Bom hoje é exatamente dia 13 de maio de 2019, um dia após os dias das mães, data triste para mim, entenderão no relato a baixo.
Peço desculpas desde já por eventuais erros de gramática, pois não sou de escrever textos, também não acharão aqui, logo adianto, motivo de excitação, é um texto de desabafo.
Meu nome é Ronaldo (Nome verdadeiro),minha mãe,Márcia(verdadeiro) e meu pai se chama Flávio(nome falso,pois prefiro preservá-lo)
Meu pai está na casa dos 45 anos, minha mãe 42, eu tenho 21 anos, meu pai tem uma imobiliária, na qual trabalho com ele, já minha mãe.possui uma loja de roupas junto com minha tia,sua irmã de 39 anos.
Tudo começou há cinco meses,
Sai para a imobiliária junto com meu pai e minha mãe falou que não iria à loja pela manhã, pois estava indisposta e minha tia tomaria conta da mesma,bom,normalmente pego o carro e vou levar alguns clientes para ver imóveis,vou a cartórios,enfim,faço todo serviço de rua.
Neste dia estava mostrando um imóvel a um cliente perto de casa e resolvi dar uma passada para ver como minha mãe estava, cheguei à nossa rua e avistei em frente ao nosso portão,um carro ao qual eu já conhecia,pois era do Fábio,contador da loja de minha mãe e minha tia,até ai tudo bem,já o conhecia pois algumas vezes quando dava uma passada na loja eu o via lá,como tenho minhas chaves,cada um de nossa família tem a sua ,abri a porta e cheguei na sala,bom,minha mãe e Fabio estavam sentados lado a lado no sofá,quando me viram ficaram espantados,notei que ficaram nervosos e meios sem jeito,minha mãe me perguntou meio nervosa se tinha acontecido algo para eu estar ali e respondi que não,como estava perto resolvi passar para vê-la.
Subi para o meu quarto, mas não sei por que eu não gostei do clima que eu vi, me deu uma sensação ruim de algo errado no ar, não sabia o porquê.não gostei daquela intimidade deles,embora eu não tivesse flagrado algo mais,apenas a sensação mesmo de que não gostei,bom depois de 15 minutos me despedi e voltei para a imobiliária,fiquei incomodado o dia inteiro,aquela proximidade deles me incomodou mas pensei que era coisa da minha cabeça e nos dias seguintes esqueci a história,pois meus pais sempre se deram bem,sempre fomos unidos,sou filho único,sempre tive meus pais como referência,meu pai um cara tranqüilo,alegre,muito amoroso com todos nós.
Bom,esqueci o assunto por completo, passaram-se dois meses, e em um domingo meu pais combinaram de irem a praia, pois meu pai tinha interesse em uma casa que queria comprar para nós,me convidaram mas falei que iria para a casa da minha namorada e minha mãe combinou de pegar o carro dela e se encontrar com o meu pai dentro de umas horas pois queria resolver uns problemas da loja com minha tia,passaria na casa dela e depois seguiria para se encontrar com ele lá.
Bom isto era pela manhã, acabei tendo uma discussão com minha namorada, por motivos bobos e resolvi voltar para casa e foi o que eu fiz, pois estaria sozinho e esfriaria cabeça, passei no mercado comprei algumas cervejas, aproveitaria o domingo assistindo algum filme ou mesmo algum jogo, chegando novamente quase no portão de casa enxerguei novamente um carro parado no nosso portão, adivinhem o carro de quem?Exatamente, o carro do Fábio, confesso, todos aqueles sentimentos daquele dia voltaram antes mesmo de eu entrar em casa, o que este cara está fazendo aqui e porque minha mãe está aqui também se ela iria passar a manhã na casa da minha tia,o nome da minha tia é Vera,verdadeiro,só para constar.Bom,fiquei por alguns minutos dentro do carro com uma angustia,abri uma das cervejas que tinha comprado,quente, e comecei a beber,de nervoso,já estava por ter discutido com minha namorada,acredito que este tempo durou uns cinco minutos,parece que foi uma eternidade.desci do carro,peguei a sacola com as outras latas de cerveja e entrei pelo portão de correr de casa,sem fazer muito barulho,desta vez não fui entrar pela porta da frente,mas sim dei a volta pelo corredor rumo a porta dos fundos,onde fica a cozinha,nossa casa é de dois pisos e os quartos ficam no segundo piso,coloquei a chave na porta e sem fazer barulho abri e entrei tirei meus tênis e só de meia fui indo direto a sala,a qual não tinha ninguém,bom comecei a subir as escadas e no corredor que leva aos quartos já comecei a escutar vozes no quarto dos meus pais,caminhei sorrateiramente sem fazer barulho,a porta estava entre costada,tipo,metade aberta,metade fechada,quando alguém só empurra ela de leve,é difícil descrever para vocês o que eu enxerguei,dói até hoje ao lembrar,minha mãe de quatro na beira da cama e o Fabio de em pé atrás,comendo ela,não quero entrar mais em detalhes,pois esta cena me dói demais até hoje,só de lembrar,acredito que quando vi o carro dele parado novamente em frente a minha casa eu já desconfiava o que estava acontecendo,mas a gente sempre tem aquela esperança de que não é isto,que é só imaginação da nossa cabeça,fiquei paralisado,tremendo,acredito que duraram alguns segundos,para mim foi uma eternidade,horas,dias,, lágrimas no chão e a única reação que tive no momento foi pegar uma lata de cerveja da sacola que estava em minhas mãos e atirar nas costas dele,por estar quente acredito eu ,explodiu em cima deles ou quando a lata caiu no chão,não me lembro, estourando a lata .o Susto foi grande, só me lembro dos gritos da Minha mãe, pois virei às costas, desci a escada correndo e sai novamente pelos fundos, peguei meu carro e sai sem rumo. Depois de rodar, acabei no bairro Ipanema, quem mora em Porto Alegre sabe, pois tem uma pequena praia, estacionei o carro desci e fiquei ali por alguns minutos, nunca fui de beber muito, apenas umas cervejas moderadas, mas eu precisava de algo forte,peguei o carro novamente e sai ,comprei a primeira garrafa de uísque que achei em um mercado e retornei a prainha de Ipanema, onde passei ali, acredito eu,umas quatro horas,remoendo tudo aquilo.Bom óbvio que aproximadamente nestas horas,recebi muitas ligações de minha mãe,textos e mensagens de voz pelo wats,tipo por favor,atende o telefone,vamos conversar,onde você está e por ai vai,até da minha namorada,pois sei que ela ligou para ela,tentando entrar em contato,não respondi a nenhuma,desliguei o celular.entrei dentro do meu carro e adormeci,acordei quase noite.
Cheguei em casa,não vi o carro do meu pai(soube que ele ficou na praia para fechar o negócio da casa e voltaria no próximo dia)pergunta:Ela foi se encontrar com ele qual o prometido?Claro que não, pois ela teria que estar em casa para tentar me acalmar, até hoje não sei a desculpa que ela arrumou. Abri a porta e ela já se levantou do sofá da sala com aquela cara de choro, que toda mulher faz,quando é pega em uma traição,no caso não era minha mulher e sim minha mãe, mas o traído não era apenas meu pai, mas eu também, afinal de contas foi dentro de nossa casa e a traição dela para comigo não era física, mas sim moral.
Bom, sentei no sofá e ela sentou ao meu lado, tentou passar a mão no meu rosto, o qual eu afastei imediatamente e começou a falar. (Vou tentar reproduzir um pouco,pois naquele dia tinha tomado mais de meia garrafa de uísque e meus pensamentos não me coordenavam,estava confuso e muito)
- Me perdoa Ro, é assim ela me chama,sei que eu errei.
Bom eu estava com a cabeça baixa e as lágrimas caindo no chão, não conseguia olhar para a cara dela.
- Ai começou com aquela conversa de eu amo muito o teu pai e isto e aquilo, confesso que eu não conseguia escutar nada, o que me vinha a cabeça era ela no quarto deles dando para outro e só.
A pior parte que eu ouvi foi ela me pedindo para não contar nada ao meu pai, pois iria destruir nossa família.
Abro aqui um parêntese desta narrativa para colocar o que eu sentia neste momento e quais eram meus pensamentos.
Sentia nojo, muito nojo, pensava destruir nossa família?Será que tu não enxergou ainda que já destruiu e vem destruindo?Porra,eu estou aqui destruído por dentro, falta mais o que?
Esperei ela terminar de falar, fiquei por alguns minutos com a cabeça baixa e fiz um grande esforço para olhar na cara dela, tentei falar tudo o que eu estava sentindo neste momento, mas travou,não consegui,foram poucas palavras que eu me lembro ter falado, não vou contar para o meu pai, pois não sei qual seria a reação dele, ou ele ficaria destruído por dentro ou lhe mataria,coisa que acredito que ele não fizesse,pois sempre foi um homem calmo e eu não quero isto, ele não merece ficar preso em uma cadeia pela senhora,mas a partir de hoje,esquece que eu sou seu filho,pois simplesmente o que sinto por ti,não chamei de senhora como sempre a tratava,é desprezo,repulsa,nojo,me levantei,peguei novamente as chaves do carro e sai para a rua novamente. SEGUE.