Algumas semanas haviam se passado desde o ocorrido na casa do Padrinho de Anderson. Em um dos sábados que eu estava atoa, lendo algumas coisas para passar o tempo, o celular vibra pela tarde.
“Mano ta por onde? Bora beber” Anderson havia mandado, eu olhei para a tela do celular e refleti se eu gostaria de sair naquele dia. A tarde estava boa para ficar em casa, e o meu livro já me fornecia uma boa dose de entretenimento.
Nas vezes em que saía com Anderson, sempre era uma emoção diferente, o que me fez pensar seriamente que se eu fosse cardíaco talvez eu já tivesse passado dessa para melhor. Pensando em alguma folga das fortes emoções, respondi:
“Mano, tô em casa. Tô com um pouco de dor de cabeça, mas se der eu varo por aí.” Voltando a ignorar o celular e focava a minha atenção no livro em minhas mãos (1984 de Orwell, fica aí minha indicação). Enquanto quase terminava o capítulo que lia, o celular vibrou novamente. Eu franzi a testa tentando focar no livro, mas acabei pegando o celular pela curiosidade.
“Blz mano. Se tu vier a gente vai num aniversário top de uma muleca aqui” Anderson escreveu, o que me fez olhar para o livro em meu colo e a tela do celular enquanto eu debatia comigo internamente os prós e contras da decisão que tomaria. No fim, eu muito culto, deixei o livro na banca enquanto tomava banho para me arrumar.
“Tô chegando” Eu respondi enquanto escovava meus dentes e já colocava a calça escura que eu usaria. Minha roupa era do estilo habitual, uma calça jeans escura, botas, uma camisa preta e uma camisa quadriculada vermelha aberta por cima, além do meu cordão de pedrinha que era meu amuleto da sorte. Por baixo de minhas calças havia um short fino, estilo jogador de futebol, pois uma de minhas crenças é que nunca se sabe quando teremos um banho de piscina surpresa.
Eu passei a mão no cabelo (Que na ocasião estava mais curto, na altura do nariz), o penteando apenas com meus dedos e um pouco de cera, o jogando para o lado. No geral eu não era ninguém vaidoso, MAS, eu sempre me preocupei com a primeira impressão que eu causaria em alguém, então eu não conhecendo a aniversariante, fiz algum esforço para estar apresentável.
Quando estava tudo pronto e eu estava cheirosinho; saí de meu apartamento, fiz carinho nos doguinhos e avisei meus pais que estava de saída. Segui meu caminho de sempre até chegar a rua principal, onde o Anderson e mais alguns amigos estavam bebendo suas latinhas de cerveja, sentados na calçada elevada que servia como nosso ponto de encontro e banco de praça.
— Marrapaz! Olha quem chegou todo produzido!— Kelson, um amigo falou anunciando minha chegada para o resto do grupo, que me cumprimentou.
— Claro né, pô. O Luan tem estilo.— Anderson falou deslizando as mãos pela roupa, estendendo a palavra “estilo” a deslumbrando. Eu ri enquanto ele abria o isopor de cerveja e me dava a primeira lata do dia.
— Ei Luan, como era que tu tava falando ontem? Aquele coisa lá— Paulo, o dono da casa do Ano Novo, perguntou enquanto ria. Eu tentei me lembrar do que ele estava falando até que uma luz se acendeu em minha mente.
—Olhou sorriu, mandioca no bombril.— Eu falei, despertando alguns risos, em especial de Paulo, que aparentemente tinha achado esse fragmento de piada roubada incrível. Eu sorri enquanto eu conversava com eles e fazia os esquemas para mais tarde.
A essa altura eles já sabiam que eu era bi, então essa piadoca ou a frase “se tem boca eu tô beijando”, se tornaram minhas respostas padrões para toda vez que alguém me perguntava minha sexualidade.
Para quem me olhava de fora, talvez eu me destacasse entre eles como um dedão. Um rapaz com roupas mais certinhas no meio de um grupo de pessoas que provavelmente fariam alguma tia atravessar a rua ou segurar qualquer objeto de valor mais fortemente. Essa concepção não poderia estar mais errada, eles eram pessoas legais que se reuniam para beber e se divertir, mas claro que haviam ressalvas principalmente em relação ao passado, mas o passado já passou.
Enfim, assuntos vão e assuntos vem, e pegamos um Uber até um bairro diferente. Dessa vez não foi preciso ninguém ir no colo de ninguém, embora estivéssemos apertados iguais sardinhas enlatadas. Assim que chegamos à festa, que ocorria por dentro de uma casa murada, com som alto (Melody/Tecnomelody, para quem conhece o ritmo) estava cheia de gente pela calçada que bebia, fumavam ou falavam sobre qualquer assunto.
— Ei, mano. Bora procurar a Wanny, a gente tem umas bebidas pra colocar pra esfriar.— O Kelson falou segurando a sacola de nossas garrafas enquanto eu me sentia um pouco deslocado observando a situação.
Nós entramos e acabamos conhecendo a aniversariante, uma mulher já formada que usava uma roupa que misturava o apertado e o semi-elegante. Eu me apresentei com um abraço, um beijo no rosto e um desejo de felicitações. Ela nos apresentou sua casa brevemente enquanto nos mandava ficar à vontade.
Anderson e o Paulo ficaram ainda um pouco pela mesa bebendo e conversando, mas os outros logo encontraram outros amigos, e não muito depois minhas companhias fizeram o mesmo. Me deixando numa mesa com uma garrafa de conhaque e um refrigerante.
“Sério que eu troquei meu livrinho por isso?” Eu pensei, erguendo meu copo em pequeno um brinde para o vento.
—Tin tin— eu sussurrei para mim enquanto virava o conteúdo do copo goela a dentro. Enquanto eu bebia e conversava com alguns amigos por mensagem, a garrafa na mesa foi secando em um ritmo esperado para dois. Meus “drinks” fortes acabaram esvaziando a garrafa e enchendo minha cara.
Algum momento da noite eu estava no sofá tendo uma conversa super animada sobre a própria festa com algumas pessoas por lá. Durante a discussão acalorada eu conheci o Lucas, moreno e de cabelo cacheado. Nós acabamos nos aproximando enquanto lentamente saíamos da conversa geral para entrar em nossa particular.
— Não, cara. Eu não acho que a lei do retorno seja essa lei tão superpoderosa assim.— Eu falei para Lucas, enquanto tentava explicar ao máximo de precisão o porque de eu discordar tanto com os seus pontos. Nós nos afastamos enquanto eu o seguia para o Lado da casa, onde nos sentamos em uma calçada, lentamente transformando nossa discussão em uma disputa animada pela superioridade.
Lucas pegou duas latinhas enquanto nosso debate seguia super divertido, comigo discordando só pra ter o prazer de discordar. Estava divertido atrapalhar o Lucas nos argumentos dele, e como consequências ganhei alguns socos fracos no meu ombro.
A sensação de familiaridade com ele foi rápida, parecia que eu o conhecia há tempos. Eu não escondi minha surpresa quando ele mudou o assunto da conversa.
—Tu não lembra de mim, né?— ele perguntou, me fazendo virar um pouco o pescoço em dúvida.
— O que é a memória?— Eu perguntei categoricamente, como um filósofo antigo antes de voltar a minha voz habitual. — Mas não, não lembro. AAH! A gente se conhece?
— Tu estudava com meu irmão, Wesley. Lembra?— Ele perguntou, me fazendo puxar tudo do fundo da memória como uma pilha de roupa bagunçadas, mas minha única lembrança foi de um valentão da terceira série. Eu dei de ombros pra ele e fiz cara de perdido.
— Acho quee siiim(?)— Falei incerto, estendendo a frase para reforçar a dúvida.Eu tinha certeza que o irmão dele não era o valentão da minha infância, mas minha memória pífia não conseguia desenvolver o suficiente para eu chegar na resposta.
— Acho que foi em 2014, ou 15. Vocês estudavam até no Maria. Ele era um baixinho atentado. Tu até foi em casa fazer trabalho com ele.— Lucas sanou finalmente minhas dúvidas, e embora eu lembrasse de tudo, eu não conseguia lembrar dele propriamente.
A minha memória precária apenas funcionou quando ele falou que havia sido ex de um conhecido meu, da minha cidade natal (Com quem inclusive tenho algumas histórias. Cidade pequena, né? Fazer o que? Haha). Tudo fez sentido finalmente, conseguindo resgatar algumas memórias borradas das vezes que nos encontramos.
Voltamos eventualmente à nossa disputa, onde o interrompia educadamente para discordar sempre que tinha oportunidade. Lucas se sentou do meu lado e olhava nos meus olhos com o fogo que apenas o espírito competitivo conseguia arrancar, e enquanto eu lançava um de meus contrapontos, algo me fez parar, tocando minha boca e beijando suavemente.
Eu correspondi o beijo que começou calmo, mas que foi aumentando de intensidade até eu o agarrar pela cintura, nos aproximando mais enquanto ainda estávamos sentados na calçada.
Não foi difícil achar o nosso ritmo, o beijo que parecia mais focado nos lábios, com as línguas que variavam de intensidade, mas que sempre se encontravam, às vezes ela na minha e às vezes a minha na dele. Como parte do costume, o segurei pela cintura e ao lado do rosto, enquanto interrompia os beijos para alguns selinhos e um sorriso.
Quando nossos lábios se separaram definitivamente depois de um selinho. Sorri de maneira triunfante para Lucas, que já me conhecia o suficiente para revirar os olhos antes mesmo de eu falar algo.
— Parte pro beijo que não se garante no argumento.
— Idiot-— Foi a resposta interrompida antes de eu voltar a o beijar. As mãos bobas começaram a aparecer em minhas pernas e barriga, enquanto eu colocava alguns dedos por dentro da roupa de Lucas, apertando um lado de sua bunda, e massageando sua língua e o acariciando abaixo dos ouvidos com os dedos.
— Não quer ir pra um outro local? Continuar nosso debate, claro.— Ele falou com um sorriso safado enquanto apertava meu pau já duro. Eu me aproximei de seu rosto sentindo sua respiração contra minha pele. Nossos lábios quase se tocavam quando ele fechou os olhos para o beijo, eu esperei um pouco e assim que ele reabriu os olhos, me viu com um sorriso malicioso. Quando ele se aproximou para o beijo, eu virei o levemente rosto, o fazendo beijar minha bochecha.
— Pode guiar o caminho. — Eu falei com um sorriso de malícia enquanto ele me olhava um pouco indignado por o enganar com o beijo. Ele apertou meu pau quando fiz o mesmo com o dele, que estava nítido devido ao short fino ele que usava.
— Espera! Não posso levantar ainda.— Lucas falou, se concentrando para diminuir o volume entre as pernas, antes de encarar as áreas mais movimentadas da festa.
Eu olhei para sua virilha, e vi o contorno de sua pica que se projetava para fora, como se ele estivesse sem cueca. Enquanto ele fechava os olhos e respirava fundo, eu continuava o provocando com o toque pelos seus peitos e pernas, uma mordida mais forte no pescoço ou chupando um de seus dedos enquanto ele demonstrava um misto de frustração e deleite.
— Por que não? Por causa disso? — Eu falei o provocando entre os toques. Enquanto fazia o vai e vem com as mãos por cima de sua roupa, apalpando seu pau o máximo que eu conseguia.
Lucas acenou que sim de olhos fechados, mordendo os lábios e aproveitando a punheta que eu batia por cima de seus shorts. Ele soltava alguns baixos gemidos que eram cobertos pelo som alto que vinha da outra parte da casa.
Eu olhei ao redor, a casa tinha um quintal extenso e murado, com algumas árvores grandes e escuras (já que a maioria das pessoas não se preocupava em iluminar essas áreas pelo preço da energia).
— Bora aqui comigo. — Eu falei em seu ouvido e sinalizei para ele levantar. Assim que o fez, lambi toda a extensão de seu pau enquanto o olhava como uma cadela, mas logo após ri e levantei também.
Nós seguimos até o fundo do terreno escuro, onde começamos a nos beijar escondidos por uma grande mangueira. Entre os amassos, puxei seu pau para fora enquanto o massageava em minha direção.
Ele com alguma dificuldade abriu minha calça e abaixou o resto da roupa, fazendo meu pau que pingava a baba pular para fora. Lucas pegou minha pica e colocou sua rola contra a minha, que estava por cima, melando o com a baba que escorria.
Ele segurou ambos paus com sua mão e espalhou todo o pre-gozo, tocando uma punheta conjunta. Seu pau moreno como sua pele, e de cabeça quase a cor de jambo, roçava contra meu pau em um vai e vem.
Nos beijávamos enquanto a punheta acontecia, nos esfregávamos os paus em um vai e vem ritmado e soltávamos alguns pequenos gemidos. Entre o ritmo constante, dividíamos as mãos que estavam sendo fodidas roçando nossos paus que estavam pulsando com o tesão.
— Eu quero gozar. — Lucas anunciou entre os beijos e em voz ofegante.
— Mas já?— Eu perguntei enquanto o apertava na bunda com força.
Ele acenou a cabeça em resposta, de olhos fechados os apertando, quase em concentração. Eu afastei nossos paus quando curvei meu corpo, colocando a ponta de sua rola em minha boca.
Eu chupava a sua cabeça levemente salgada enquanto ele me segurava pela cabeça. Entre as sucções eu acelerava a punheta, o fazendo gemer alto e cobrir seus olhos com a mão.
Seu pau pulsou cada vez mais enquanto eu deslizava minha boca por sua rola melada com minha saliva e pré-gozo. Eu parei a punheta e a chupada, retardando sua ejaculação.
Me levantei novamente e o beijei, dividindo o gosto de seu pau enquanto o segurava pelo lado do pescoço. Eu o virei enquanto abaixava a parte de trás de sua roupa, o posicionando contra meu pau que o roçava entre as pernas.
Eu o pincelei entre toda a extensão de sua bunda, apertando suas nádegas com força, as pressionando contra meu pau. Sua bunda durinha e redonda, com pelos curtos e de tamanho avantajado abraçava meu pau enquanto eu fazia o vai e vem gostoso esfregando contra seu cuzinho e pernas.
Enquanto eu roçava em sua bunda, o puxei para trás, o punhetando e beijando com vontade.
— Vai, goza pra mim. — Eu mandei entre os beijos.
Mesmo que eu não estivesse o penetrando, roçar em sua bunda era gostoso pra caralho. Ele gemeu mais alto, me fazendo cobrir sua boca com certa força e o lamber pelo pescoço. Sentia seu pau pulsar cada vez em minhas mãos, senti sua bunda contrair contra meu pau que deslizava em seu rabinho simulando uma foda.
Quando senti que estava quase gozando, me movimentei para o lado do Lucas, onde posicionei sua mão em minha rola dura como pedra.Dividimos nossas mãos, Lucas gozou jatos fortes e irregulares, me fazendo aumentar meu aperto enquanto sentia seu membro pulsar de um modo quase violento. A porra que escorreu enquanto o masturbava sujou minha mão, espalhando o gozo em meu pau, enquanto deixava Lucas continuar a me punhetar.
— Tô quase…— Eu falei entre gemidos e respiração ofegante. Lucas se abaixou como eu havia feito, tocando sua língua na minha rola, variando entre chupadas enquanto batia uma para mim com força.
Sua boca quente e macia fez o desejo aumentar enquanto o segurava pela cabeça, o guiando de modo em que fodia sua boca que chupava com vontade. Entre os movimentos senti minha musculatura se contrair.
— Eu vou go..— Eu avisei que iria gozar, para caso ele quisesse retirar a boca. Mas em resposta, Lucas engolir meu pau de maneira sedenta, como uma putinha. Enchi sua boca com porra, jatos fortes o faziam quase se afogar, mas ele continuou chupando meu pau, que após a explosão inicial vazava a porra grossa e branca em sua boca.
Olhei para Lucas, que me olhava com um sorriso safado enquanto ainda guardava minha porra em sua boca. Ele abriu bem a boca antes de engolir, a reabrindo apenas para revelar a saliva grossa, mas sem qualquer sinal da goza branca que o enchia.
Ele ficou reto novamente, quando nos beijamos ainda ofegantes e pude sentir o gosto suave, quase adocicado da minha goza. Ficamos desse modo até o corpo se acalmar, dividindo sorrisos satisfeitos e carícias provocativas, que já faziam nossos paus demonstrarem alguma vida novamente.
— Quer tomar alguma coisa?— Eu perguntei. — Digo, outra coisa, né? Considerando o que acabou de acontecer.
Após ouvir minha pergunta e meu comentário besta, Lucas sorriu limpando sua boca ainda brilhante de gala com a parte interior da camisa.
— Eu adoraria. Inclusive eu acho que nosso diálogo rendeu bastante. Né?
— Sem dúvida ficará registrado nos anais da história… mas se não ficar, bem que poderia deixar eu o registrar em seu anal.— Eu comentei antes de beijar seu pescoço.
— Ai! idiota. — Lucas falou rindo enquanto me batia no ombro me beijava de um jeito meigo. Nós voltamos para o lugar que estávamos anteriormente, e após mais uma pegação, seguimos para a área principal da festa, onde nossos amigos se divertiam e nem sequer pareceram sentir nossa falta.
[Oi pessoal, esse conto não acaba aqui, mas pra não ficar excessivamente extenso, resolvi o dividir. Os acontecimentos aqui têm ligação direta para eu poder contar o resto da história com o Anderson, de modo que faça algum sentido mais profundo. É isso! Obrigado para quem leu e obrigado pelos votos e comentários no conto anterior. Até mais e fiquem bem ^^]