Mudo de olhos arregalados, fingindo estar muito surpreso com o ocorrido e principalmente estar muito preocupado com o amigo, logo depois que o Sr. Ivo terminou sua narrativa, Ivan disse:
- Meu Deus do Céu, coroa! Pelo que o senhor está me contando a situação é ainda pior do que eu imaginava. Coitado do Rubinho! E o pior é que se eu bem o conheço, é bem provável que ele tente até se matar em nome desse amor impossível, que está acabando com ele aos poucos.
- Olha! Meu filho! Se você tivesse me falado isso antes da visita que fizemos a ele, eu não acreditaria nem um pouco em você e acharia que fosse era muito do exagerado, viu? Mas agora ...
- Juro pro senhor, que se fosse por mim que ele estivesse apaixonado, eu daria um jeito de ajuda-lo, viu? Faria caridade, sem pensar duas vezes.
- Caridade? Como assim? Caridade? Do que está falando, meu filho?
- Caridade, ué? Ajudaria meu amigo nem que fosse à base de caridade. Como meu negócio é buceta, para salvá-lo, até meu cu eu daria pra ele, sem nem pensar duas vezes.
- Você não está insinuando que eu devo fazer ... ?
- NÃO estou insinuando nada! Alias, não estava.... Mas agora que está perguntando, sabe que não seria má ideia? Muito pelo contrário coroa, seria uma excelente ideia, viu?
- Pirou, garoto? O que você quer dizer com, excelente ideia?
- Preste atenção e veja se não concorda comigo, pai? A quanto tempo o senhor está sem sexo, por conta do seu aleijão?
- Nem sei dizer, filho! Há anos que estou só na base dos cinco contra um! Mas o que é que meu “probleminha” e minha seca tem a ver com isso?
- Muito simples meu “Caro Watson”! “Mataria dois coelhos com uma só cajadada”. Primeiro porque, como o Rubinho adoooora, aaaaama e só dá a bunda pra machos muito bem dotados, com certeza, ele não só, é o único que consegue aguentar seu “probleminha”, que na realidade é um senhor dum “problemão” na face desse planeta, como o aguentaria rindo à toa, feliz da vida. E segundo porque sendo ele sua única opção de se livrar dos seus monótonos “cinco contra um” e voltar a sorrir pra vida novamente, se não aproveitar a chance que a vida está lhe dando, morrerá infeliz batendo suas solitárias punhetas. Não acha que o que eu acabo de lhe dizer não é motivo mais do que suficiente para o senhor PELO MENOS tentar fazer uma caridade e salvar uma pessoa que está à beira da morte, não? E se por acaso, SE POR ACASO, o senhor se surpreender, começar a gostar mais da fruta que imagina e viver feliz para sempre porque se deu a chance de experimentá-la? Volto a lhe dizer, que se eu estivesse no seu lugar, não perderia mais tempo e daria até meu cu caso necessário, tanto para salvar o Rubens, como para viver feliz o resto dos meus dias.
Sr. Ivo, que atentamente a tudo ouviu, depois de dar uma coçadinha na cabeça e de pensar por alguns segundos, respondeu:
- Pô, filho! Sabe que fiquei até emocionado com você agora? Além de ter deixado mais do que claro que me ama mais do que eu pensava, que se preocupa muito comigo e que ama e se preocupa bastante com seus semelhantes, ainda por cima tem razão em tudo que disse. Depois disso como é que eu posso me recusar a pelo menos tentar ajudar nosso amiguinho, perder a oportunidade de fazer uma boa ação, quem sabe até gostar de praticá-la e decepcionar o filho que muito me ama?
Quase explodindo de satisfação, Ivan convencido que seu plano tinha funcionado, mais rápido do que imaginava, sem saber o que o destino tinha lhe reservado para dali á poucos minutos, todo sorridente respondeu:
- O senhor nem imagina como fico feliz em ouvir isso! Parabéns! Até que enfim em breve vou vê-lo feliz novamente e com a auto estima, tão alta quanto merece. Tenha certeza que além do senhor ser a pessoa que mais amo nesse mundo, pelo senhor eu faria qualquer coisa. QUALQUER COISA, viu? Nunca divide disso. E já que está certo de sua decisão, posso ligar pro Rubinho, para dar-lhe a noticia que ele tanto deseja e precisa urgentemente ouvir?
- Claro que si... OPA! Espere filho! Antes precisamos pensar bem! Sabe o que acaba de passar pela minha cabeça e que pode ser um problemão, principalmente para o Rubens? E se mesmo fazendo tudo que estiver ao meu alcance para ajudá-lo a natureza não colaborar comigo? Ou seja e se eu não der conta do recado? Não acha que no estado em que ele se encontra, se a “coisa não funcionar”, não será ainda mais traumático pra ele? Não! Porque, pense comigo, Ivan... Se eu nunca nem imaginava que um dia fosse concordar em trepar com macho, é obvio que não posso garantir que consigo, não é mesmo? Com certeza, não queremos e muito menos podemos, correr o risco de deixá-lo ainda pior do que já está! Só vou ajudar depois e “SE” eu tiver 100% de certeza que posso ajudar. E para termos certeza disso, não há dúvidas que preciso fazer pelo menos um teste com outro macho, antes de dar falsas esperanças pro nosso amigo, no estado deprimente em que se encontra. Mas quem aceitaria servir de cobaia pra uma coisa dessas? Quem, meu Deus...
CONTINUA ...