Como Ivete ficou brava como eu nunca visto e também porque sem entender o motivo eu queria por queria acabar com o romance dos viadinhos antes mesmo de começar, e porque eu estava dando muita bandeira, resolvi manter a linha e me desculpar com ela, para que o trio não viajasse sem mim.
- Peço-lhe mil desculpas, meu amor! Realmente nada do que eu disse faz sentido. Acha que devido ao amor que sinto por ti, e porque conheço as maldades da vida, é que reagi de um a forma bastante estúpida. Minha intenção foi só de proteger tanto você, quanto meu futuro e querido cunhado. E quanto a homofobia, não precisa se preocupar com isso, pois tenho tanto horror de pessoas homofobicas quanto você, viu princesa? Menti na cara dura.
- Tudo bem, meu amor! Uma pessoa tão moderna e arrojada quanto você, não podia mesmo ser nem um pouquinho preconceituosa, não é mesmo?
- Claro que não. Tenho verdadeiro asco de pessoas preconceituosas.
- Agra só falta saber um detalhe. Vai no seu carro ou quer que passemos aí para te pegar e vamos todos no meu?
_ Como amo dirigir, acho que irei no meu mesmo. Sábado nos encontraremos bem cedo em frente sua casa e vou seguindo-a em meu carro. Combinado?
- Combinadíssimo, então. E para você não ir sozinho, nos dividiremos. Vou com meu irmão e o NIl vai contigo, certo?
No primeiro instante, detestei a ideia da Ivete, mas assim que raciocinei melhor comecei a gostar e muito da mesma, pois essa seria minha chance de envenenar o tal relacionamento, antes mesmo dele ter início.
- Adorei sua ideia, meu bem! Dessa forma além de conhecer melhor o Nil, ainda poderei dar “AQUELA FORÇA” pros dois, ok?
Assim que desliguei o telefone, decidi que faria, para impedir, que meu cunhadinho se envolvesse com o infeliz do NIl. E não é que o destino ainda me deu a maior força. Devido a um sério imprevisto de trabalho nas empresas do seu pai, Ivete não pode nos acompanhar e como o chalé, ficava a poucos quilômetros da cidade e com esperança que a amiga resolvesse a tal emergência rapidinho, Nil fez questão de ir em seu carro, a fim de buscá-la e levá-la ao nosso encontro, tão logo tudo estivesse resolvido, o que pra minha sorte não aconteceu. Nem a Ivete, conseguiu se livrar de seu problema no final de semana e ir nos encontrar, como devido a meu plano muito bem arquitetado, nem a primeira noite o tal do Nil, dormiu no chalé.
Pra completar, ainda dei a maior sorte, pois para me dar uma força, devido a tristeza que fingi sentir, porque Ivete não nos acompanharia, Ivan resolveu ir em meu carro, para amenizar um pouco ”meu sofrimento” e foi no caminho pro chalé, que já comecei a colocar meu plano de impedir o namoro dos pombinhos, em ação. Sentindo uma coisa, muito estranha pelo meu cunhado, que nem de longe conseguia entender o que era, mas que era o sentimento mais intenso e prazeroso que já tinha sentido na vida, pouco tempo depois que pegamos a estrada, comecei a confundir e a envenenar o Ivan, contra seu futuro namoradinho, que sem entender o porquê motivo eu queria ver pelas costas.
- E aí, cunhado? Me conta onde, quando e como conheceu o Nil. Pode se abrir e confiar em mim, porque já me sinto da família, viu?
- Sei disso, Robson. Minha mana, só fala coisas boias a seu respeito e por isso não só confio 100% em você, como também já o considero membro da família.
- Muito obrigado, Ivan. E como já sinto que somos tipo irmãos, é que mesmo muito constrangido sem jeito e chateado, preciso contar-lhe uma coisa, sobre o Nil.
- Sobre o Nil? Você já o conhecia, Robson? Por favor, fale logo, porque me deixou bastante preocupado com esse seu comentário.
- Estou me sentindo tão mal com o que tenho para lhe dizer, que acho melhor nem dizer, viu Ivan?
-Poxa vida, Robson! Não disse que me considera um irmão? Então. Irmãos não devem ter segredos entre si. Também não pode fazer uma coisa dessas comigo. SE está assim tão acabrunhado com que tem a me dizer, é porque com certeza a coisa é bem séria. Estou enganado?
- Não, cunhado! Não está! Mas também não quero que o Nil me odeie, caso você conte pra ele o que estou prestes a te contar. Como minha única intenção é alertá-lo e impedi-lo de entrar numa fria, só te contarei tudo que acho que precisa saber, sobre seu futuro namoradinho, se prometer guardar segredo.
- Quanto a isso, você pode ficar tranquilíssimo, cunhado! Por pior que seja que tem para me contar, asseguro-lhe que eu jamais prejudicaria uma pessoa que só quer me ajudar. Principalmente essa pessoa, sendo você.
- Bom! Nesse caso, não posso deixa-lo se prejudicar e vou diret5o ao assunto, ok?
- Ok! Sou todo ouvidos, Robson!
- Não sei se sua irmã, lhe contou mas anteontem nos encontramos com o Nil, num barzinho perto de sua casa e Nil começou a se abrir conosco em relação a você, Inicialmente acreditei nele e fiquei torcendo para vocês se acertarem , mas não demorou muito para eu começar a pensar diferente, pois ele não tirava os olhos de mim e bastou sua irmão ir ao banheiro, para ele pegar no meu cacete, debaixo da mesa, começar a me cantar e a me dizer que só estava tentando se aproximar de você, porque estava muito a fim de mim. Que desde o dia que me viu de longe com sua irmã, não parou de pensar em mim e que ia fazer de tudo para me dar seu cu. Mesmo que pra isso, tivesse que usá-lo, até me conquistar, ou virar inimigo da Ivete.
- Meu Deus, do Céu! Como esse cara é falso e perigoso, Robson. Quer dizer que se não fosse pela sua bondade, sinceridade e seu apreço por mim, eu ia cair na maior cilada desse mundo, heim? E agora? O que farei? Não poderei e muito menos conseguirei passar final de semana ao lado de uma pessoa tão maquiavélica, assim. Acho melhor voltarmos, daqui mesmo.
- Acalme-se Ivan. Estou tão ou mais indignado com esse cara, que você viu? Mas se me permitir, sei bem o que fazer para lhe tirar dessa fria, sem brigas ou sem precisar usar de estupidez. Isso, claro, se me autorizar a agir, confiar em mim e não ficar pensando que sou tão canalha quanto ele.
- Claro que autorizo, cunhado! Tem meu aval para fazer o que for necessário, para nos livrar desse sujeitinho mal caráter, viu?
- Já que é assim, preste atenção no que vou fazer. Assim que chegarmos ao chalé, inventarei uma forte dor de cabeça e direi que vou a cidadezinha mais próxima comprar um remédio, pois não trouxe nenhum. Em seguida quero que faça o que for preciso para ele me acompanhar. O resto será comigo, ok? Darei um jeito de ser tão falso quanto ele e o farei beber de seu próprio veneno. Confie em mim e faça exatamente o que estou lhe dizendo, que garanto me livrar dele, mais rápido que possa imaginar. Consegue fazer que lhe pedi? Tudo dependerá de sua atuação e de seu poder de persuasão, certo?
- Certíssimo! Pode contar 100% comigo, Robson! Confio totalmente em você e desejo-lhe boa sorte. Espero que tenha sucesso, sabe-se lá com o que vai fazer, pois se ele não for embora, quem irá serei eu.
Mesmo sem ainda saber por que eu estava tão empenhado em impedir a aproximação do casalzinho de gays, uma força maior me movia e me obrigava a continuar com meu plano e a fazer tudo que fosse necessário para obter sucesso, mesmo que para isso fosse preciso fazer o sacrifício de seduzir e fazer falsas promessas pra o tal do Nil, pois tudo que eu desejava naquela altura do campeonato era ficar sozinho aquele eles dias com o Ivan, mesmo sem entender nada do que estava me acontecendo. E não é que depois de me sacrificar um pouco, acabei me livrando mesmo do viadinho do Nil e me dei muito bem? Mesmo resistindo bastante para não cair em tentação e lutando para não passar por cima de minhas crenças e preconceitos, na primeira noite que passei com o Ivan, na segunda o bicho pegou com força, o que felizmente fez minha vida mudar completa e radicalmente, pois hoje sou um homem realizado e muito feliz no que diz respeito ao amor.
Mas voltando ao relato, assim que chegamos no chalé e antes do Nil, levar suas malas pra dentro dele, comecei a urrar de dor de cabeça e meu cunhadinho foi perfeito ao convencer o infeliz a me acompanhar até a cidadezinha mais próxima dali afim de comprar remédios para curar minha “terrível enfermidade” e pouco depois que entramos no carro, rumo ao nosso destino, comecei a agir.
Com meu celular a postos, cantei e seduzi o baitola na cara dura, que em questão de minutos caiu direitinho e minha armadilha.
- Me desculpe, mas preciso muito desabafar contigo, NIl! Mas só o farei se você prometer, que não contará nada para o Ivan, pois considero tanto ele, quanto você pra caralho, e a última coisa que quero é magoar qualquer um dos dois e se não fosse pelo que estou sofrendo desde a primeira vez que te vi, eu jamais me abriria contigo, rapaz.
- Não estou entendendo nada, meu amigo. Mas se fiz algo que o feriu tanto assim, antes de mais nada já lhe peço mil desculpas e lhe asseguro que foi complemente sem intenção. E se precisa desabar comigo, pode fazê-lo sem medo. Prometo que o que me disser nesse carro, ficará nesse carro, ok?
- Então assim o farei, Nil! Obrigado por sua atenção e compreensão, viu? O negócio é o seguinte, meu querido! Não consigo parar de pensar em você e de te desejar. Nãos ei porque, mas durmo, sonho e acordo com você todos os dias. Estou perdidamente apaixonado por você.
- Como você é brincalhão, heim Robson? Bom ator até demais, viu? Confesso que se o que está dizendo, fosse verdade, você não me escaparia de jeito nenhum, viu? Imagina se vou acreditar que um homem tão lindo e tão másculo, como você, possa se envolver comigo?
- Mas tudo que estou dizendo é a mais pura verdade, Nil. Estou mesmo apaixonadíssimo por você, cara.
- SEEEIIII ... !!! Melhor desistir da pegadinha, porque não cairei nessa sua zoeira, nem a pau, viu amigão?
Devido a incredulidade do viado, fui obrigado a ir mais longe com ele e antes de responder, parei o carro no acostamento, tirei a rola pra fora e lhe disse:
- Mas estou falando a verdade, Nil. O que preciso fazer para lhe convencer? Será mesmo que nem a pau, lhe faço acreditar em mim? Nem por esse pauzão aqui? Que está duro desse jeito, por sua causa? Veja! Quer dar uma pegadinha nele, gostoso? E uma chupadinha? Tem certeza que vai recusar?
CONTINUA ...
Ja sei q, no fim, esse Robson vai sentar na rola, tenhonfé.
Será que esse Robson, vai se dar bem no fim desse belíssimo conto? Sei não ... Beijoca!