El amor

Resto dos dias, e não devia, tenho atravessado carregando no corpo o cheiro doce da menina que me fez dar com o corpo ao alto...dessas coisas que se faz obedecendo o corpo, bem mais que a razão...e pudesse faria de novo, que isso marca na gente, e só de lembrar já vem pra dentro um sorriso, uma coceira...
Foi um amigo que casou no ano passado, destes casamentos modernos que as pessoas casam e depois avisam, e que no fundo fazem bem, que a gente precisa mesmo de uma segunda mãe...pois que esse amigo me ligou, dizendo que vinha à Goiânia pra um concurso, com a mulher, e amigo que não se pode negar favor, coisa de infância, e de última hora soube que não tinha sido selecionado na primeira fase do concurso, mas a moça tinha, e passagem de avião é um bocado cara, e que vinha só a moça, o que não tinha nada de mais, sabendo que eu moro com minha namorada há dois anos. Feito de tudo pra dar certo, minha mulher até bastante compreensiva, veio a moça, e tudo feito pra que ficasse a amizade de sempre, até que chegou o sábado, minha mulher trabalha no sábado, essa moça saiu de manhã pra fazer prova, e eu estirado na cama como sempre, ouvi a porta batendo pelas onze da manhã, e fui abrir pra ela que vinha da prova, avisei que minha mulher só vinha no fim da tarde, fiquei um pouco sem graça, meu cabelo todo emaranhado, eu na intimidade da minha casa, me ofereci pra fazer qualquer coisa pro almoço, torcendo pra que ela recusasse, até ali nada parecia fora do normal, mas a educação me forçou a fazer sala pra moça, que só ia embora no outro dia, e ela se empolgou com os meus livros, e isso me empolga muito, falar de boa literatura, e passamos uma hora inteira folheando livros clássicos, mostrei-lhe James Joyce, Bertold Brecht, ela ficou entusiasmada com as poesias do Maiakovski, do Ivan Junqueira, até que chegamos num livrinho danado, do ganhador do Nobel, Octavio Paz, chamado “A Dupla Chama – Amor e Erotismo”, um ensaio sobre a paixão e erotismo, que nos deixou um silêncio maroto, num sol de pouco mais de meio dia, que me fez olhar a moça com mais carinho, e deixei mostrar estas angústias, e ela toda suada escondida atrás de uns olhos nervosos...deu me uma carga de culpa, e sensação de atrapalho, que fui tomar um banho pra encher a cabeça de água fria...voltei e era todo cálculos, pisando macio, mas a moça na sala ainda tinha o livro na mão, o que me tirou todo canto de razão, e ainda por cima o rádio espalhava pelo ar a voz de Billie Holiday, a moça era duns cabelos compridos, duma beleza de moira, de índia, uns olhos orientais, numa pele de jambo, e agora, pra meu deleite, tinha os pés descalços, sentada no tapete, ria sozinha...e minha voz fez susto, ela me chamou comentando umas passagens do livro, eu já tinha jogado pro alto tudo que é pudor, e sentei perto, um vendaval que me envolvia, ela primeiro passou as mãos no meu rosto, depois me bagunçou os cabelos, e eu tinha nos músculos um exército, que não controlava, nos meus braços uns vândalos, uns beijos atropelados, e não demorou nada pra sentir a pele na dela, e beijar pelas costas da moça, pela nuca, pelos ouvidos, minhas mãos pelo colo dela, pelos seios, barriga, e cintura, que nisso desceu uma torrente de sangue pra meus quadris, e tirando a calcinha dela pude melar a boca naquela bucetinha intumescida, e provoca-la com os dedos, pude masturba-la, e ela segurava com força meu caralho duro, chupou a cabeça enquanto me masturbava, brincava na xotinha com as mãos, ficou hesitante por causa da camisinha, que julgamos desnecessária pela intimidade, e de começo sentou me cavalgando, me beijando a boca, e rebolando com força, as mãos no meu peito, minha boca nos seios, e apoiou os pés nos braços da poltrona, olhava a xotinha engolir o caralho e ficava mais excitada, tocava o fone e a gente ria, a moça deu a ser descarada, e me xingava, gemia alto, carreguei pro quarto e ali deitei força no ato, um papai-mamãe gostoso, minha vara dura feito pedra, e sentia aquela xaninha macia, ela levantava a cabeça pra ver o pau entrando, e falava pro alto, apertava minha bunda, tentava fugir quando eu entrava mais violento, mas eu tinha pego com força, não soltava, dali, de quatro, cabeça no travesseiro, bundinha empinada, comi aquela xotinha batendo nas ancas, de levinho, depois com mais força, e comecei a bolinar, a masturbar o grelinho, gemeu mais forte ainda, e começou ela mesma a se masturbar, dizia que doía um pouco, mas se masturbava, e gemeu mais alto ainda, gozando ainda mais que das primeiras vezes, no que acompanhei, e soltei o corpo sem pensar em nada, enchi a xotinha de porra, minha cintura quente, e deitei um torpor de meia hora ao lado dela, esfregando só a cabecinha naquele grelinho...cinco da tarde, banho tomado, dei uma saída, pra disfarçar, liguei para minha mulher no celular, pra mostrar que não estava em casa, e liguei pra moça, que agora só me fazia voz de musa, toda dengosa, prometendo tudo mais que viesse...cheguei em casa á noite, as duas conversando animadas, nada na vista, uns copos de vodka na mesa, fiz um social durante o jantar, conversa sobre coisas da vida, Chico Buarque, a beleza do Rio de Janeiro, e estas de todo dia...durante a noite, pra evitar qualquer desconfiança, comi minha mulher com vontade, sexo barulhento, esparramado...noutro dia, no aeroporto, a moça me contou que ficou espiando tudo, se masturbando, e me prometeu me entregar o corpo aonde fosse, amante ou o que viesse, o fato era repetir a dose, que só de ouvir me excitou a vida...meu amigo me ligou, me agradecendo o favor, e quase fiz agradecer a ele, pelo sorriso que por dentro do corpo rio...de fato não existe pecado no lado de baixo do equador...   

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1711 - Vento de outubro - Categoria: Heterosexual - Votos: 1

Ficha do conto

Foto Perfil Conto Erotico jiguê

Nome do conto:
El amor

Codigo do conto:
1828

Categoria:
Heterosexual

Data da Publicação:
17/11/2003

Quant.de Votos:
1

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