo com extremo constrangimento.
- Foi só uma punheta, Marcelo. Conheço amigos que fazem isso toda hora - disse ele.
- Mas cada um com o seu pau, cara. Acho que eles não pegam no pau do amigo e fazem ele gozar, fazem?
Rafael ficou parado. Finalmente nos olhávamos nos olhos.
- O que isso significa? - ele perguntou. - Será que somos gays?
Aquela denominação me doeu por dentro. Só em pensar que alguém poderia me chamar daquilo já me embrulhava o estômago.
- Não... Calma aí - eu sai da cozinha e fui ao banheiro.
Fiquei me olhando no espelho por alguns segundos. eu precisava me recompor. Rafael veio atrás de mim novamente.
- É estranho, cara - ele me olhava pelo espelho do banheiro. - Desde de que acordei eu só conseguia pensar em você. Quer dizer, eu não sou gay, tá legal!? Mas por que eu ando tendo esses pensamentos estranhos? Eu não sinto atração por outros homens. Você que tá me causando tudo isso...
Ao ouvir aquilo, algo dentro de mim despertou de novo. Aquele mesmo fogo de mais cedo. Olhava a boca carnuda de Rafael pelo espelho e só conseguia imaginá-la em partes do meu corpo no qual elas jamais estiveram antes.
- Droga! - pensei. - Eu estava tendo pensamento libidinosos de novo. Mas agora estava além apenas de beijos os punhetas. A tensão sexual me fazia pensar apenas em uma coisa: eu queria transar com Rafael. Queria fodê-lo. Peguei-me viajando por entre corpo até que eu liguei a torneira e molhei as mãos e o rosto. Só podia estar maluco.
- Você já sentiu algo assim antes? - ele perguntou-me.
Como se eu acordasse de um transe eu respondi.
- Cara, acho melhor você ir embora.
Ele pareceu se decepcionar.
- Marcelo, só tem um jeito de acabar com isso.
Rafael veio em minha direção e me beijou novamente. Nossos corpos se chocaram e logo estávamos perdendo o controle outra vez. Dessa vez deixei-me levar. Tirei a roupa e puxei as dele. Ficamos nus no banheiro e fomos andando enquanto nos beijávamos até a cozinha.
Dessa vez eu tentava notar as sutilezas do corpo masculino ali. Não sei se Rafael sentia o mesmo, mas quando me peguei naquele frenesi louco e extremamente excitante, conseguia notar os músculos de Rafael melhor. O cheiro era o mesmo de mais cedo e me agradava, porém era algo forte, masculino. Outra coisa que também percebi foi a forma do beijo. Ambos nós parecíamos querer dominar. Nossos braços não se encontravam, mas nossos corpos se cocavam toda hora. Senti seu pênis encostando no meu e nas nossas barrigas.
Rafael era quente. Então passei ao passo seguinte. Assim como eu faria com uma mulher, assim fiz com ele. Levantei uma de suas pernas. E coloquei minhas mãos na sua bunda. Havia alguns pelos e eu a acariciava. Ousei mais e tentei por os dedos no seu ânus, mas então Rafael me afastou.
- Ei, ei, ei...
Foi bem estranho. Mais uma vez estávamos pelados encarando um ao outro. Só que dessa vez acho que fomos mais longe do que jamais havíamos ido.
- Você quase colocou a mão no meu cu, cara - ele disse.
Nós estávamos ofegantes.
- Não era pra fazer? - eu perguntei.
Rafael olhou-me com cara de preocupado.
- Cara, você tá tentando me comer, é isso?
Eu fiquei morrendo de vergonha. Além da negação, ainda tinha que lidar com meu melhor amigo me perguntando se eu o queria comer.
- Cara, acho que a gente está de um jeito que... sei lá... Eu só fui de impulso - eu disse.
Minha rola estava pra frente, dura como uma pedra. Rafael também estava ereto e seu pênis se curvava meio de lado.
- Eu não tinha pensado nessa parte - ele falou. - Quer dizer, eu estou aqui, pelado. Estou te beijando, cara. Mas sei lá... É muito esquisito em saber que o sexo tem que ter a penetração e não tem nenhuma buceta aqui.
Algo estalou na minha cabeça. Algo que eu jamais tinha pensado. Embora eu estivesse tendo todo aquele desejo pelo meu melhor amigo, embora eu estivesse beijando e excitado a ponto de querer transar, eu jamais cogitei a ideia de que nós dois somos homens e héteros. Ou seja, para que o sexo acontecesse de fato, algum de nós teria que dar e o outro comer.
A ideia de comer Rafael era muito convidativa, mas a de dar me fazia extremamente vulnerável. Principalmente quando olhava pra sua rola amarronzada e grossa.
- O que faremos? - perguntei.
- Droga - disse ele.
- Você tá com medo? - perguntei.
- Vai tomar no cu, Marcelo - ele riu. - Tu tá de pau duro aí querendo me foder, cara!
Aquele não era o melhor momento pra descontrair, mas confesso que ri um pouco. Eu simplesmente não tinha ideia de como continuar. Quando o sexo era com garotas, não tinha que ter uma disputa sobre quem iria comer quem. Eu que tinha o pau, eu comia e ela dava, simples. Mas e agora?
- Porra, Rafael. Tu vem aqui em casa, me beija, me deixa louco de tesão aqui... Tu tava pensando o que? Eu quero te foder mesmo - eu disse. E naquele momento a vergonha sumiu, dando lugar a safadeza. - Quero foder essa sua bundinha aí, cara. - Eu pegava no meu pau e fazia movimentos, me masturbando pra ele.
Rafael ponderou enquanto me olhava.
- Porra, cara. Eu também quero te foder - ele disse.
- Eu te como e depois tu me come - eu falei sem pensar. Na hora do tesão as palavras saem sem a gente pensar muito no que está dizendo.
Fui me achegando para perto de Rafael e o beijei de novo. Logo entrávamos outra vez na nossa dança frenética de prazer até que eu forcei de novo a mãos na sua bunda. Dessa vez ele não se afastou. Toquei seu ânus com o meu dedo e ele riu enquanto retraia-se pra frente, seu pai contra a minha barriga.
- É estranho - disse ele.
- É ruim? -- perguntei ofegante.
- Diferente - disse ele.
Conforme íamos nos pegando, consegui com algum custo deixá-lo de quatro. Me afastei dele e cuspi no seu cu e no meu pau.
- Caralho! - disse ele. - Essa porra é gelada.
Acariciei o ânus dele e ele ficava olhando para mim toda hora. Rafael estava muito inseguro.
- Caralho, é muito constrangedor ficar assim. Porra, tu tá vendo meu cu, cara - ele dizia. E conforme suas palavras saíam, aquilo me deixava mais e mais excitado. Eu estava dominando um homem, prestes a colocar meu pau no cu dele. Caralho! Eu tava muito louco de tesão.
Forcei um pouco meu pênis no buraco dele. Rafael tinha alguns pelos na bunda, o que a deixava estranhamente linda. Ela era redonda e quase negra que pendia junto com suas cochas grossas e seu saco balançando.
- Ai - ele disse. Tua rola tá arregaçando...
Forcei mais quando ele disse aquilo. Sei que ele queria que eu fosse devagar, mas aquelas palavras me deixaram mais louco de tesão ainda.
Logo eu estava dentro dele. Diferente das meninas, Rafael era mais rígido. Sentia meu quadril encostar nas suas nádegas enquanto meu pau arrombava aquele cuzinho virgem. Dei a primeira estocada e ele gemeu, mas eu não conseguia parar. Meu corpo se mexia pra frente e pra traz e pra minha decepção durei menos de um minuto.
Gozei dentro do cu de Rafael, que se afastou e caiu no sofá.
- Foi rápido - disse ele.
Eu estava tomado de prazer. Até que então senti as mãos dele sobre mim.
- Minha vez - ele disse.

Continua....


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Comentários


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gordinho64 Comentou em 31/03/2021

Porque parou?

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negroduque Comentou em 09/01/2020

Esperando o restante do conto...

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negroduque Comentou em 30/12/2019

Kd o restante do conto ?

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negroduque Comentou em 06/12/2019

Kd o restante do conto???

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morsolix Comentou em 11/04/2019

Então, já nem mais lembrava desta história.A idéia de dois fardados sempre é excitante.Lendo de novo.Bem, é muito fácil criticar do q escrever ou criar e as vezes criticar por criticar, não é legal.A história é boa.Ainda falta algo...mas está interessante.Paraben

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cleysonsaluce Comentou em 10/04/2019

Obrigado! Espero que estejam gostando...

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natho Comentou em 10/04/2019

Perfeito cara. Tesão seu conto. Ja no aguardo da continuação.




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Ficha do conto

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Nome do conto:
Salvamento parte 3

Codigo do conto:
136098

Categoria:
Gays

Data da Publicação:
10/04/2019

Quant.de Votos:
8

Quant.de Fotos:
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