Contarei a história de como conheci aquele menino, por quem sonhei por anos. Não será grudento o que contarei, será meloso como o seu elixir. Recebi pela primeira vez, numa tarde de praia. Chimarrão preparado, caminhei naquele sol de shorts e regata, andava sem querer nada. Próximo da lagoa encontrei um deck, uns barcos presos em seus nós e um muro. O que me impedia de tomar meu chimarrão era a propriedade privada. Bati palma, quem poderia negar uma pessoa ali.
Então fui atendido por um moleque que não passava dos vinte e três anos. Pele bronzeada, de regatinha e shorts também. Cabelo raspado com pequenos riscos, eu olhei e entendi o porquê de ser proibido pisar ali. Virou minha condenação, do pedido ele deixou eu entrar. Caminhei pensando o quanto queria ele ali jogando uma conversa fora e só realizou meu desejo depois de duas músicas. Se eu não me engano ele veio enquanto tocava Me toca de Marina Sena e como queria seu contato.
Sentou do meu lado, tirou a camisa e perguntou se podia tomar também. Embora eu estivesse concordado com a cabeça e oferecido, na minha mente pensava naquilo que realmente queria dar. Tudo começou com um toque de mão, rosto ao sol e mãos livres, assim que se tocaram ficaram. Enrolamos o dedo e um sol eu vi naquele sorriso.
Rimos de algumas idiotices para nos aproximarmos e enfim abraçados estávamos. Um beijo rolou na sétima música, para nossa maldição era Oba, Lá Vem Ela de Jorge Ben Jor.
E já dizia ele “e como dizer sim.” para meu tesão. O calor aumentou de uma maneira que pulamos na lagoa, brincamos de boiar, senti como era estar em seus ombros. Meu pau esfregando pela sua nuca, fez-me carregar até a beirada do deck. Onde recebi seu boquete, o beijo dos prazeres, seu pedido eu atendi.
Mamou enquanto eu bebia um líquido quente, de música não ouvíamos mais, era só nós e a praia. Quando subiu, o empurrei para deitar e retribui com gosto. Cada centímetro era engolido para fazê-lo gozar, sua mão no meu cabelo, carinhos compartilhados.
Nos deliciamos naquele deck até sentir uma corrente gelada. A tarde tinha passado e não esqueci seu nome como repeti muitas outras quando saímos dali.
Part 2, será?