PAPAI E TIO MARCOS – “OS SENHORES DOS ANÉIS” – PARTE 6

Depois de nossa estreia não paramos mais de trepar, enquanto estivemos naquele quarto de hotel. Apesar do meu tio, de vez em sempre falar do meu pai o que me chateava bastante, ele me fez muitíssimo feliz durante toda nossa viagem., mas em compensação assim que chegamos ele não só destruiu tudo que vivemos de maravilhoso nos últimos dias, como além de me fazer a pessoa mais infeliz do mundo, ainda me obrigou a tomar a decisão mais difícil que já tinha tomado na vida, Procurar meus pais e ir morar com eles.

Assim que Tio Marcos fechou a conta do hotel, fizemos a viagem de volta pra casa e a cada quilômetro, eu o sentia mais distante de mim e assim que chegamos em nossa cidade e antes de chegarmos em casa recebi dele o golpe mais duro de toda minha vida.
- Meu amor, o que está acontecendo contigo? Porque tanta tensão?

- Que história é essa de meu amor, Rafael? Se alguém te ouvir dizer um absurdo desses, pode até pensar mal de mim, sabia? Além do mais sou seu tio e o homem que lhe criou. Não acha que me deve respeito, rapaz?

- Me desculpe Tio Marcos. O senhor tem toda razão. Até assinar o divórcio, certamente será mais sensato de nossa parte mantermos nosso amor em sigilo absoluto e sermos o mais discreto possível, afinal não queremos e nem devemos magoar Tia Nina, não é mesmo?

- Divórcio? Nosso amor? Enlouqueceu, moleque? Do que você está falando?

- Como assim, do que estou falando? Estou falando dos três dias maravilhosos que passamos juntos naquele hotel e de tudo que lá vivemos. Das suas confidencias e de seu desabafo em relação ao fim do seu casamento com minha tia. De suas promessas.

- Você só pode estra bêbado ou louco, Rafael. Passei três dias trabalhando que nem burro de carga em Belo Horizonte, enquanto você ficou “SOZINHO”, naquele maldito hotel fazendo sabe-se lá o que. E que papo é esse de divórcio? Eu e sua tia nunca fomos tão felizes em nosso casamento, quanto nos últimos meses. Aconselho-o a procurar um psiquiatra para fazer um tratamento urgente, viu rapaz? Está vendo e ouvindo coisas demais. Que conversa mais estapafúrdia é essa, moleque? Eeeeu heim?

- Além disso não ter graça nenhuma, também não vou cair na sua. Portanto pode parar de me zoar, viu seu engraçadinho?

- Olhe bem pra minha cara e me responda se estou com cara de quem está brincando? Estou começando a me preocupar muito com sua saúde mental, viu garoto? Quer acabar com minha reputação e com meu casamento, seu inconsequente? Em primeiro lugar, sou MACHO, ESPADA. Em segundo lugar, amo sua tia e em ultimo lugar, eu não só acho incesto pecado, como eu jamais me envolveria com meu sobrinho, só porque ele é viado. Nem se você fosse MINHA SOBRINHA, eu me permitiria a uma coisa nojenta dessas. Se insistir nesse absurdo, serei obrigado a expulsá-lo de minha casa. Estamos entendidos, seu descompensado, seu alucinado?

Nesse momento, minha ficha caiu de uma só vez e me sentindo o imbecil dos imbecis, comecei a me sentir muito mal e por um triz não desfaleci bem na frente do canalha, do mal caráter, do pústula do meu tio. O suor começou a minar e a escorrer pela minha testa sem parar, meu corpo todo começou a tremer, meu coração disparou e minhas vistas se escureceram. Precisei tirar forças não sei de onde, para simplesmente fixar meus olhos nos olhos, e responder:

- Não se preocupe, pois não precisará se dar ao trabalho de me expulsar de casa, meu senhor?

- Agora sim, está começando a recuperar seu juízo. Sabia que se eu lhe desse uma forcinha, imediatamente você ia parar de ter alucinações. Agora feche logo essa matraca e vamos logo pra casa, porque quero pegar sua tia em casa antes dela sair pro trabalho, para tirar o atraso, afinal de contas não trepo a mais de três dias e estou morrendo de saudades da buceta quente e deliciosa da minha mulherzinha.

- Não sei se é burro ou se está se fazendo de idiota, seu canalha, duma figa. Acha mesmo que eu voltaria a dormir sob o mesmo teto do ser mais detestável e desprezível, que conheço, seu verme, seu monte de lixo?

- Quer levar uma porrad...?

- CALE ESSA BOCA, SEU VERME, se não quiser que eu comece a fazer um escândalo agora mesmo e preste bastante atenção no que vou lhe dizer, por que só direi uma vez. Viva muito bem enquanto pode, pois o troco tardará, mas não faltará. Dedicarei o resto dos meus dias para prejudicá-lo até destruí-lo por completo. A partir desse momento, farei de um tudo para transformar sua miserável vida num verdadeiro inferno. E só vou ficar de boca fechada por enquanto, pela consideração que tenho pela Tia Nina, que só trai, por acreditar em suas falsas promessas. Nunca mais ouse se aproximar de mim, falar comigo ou abrir esse seu esgoto de boca para pronunciar meu nome. Estamos estendidos, seu merda?

- Mas o que é que eu vou dizer pra sua t.... ??

- Acho que está querendo um escândalo, não é mesmo monstro? Qual a parte de nunca mais fale comigo, o idiota não entendeu?

- - Mas o que é que eu vou dizer pra sua tia? Como vou explicar seu sumiço?

- O que vai falar ou deixar de falar, pra coitada da minha tia é problema seu e espero que se dê muito mal com suas palavras. Por enquanto, “POR ENQUANTO”, só me resta dar-lhe as costas e começar a preparar minha vingança, que será mais certa que o resultado da soma de dois mais dois. E se por acaso eu ouvir mais uma palavra saída da sua boca de serpente, não vai acreditar no escândalo que farei bem em frente ao portão de sua casa. O melhor que tem a fazer agora, é SUMIR DA MINHA FRENTE. Um...., dois.....

Graças a Deus, o canalha se mandou antes de ouvir o três, pois destruído como eu estava, jamais conseguiria iniciar um escândalo naquele momento.

Arrasado me afastei o máximo da frente da casa que antes também era minha e devastado comecei a pensar no que faria, pois como vivia de mesadas, o dinheiro que tinha economizado e que estava em uma conta bancária que eu tinha aberto quatro meses atrás, logo acabaria.

“ E agora, Meu Deus? O que faço? Pra onde vou? “

Quanto mais eu pensava, com mais ódio eu ficava do meu tio e foi esse ódio e pensando em acabar com ele que tomei uma decisão.

“É isso mesmo, que farei! Irei pra casa dos seus pais. Arrumarei um emprego, para não mais morar de favores, usarei de muita falsidade para me aproximar bastante do ordinário do meu pai, até arrancar dele todos os podres do canalha do meu tio e assim que eu descobrir qual é o calcanhar de Aquiles do miserável, me mando de lá e volto para cumprir a promessa que O fiz. ACABAR, DESTRUIR, ANIQUILAR SUA DELE.

Muito decidido e me alimentando de ódio a cada instante, horas depois eu estava em pé de frente ao portão da casa daqueles que há anos me abandonaram.

CONTINUA ...